Resultados de Pesquisa

.

8 de abr. de 2007

Presidente afegão admite ter conversado com o Taliban sobre paz

Por Sayed Salahuddin
CABUL (Reuters) - O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, falou diretamente com insurgentes do Taliban sobre um acerto de paz no país, conforme admitiu pela primeira vez nesta sexta-feira. Os comentários aparecem horas depois que um homem-bomba matou pelo menos seis pessoas perto do parlamento do país, em Cabul.
O Taliban assumiu a responsabilidade pelo ataque e o país prepara-se para uma dura ofensiva de primavera, depois que 2006 registrou os piores combates desde que o grupo islâmico foi retirado do poder, em 2001.
Karzai, que enfrenta um novo e sério desafio político ao governo, que para críticos e muitos analistas não vai bem, já havia oferecido negociar com o Taliban. Mas os Estados Unidos e alguns dos assessores presidenciais disseram que a oferta tinha condições.
Nesta sexta-feira, ele repetiu a proposta a todos os afegãos, incluindo o líder do Taliban, o mulá Mohammad Omar, que está foragido, dizendo que todos são bem-vindos para negociações a fim de acabar com os combates mais sangrentos desde a queda do grupo.
"Representantes do Taliban encontraram-se com diferentes organismos do governo afegão por um longo período", disse ele em entrevista coletiva em seu palácio presidencial, isolado e fortemente vigiado. "Tivemos muitos outros talibans conversando conosco."
"Alguns talibans falaram comigo também", acrescentou, sem dizer com quem se encontrou. Ele não deu mais detalhes.
NOVA OPOSIÇÃO
Karzai rejeitou também os pedidos de um novo grupo de oposição, que inclui membros importantes do seu próprio governo, para diminuir seus poderes. O presidente acusou países vizinhos, mas sem nomeá-los, de incentivarem esta medida.
A Frente Nacional, criada nesta semana, exige uma mudança constitucional para criar um cargo de primeiro-ministro que compartilharia o governo com o presidente.
O grupo quer também eleições diretas para governadores e prefeitos, que atualmente são apontados pelo presidente. Até esta semana, o país não tinha oposção formal.
"Sou veementemente contra isso e quero a continuidade do sistema e a nação afegã, sem dúvida, quer isso também," disse Karzai.
A nova frente inclui o ex-presidente e atual deputado Burhanuddin Rabbani, diversos generais ex-comunistas que estão no parlamento ou no governo, e Mustafa Zahir, neto do rei Zahir Sha, de 93 anos.
O grupo, liderado por Rabbani é formado em sua maior parte por veteranos da resistência dos Mujahideen contra a ocupação soviética nos anos 1980.© Reuters 2007.
{Costa}

