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13 de set. de 2007

Manchetes dos jornais de hoje

Congresso em Foco

Jornal do Brasil Crise sem data para acabar

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conquistou ontem a primeira vitória na tentativa de se livrar das acusações de corrupção e outras irregularidades que enfrenta. Em sessão fechada, o espírito de corpo e as articulações do Palácio do Planalto em defesa da coalizão governista, que tem o PMDB de Renan como um de seus principais expoentes, ecoaram mais alto do que as manifestações populares por justiça. Por 40 votos a 35 e seis abstenções, Renan foi absolvido pelo plenário da Casa da primeira representação por quebra de decoro apreciada pelo Conselho de Ética. Restam três.

Eram necessários 41 votos para que o peemedebista fosse cassado. Embora ainda esteja enfraquecido no comando do Senado, Renan só deve se licenciar do cargo se perceber que sua situação se tornou insustentável. A crise, no entanto, continuará a prejudicar os trabalhos do Congresso. Pior para o governo, que terá dificuldades em aprovar projetos importantes no Senado, entre eles a proposta de emenda constitucional que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Renan intimidou colegas

Em seu discurso de defesa, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), apelou para o corporativismo, intimidou alguns colegas e chegou a discutir com a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). A sessão foi fechada, mas, diferentemente de como o pretendido pelos aliados de Renan, não foi secreta. Declarações e diálogos foram relatados pelos participantes do julgamento do parlamentar, acusado de receber a ajuda de um lobista para pagar contas pessoais.

Renan acusou Heloísa Helena - presidente do PSOL e advogada de acusação na sessão - de ter sonegado mais de R$ 1 milhão do Fisco. A ex-senadora negou. Em uma ríspida discussão, Renan disse que ela teria de lavar a boca com água oxigenada antes de falar com ele. Helena rebateu. Respondeu que era o presidente do Senado quem deveria lavar a boca com água sanitária antes de falar com ela.

Senadores querem adiantar investigações

Com fôlego renovado pela absolvição, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda não está tranqüilo. Ele é alvo de mais dois processos no Conselho de Ética da Casa. E não só Renan está preocupado com as conseqüências. Parte dos senadores já se mobiliza para, de maneira que não se enfraqueçam as apurações, os casos sejam apensados - juntados em um só para não atrapalhar a rotina da Casa, liberar a pauta e evitar que outros dois pedidos de cassação cheguem a plenário e desgaste mais a instituição.

Uma confraria de velhos amigos

Por ser uma Casa menor, o Senado muitas vezes lembra um clube de amigos onde as rivalidades políticas não costumam chegar a extremismos. O longo processo contra Renan, segundo especialistas, provou isso: o constrangimento de grande parte dos 81 integrantes da Casa em investigar um colega era enorme. A tomada de posição das bancadas do PSDB e do DEM pela cassação, por exemplo, só ocorreu na véspera do julgamento.

O sentimento de cautela vem de longe. O Senado existe desde o Império e até um assassinato foi cometido no plenário. Em 5 de dezembro de 1963, o senador alagoano Arnon de Mello (UDN) matou, com um tiro no peito, o colega acreano José Kairala em plena tribuna. O pai do ex-presidente Fernando Collor tinha a intenção de disparar contra o inimigo político e errou os disparos.

Folha de S. Paulo

PT e voto secreto absolvem Renan Calheiros no Senado

Em votação secreta na qual o governo Lula e o PT tiveram ação decisiva, o plenário do Senado absolveu o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), do primeiro processo de cassação do mandato por quebra de decoro a que ele está sendo submetido. Optaram pela absolvição 40 senadores; 35 foram contra. Houve seis abstenções. Na prática, as abstenções selaram o desfecho do caso, já que eram necessários 41 dos 81 votos para aprovar a cassação.

Em discurso, Renan ameaça adversários

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) fez um discurso de 36 minutos em sua defesa, em que abusou da emoção e da condição de vítima, mas também encontrou tempo para ameaçar, mandar recados e ir para cima de adversários.

A Folha acompanhou parte da fala por meio do telefone celular de um dos presentes à sessão de ontem. A ex-senadora Heloisa Helena (AL), presidente do PSOL e alçada à condição de principal acusadora no processo, foi surpreendida ao final do discurso por um Renan alterado, que brandia uma folha de papel. "Vossa Excelência é sonegadora de R$ 1 milhão", disse Renan, em referência a processo que ela sofre por ter deixado de recolher imposto sobre verbas parlamentares quando era deputada estadual, nos anos 90.

Do fundo do plenário, Heloisa respondeu no mesmo tom. "Não é verdade! Não é verdade! Vossa Excelência passe água sanitária na boca antes de falar meu nome", disse. Renan arrematou: "E Vossa Excelência passe água oxigenada na boca para falar de mim".

