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6 de ago. de 2007

Olmert e Abbas reúnem-se para discutir futuro Estado palestino

Por Adam Entous

JERICÓ, Cisjordânia (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, encontrou-se nesta segunda-feira com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, na Cisjordânia, abrindo o debate sobre "princípios" gerais de um Estado palestino, antes de uma conferência sobre o tema ainda neste ano.

Depois de meses de resistência, Olmert concordou em ampliar as discussões com Abbas, a fim de incluir "temas fundamentais" para a criação de um Estado palestino e de acabar com o conflito na região, disseram autoridades dos Estados Unidos e palestinas.

Mas não está claro se Olmert, cuja popularidade despencou depois da guerra no Líbano no ano passado, poderá fazer grandes concessões -- principalmente para retirar assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada.

Também continua indefinido como Abbas poderá cumprir acordos com o grupo islâmico Hamas, que prega a destruição de Israel e controla a Faixa de Gaza. O dirigente do Hamas Sami Abu Zuhri disse que o "inimigo israelense" está explorando as negociações para melhorar sua imagem e não dará nada em troca ao povo palestino.

O gabinete de Olmert recusou-se a divulgar os temas da agenda do encontro. Mas, segundo o assessor de Abbas Saeb Erekat, os assuntos seriam relacionados a fronteiras, o status de Jerusalém e o destino dos refugiados palestinos.

Com um forte esquema de segurança, Olmert e Abbas reuniram-se em um hotel em Jericó, a menos de um quilômetro do último posto de controle israelense na entrada da Cisjordânia. De acordo com autoridades palestinas, Olmert é o primeiro premiê israelense a visitar uma cidade palestina em mais de seis anos.

Se Olmert e Abbas concordarem com alguns "princípios", os temas serão apresentados em uma conferência patrocinada pelos Estados Unidos e programada para novembro, disseram autoridades israelenses e ocidentais.

(Com reportagem de Nidal al-Mughrabi em Gaza)

5 de ago. de 2007

Irã: suspender programa nuclear é inaceitável

O Irã reiterou neste domingo que a suspensão do enriquecimento de urânio é "absolutamente inaceitável" para o país, através do porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Mohamad Ali Hosseini.

Hosseini reafirmou, além disso, que a suspensão "não será resultado das negociações" que seu país mantém com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a União Européia (UE) para solucionar a disputa pelas atividades nucleares iranianas.

- Este é um assunto vital para o Irã (...) a suspensão é absolutamente inaceitável - recalcou Hosseini em sua entrevista coletiva semanal em Teerã.

O porta-voz comentava uma informação publicada recentemente por um semanário alemão, segundo o qual o principal negociador iraniano, Ali Larijani, não descartava que seu país poderia frear o enriquecimento como resultado de suas negociações com o chefe da diplomacia da UE, Javier Solana.

- Eu mesmo falei com o senhor Larijani (...) suas declarações foram publicadas de forma incorreta - acrescentou Hosseini.

O Irã também mantém negociações com a AIEA para tentar encontrar um "plano marco" para solucionar as "questões pendentes" relativas ao programa nuclear iraniano, que Teerã assegura que tem fins pacíficos.

Com essas conversas, a República Islâmica tenta conseguir que o caso nuclear seja tratado pela AIEA e não pelo Conselho de Segurança da ONU, para evitar que seja alvo de novas sanções internacionais.

EUA e a UE suspeitam que o Irã desenvolve um programa militar secreto e pressionam para que este país abandone o enriquecimento de urânio, que tem duplo uso, pacífico e militar.

Da Agência O Globo

4 de ago. de 2007

Alonso é pole no GP da Hungria de Fórmula 1

Do Diário OnLine

O espanhol Fernando Alonso, da McLaren, obteve o melhor tempo no treino de classificação deste sábado e largará na pole position no Grande Prêmio de Fórmula 1 da Hungria, que acontece amanhã, a partir das 9h (horário de Brasília), no circuito de Hungaroring.

Esta é a segunda liderança de Alonso em 2007, depois do GP de Mônaco. O espanhol dividirá a primeira fila do grid de largada com o companheiro de equipe, o britânico Lewis Hamilton, atual líder do Mundial com dois pontos de vantagem sobre o espanhol. Caso vença a corrida desta domingo, Alonso poderá reassumir a liderança do Mundial.

A segunda fila terá a BMW Sauber do alemão Nick Heidfeld e a Ferrari do finlandês Kimi Raikkonen. O brasileiro Felipe Massa, também da Ferrari, teve problemas no carro na segunda parte do treino e não conseguiu uma vaga na fase final da classificação. Massa começará a corrida na 14ª posição. Já Rubens Barrichello não passou da primeira parte do treino e largará na 18ª posição no grid.

