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6 de jun. de 2007

Infraero registra 193 vôos atrasados

Balanço corresponde às operações programadas entre a 0h e as 14h15 desta quarta. Fechamento da pista de Guarulhos provocou efeito cascata.
Do G1, em São Paulo
Dos 976 vôos programados entre a 0h e as 14h15 desta quarta-feira (6), 193 sofreram atrasos de mais de uma hora, segundo balanço divulgado pela Infraero, a empresa que administra os aeroportos brasileiros. O índice corresponde a 19,6% do total, acima dos 12,6% registrados até as 9h30 desta manhã. Outros 29 vôos foram cancelados (3% do total).
O terminal que mais concentrou problemas, de acordo com a Infraero, foi o de Guarulhos (SP). Sessenta e três dos 122 pousos e decolagens programados até as 14h15 ocorreram fora do horário (51,6%) e nove foram cancelados (7,4%).
Em Porto Alegre (RS) o índice de atrasos também foi alto: 37,8%. Dos 37 vôos marcados nesse período, 14 tiveram atrasos de mais de uma hora. Em Fortaleza (CE), dos 33 vôos agendados, dez atrasaram (30,3% do total).
Visibilidade prejudicada
A pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, foi fechada por mais de duas horas por causa da neblina na manhã desta quarta. As aterrissagens foram suspensas entre as 6h10 e as 8h24. Nesse período, 11 vôos que deveriam pousar em Cumbica foram desviados. Seis deles foram para Viracopos, em Campinas, e outros cinco foram para o Galeão, no Rio de Janeiro.
O fechamento da pista do terminal de Guarulhos acabou provocando efeito cascata em outros terminais do país - os vôos acabaram atrasando em outras cidades.
Terça-feira
Na terça-feira (5), as operações dos aeroportos de todo o país foram prejudicadas pelo fechamento das pistas dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos, na Grande São Paulo. A neblina que atingiu a região durante a manhã atrapalhou o funcionamento dos dois terminais.
Entre a 0h e as 17h35 de terça-feira, 22,3% dos vôos de todo o país tiveram atrasos de mais de uma hora, de acordo com a Infraero. Dos 1.283 vôos programados, 286 pousaram ou decolaram fora do horário previsto.

Péres volta a cobrar afastamento de Renan Calheiros

Agencia Estado
Mesmo com a abertura de processo disciplinar contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Jefferson Péres (PDT-AM), voltou a cobrar hoje que o peemedebista deixe o comando da Casa até que seja concluída a investigação sobre possível quebra de decoro por parte de Renan. O presidente do Senado é acusado de utilizar o lobista Claudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, para fazer pagamento de pensão à jornalista Monica Veloso, com quem tem uma filha. "Reitero agora o que manifestei desde o início do affair: acho que seria melhor que ele tivesse se afastado temporariamente da presidência", afirmou Péres. O pedetista argumentou que, mais do que nunca, o Senado precisa de transparência e de mostrar à sociedade que está em busca da verdade.
"Ser réu em um processo disciplinar é uma situação constrangedora para ele próprio, que a partir de agora tem cinco dias úteis para apresentar sua defesa", afirmou. "O Renan, no entanto, acha que não", lamentou. Apesar da manifestação, Renan avisou hoje mesmo que não tem nenhuma intenção de deixar o posto. Ele avisou que continua a presidir o Senado. "Estou absolutamente tranqüilo porque estou com a verdade e quem está com a verdade não teme nada. Estou à disposição do Senado e continuarei representando o Senado. Ao final, a verdade vai prevalecer", afirmou.
Antes defensores da licença de Renan da presidência do Senado, os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e José Nery (PSOL-PA), afirmaram que com a abertura do processo contra o peemedebista no Conselho de Ética não há razão para afastamento neste momento. "Defendi o afastamento antes porque havia o temor de que Renan pudesse influenciar para que não fosse aberto o processo no Conselho de Ética. Agora, uma vez instalado o procedimento, e tendo até relator já escolhido, não há necessidade", disse Simon. O relator do processo contra Renan será o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Ele se elegeu na chapa da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) quando ela disputou, no ano passado, o governo do Maranhão. Cafeteira é aliado de Renan.
Na mesma linha de Simon, Nery disse que, embora seu partido, o PSOL, tenha defendido o afastamento de Renan do comando da Casa, não considera condição a ausência do peemedebista da presidência neste momento. "A posição do partido foi essa mas a minha, particularmente, nunca foi pelo afastamento dele. Penso que a decisão de se afastar é de foro íntimo e que deve ser tomada apenas se Renan não se sentir confortável no posto até a conclusão do processo", disse Nery.
Para o senador do PSOL, o importante agora é que o conselho trabalhe e que as regras regimentais sejam cumpridas. "Estaremos todos vigilantes", disse. Hoje, Renan voltou a dizer que utilizava Cláudio Gontijo apenas como intermediário para fazer repasses à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos. E negou que tenha usado recursos de terceiros, inclusive da construtora Mendes Júnior.