RN na mira dos ultra-violetas

Carlos Santos/DN
Genário Gomes de Lima, 26 anos, é guardador de carros e trabalha em constante exposição ao sol
Genário Gomes de Lima, 26, é guardador de carros no bairro de Ponta Negra. Diariamente, ele fica na rua das 9h, passando o resto do dia e entrando pela noite, só volta para casa por volta das 23h. Tanta exposição ao sol já lhe rendeu uma cor mais bronzeada nos braços, ombros e rosto e, diante do calor e sol intensos na cidade chamada de ‘‘Noiva do Sol’’, ele sabe que essa exposição pode significar complicações e um ‘‘casamento’’ nada interessante com as doenças de pele. Atualmente ele está passando um protetor solar fator 30 e diz que foi presente da namorada. ‘‘Coloco uma vez só, quando estou saindo de casa. Não sabia que tinha de repetir por mais vezes’’, diz, acrescentando que sabe que quando tiver de comprar o produto terá ‘‘um susto’’ com o preço.
Genário Gomes desconhece casos de câncer de pele na família. Assim como também desconhecia que o Rio Grande do Norte está geograficamente localizado numa área que sofre maior incidência dos raios ultra-violeta A e B, considerados os grandes vilões quando o assunto é radiação solar. ‘‘E isso implica num risco maior para se ter doenças da pele e daí a necessidade de uma maior fotoproteção e cuidados na exposição ao sol entre os horários de 9h às 15h’’, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia/Regional Rio Grande do Norte (SBD-RN), Maurício Lisboa Nobre, lembrando que proteger a pele não se restringe à ida à praia. E sim no dia-a-dia de qualquer pessoa que, por ventura, saia de casa.
2º Lugar
Durante a Campanha Nacional de Combate ao Câncer de Pele, realizada em novembro do ano passado, pela SBD em todo o país, foram feitas consultas nas quais os dermatologistas constataram que do total de pessoas que participaram da Campanha, 9,5% apresentaram algum tipo de câncer de pele. Na amostragem do Rio Grande do Norte, essa média percentual subiu para 15% das pessoas, sendo o segundo lugar em todo o país, ficando atrás apenas do Espírito Santo, com 15,5%. Sergipe, foi o terceiro colocado, com 14,5%; Santa Catarina ficou com 13,8% e em quinto lugar ficou o Estado do Amazonas, com 12,4%.
Nessa mesma pesquisa, 62,4% dos casos foram detectados em mulheres e 61,8% acometeram pessoas da cor branca. A jornalista Anne Marjorie Araújo, 24, bem que poderia se encaixar nos dois segmentos e depois de uma experiência recente com uma insolação que lhe rendeu queimaduras de primeiro grau, decidiu tomar mais cuidados com a exposição ao sol. ‘‘Eu sempre fui acostumada a ir para a praia naqueles horários menos recomendados: chegando às 10 e só saindo depois das 13h. Na última vez em que fui, coloquei fator de proteção 15 e perdi a noção do tempo lendo uma revista. O calor estava intenso e fora do normal. Quando cheguei em casa comecei a me sentir muito mal e sequer consegui dormir naquela noite. Na consulta ao dermatologista veio o diagnóstico e a lição de que só devo ir à praia muito cedo. E no dia-a-dia, sair com óculos, chapéu e protetor solar’’, resume.
Os cuidados com exposição solar, aos poucos, vai deixando de ser um comportamento feminino. Os homens também estão sentindo os efeitos da radiação solar e procurando se cuidar mais. Edivaldo Alencar, 56, agente de viagem, diz que passa pelo menos três vezes por semana protetor solar de fator 30. E reconhece que esse cuidado deveria ser diário. ‘‘A gente tem que ser cuidadoso. Eu gostava de pescar e tive de ir ao dermatologista para ele ver umas manchas que surgiram na minha perna. Não era nada grave, o problema foi resolvido. Mas agora me cuido, não por vaidade, mas porque tem de ser assim mesmo. Esse sol está horrível’’.
Sheyla de AzevedoDa equipe de O Poti
{Costa}

Tropas britânicas devem permanecer no Iraque até 2012--jornal

LONDRES (Reuters) - As tropas britânicas podem continuar servindo no Iraque por pelo menos mais cinco anos, afirmou um jornal neste domingo, citando o que disse ser um documento confidencial de planejamento militar.
O Sunday Telegraph disse que o documento, divulgado parcialmente ao jornal, "revela que as tropas continuarão servindo em operações no Golfo Pérsico até pelo menos 2012". Além disso, o jornal disse que o documento mostra que uma brigada mecanizada estava agendada para retornar ao Iraque em 2012.
Questionada sobre o relatório, a porta-voz do Ministério da Defesa disse: "O Exército planeja para um longo período de tempo e com todas as possibilidades e eventualidades. Isto não significa que qualquer uma destas possibilidades ocorrerá".
O primeiro-ministro, Tony Blair, disse em fevereiro que a Grã-Bretanha reduziria o número de soldados no Iraque de 7.100 para 5.500 no decorrer dos próximos meses, mas que os soldados permaneceriam no país até 2008, "por quanto tempo forem requisitados e tivermos um trabalho a cumprir".
Na quinta-feira, quatro soldados britânicos e um intérprete civil foram mortos por uma bomba de beira de estrada que destruiu o veículo blindado em que estavam na cidade de Basra, ao sul do Iraque.
As mortes elevaram para seis o número de soldados britânicos mortos no Iraque na semana passada, tornando-a a mais sangrenta desde a invasão do país em março de 2003. No total, 140 soldados britânicos foram mortos no Iraque.
(Por Adrian Croft)
{Costa}