Confira o grid de largada do GP da Hungria:

1ª fila:Fernando Alonso (ESP/McLaren-Mercedes) 1:19.674 (média: 197,952 km/h)Lewis Hamilton (GBR/McLaren-Mercedes) 1:19.781

2ª fila:Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber) 1:20.259Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) 1:20.410

3ª fila:Nico Rosberg (ALE/Williams-BMW) 1:20.632Ralf Schumacher (ALE/Toyota) 1:20.714

4ª fila:Robert Kubica (POL/BMW Sauber) 1:20.876Giancarlo Fisichella (ITA/Renault) 1:21.079

5ª fila:Jarno Trulli (ITA/Toyota) 1:21.206Mark Webber (AUS/Red Bull) 1:21.256

6ª fila:David Coulthard (GBR/Red Bull) 1:20.718Heikki Kovalainen (FIN/Renault) 1:20.779

7ª fila:Alexander Wurz (AUT/Williams-BMW) 1:20.865Felipe Massa (BRA/Ferrari) 1:21.021

8ª fila:Anthony Davidson (GBR/Super Aguri F1 Team) 1:21.127Vitantonio Liuzzi (ITA/Toro Rosso) 1:21.993

9ª fila:Jenson Button (GBR/Honda) 1:21.737Rubens Barrichello (BRA/Honda) 1:21.877

10ª fila:Takuma Sato (JAP/Super Aguri F1 Team) 1:22.143Sebastian Vettel (ALE/Toro Rosso) 1:22.177

11ª fila:Adrian Sutil (ALE/Spyker MF1) 1:22.737

3 de ago. de 2007

Morre suspeito queimado em ataque a aeroporto de Glasgow

Por Adrian Croft

LONDRES (Reuters) - Um homem que participou de um complô de ataque na Grã-Bretanha morreu no hospital, após sofrer queimaduras graves em um atentado contra um aeroporto da Escócia quase cinco semanas atrás, informou nesta sexta-feira a polícia.

O indiano Kafeel Ahmed, 27, era um dos dois ocupantes de um jipe que avançou contra o aeroporto de Glasgow no dia 30 de junho. O veículo incendiou-se, mas não houve vítimas no local e os dois homens foram presos.

Ahmed morreu na noite de quinta-feira, depois de ficar internado com 90 por cento do corpo queimado. A polícia manteve o engenheiro da Índia sob vigilância armada no hospital, mas não conseguiu entrevistá-lo porque ele estava em coma.

No dia anterior ao incidente no aeroporto, foram encontrados dois carros no centro de Londres com bombas e botijões de gás, combustível e pregos, mas que não explodiram.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, já falou sobre uma ligação da rede Al Qaeda com o complô, pelo qual três médicos do Iraque, Jordânia e Índia foram indiciados.

Os ataques frustrados em Londres e na Escócia levaram a Grã-Bretanha a aumentar por dias seu alerta de segurança para "crítico", o nível mais alto.

(Com reportagem de Paul Majendie)

Venda de genérico cresce 23% no País

MEDICAMENTOS

Ana Mary C. Cavalcante da Redação

O mercado de medicamentos genéricos cresceu 23,2% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2006. Isso é resultado de uma melhor divulgação para o consumidor, mas também significa que o mercado pode crescer mais.

De janeiro a junho deste ano, foram vendidas 111,5 milhões de unidades de medicamentos genéricos no Brasil, segundo o IMS Health. A pesquisa foi divulgada ontem pela Associação Brasileira de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos) e atesta um crescimento de 23,2% no volume de unidades comercializadas no primeiro semestre de 2007 - no mesmo período de 2006, foram 90,6 milhões.

O Sudeste registra a maior evolução de participação média de mercado dos genéricos, 5,30%, e o Norte, a menor, com 10,5%. Mas todos os cinco mercados regionais de genéricos cresceram, ainda que com aumentos distintos por estados. Minas Gerais alcança o topo do ranking nacional, com 19,01% de market share (participação no mercado. Ou seja, de cada cem medicamentos vendidos, cerca de 19 são genéricos). O Ceará está em um patamar baixo, com 9,6%. Na região Nordeste, o Estado supera apenas o Maranhão - que tem a menor média de participação de mercado dos genéricos, com 9%.

A ampliação da oferta de medicamentos genéricos - atualmente, são 1.600 listados, destaca a Pro Genéricos - é um dos fatores que contribuem para o crescimento da procura. "Você pode tratar praticamente toda doença com medicamento genérico", informa Odnir Finotti, vice-presidente da Pro Genéricos. Aliada a isso, continua Finotti, há a economia: o genérico já chega à farmácia, pelo menos, 35% mais barato do que o concorrente "de marca". E a diferença de preços pode chegar a 70%.