Suplicy diz ter votado pela cassação do senador

Eduardo Suplicy (PT-SP), que não declarara sua posição antes, diz que avaliou que houve quebra de decoro. Para ele, um dos principais pontos contra Renan foi o fato dele ter apresentado emenda ao Orçamento para obra da Mendes Júnior no Porto de Maceió. O petista disse que considerou grave também ele não ter declarado empréstimo que tomou na locadora Costa Dourada.

Pressão do Planalto foi decisiva para impedir a cassação

A ação do Palácio do Planalto e do PT foram decisivas para evitar a cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), apurou a Folha.

Apesar do placar mais favorável a Renan do que o esperado, o governo e aliados do peemedebista vão insistir nos próximos dias na hipótese de licença da presidência do Senado. Desejam lhe propor saída de cena temporária, enquanto seriam reconstruídas relações com a oposição para o governo tentar aprovar a prorrogação da CPMF (imposto do cheque).

Na prática, o governo considera que Renan obteve 46 votos a seu favor -40 contrários à cassação e 6 abstenções. Os senadores que votaram pela cassação foram 35. Esse placar, relevante numa casa de 81 integrantes na qual o governo Lula sempre teve maioria estreita, pode levar Renan a resistir à hipótese de licença, algo que ele nega publicamente.

Na Dinamarca, Lula nada diz sobre resultado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi informado da absolvição de Renan Calheiros quando tomava café e conversava com a rainha Margrethe 2ª, da Dinamarca, junto com sua mulher, Marisa Letícia, e o príncipe consorte Hendrik. Não fez comentários.

Lula foi homenageado com um banquete de gala, na noite de ontem, no castelo de Fredensborg, residência de primavera e outono da família real. Foi ao terminar o banquete que chegou o telefonema anunciando a absolvição, logo transmitida ao presidente.

A avaliação ouvida pela Folha junto à comitiva presidencial é a de que o resultado deve ser recebido com a mesma normalidade com que se aceitou a abertura de processo contra os políticos envolvidos no caso do mensalão decidida pelo STF.

O Estado de S. Paulo

Governistas e abstenções definiram resultado

A abstenção de seis senadores, o trabalho explícito dos líderes governistas a seu favor - a começar pelos do PT - e as ameaças aos colegas levaram ontem o plenário a absolver o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no processo que pedia sua cassação por quebra de decoro parlamentar. Quarenta senadores votaram pela absolvição, 35 pela cassação e 6 se abstiveram.

Na prática, 46 senadores salvaram Renan e passaram por cima do parecer de Marisa Serrano (PSDB-MS) e Renato Casagrande (PSB-ES) aprovado no Conselho de Ética por 11 votos a 4. Em um dos primeiros telefonemas para um amigo, logo depois de encerrada a sessão, Renan disse apenas: "Sobrevivi.

"Puxado pela demanda interna, PIB cresce 5,4% no 2º trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 5,4% no segundo trimestre do ano na comparação com o mesmo período de 2006 e acumulou alta de 4,9% no primeiro semestre. Foi o 22º crescimento trimestral, seqüência recorde na série histórica do PIB.

O principal destaque pela ótica da demanda no trimestre foi o desempenho dos investimentos (13,8%), maior taxa desde o mesmo período em 2004, junto com o consumo das famílias (5,7%) e indústria (6,8%). O resultado mostrou que a demanda interna se consolidou como o motor do crescimento.

Correio Braziliense

Voto secreto salva Renan da guilhotina

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conseguiu preservar seu mandato ontem, na votação secreta em plenário. Foram 40 votos pela absolvição, 35 pela cassação e seis abstenções. O resultado não encerrou a crise política na Casa. Renan ainda responde a outros processos por quebra de decoro no Conselho de Ética. Aliados políticos e o governo Lula querem que ele se afaste da Presidência até o julgamento de todas as representações. Ele resiste. Espera ser fortalecido pelo resultado de ontem e pretende retomar o diálogo com os partidos para manter o cargo. Vencida, a oposição aposta na pressão da opinião pública para continuar o cerco sobre ele.

O resultado de ontem criou um complicado equilíbrio dentro do Senado. A oposição ficou longe dos 41 votos necessários para a cassação. Mas Renan tampouco obteve a maioria absoluta. Menos da metade dos 81 senadores votou por sua absolvição. Tudo por conta das seis abstenções. Esses votos foram um recado político de aliados que não queriam cassá-lo, mas também não desejam sua permanência na Presidência da Casa.

Traições por todos os lados

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve principalmente aos senadores Aloizio Mercadante (PT-SP) e José Sarney (PMDB-AP) a sua absolvição em plenário. Mercadante teria conseguido segurar os votos dos senadores petistas que pretendiam votar a favor da cassação. Sarney manteve o firme apoio de seu grupo e mobilizou votos a favor de Renan não somente no PMDB, como no DEM, onde o senador Edison Lobão (DEM-MA) é apontado como a única defecção na bancada. Para a oposição, houve um acordo do PT com Renan, cujos termos ainda não foram revelados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria orientado a bancada a não votar pela cassação em nenhuma hipótese.