4 de jun. de 2007

Inflação em SP sobe 0,36% no IPC-S de até 31 de maio

De sete capitais pesquisadas, cinco têm desaceleração de preços na semana
Alessandra Saraiva
RIO - A inflação na cidade de São Paulo acelerou, no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S). Segundo divulgado nesta segunda-feira, 4, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços na cidade subiram 0,36% no indicador de até 31 de maio, ante aumento de 0,29% apurado no IPC-S anterior, de até 22 de maio.
Das sete cidades pesquisadas pelo indicador, apenas a capital paulista registrou aceleração de preços. Entre as restantes, cinco cidades tiveram desaceleração no período.
É o caso de Belo Horizonte (de 0,54% para 0,43%); Brasília (de 0,69% para 0,59%); Porto Alegre (de 0,25% para variação zero); Recife (de 0,25% para 0,10%); e Salvador (de 0,11% para variação zero).
Já a cidade do Rio de Janeiro manteve o mesmo patamar de elevação no período (0,19%).
A taxa completa do IPC-S de até 31 de maio (0,25%), calculada com base nos indicadores destas sete capitais, havia sido na sexta-feira. A cidade de São Paulo é a de maior peso na formação do indicador.

Subserviências ao serviço dos interesses dominantes

Algum jornalismo apresenta informação manipulada para beneficiar directa ou indirectamente a hegemonia de alguns
António Gramsci, da escola marxista, defendia a teoria de que a sociedade estava sujeita “a ideologias dominantes, veiculadas por intermédio dos mass media”. Do meu ponto de vista, a comunicação social (ou os que a controlam) procura, muitas vezes, modelar a consciência das diversas classes, sendo que os iletrados acabam por estar mais vulneráveis. Na Alemanha, sob o regime Nazi, Hitler utilizava os Media para deturpar os acontecimentos. Ele chegou ao cúmulo de encomendar o filme O Homem da Máquina de Filmar que, supostamente, deveria reproduzir um dia na Alemanha de então. Resultado: quem viu o filme ficou com a ideia de que aquilo era uma maravilha e que lá por terem punido um judeu ou outro, não vinha daí o mal ao Mundo.
Arménio Carvalho dos Santos
Provavelmente o leitor estará a perguntar-se: “Então queres trabalhar numa actividade dos Media e só apontas o que está mal”. Não há qualquer incongruência nisso. Pontos positivos nos media há muitos, do qual se destaca o seu carácter pedagógico e de construção intelectual. Mas as correntes de opinião sobre a matéria são suficientes. O que há pouco é quem vocifere contra os feudos que se criaram.
Suponho que o Jornalismo, tal como as outras actividades englobadas nos mass media veicula, muitas vezes, informação manipulada para beneficiar directa ou indirectamente a hegemonia de alguns.
As subserviências acabam por ser os fios condutores das tais “ideologias dominantes” de que Gramsci falava.
Contudo, ainda há, amiúde entre muita manipulação e quiçá censura, o tal “sentimento de denunciação” de que fala Pierre Bourdieu. Falo da função dos media que contempla a pureza de “apontar o dedo”, imparcialmente, ao político que não cumpre as promessas ou ao jurista que usou de tráfico de influências.
Esse é o tipo de ideologias que não deve ser manipulada, mas que também não atinge a catarse pública das perspectivas dos superiores. Não sou um fatalista, no que concerne à comunicação social! Não sou, até porque se o fosse não me adiantaria tecer críticas ou, sequer, debruçar-me sobre os temas aqui tratados.
O que eu defendo é que, apesar da conjuntura do universo dos Media não ser a melhor, o primeiro passo a dar é termos a capacidade de identificar os problemas e os erros. Para além disso, sou demasiado apaixonado pela matéria para me deixar imbuir nos seus “tendões de Aquiles”.
Não digo que no Futuro serei exemplar. Procurarei, isso sim, ser o mais correcto, comigo e com os outros, nas atitudes que tomar.
Há um provérbio que diz “Quem aos vinte não é de esquerda não tem coração; Quem aos quarenta não é de direita não tem cabeça”. Isto significa, sobretudo a nossa necessidade de pertencer a algo, de entrar no campo do normal, do estereótipo.
Assim, espero que daqui a uns vinte anos, quando eu me deixar levar pela censura económica, haja um jovem aspirante a jornalista que me lembre o que escrevi em linhas anteriores.

