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28 de mar. de 2007

Governo teme coerção de britânicos exibidos na TV no Irã

Em entrevista à TV iraniana, a marinheira Faye Turney chegou a pedir desculpas por entrar em águas iranianas; ministra de Relações Exteriores disse estar preocupada
Reuters AP
A marinheira Faye Turney teria admitido ter entrado em águas iranianas LONDRES - O governo do Reino Unido informou nesta quarta-feira, 28, estar muito preocupado com indícios de que os militares britânicos capturados pelo Irã podem ter sido coagidos ao serem exibidos na televisão.
Um deles - a marinheira Faye Turney - chegou até mesmo a pedir desculpas por entrar em águas iranianas.
"Estou muito preocupada com essas imagens e com qualquer indício de pressão ou coerção de nossos militares que estavam em uma operação de rotina de acordo com leis internacionais e com resolução da ONU em apoio ao governo iraquiano", disse a secretária britânica de Relações Exteriores, Margaret Beckett, em um comunicado.
O Irã capturou 15 marinheiros e fuzileiros navais na semana passada, detonando uma crise diplomática com o Reino Unido, que apresentou na quarta-feira dados que supostamente provam que eles foram capturados em águas iraquianas.
Também na quarta-feira, a televisão iraniana mostrou imagens de vários marinheiros britânicos e divulgou o texto de uma carta que, segundo as autoridades iranianas, foi escrita por Faye, a única mulher do grupo.
Na carta, ela se desculpa por ter invadido águas iranianas e diz que o grupo estava sendo bem tratado.
"Eu, particularmente, estou desapontada porque é uma carta particular que foi usada de uma maneira que pode apenas trazer mais angústia para as famílias", disse Beckett.
"Nós temos demonstrado de forma abrangente que os nossos funcionários estavam operando em águas iraquianas. Como nós demonstramos repetidas vezes ao governo iraniano, usar essas imagens é totalmente inaceitável."
{Costa}

Copom reavaliará taxa Selic com base em novo PIB

Contudo, as novas previsões do BC para a economia brasileira estarão presentes apenas no próximo relatório trimestral de inflação, a ser divulgado em julho
As projeções do Banco Central para a economia brasileira, com base na nova metodologia para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB), só serão explicitadas no próximo relatório trimestral de inflação, a ser divulgado em julho. Apesar disso, o diretor de Política Econômica do BC, Mario Mesquita, explicou que elas serão consideradas na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que reavaliara a Selic, a taxa básica de juros da economia.
O diretor do BC afirmou que, embora a nova metodologia torne o cálculo do PIB mais preciso, por outro lado dificulta o trabalho dos economistas de elaborarem previsões para o futuro da atividade econômica, sobretudo em relação aos dados trimestrais.
O relatório trimestral de inflação, divulgado nesta quarta-feira, 28, pelo Banco Central, projeta a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim de 2007 em 3,8% e o PIB neste ano em 4,1%.
Ele considerou positivo o fato de os dados do IBGE mostrarem que a economia brasileira cresceu mais no ano passado. "Qualquer número que mostre a economia crescendo mais, é sempre bem-vindo", disse Mesquita, reafirmando que é um dado importante o PIB crescer mais que o IPCA, ainda mais em um país com histórico de alta de inflação, como o Brasil.
Mesquita destacou ainda que os dados divulgados hoje pelo IBGE indicam que a taxa de investimento está mais forte do que já vinha sendo demonstrado. Segundo ele, a trajetória de queda do risco País garante a continuidade na elevação da taxa de investimento da economia.
Cenário positivo
O diretor do BC afirmou que apesar das incertezas envolvendo o setor externo, a economia brasileira deve prosseguir na sua trajetória de aceleração. Segundo ele, o cenário econômico brasileiro é benigno, sustentado por fatores positivos como a elevação no consumo das famílias, na taxa de investimento e também na melhor oferta agropecuária, além das perspectivas positivas para a indústria e os serviços.
Mesquita disse que o cenário favorável para a economia do País é respaldado pelo aumento na resistência aos choques externos, resultado da melhoria nos indicadores brasileiros de solvência externa. Segundo ele, é isso que garante que, num ambiente de volatilidade nos mercados internacionais, o risco Brasil se mantenha em níveis baixos.
Previsões
Diante disso, ele afirmou que o Banco Central revisou sua projeção de crescimento da agricultura deste ano de 3,7% para 4,8%. A mudança, segundo Mesquita, foi provocada pela própria alteração da estimativa do IBGE para a safra agrícola deste ano, que deverá ter crescimento de 11%. Para a indústria, a projeção de crescimento foi elevada de 4,7% para 5%. A estimativa do BC para o setor de serviços neste ano aumentou, ainda de acordo com Mesquita, de 2,4% para 2,5%.
Pelo lado da demanda, o diretor do BC disse que as estimativas para o consumo das famílias foram elevadas de 5,6% para 6%. A elevação, de acordo com o diretor, foi puxada pelo aumento da renda real, pelo crescimento do crédito e pelo aumento da confiança dos consumidores. Para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ou seja, o investimento, as previsões do BC subiram 7,1% para 7,9%. Todas as projeções, segundo Mesquita, foram feitas ainda tendo como base o PIB calculado pela metodologia antiga.
Agência Estado
{Costa}