No Senado, socos, tapas e pontapés

O dia do julgamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), começou com cenas de pugilismo. Deputados trocaram socos e pontapés com seguranças da Polícia Legislativa antes da sessão que absolveu ontem o presidente do Senado. A confusão foi motivada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a entrada de deputados na sessão.

Acompanhados de outros colegas de Câmara, Raul Jungmann (PPS-PE) e Fernando Gabeira (PV-RJ) tentaram entrar no plenário pela porta principal. A ordem da Polícia Legislativa do Senado era liberar o acesso dos deputados apenas pela porta da tribuna, que fica ao lado. Os seguranças, então, barraram os deputados. Jungmann e Gabeira reagiram e tentaram entrar à força. Resultado: empurra-empurra e socos entre eles e os seguranças.

Sessão aberta vira debate no STF

Depois de duas horas de discussões, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram ontem manter a liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski, permitindo que 13 deputados assistissem à sessão de julgamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Por seis votos a quatro, os ministros entenderam que o fato de o senador peemedebista exercer simultaneamente a função de presidente do Congresso Nacional e do Senado o coloca como líder também dos deputados federais. Ao falar sobre sua decisão, Lewandowski afirmou entender que os deputados reivindicavam um direito constitucional. “Não abri a sessão a desconhecidos ou a qualquer pessoa. Abri a sessão a deputados, visto que eles também compõem o Poder Legislativo, cujo líder estava sendo julgado”, justificou.

Peemedebista prega reconciliação

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), optou por uma comemoração discreta pela absolvição em plenário. Nem festa nem orações na igreja, como chegou a cogitar. Depois de cumprimentar um a um os colegas no plenário, ele seguiu para casa e preferiu divulgar uma nota pública. Seis parágrafos curtos, porém, foram suficientes para ele dar um recado tanto aos aliados quanto aos adversários. Renan sugeriu que não pedirá licença da Presidência do Senado. Ao contrário. Pregou a conciliação. Avisou que não guarda mágoas e vai, na próxima semana, buscar reconstruir relações na Casa para retomar as votações.

Absolvição ajuda Lula e atordoa a oposição

Os aliados de Renan Calheiros terminaram o dia com uma sensação que tinha se tornado cada vez mais rara: a vitória. Depois de perder no Conselho de Ética, na Mesa Diretora e na Comissão de Constituição e Justiça, ganharam a batalha do plenário. Os integrantes da tropa de choque de Renan comemoraram ostensivamente. Primeiro, dentro do plenário. Depois, nas entrevistas. Os senadores Almeida Lima (PMDB-SE), Wellington Salgado (PMDB-MG) e Gilvam Borges (PMDB-AP) são a face mais ruidosa do lado vencedor ontem. Mas estão longe de ser a única.

Outros personagens, bem mais discretos, foram decisivos. Um deles é o senador José Sarney (PMDB-AP). Mais uma vez, ele deu mostras de habilidade política. Nunca se pronunciou em público a favor de Renan. Não falou nem mesmo na sessão secreta de ontem. Mas foi seu principal conselheiro. Organizou encontros entre eles e outros senadores em sua casa. Fez a interlocução com o Palácio do Planalto. Ao mesmo tempo, deixava que seu nome fosse especulado como possível sucessor de Renan em caso de cassação.

Kate McCann se queixa de Madeleine em diário, diz jornal

Jornal português afirma que mãe teria deixado em branco página do dia em que a filha desapareceu em Portugal

Ansa

LONDRES - A imprensa britânica afirmou nesta quinta-feira, 13, que a mãe de Madeleine, Kate McCann, se queixava constantemente do comportamento dos três filhos, especialmente a menina mais velha, qualificada como uma criança "muito ativa" por ela. O jornal português Correio da Manhã diz ainda que no dia 3 de maio, quando a menina desapareceu, não há nenhuma anotação escrita.

AP O casal negou repetidas vezes qualquer envolvimento no desaparecimento de sua filha

Segundo informou em Londres a emissora Sky News, em seu diário pessoal, a médica inglesa Kate, de 39 anos, conta que perde todas as suas energias cuidando de seus três filhos e que Madeleine é a mais problemática.

Vários jornais portugueses afirmam que a polícia Judiciária viu o diário de Kate aberto no apartamento do complexo turístico de Ocean Club que a alugou em Praia da Luz. A Sky News duvidou da veracidade das informações da imprensa portuguesa, e considerou suspeito que não incluam fontes da polícia ou da investigação judicial.

Enquanto isso, o juiz de instrução criminal encarregado do caso autorizou a polícia britânica a apreender o diário pessoal de Kate e o laptop de seu marido, o cardiologista Gerry, além de papéis e documentos do casal. Com o material, os especialistas do caso buscarão ainda demonstrar "o estado mental" da mãe de Madeleine nos dias posteriores ao desaparecimento da garota.

Cuddle Cat

Os meios de comunicação de Portugal afirmaram também que os cães farejadores britânicos teriam detectado odor de cadáver decomposto no trajeto entre apartamento dos McCann e a igreja da cidade, onde o casal rezava durante a estada no país.

