Executiva aprovou realização da reunião que indicou Alckmin. E comprometeu-se a acatar decisão do diretório municipal.
O presidente do diretório municipal do PSDB, José Henrique Reis Lobo, disse que a escolha do nome do ex-governador Geraldo Alckmin como pré-candidato a prefeito de São Paulo obedeceu a um amplo processo de consulta ao partido e a uma resolução do diretório nacional do PSDB. "Fizemos cerca de 40 reuniões com as várias instâncias", afirmou.
Lobo contou que a Executiva do partido aprovou na semana passada (28) a reunião realizada nesta segunda-feira (5) em que foi anunciado o nome de Alckmin com o pré-candidato a prefeito.
Segundo ele, na votação realizada no dia 28 foi colocada a idéia de uma reunião do diretório municipal para indicar o nome do candidato do partido. A proposta obteve apoio de 15 dos 17 integrantes. Os vereadores Gilberto Natalini e Adolfo Quintas - defensores da aliança com o Democratas - se ausentaram. "Houve votação na executiva no sentido de que deveríamos convocar o diretório e a executiva apoiaria a decisão que nós tomássemos", disse Lobo.
Acusado por 11 vereadores e pelo secretário municipal Walter Feldman de ter tomado medida autoritária ao indicar o nome de Alckmin para a convenção, Reis Lobo recomendou aos que se opuseram ao resultado da reunião que leiam a resolução do diretório nacional do PSDB. Segundo ele, essa resolução diz expressamente que cabe à executiva do partido submeter à convenção o nome do candidato a prefeito.
Agora, Alckmin figura como pré-candidato do partido à Prefeitura de São Paulo. Seu nome terá de ser confirmado na convenção , em junho. Militantes do PSDB insatisfeitos com a candidatura Alckmin podem tentar apresentar nova tese para ser debatida e votada durante a convenção. Há possibilidade também do lançamento de uma nova candidatura, alternativa à de Alckmin.
Durante discurso emocionado, ao final do qual foi carregado no colo pelos militantes, Reis Lobo afirmou que não cedeu às pressões das alas do partido a favor e contra a candidatura própria, com Alckmin à frente.
"Eu sempre disse, embora alguns fingissem não entender, que esgotada a fase de conversação com o Democratas, o PSDB anunciaria a sua decisão a respeito da posição do partido relativamente à questão sucessória no âmbito municipal." O presidente do PSDB pregou a unificação do partido em torno da candidatura Alckmin e pediu "respeito à hierarquia."
Um dos últimos a falar foi deputado federal José Aníbal, pró-Alckmin. O deputado afirmou que a aliança com Kassab e a aceitação do acordo que colocaria Alckmin como candidato a governador em 2010 seria "excesso de cálculo político". E complementou: "Nós perdemos duas eleições por causa disso. O cálculo político fica com um olho aqui, outro em 2010 e outro em 2014 e não nos leva a lugar nenhum. Nós perdemos duas eleições por causa disso."
http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL454479-5601,00-PRESIDENTE+DO+PSDB+DIZ+QUE+DECISAO+FOI+DEMOCRATICA.html
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