ETA diz que está disposta a garantir a paz

Espanha
Na Espanha, a ETA diz que está disposta a assumir compromissos firmes com um cenário de ausência de violência. Mas isto, diz a organização terrorista, se pararem os ataques do estado espanhol contra a região basca.
Numa entrevista publicada hoje pelo jornal basco «Gara», o grupo separatista faz a sua primeira comunicação desde 9 de Janeiro, quando reivindicou o atentado do aeroporto de Madrid, que fez dois mortos, na passagem do ano.
Tal como nessa altura, agora os etarras também dizem continuam a obedecer à sua declaração de cessar-fogo de Março de 2006. Os entrevistados negam que a ETA tenha perdido credibilidade com a bomba no aeroporto e criticam o governo socialista por não ter agido com maturidade.
Muitos membros da ETA têm sido presos no país basco, na ofensiva policial que se seguiu ao atentado de Barajas.
{Costa}

6 de abr. de 2007

Aquecimento será devastador para Terra, indica relatório

Uma conferência internacional sobre o aquecimento global aprovou hoje um relatório final advertindo que haverá devastadoras conseqüências para a Terra e para a humanidade - do aumento da fome à extinção de espécies - caso o mundo não aja imediatamente para conter a emissão de gases causadores do efeito estufa.
Entre os desastres mais notáveis está o fim da floresta Amazônica e, em seu lugar, o surgimento de uma savana. Isso ocorreria devido a uma alteração nos regimes de chuva, que passariam a cair em menor volume e, com isso, devastariam entre 30% a 60% da floresta até o ano de 2080.
Os 400 cientistas e representantes governamentais examinaram por uma semana 29 mil dados coletados por cinco anos em todo o planeta e concluíram que cerca de 30% das espécies vegetais e animais correm o risco de desaparecer se a temperatura mundial tiver uma alta superior a 2ºC em relação à média das décadas de 1980 e 1990. Áreas que hoje sofrem escassez de chuva se tornarão ainda mais secas, aumentando o risco de fome e da disseminação de doenças. O mundo enfrentará ameaças crescentes de enchentes, tempestades e erosão das regiões costeiras. "Esse é um vislumbre de um futuro apocalíptico", estimou o grupo ambientalista Greenpeace sobre o estudo. O relatório de 21 páginas pretende ser um guia para políticas de governo. Ele é um sumário das 1.500 páginas de evidências científicas da mudança climática e do impacto que ela terá sobre as pessoas e os ecossistemas mais vulneráveis da Terra. Leia a notícia completa
{Costa}