De acordo com o tablóide inglês The Sun, os detetives acreditam que o corpo da menor foi escondido fora da igreja de Praia da Luz, de onde pode ter sido levado posteriormente em um veículo que o casal McCann alugou três semanas após o desaparecimento da criança. A teoria está inclusa no dossiê que a polícia portuguesa entregou na última terça à Procuradoria Geral, que por sua vez delegou o caso a um juiz de instrução criminal.

Esse odor, segundo a imprensa portuguesa, também teria sido detectado em várias roupas de Kate, como também em um brinquedo de Madeleine que a médica leva consigo como um amuleto, o Cuddle Cat. A Sky informou que os detetives já estariam em posse destes objetos. A irmã de Kate, Philomena McCann, declarou que a possibilidade de a polícia britânica apreender o brinquedo de Maddie "é uma desgraça".

O porta-voz oficial dos McCann, David Hughes, negou-se a confirmar as notícias da imprensa britânica, mas disse que o Cuddle Cat foi submetido a análises forenses. Inquérito

Esta semana, os detetives entregaram um documento de 4 mil folhas com evidências ao fiscal geral da região de Algarve, José Cunha de Magalhães e Meneses, o qual por sua vez passou as primeiras 10 páginas ao juiz de instrução.

Enquanto isso, os McCann confirmaram que não utilizarão os fundos econômicos do grupo Find Madeleine para pagar por seus custos legais de defesa.

Gerry e Kate McCann arrecadaram um milhão de libras desde o lançamento do fundo, em maio, após o desaparecimento da filha de quatro anos do casal durante férias da família em Portugal.

O laptop que a polícia quer analisar havia sido utilizado por Gerry McCann para escrever seu blog diário no site http://www.findmadeleine.com/, como também para enviar e-mails.

O casal poderá ser acusado formalmente pelo desaparecimento de sua filha, após terem sido declarados na semana passada "suspeitos oficiais", do caso.

12 de set. de 2007

Manchetes dos jornais de hoje

Veja as manchetes dos principais jornais brasileiros Congresso em Foco

Jornal do Brasil

Planalto promete a salvação

Na véspera da sessão que definirá o futuro político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o Palácio do Planalto entrou de corpo e alma para salvar a pele do aliado. Mas estipulou seu preço. Renan terá de se comprometer com todas as letras a se licenciar da presidência da Casa para que o governo se mobilize pela captação dos votos dos senadores ditos indecisos.

O acordo proposto pelo Planalto é o de que o presidente do Senado, primeiro a discursar na sessão secreta convocada para as 11h, anuncie seu licenciamento. Feito isso, o governo entra em campo para virar a favor de Renan os votos de 11 parlamentares que aguardam o termômetro da sessão para decidir para qual lado penderão seus votos.

Até o início da noite de ontem, Renan ainda não tinha batido o martelo sobre a questão. Em público, repetiu seguidas vezes que a licença do cargo de presidente do Senado ou a renúncia não fariam parte de seus planos. O tom, nas conversas reservadas, era bem diferente.

Força Nacional trabalha de graça no Rio desde o Pan

Enquanto o secretário nacional de Segurança Pública (Senasp), Antônio Carlos Biscaia, anuncia a permanência definitiva de 1.200 homens da Força Nacional de Segurança (FNS) no Rio, boa parte do atual efetivo da tropa de elite federal não sabe o que é salário desde o dia 21 de julho - quando tinham se passado oito dias do início dos Jogos Pan-Americanos. Muitos soldados se mantêm apenas com os salários de seus respectivos Estados e, insatisfeitos, ameaçam uma debandada geral caso a situação não se resolva até segunda-feira.

Depois do ataque ao trem ocorrido segunda-feira no Jacarezinho, Biscaia acenou com a permanência das tropas como uma das soluções para a violência no Rio, mesmo sabendo que desde o Pan os soldados não recebem salários. Todos os policiais da FNS que trabalharam no Rio teriam direito a receber diária dobrada durante os Jogos, de acordo com o Decreto presidencial nº 6.145, publicado no início de julho. Os policiais, porém, receberam apenas a diária única de R$ 120 e, desde 21 de julho, não viram mais a cor do dinheiro. Procurada, a Senasp prometeu responder quando resolveria a situação e quantos estão com salários atrasados. Cada um tem até R$ 6.120 a receber.

Folha de S. Paulo

41 senadores afirmam votar hoje pela cassação de Renan

A maioria dos 81 integrantes do Senado declarou à Folha que votará na sessão fechada de hoje pela cassação do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Se os 41 parlamentares mantiverem, no voto secreto, a posição manifestada publicamente, Renan será o primeiro ocupante do cargo a perder o mandato. Aliados e adversários dele dizem apenas que a votação será apertada, mas não arriscam prognóstico sobre o desfecho.