Álcool: Alencar cobra fim das barreiras nos países ricos

São Paulo, 4 - O presidente em exercício José Alencar ressaltou, durante a abertura da conferência Ethanol Submit - Os desafios da Energia no Século 21, o apoio que o governo brasileiro está dando à produção de biocombustível. Segundo ele, a transformação do etanol em uma commodity global vai impulsionar a criação de emprego e aumento de renda não só no Brasil como no mundo.
Alencar disse também que os biocombustíveis são valiosos para reduzir a instabilidade econômica e política no mundo, mas que para que isso ocorra é necessário que os países mais ricos abram seus mercados para os países em desenvolvimento, tirando barreiras protecionistas.
O presidente em exercício ressaltou a importância da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de outros institutos de pesquisa brasileiros no desenvolvimento do etanol. Ele também destacou a importância da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) como uma nova fonte de financiamento para o setor.
Novos rumos
O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Carvalho, disse que este fórum tem como principal objetivo discutir os novos rumos da energia e o papel do produtor de etanol neste contexto. "Queremos discutir aqui o contraditório. Este não é um fórum em que contratamos palestrantes para dizer o que queremos ouvir e para aplaudir a nós mesmos", disse ele.
O vice-presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), João Guilherme Sabino Ometto, salientou a importância do Estado de São Paulo e de sua indústria no desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de etanol e para o setor automotivo. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, destacou a importância do etanol no combate à poluição nas grandes cidades.
Abastecimento interno
O presidente de Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, disse que a principal dificuldade enfrentada pelo setor hoje está na execução de políticas públicas que assegurem a normalidade do abastecimento interno. "Apesar de não ser uma idéia nova, o setor precisa de estoques de segurança, o que tem sido objetivo de vários governos mas que até agora não teve êxito por falta de verba no orçamento." Chinaglia também destacou a importância do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no desenvolvimento da indústria de etanol.

EUA: Pré-candidatos democratas discordam sobre Iraque

Os candidatos democratas à nomeação para a eleição presidencial dos Estados Unidos em 2008, mostraram no domingo divergências quanto a soluções para o problema do Iraque, no segundo debate televisivo nacionalmente difundido.
O debate realizou-se no Saint Anselm College, em Manchester, no estado de New Hamshire (Costa Leste) e teve a presença da senadora por Nova Iorque, Hillary Clinton, do senador pelo Illinois, Barack Obama e do antigo senador pela Carolina do Norte, Jack Edwards.
Todos eles criticaram a política do actual Presidente, George W. Bush, mas não manifestaram opiniões coincidentes quanto à solução para a crise iraquiana.
John Edwards criticou mesmo a recente decisão do Congresso, já vetada por Bush, por estabelecer uma data para o início da retirada norte-americana do Iraque. «É a diferença entre a liderar e legislar», disse.
Edwards foi imediatamente visado por Obama, que lembrou ter-se oposto à guerra desde o início e que o seu interlocutor tinha «quatro anos e meio de atraso no que respeita a autoridade para se pronunciar sobre a matéria». Edwards votou a favor da invasão do Iraque em 2002.
Hillary Clinton, favorita nas sondagens entre os democratas, disse ser «importante sublinhar que se trata de uma guerra de George W. Bush. Ele é responsável pela guerra, ele começou a guerra, ele geriu mal a guerra e recusa-se a pôr fim à guerra.»
Hillary Clinton e Barack Obama votaram favoravelmente a decisão do Congresso vetada por Bush e criticada por Edwards.
No que respeita à luta contra o terrorismo, voltaram a emergir diferenças. Edwards disse que a guerra global contra o terrorismo é um «slogan político, um autocolante, e é tudo».
Hillary Clinton não concordou. Disse que, como senadora por Nova Iorque, viu «em primeira-mão o terrível dano que pode ser infligido ao país por um pequeno bando de terroristas». No entanto, disse, «vivemos num mundo mais seguro do que antes.»
Obama discordou de Hillary Clinton: «Vivemos num mundo mais perigoso, em parte em consequência das acções deste Presidente.»
Hillary Clinton lembrou que os três candidatos têm «perspectivas diferentes», mas que as suas diferenças «são menores, enquanto as divergências com os republicanos são maiores».
Diário Digital / Lusa