Passaremos a
observar um grande relacionamento entre diversos livros da Bíblia, cruzando o
tempo desde o início da história dos hebreus no deserto, até o fim do chamado
tempo dos gentios. Tão somente com a finalidade de nos esclarecer sobre o
desenrolar dos acontecimentos que já ocorreram e os que ainda não aconteceram
neste espaço do tempo.
Certamente
através do candelabro passaremos a examinar, verificando a importância dele na
relação passado e futuro na história da humanidade sobre o que Deus planejou e executa na terra. Existe no estudo
desta parte histórica de Israel, no candelabro, a possibilidade de entendermos que
o registro bíblico foi realizado pela vontade e ordem daquele que criou o universo. Ele não só controla todas as coisas, como também manda no tempo e na eternidade.
Este sim, pode declarar como será o fim desde o princípio, e como ele é
perfeito, não há falha no que diz ou determina (Is 41.22; 46.10).
Quando o povo
hebreu estava ainda iniciando sua caminhada no deserto, rumando do Egito para a
terra de Canaã, o Deus de Abraão de Isaque e de Jacó disse a Moisés: ”Também farás um candelabro de ouro puro;
de ouro batido se fará o candelabro, tanto o seu pedestal como a sua haste; os
seus copos, os seus cálices e as suas corolas formarão com ele uma só
peça. E de seus lados sairão seis braços: três de um lado, e três do
outro. Em um braço haverá três copos a modo de flores de amêndoa, com
cálice e corola; também no outro braço três copos a modo de flores de amêndoa,
com cálice e corola; assim se farão os seis braços que saem do
candelabro. Mas na haste central haverá quatro copos a modo de flores de amêndoa,
com os seus cálices e as suas corolas, e um cálice debaixo de dois braços,
formando com a haste uma só peça; outro cálice debaixo de dois outros braços,
de uma só peça com a haste; e ainda outro cálice debaixo de dois outros braços,
de uma só peça com a haste; assim será para os seis braços que saem do
candelabro. Os seus cálices e os seus braços formarão uma só peça
com a haste; o todo será de obra batida de ouro
puro. Também lhe farás sete lâmpadas, as quais se acenderão para alumiar
defronte dele. Os seus espevitadores e os seus cinzeiros serão de ouro
puro. De um talento de ouro puro se fará o candelabro, com todos estes
utensílios. Atenta, pois, que os faças conforme o seu modelo, que te foi
mostrado no monte”. (Ex 25.32-40)
O candelabro foi fabricado de ouro puro como escrito acima,
o metal mais precioso da terra, é também mencionado na Bíblia como existente no
céu (Ap 21.18). O candelabro foi um dos instrumentos do Tabernáculo que servia
para iluminar a tenda da Congregação (Ex 40,24). Ele foi um símbolo de sete
tempos na vida mundo, também das sete igrejas da Ásia. A luz sobre a tenda da
Congregação simbolizava à palavra de Deus que ilumina ao mundo, o óleo que
alimentava o fogo representava ao Espírito de Deus na vida do povo santo na
terra durante os seus sete tempos históricos.
No livro do profeta Zacarias, o candelabro aparece com dois
ramos de oliveira um a direita do vaso de azeito e outro à esquerda, representando
as duas testemunhas do Apocalipse dizem alguns estudiosos (Zc 4.2,3,11, 14 Ap 11.4-8). E aquele que
mostrava a visão foi interrogado pelo profeta sobre o que significaria o vaso
de azeite entre os dois ramos de oliveira, o que mostrava a visão disse tu
sabes o que é isto?: Respondeu o profeta, não meu Senhor, explicou o anjo: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o
Senhor dos exércitos”. Tendo recebido a resposta sobre o óleo, perguntou, que
são estas duas oliveiras à direita e à esquerda do castiçal? A resposta
foi:
Estes são
os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra, foi a resposta
do anjo.
Sobre isto há quem diga que as duas testemunhas são Moisés
e Elias, considerando os estudiosos que os dois não morreram e terão que morrer
então na mão da besta apocalíptica. Outros concordam que não são os dois homens literais, porém, essas testemunhas são os dois Testamentos representados pelo povo judeu e gentios juntos,
servindo a Deus em Cristo Jesus, tendo em vista que judeus e gentios haverão de ser proibidos pelo anti-cristo de pregar o Evangelho durante seu governo.