Senado restringe o uso de celulares e proíbe laptops

A polêmica sessão secreta que decidirá o futuro do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) ocorrerá sob forte esquema de proteção ao plenário, com a restrição do uso de celulares pelos senadores -eles poderão usar o telefone somente em "emergências"- e proibição de laptops ou outra forma de comunicação.

Para que os discursos feitos por Renan e pelos demais senadores não sejam ouvidos nas imediações do plenário, os microfones das tribunas serão desligados. Os telefones fixos do plenário foram retirados.

Na noite de ontem, a Polícia Legislativa começou uma varredura no plenário em busca de escutas, gravadores e grampos. Hoje, repetirá o procedimento horas antes do início da sessão. A varredura é feita com um detector de ondas magnéticas.

A segurança da Casa afirmou que fará controle rígido da presença de pessoal nos corredores da Casa. A visitação pública foi suspensa hoje na galeria e no plenário. O plenário ficará lacrado, com cordão de isolamento, das 7h às 11h, quando está previsto o início da sessão.

Suplicy e Mercadante se recusam a revelar voto sobre a cassação

Na véspera da votação que vai definir o futuro do presidente do Senado, Renan Calheiros, 41 senadores declararam à Folha que votarão pela cassação hoje. Para que a perda do mandato ocorra é preciso o voto de no mínimo 41 dos 81 senadores -maioria absoluta, independentemente do quórum. No entanto, como o voto é secreto, são esperadas traições e mudanças de lado a lado.

Amparados no sigilo do voto, 29 senadores (35% da Casa) se recusaram a revelar como pretendem se posicionar.

O PT, que sempre defendeu o voto aberto, tem o maior número de senadores que não revelam a decisão -8 dos 12 petistas na Casa. "A gente não pode prejulgar, tem que ouvir a defesa até o final", disse Aloizio Mercadante (PT-SP). Além dele, não declararam seus votos os petistas Delcídio Amaral (MS), Eduardo Suplicy (SP), Fátima Cleide (RO), Ideli Salvatti (SC), Serys Slhessarenko (MS), Sibá Machado (AC) e Tião Viana (AC).

Renan pede que senadores não votem sua "morte"

Em documento de 13 páginas enviado ontem às casas de 80 senadores, Renan Calheiros (PMDB-AL) apela aos colegas para que não aprovem hoje sua "morte política", já que a cassação resultará em uma inelegibilidade até janeiro de 2019.Nas correspondências, despachadas com selo de "urgente", pede que os senadores separem "fatos de factóides".

Lula diz que caso Renan termina hoje no Senado

Na véspera da votação que decidirá o futuro político de Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou ontem eventuais problemas para o governo caso o senador permaneça no comando do Congresso.

Em Estocolmo, segunda etapa de um giro que o levará ainda a dois outros países nórdicos e à Espanha, Lula disse que o "momento do Senado" no caso Renan acaba hoje, dia em que o plenário vota processo de cassação contra o peemedebista, e que o veredicto deve ser acatado, "qualquer que seja ele".

"Eu não posso acreditar numa moeda de uma única face. Quer dizer que se absolver o Renan vai ter problema e se condenar não tem problema?", questionou, em uma breve coletiva de imprensa.

Lula tentou amenizar os reflexos da decisão de hoje sobre o Palácio do Planalto, sobretudo em termos de votação de interesse do governo no Congresso. Sua posição, ao menos publicamente, também mostrou-se contrária a interpretações tanto de aliados quanto de oposicionistas, de que mesmo absolvido, Renan pode não ter força política para continuar dirigindo a Casa porque teria dificuldades em pôr fim à crise.

O Estado de S. Paulo

Considerado ''''cadáver político'''', Renan tem futuro definido hoje

Aliados e adversários do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) chegaram ao fim do dia de ontem sem a garantia de que vão absolvê-lo ou condená-lo à perda de mandato por quebra de decoro parlamentar na sessão marcada para hoje, às 11 horas. PSDB (com 13 senadores), DEM (com 17) e PSB (com 3) reuniram suas bancadas e fecharam questão pela cassação de Renan, mas até essa contabilidade foi considerada de "efeito precário", pois a sessão será fechada e o voto, secreto. A única certeza da maioria dos que vão julgá-lo era de que, mesmo que seja absolvido, Renan já terá se tornado um "cadáver político" e sem condições de dirigir o Senado e o Congresso.

''Se não for cassado, ficaremos todos sócios de seu descrédito'', diz relator

Um dos relatores do processo de cassação de Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que o único resultado que poderá preservar a imagem do Senado como instituição é sua condenação por quebra de decoro parlamentar. Menos pessimista que na semana passada, Casagrande acha que a cassação poderá ser aprovada hoje, por pequena margem de votos, e alerta para o grande efeito negativo sobre a Casa, na hipótese de absolvição.

"Se o senador Renan Calheiros não for cassado, ficaremos todos sócios de seu descrédito junto da opinião pública. O Senado passará a ser responsável por essa decisão. E, se ele permanecer na presidência, o problema continuará, mesmo que ele tenha sido absolvido pelo plenário, porque existem ainda três outras representações no Conselho de Ética", afirmou.