SALMO 91

  • 1 - AQUELE que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. 2 - Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. 3 - Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa. 4 - Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. 5 - Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia, 6 - Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia. 7 - Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. 8 - Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios. 9 - Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação. 10 - Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. 11 - Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. 12 - Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra. 13 - Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente. 14 - Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.
  • 15 - Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei. 16 - Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação. { Costa }

SALMO 15

SALMO 15

1 SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?
2 Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração.
3 Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo;
4 A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que jura com dano seu, e contudo não muda.
5 Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado.
{ Costa }

27 de mar. de 2007

PF fará greve de 24 horas, mas manterá serviços básicos

Policiais reivindicam reajuste salarial de 30%. Eles irão respeitar os apelos do ministro da Justiça, Tarso Genro, e não farão operação tartaruga nos aeroportos
Vannildo Mendes
BRASÍLIA - Policiais federais de todos os estados vão paralisar suas atividades na terça-feira por 24 horas, em defesa de um reajuste de 30%, devido o acordo salarial assinado no ano passado e pela implantação da Lei Orgânica da categoria.
Em atenção a um apelo do ministro da Justiça, Tarso Genro, os federais voltaram atrás na operação tartaruga que fariam nos aeroportos e manterão plantões em todas as superintendências, delegacias e postos, a fim de fazer atendimentos de emergências e não paralisar nenhum serviço básico à população.
O recuo, segundo o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Marcos Vinício Wink, é um voto de confiança em Tarso, que a seu ver demonstrou compromisso com as reivindicações da categoria em visita feita na segunda aos seus líderes, na sede da entidade.
"Não queremos causar transtornos à sociedade, nem passar para o governo a leitura de provocação". Segundo o dirigente, a PF vive um bom momento junto à sociedade "e não vai destruir agora o que se construiu em anos com suor e sangue".
Tarso recebeu com satisfação a ponderação dos manifestantes e disse que o pleito está sendo analisado pelo Ministério do Planejamento com o grau de importância que a situação requer.
"Nenhuma das demandas é provocativa ou tem sentido de antagonismo com o governo. São demandas normais, que vamos processar para tentar chegar a um ponto comum", disse ele, à saída da abertura do Fórum Nacional de Inserção Feminina nas Instituições Policiais, na segunda, no Ministério da Justiça.
O ministro disse esperar, porém, que a manifestação ocorra dentro da lei e do estado de direito. "O ponto de partida da democracia é o ponto de interesse da corporação, mas não é o ponto de chegada", disse. Para ele, "o ponto de chegada é o interesse da sociedade e do conjunto dos servidores", lembrou.
Paralisação simbólica
Ao longo do dia foram realizadas assembléias em todos os Estados, reunindo representantes dos sindicatos e associações dos segmentos que integram a carreira - delegados, agentes, escrivães e papiloscopistas. Alguns Estados, como São Paulo, resolveram radicalizar e ainda insistem na operação tartaruga nos aeroportos, mas em outros, como Rio, os manifestantes farão um ato quase simbólico e poucos serviços serão afetados.
Nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Ceará, as assembléias também decidiram paralisar todos os serviços, inclusive emissão de passaportes. Mas os casos de emergência serão atendidos pelo esquema de plantões. "Evidente que se chega alguém do interior para pegar ou emitir um passaporte, não deixaremos de atendê-lo", disse Wink. Já no Maranhão, a categoria aproveitará o dia de mobilização para recolher alimentos não perecíveis, que serão doados a comunidades carentes.
Os policiais federais de Alagoas serão os únicos no País a não participarem da greve de 24 horas, segundo o presidente do Sindicato dos Policias Federais de Alagoas (Sinpofal), Jorge Venerando. Segundo ele, Alagoas decidiu ficar de fora da manifestação nacional em protesto contra o processo de demissão do escrivão Francisco Eriberto Pinheiro, que trabalha na superintendência da PF em Maceió.
Além do cumprimento do acordo, a categoria luta também por sua lei orgânica, com a qual espera reduzir a diferença de remuneração com os servidores dos outros órgãos do sistema criminal da União.
Atualmente, os salários de um delegado variam de R$ 9 mil (inicial) a R$ 16 mil, em fim de carreira. Eles reclamam que procuradores e juízes, com os quais já foram equiparados, começam com R$ 14 mil e podem chegar a R$ 22 mil.
O que pára:
- Emissão de passaportes (exceção de Brasília e Rio);
- Serviços de investigação;
- Mandados de prisão;
- Autorizações para empresas de segurança privada;
- Setores burocráticos;
- Perícias não urgentes
O que funciona:
- Plantões em todas as instalações da PF para atendimentos de emergência;
- Registro de estrangeiros;
- Autorizações de embarque e desembarque em vôos internacionais;
- Custódia de presos;
- Proteção patrimonial e de equipamentos e materiais que dependem de manutenção.
(Com Ricardo Rodrigues)
{Costa}