Precisamos lembrar que os judeus mesmo servindo a Jesus, não
negam obediência aos dez mandamentos segundo mandou Moisés, já os gentios
também obedecem na forma unificada como Jesus ensinou: Amando a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. Os vencedores, diz a Bíblia: “E cantavam o cântico de Moisés, servo de
Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras,
ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei
dos séculos” (Ap 15.3). Isto me diz que os vencedores da besta estavam juntos
na mesma tribulação; judeus e gentios, são eles a Igreja de Deus, os santos
vitoriosos pelo sangue de Cristo Jesus.
Nos dias de Moisés e Elias, o Deus Eterno por força de sua
palavra na boca destes profetas, fez descer fogo literalmente sobre seus
inimigos, e outra vez o fará como diz em Apocalipses onze, por suas duas testemunhas
juntas. Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do
Senhor da terra. Fogo sairá segundo a palavra de Deus e destruirá seus
adversários como no passado. A Bíblia diz que judeus e gentios juntos formam a
Igreja, e não podemos negar que são dois povos. Me parece isto ser a forma de
justificar os dois candelabros em Apocalipses onze, uma vez que o Antigo
Testamento fala de apenas um candelabro (Jr 5.14 Hb 12.27-29 Ap 11.3-6).
Concluindo, o Candelabro servia para emitir luz na
congregação, e não nos esqueçamos que Jesus diz; vós sois a luz do mundo. O candelabro representava entre outras coisas, o
conhecimento da existência dos sete espíritos que estão diante do trono no céu,
as sete igrejas da Ásia, as quais exemplificam o futuro da vida da Igreja nos
diferentes períodos do povo de Deus no mundo, dos quais estamos vivendo já os últimos
dias da última igreja, a de Laodiceia.
Os sete candeeiros de ouro mencionados no livro de
Apocalipse, e as sete estrelas são as sete igrejas e seus ministros no
exercício da fé e testemunho perante o mundo e de sua perseverança no Evangelho
de Jesus aguardando a sua vinda.
É interessante lembrar que o povo de Deus começa com Israel
ainda sem a igreja, tendo em vista que os reis desde a Babilônia até Roma fazem
parte da história de Israel e da Igreja, e continua em outro lugar dizendo que o oitavo rei que
ainda não aparece presencialmente na política do mundo, mas parece está muito próximo de entrar em cena.
A história dos sete tempos que ao meu vê principia-se a partir
do reino de Babilônia, e mescla-se com a história da Igreja imediatamente após a
sua criação, e que ambos são inseparáveis neste particular da história, até a vinda de Jesus, isto é uma prova clara de que estes
dois povos estão juntos nesta questão. De maneiras que a Igreja nasce no tempo
do sexto rei segundo Apocalipses capítulo dezessete.
Na revelação apocalíptica a João, no fim do primeiro século
da era cristã, assim foi dito a João: “são também
sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando
vier, deve permanecer pouco tempo. A besta que era e já não é, é também o oitavo
rei, e é dos sete, e vai-se para a perdição” (Ap 17.10,11).
Quando João recebeu do céu a visão, estava em
evidência no mundo o reinado do império romano, o sexto reino dos sete, conforme
diz o livro de Apocalipse. Portanto isto indica que os sete períodos de
tribulação do povo santo, começa no reinado babilônico e só terminará com o fim
do oitavo reinado, que procede dos sete. A diferença deste dos demais, é que o oitavo rei é uma personificação
da ira e poder da operação do Dragão que sempre perseguiu a Israel, e agora também, segundo a eficácia de Satanás persegue à Igreja de Deus. Mesmo sendo contado
como o oitavo rei, a besta é procedente do sétimo reinado e será eliminada pela vinda de Jesus que nos tira dessa tribulação “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus
com os anjos do seu poder em chama de fogo”... diz o apóstolo Paulo II Ts 1.7-10; 2.3-8 Ap 19.19,20).
Domingos Teixeira
Costa