Até laptops serão vetados em sessão secreta

Prevista para durar, no mínimo, quatro horas, a sessão que decidirá hoje o futuro do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), terá uma série de restrições para evitar vazamentos. Pelo menos 11 seguranças do Senado e dois funcionários da Fiança (empresa terceirizada de limpeza) passaram a noite de ontem fazendo varredura eletrônica em busca de gravadores e celulares no plenário. Os laptops dos senadores - usualmente utilizados nas sessões - também ficarão de fora.

Para juristas, declarar voto não prejudica julgamento

O julgamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) no Senado será político e não se confunde com uma sessão de caráter jurídico. Por não ser igual - apesar das semelhanças - a um julgamento nos tribunais, não está preso às mesmas formalidades. Assim, não mudará em nada o fato de os senadores declararem seus votos.A opinião da maior parte dos juristas ouvidos pelo Estado é a de que dificilmente o Supremo Tribunal Federal (STF) daria guarida a uma tentativa de anular o processo por conta disso.

Lula sugere que absolvição não será ''nenhum trauma

''Na véspera do julgamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu ontem em defesa do aliado, amenizou os reflexos do veredicto sobre o Palácio do Planalto e disse que seu governo não será prejudicado pela decisão dos parlamentares "qualquer que seja ela". Embora nos bastidores o governo considere que Renan será obrigado a entregar o comando do Senado para salvar o mandato, Lula procurou jogar água na fogueira. Mais: sugeriu confiar na absolvição do peemedebista.

"Eu não vejo nenhum problema, não faço disso nenhum trauma", afirmou o presidente, ao ser questionado sobre prejuízos para o governo com a eventual permanência de Renan no cargo. "O momento do Senado termina amanhã (hoje)", completou, como se ignorasse as outras denúncias que pesam sobre o parlamentar peemedebista, além da acusação de ter pago despesas pessoais com recursos de uma empreiteira. "Na hora em que isso terminar, tem uma pauta para o Senado votar e vamos continuar trabalhando."

O Globo

Renan passa o dia atrás de votos, mas situação se complicaUm dia antes da votação que vai decidir seu futuro político, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), passou praticamente todo o dia articulando apoios para escapar da cassação. O senador tentou mostrar normalidade no andamento dos trabalhos e até presidiu uma sessão na tarde desta terça-feira, mas a situação do peemedebista parece ter piorado nas últimas horas. Vários senadores até então indecisos devem votar contra Renan, entre eles Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) que defendeu a cassação do senador em pronunciamento na tribuna da Casa. Os senadores Osmar Dias (PDT-PR) e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) também devem seguir a decisão do Conselho de Ética e votar pela cassação.

Pelo menos três partidos fecharam questão contra Renan nesta terça-feira. PSDB, DEM e PSB, que juntos detém uma bancada de 33 senadores, se reuniram e decidiram pela cassação do mandato do senador. Já o PT e o PMDB liberaram a bancada para votar de acordo com a opinião pessoal de cada parlamentar. O PMDB, partido de Renan, tem 19 senadores. O PT acolhe 12 parlamentares, e os outros partidos têm 20 cadeiras.

Governo aceita reduzir alíquota para aprovar prorrogação da CPMF

Os partidos que apóiam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já têm uma carta na manga para aprovar a prorrogação da CPMF por mais quatro anos. Diante das resistências no Congresso, os deputados governistas pressionaram a equipe econômica por uma redução gradual na alíquota do imposto sobre o cheque. A proposta que já deve ser votada na comissão especial da Câmara nesta quinta-feira e depois segue para o plenário, vai propor a redução de 0,02 ponto percentual da alíquota a cada ano. Assim, já no ano que vem ela passaria de 0,38% para 0,36%, e chegaria a 0,30% em 2011.

Na noite desta terça o deputado Antônio Palocci (PT-SP) leu o relatório de 48 páginas em que mantém a proposta do governo de prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011, e a manutenção da DRU (Desvinculação de Receita da União), mecanismo que permite ao Executivo utilizar livremente 20% dos recursos do Orçamento.

Correio Braziliense

Decisão no Senado em cenário de incerteza

A única concordância entre os aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os que lutam por sua cassação é que não há como prever com certeza o resultado da votação de hoje. A contabilidade das duas alas indica uma disputa apertada, a ser decidida por um pequeno grupo de senadores que continua a esconder sua posição. O clima é de nervosismo e desconfiança. Cada lado esforça-se para identificar e conter seus traidores.

Na véspera do julgamento, tanto os aliados quanto os adversários de Renan estimavam haver cerca de 35 votos consolidados para cada lado e entre 11 e 15 “inescrutáveis”. Para que Renan seja cassado, é preciso que 41 dos 81 senadores votem pela perda do mandato. Qualquer outra posição, como ausência ou abstenção, conta a favor da absolvição. A regra transfere aos adversários dele a obrigação de conseguir a maioria absoluta. Mas nos últimos dias, o clima político dentro do Senado piorou para Renan, como até seus aliados reconhecem. O presidente do Senado tem recebido uma má notícia atrás da outra. Sua principal tarefa tem sido estancar a perda de votos.