"A cada ano, o genérico vai se popularizando", observa o Jorge Luís, farmacêutico-bioquímico de uma das filiais da rede Pague Menos. Isso também significa que o consumidor está adquirindo mais conhecimento sobre as opções na farmácia. "Tanto o próprio cliente já sabe sobre o genérico, quanto o médico já coloca na receita o princípio ativo. Assim, o consumidor pode escolher qual o genérico mais barato", comenta Luís. Mas, para o gerente da Farmácia Droga Forte (avenida Antônio Sales), ainda falta divulgação. "Devido aqui ser o setor da Aldeota, poucos médicos prescrevem o genérico. Quem prescreve mais são os médicos da rede pública", diz Silvestre Araújo Vasconcelos. Os medicamentos genéricos que controlam a hipertensão lideram a lista dos mais vendidos ali. "O pessoal que se habituou a comprar o genérico não muda mais", conclui Vasconcelos.

TAM: “Avião estava em ‘perfeitas condições"

O Airbus A320 da TAM que causou o pior acidente da história da aviação brasileira estava em “perfeitas condições” de uso, segundo o presidente da companhia aérea, Marco Antonio Bologna. O avião fazia, na terça-feira, o vôo JJ 3054 e explodiu após se chocar contra um terminal de cargas da própria TAM, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com 186 pessoas a bordo. Perguntado sobre a capacidade do Airbus e se estaria com passageiros além da capacidade, Bologna declarou que o vôo estava “com 100% de aproveitamento”. Inicialmente, respondeu que o avião dispõe de 174 assentos para passageiros, além de outros dois na cabine e mais quatro para os tripulantes, o que totalizaria 180. Em seguida, corrigiu-se e afirmou que o número pode variar, não ultrapassando “185 almas a bordo”.

Embora considere recomendável aguardar a conclusão das investigações antes de opinar sobre as possíveis causas do acidente, Bo-logna disse que a falta de groovings (ranhuras feitas na pista para permitir o escoamento da água da chuva) não impede que o aeroporto funcione. “A pista de Congonhas foi reformada recentemente e o que não foi realizado [os groovings] não a torna inope-rante, nem menos segura. O seu funcionamento depende não só das condições da lâmina d´água, como de vento. Então, depende muito da ocasião. A pista já foi utilizada sem ranhuras antes da reforma da pista. O importante é que aguardemos pelo fim das investigações para falar sobre as causas do acidente”.

Bologna alegou que o aeroporto, no passado, já operou com mais vôos do que hoje. No entanto, não afastou a possibilidade de reduzir a quantidade de vôos caso a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determine. “A TAM é cumpridora das determinações do poder con-cedente”. Perguntado sobre a crise que o setor aéreo atravessa desde o acidente com o Boeing da Gol, em setembro de 2006, o presidente da TAM disse que a discussão é “mais ampla”.

“Acho que o Brasil vive um momento bastante forte de crescimento de renda, o que gerou um aumento do número de passageiros. Existem alguns problemas infra-estruturais, mas eu acredito que as autoridades já estão procurando tomar as providências”.

Sobre o número de funcionários que estavam no terminal de cargas no horário do acidente, o presidente da TAM estimou entre 55 e 60, mas não informou quantos morreram. “Em horários de pico”, completou, “o total pode chegar a 380 funcionários, entre próprios e terceiriza-dos”.

Caixa-preta será analisada nos EUA

O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, afirma que em 30 dias fica pronta a perícia da caixa-preta do Airbus A320 da TAM que bateu em um terminal de cargas da própria companhia no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

A caixa-preta do avião foi encontrada na madrugada de ontem e segue para análise de especialistas. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Saito, que está em São Paulo acompanhando as investigações, informou na manhã de ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a caixa-preta será enviada aos Estados Unidos, ao National Transportation Safety Board, orgão norte-americano que será responsável pela análise das informações do vôo. O prazo para entrega do resultado pode ser prorrogado por mais um mês.

Conforme a secretaria, Saito explicou que, com a análise da caixa, será possível saber a velocidade do avião no momento da colisão, conversas entre os pilotos e se eles tentaram arremeter (realizar a decolagem imediatamente após tocar o solo), o que permitirá investigação relativamente mais rápida.

O comandante reiterou que ainda é precipitado tirar conclusões sobre as causas do acidente. (AB).

Parentes de vítimas serão indenizados

O presidente da TAM, Marco Antônio Bologna, ga-rantiu ontem que todas as vítimas do acidente aéreo serão indenizadas. O avião A320 da TAM tinha capacidade para 185 pessoas, mas estava com 186 pessoas a bordo em função de um bebê. Bo-logna disse que isso é permitido. Inclusive, garantiu que todas as vítimas estavam asseguradas.

Segundo Bologna, o avião tinha uma máscara extra em cada fileira - o que possibilitaria ter ainda mais bebês na aeronave.

O vice-presidente técnico da TAM, Rui Amparo, disse ontem que o avião não tinha nenhum problema técnico, e que a última revisão foi feita no dia 13 de junho. A aeronave tinha 26.320 mil horas de vôo.

Perguntado se houve algum problema com o reverso da turbina (que ajuda no pouso), Bologna disse que preferia não se pronunciar agora, pois quer esperar uma investigação completa. (AB)