Sobel: ´Vou aproveitar visita do papa e pedir perdão a Deus´

Demonstrando tranqüilidade, Sobel atribui o furto das gravatas a um ato falho Bruno Tavares SÃO PAULO - O rabino Henry Isaac Sobel, de 63 anos, garante: estará no encontro de líderes religiosos que encontrarão no próximo mês em São Paulo o papa Bento XVI. E pretende aproveitar a oportunidade para “pedir perdão ao Deus de Abraão, Isaac e Jacó”. Preso no dia 23 em Palm Beach, na Flórida, Estados Unidos, acusado de furtar quatro gravatas de grife, Sobel permanece internado no Hospital Israelita Albert Einstein, no Morumbi, zona sul da capital. Na tarde de quinta-feira, 5, o presidente afastado da Congregação Israelita Paulista (CIP) recebeu a reportagem do Estado para sua primeira entrevista exclusiva desde o episódio. Há seis dias se recuperando do que os médicos diagnosticaram como “episódio de transtorno de humor, representado por descontrole emocional e alterações de comportamento”, Sobel ocupa a suíte 1.074 do bloco A do hospital. Na porta, a administração colou um aviso onde se lê, em letras vermelhas: “Visita proibida. Acesso somente com autorização da enfermagem.” Para evitar que alguém descumpra a determinação, seguranças se revezam 24 horas por dia em frente da porta. Um deles pediu, educadamente, que a reportagem do Estado se retirasse. “Não permitimos entrevistas aqui. O paciente ainda está se recuperando”, advertiu. Mesmo diante da alegação de que a entrada havia sido autorizada pelo próprio Sobel, continuou irredutível. “Estou esperando o senhor aqui fora, pode ser?” Rotina Em cerca de 20 minutos de entrevista, foi possível, no entanto, ouvir do rabino sua versão dos fatos e contar como está sendo sua rotina nos últimos dias. Rotina que inclui telefonemas de amigos, companhia da família e visitas freqüentes de enfermeiros para avisar sobre a hora dos remédios e colocar medidores de pressão em seu dedo esquerdo. Até quinta-feira, não havia previsão de quando ele terá alta. Demonstrando muita tranqüilidade, Sobel atribuiu o furto das gravatas a um ato falho. “Não fui eu que cometi aquele ato, foi um fato, foi algo que não sei explicar, foi um ato... qual é a expressão? Foi um ato falho, como se diz? Jamais tive a intenção de cometer aquilo. Aconteceu sem controle e sem uma memória precisa dos fatos.” Para o rabino, que mantém seu quipá púrpura, marca registrada, sobre o parapeito da janela ao lado da cama do hospital, a mistura de medicamentos provocou um “lapso em sua cabeça”. “Eu não estou explicando porque não compreendo. E certamente não posso justificar. Acredito que houve algo que dominava a minha pessoa naquele momento. E aquele algo, infelizmente, não fui eu mesmo. Em poucas palavras, perdi o controle da dimensão da crise - hoje, plenamente consciente. E hoje, muito disposto a praticar um ato de tshuva, em hebraico - ‘T’, de Teresinha, ‘S’, de Salvador, H, de Henry, U, V, de Vitória, A. Tshuva significa arrependimento. Reconhecer o erro, dar uma volta para trás e um pulinho para cima.” Sempre amável e com uma latinha de balas de café guardada no criado-mudo para oferecer aos visitantes, o rabino passou a Pessach (Páscoa judaica) com a esposa Amanda, a filha Alicia e saudades “imensas, intensas” da congregação. “Fizemos aqui, neste quarto do hospital, o nosso seder (jantar festivo), a nossa refeição”, conta. “Nós fizemos as preces, comemos as comidas simbólicas, foi realmente um Pessach íntimo. Assim como nós celebramos a liberdade do Egito na semana da Páscoa judaica, assim também pedi a Deus, ao lado da minha mulher, que eu viva um êxodo também da situação na qual me encontro. Obviamente, algo estava preso dentro de mim quando aconteceu aquilo. E pedi a Deus para que eu possa viver um êxodo daquele triste episódio.” Sem camisa e com calça de pijama com listras azuis, o rabino conta também que está com uma “vontade imensa e energia boa para recomeçar” seus trabalhos na CIP. “Tenho tantos planos para concretizar ainda, com a juventude, com os casais jovens, com as pessoas de idade. Eu quero voltar logo, logo, para fortalecer a congregação ideologicamente, humanamente e politicamente. E garantir a consolidação do meu trabalho, ou seja, integrar a comunidade judaica na sociedade brasileira maior.” Papa Entre seus projetos para quando deixar o hospital, também está o de encontrar-se com o papa Bento XVI. “O convite foi reconfirmado. E pretendo, se tiver oportunidade, pedir perdão. Não ao papa, porque não sou católico. Eu peço perdão a mim mesmo e a Deus, o Deus dos judeus.” Logo depois, acrescenta: “Eu pretendo, na presença do papa, sentir a humildade dele e fazer com que um pouco dessa humildade entre na minha alma. Quem sabe com uma pequena dose de humildade a mais, eu tenha condições de transformar esse incidente em algo positivo. Tenho muito carinho e respeito por este papa. Se eu tiver oportunidade de contar minha história a ele, tenho certeza absoluta que ele vai me perdoar. Ao pedir perdão ao papa, simultaneamente, vou pedir perdão ao Deus de Abraão, Isaac e Jacó, o Deus dos profetas, o Deus do povo de Israel. E, por extensão, a meus amigos que sofreram e estão sofrendo comigo.” O rabino diz que, na presença do papa, vai rezar pelos pecados cometidos por todos os homens. “Pretendo me apresentar ao papa não como santo e sim como um ser humano, profundamente arrependido daquilo que aconteceu na Flórida.” udios Ouça a entrevista SÃO PAULO - O rabino Henry Isaac {Costa}