Bancada petista livre, leve e solta

A falta de disposição do PT para defender hoje o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ficou exposta na frase da líder do partido, Ideli Salvatti (SC), após a reunião de ontem entre os senadores da bancada petista. “Cada cabeça, sua sentença. A bancada está livre, leve e solta. Não há qualquer orientação. Em nenhum sentido”, disse.

Sem consenso, a reunião deixou de lado qualquer tipo de contagem de votos. Se isso ocorresse, Renan teria, no máximo, quatro declarados a seu favor: a própria Ideli, além de Serys Slhessarenko (PT-MT), Fátima Cleide (PT-RO) e Sibá Machado (PT-AC). Nas contas de petistas, devem votar pela cassação os senadores Delcidio Amaral (PT-MS), Eduardo Suplicy (PT-SP), Augusto Botelho (PT-RR), Flávio Arns (PT-PR), Paulo Paim (PT-RS) e João Pedro (PT-AM).

Oposição “fechada” para cassar Renan

Diante de um potencial lote de defecções, os líderes do DEM e do PSDB avançaram ontem sobre suas bancadas para cabalar votos pela cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os dois maiores partidos da oposição contam, juntos, 30 votos. Mas nada menos que 12 deles, ou 40% dos oposicionistas, constam na lista preparada pelos defensores de Renan como votos “não”, ou seja, encobertos pelo voto secreto, tirariam-no do cadafalso. As cúpulas das duas siglas se trancaram com seus senadores e recomendaram oficialmente que votem “sim”. Querem a cabeça do presidente do Senado.

O DEM abriga o maior foco pró-Renan da oposição. Sete de seus 17 senadores são considerados votos inescrutáveis, seja pela proximidade pessoal, seja pelas circunstâncias políticas dos estados ou mesmo por favores prestados no passado pelo peemedebista. São eles: Adelmir Santana (DF), Edison Lobão (MA), Jonas Pinheiro (MT), Romeu Tuma (SP), Efraim Morais (PB), Antonio Carlos Magalhães Júnior (BA) e Heráclito Fortes (PI).

Discreto, Lula espera vitória do peemedebista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está certo de que, independentemente do resultado final, sairá vencedor na votação do processo de cassação do mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que será realizada hoje. Segundo auxiliares diretos, Lula acredita que será credor do presidente do Senado ao término do caso, pois acredita que deflagrou uma campanha de bastidor nos últimos dias para apoiar o aliado.

Como agradecimento pela operação, o Palácio do Planalto espera contar com Renan para pacificar o Senado. Desanuviar o ambiente é considerado fundamental para garantir uma tramitação rápida, e sem desgastes desnecessários com a oposição, às propostas de prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas da União (DRU).

Fiesp vai à Câmara atacar CPMF

O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, fez ontem em audiência na Câmara dos Deputados duros ataques à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que mantém a CPMF até 2011. “A sociedade não quer mais a prorrogação da CPMF”, disse o empresário, pouco antes de entregar aos parlamentares da comissão especial que discute a PEC seis carrinhos de supermercado com listas que, segundo a Fiesp, contêm 1,16 milhão de assinaturas contra a manutenção do tributo.

Paulo Skaf apresentou à comissão um estudo da federação sobre possíveis formas de o governo federal fazer economia para compensar a redução de arrecadação, caso a CPMF acabe. Para o dirigente, não há sentido em o governo ter incluído recursos da contribuição como receita para o orçamento do próximo ano. “Não se poderia contar com esse imposto, que a lei previa terminar”, afirmou, numa referência ao fato de a constituição prever o fim da CPMF no dia 31 de dezembro.

Lula ligou para saber sobre Renan, diz Mares Guia

O ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, disse que ele ou o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), deverão comunicar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva resultado do julgamento no Senado do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). O ministro contou que recebeu hoje um telefonema de Lula para saber notícias do Brasil e do Congresso. Lula está em Copenhague, na Dinamarca.

Sobre o caso Renan, Mares Guia disse que "não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe". "Temos que enfrentar os problemas, temos que encontrar caminhos para resolver os problemas. O Senado tem o poder de resolver o problema que esta enfrentando. O que ele decidir lá, teremos que acatar", afirmou. O ministro disse que confia que amanhã, dia seguinte do julgamento, tudo estará "nos trilhos". Ele lembrou que quando o ex-presidente Fernando Collor foi cassado, não houve sangue nas ruas e as instituições continuaram funcionando.

11 de set. de 2007

Investigação do caso Madeleine não terminou, diz procurador

Procuradoria encaminha denúncia contra casal McCann à Justiça; polícia crê em morte acidental

Efe

AP

Homem coloca vela na frente da casa da família McCann

LISBOA - O procurador-geral de Portugal, Fernando Pinto Monteiro, assegurou nesta terça-feira, 11, que a investigação do caso Madeleine, enviada à Justiça, "não está concluída". Ele decidiu que um promotor local acompanhe diretamente o andamento di processo.