8 milhões de brasileiros deixam a baixa renda, diz pesquisa

Inflação controlada, crédito e salário maior explicam ascensão de trabalhadores
Márcia De Chiara SÃO PAULO - Em apenas um ano, mais de 8 milhões de brasileiros deixaram a baixa renda e ascenderam para níveis da população com maior poder de consumo. Isto é o que revela a pesquisa O Observador 2007, feita pela financeira francesa Cetelem, em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos Public Affairs.
De acordo com a pesquisa, as camadas D e E reuniram 84,8 milhões de pessoas no ano passado ou 46% da população. Em 2005, o contingente dessas classes sociais era de 92,9 milhões ou mais da metade da população brasileira (51%). Foram ouvidas 1.200 famílias no fim de 2006 em 70 cidades do País. Elas foram avaliadas não só pela renda recebida, mas também pela posse de bens.
Os dados mostram ainda que a população de mais baixa renda migrou para as classes imediatamente superiores. Com isso, a classe C, que reunia 62,7 milhões habitantes em 2005, encerrou o ano passado com 66,7 milhões de brasileiros. O topo da pirâmide, isto é, as classes A e B, recebeu nesse período 6,3 milhões de pessoas.
“2006 foi um ano extremamente bom para as classes menos favorecidas”, afirma o diretor de Marketing e Desenvolvimento da Cetelem, Franck Vignard Rosez.
Segundo ele, uma combinação favorável de fatores contribuiu para a mobilidade social da população. Entre esses fatores, ele aponta o aumento da massa salarial, a inflação controlada e, especialmente, o crescimento do crédito. Por meio de prazos esticados e juros cadentes, o crédito fez o dinheiro render mais nas mãos do consumidor.
Virada
Prova disso é que, pela primeira vez, sobrou dinheiro no bolso do brasileiro de baixa renda no ano passado. Em 2006, as famílias das classes D e E conseguiram ter um troco de R$ 2,49 no fim do mês, depois de quitar todas as despesas, mostra a pesquisa.
O saldo parece insignificante, mas indica o começo de uma virada no poder de compra da baixa renda. Em 2005, faltavam para essas mesmas famílias R$ 16,56 para fechar as contas no fim do mês.
Também nesse período, a situação melhorou para a classe C. A renda familiar disponível, isto é, os recursos que sobram após cobrir as despesas do mês, que era de R$ 122,34 em 2005, subiu para R$ 191,41 em 2006. O ganho foi de 56%.
Em contrapartida, as classes A e B viram a renda disponível cair 18% no período, de R$ 631,79 em 2005 para R$ 518,29 em 2006. O recuo é reflexo da renda líquida familiar desse estrato social, que teve queda de 6%. Além disso, gastos que não são essenciais, como combustível, telefone, TV por assinatura, entre outros, consomem 44% da renda dos mais ricos.
O grande destaque da pesquisa é o Nordeste, que reúne 25% dos brasileiros. Foi a região do País que registrou, no ano passado, o maior crescimento da renda média familiar disponível. A alta foi 38%. Rosez destaca que, dos 12 itens de compra analisados em 2005 e no ano passado, a intenção de adquirir esses itens aumentou em 11 deles. “Tudo melhorou no Nordeste”.
A intenção de ter computador em casa mais que dobrou em um ano, de 7% para 15%. O interesse de comprar a casa própria passou de 6% para 10%.
{Costa}