Veja também no Site : http://www.estadao.com.br/internacional/not_int49936,0.htm Falhas no caso Madeleine Polícia identifica cabelo de Madeleine em carro Vivemos um constante pesadelo, diz pai DNA na mala do carro é de Madeleine, diz Times Polícia repassa caso Madeleine para Promotoria

Segundo um comunicado da Procuradoria, são necessárias "novas diligências" para o fechamento da investigação. O texto não especifica que diligências são essas.

Nesta terça-feira, o procurador já tinha mais de mil páginas sobre os quatro meses de investigações conduzidas pela polícia. Segundo vazamentos, os policiais trabalham com a hipótese de que a menina britânica de 4 anos tenha morrido acidentalmente, sendo posteriormente ocultada pelos pais, Kate e Gerry McCann.

O acompanhamento processual pedido por Monteiro será feito pelo procurador do distrito de Évora, Luís Bilro Verão, e pelo procurador de Portimão, João Cunha de Magalhães Menezes.

Menezes decidiu nesta terça-feira enviar o inquérito policial à Justiça, que será encarregada de formular acusações ou retirar as suspeitas sobre os pais de Madeleine, segundo fontes judiciais.

O procurador, que poderia ter adiado o expediente ou até o rejeitado, optou por enviá-lo imediatamente ao juiz.

O diretor da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro, tinha reconhecido também que ainda faltam no caso os resultados de análise de amostras de sangue e DNA enviadas ao Reino Unido, para onde os pais retornaram no domingo.

Incertezas

A situação legal dos McCann em Portugal poderia mudar a partir de agora a pedido do procurador ou por iniciativa do próprio juiz, mas o crime do qual são suspeitos não prevê a medida cautelar mais severa, que é a prisão preventiva.

Ribeiro alegou que as principais evidências achadas pelos detetives não dão certezas matemática sobre a possível morte da menina e as circunstâncias em que esta teria acontecido.

Mas fontes anônimas próximas aos investigadores disseram à imprensa que restos biológicos achados no automóvel alugado pelos McCann 25 dias depois do desaparecimento de Madeleine são dela.

Situação dos McCann

Na declaração pública mais explícita que as autoridades fizeram sobre o caso, Ribeiro disse que, considerando as investigações, não acredita que a situação legal dos pais vá mudar. Ele ressaltou, entretanto, que agora é o juiz quem terá a última palavra.

Ainda está pendente determinar a situação legal do terceiro "argüido", Robert Murat, britânico que tem uma casa perto do quarto de hotel onde Madeleine desapareceu, na Praia da Luz (sul de Portugal), em 3 de maio.

Murat foi o único suspeito no caso até que, após longos interrogatórios, Kate e Gerry McCann foram também declarados "argüidos" na sexta-feira passada, 7, informou seu advogado. O casal ficou sujeito - como única medida cautelar - a notificar ausências de mais de cinco dias de seu domicílio, fixado no Reino Unido.

O casal de médicos britânicos negou várias vezes qualquer relação com a hipótese de morte de sua filha, e insistem em pedir que a polícia continue procurando a menina.

Bovespa fecha em alta e recupera parte das perdas

Por Equipe AE

Agência Estado A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) seguiu a recuperação das bolsas internacionais. O principal índice da Bolsa paulista fechou com alta de 2,41%, aos 53.920,6 pontos, e recuperou parte das perdas da véspera, quando caiu 3,51%. Entretanto, no mês a Bovespa tem queda de 1,31%. Já no acumulado dos últimos 30 dias, o ganho é de 2,44%.

O giro financeiro da Bolsa não foi dos melhores, sinalizando que os investidores continuam reticentes em comprar ações, dado o grau elevado de incerteza sobre a saúde da economia norte-americana. Além disso, pesa também a expectativa com a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), na próxima terça-feira. O volume de negócios foi de R$ 4,22 bilhões, cifra bem abaixo da média diária de negócios registrada em agosto, que foi de R$ 5,4 bilhões.

A melhora de humor dos investidores foi baseada na esperança de um corte maior de juro nos EUA, na reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) da semana que vem. Segundo analistas, uma redução de juro de 0,25 ponto porcentual já está precificada e algumas instituições financeiras vêem necessidade de uma ação agressiva do Fomc para estimular a economia. Essa percepção de afrouxamento monetário maior nos EUA cresceu de sexta-feira para cá, depois do anúncio do fechamento de 4 mil vagas no mercado de trabalho em agosto.

O tão aguardado discurso do presidente do Fed, Ben Bernanke, nesta terça-feira, não ajudou a disseminar as dúvidas sobre a política monetária norte-americana, já que ele não deu nenhuma sinalização sobre a trajetória dos juros ou sobre a situação econômica atual dos EUA.