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8 de out. de 2007

Superávit comercial do País cai 11,1% no acumulado do ano

Saldo da balança tem redução com crescimento desproporcional das importações e exportações brasileiras

Renata Veríssimo, da Agência Estado

SÃO PAULO - O superávit comercial do País já registra diminuição de 11,1% no acumulado do ano, causada pelo grande crescimento das importações brasileiras até a primeira semana de outubro.

Até o dia 7 deste mês, a balança comercial acumula saldo positivo de US$ 31,430 bilhões no ano, em comparação com US$ 35,343 bilhões no mesmo período de 2006. Analistas consultados pelo Banco Central esperam um superávit comercial no ano de US$ 42 bilhões.

A alta das importações supera em muito o crescimento nas exportações do Brasil. Enquanto neste ano, as compras internas já registram aumento de 28,8%, as vendas externas cresceram apenas 15,3%.

Como o saldo comercial é resultado do que o País exporta menos o que ele importa, a balança tem registrado constante diminuição em seu superávit.

Semana

O superávit na primeira semana de outubro foi de US$ 483 milhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

As exportações somaram US$ 3,343 bilhões na primeira semana do mês, o equivalente a uma média por dia útil de US$ 668,6 milhões.

No mesmo período, as importações totalizaram US$ 2,860 bilhões, o que corresponde a média diária de US$ 572 milhões.

A média diária de exportações registrou um crescimento de 10,7% em relação a outubro do ano passado, enquanto a média das importações reafirma a tendência de aumento: 37,5%.

IBGE estima safra de grãos 14% maior em 2007

da Folha Online, no Rio

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revisou levemente para baixo a previsão de safra de grãos para 2007. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 133,3 milhões de toneladas neste ano o que pode significar uma alta de 14% em relação à produção de 2006 (117,0 milhões de toneladas).

Em setembro, as culturas que tiveram sua estimativa revisada para baixo foram: aveia (-1,2%), cevada (-8,7%) e milho --segunda safra (-2,8%).

No caso da aveia e da cevada o decréscimo é explicado pelas geadas e estiagens no Paraná, que provocaram ajustes na produtividade no Estado.

O milho em grão 2ª safra sofreu um decréscimo de 2,8% na produção, graças a perdas de produtividade na Bahia (-9,6%) e no Mato Grosso (-8,3%).

Por outro lado, a estimativa de produção do trigo aponta um incremento de 0,7%, em razão de reavaliações em pequenos centros produtores, como em Santa Catarina.

A soja e o milho representam 82,5% da produção estimada para este ano. São esperadas 58,3 milhões de toneladas para a soja e 51,7 milhões de toneladas para o milho. As duas culturas apresentaram as maiores áreas plantadas, com 20,6 milhões e 13,8 milhões de hectares, respectivamente.

Entre as Grandes Regiões, a produção de grãos ficou em 59,9 milhões de toneladas no Sul; 44,0 milhões de toneladas no Centro-Oeste; 15,9 milhões de toneladas no Sudeste; 10,1 milhões de toneladas no Nordeste e 3,4 milhões de toneladas no Norte. Paraná (21,7%), Rio Grande do Sul (18,3%) e Mato Grosso (18,2%) tiveram as maiores participações na produção nacional de grãos.

Nova representação contra Renan pode ser feita amanhã

Jorge Franco com agências nacionais

Em entrevista coletiva agora há pouco em Brasília, o DEM (Partido Democratas) confirmou que apresentará nesta terça-feira (dia 9) nova representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por quebra de decoro parlamentar.

A entrevista à imprensa foi concedida pelo líder do partido, senador José Agripino (RN), quando afirmou que aguarda apenas as explicações de Renan a respeito das últimas denúncias, de que o presidente do Senado estaria por trás de um esquema de espionagem para vigiar e chantagear os senadores da oposição Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).

"Se ele (Renan) não der as explicações até amanhã (terça), o Demóstenes vai exigi-las em Plenário. Se não forem dadas ou, se mesmo dadas, não forem convincentes, o DEM vai entrar com uma representação", afirmou Agripino.

Para o líder do DEM, é preciso ouvir também todos os envolvidos no episódio, como um assessor de Renan, o ex-senador Francisco Escórcio, e o empresário Pedro Abrão. Segundo as denúncias, Escórcio foi à Goiânia pedir ajuda ao empresário para filmar e fotografar os senadores do estado. "Tem de haver explicações de todos os envolvidos para negar ou confirmar o episódio", explicou Agripino.

Em entrevista à Agência Senado nesta segunda-feira, o senador Demóstenes Torres afirmou ser favorável a que o partido entre com uma nova representação contra Renan. "Sou favorável, mas a palavra final é do partido", afirmou Demóstenes.

O parlamentar por Goiás disse ainda que está preparando um discurso a ser feito nesta terça, da tribuna do Plenário, relatando tudo que sabe sobre o episódio da suposta espionagem. "Nós já estávamos ouvindo falar desse esquema de espionagem contra parlamentares da oposição, mas esse fato é a prova de tudo", afirmou Demóstenes.

O corregedor do Senado, Romeu Tuma, também pretende investigar o suposto esquema de espionagem. Membro do parlamento do Mercosul, Tuma está em viagem ao Uruguai, mas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que assim que retornar ao Brasil vai iniciar uma investigação preliminar sobre o caso.

7 de out. de 2007

Boatos sobre separação de Sarkozy tomam conta da França

Por Jon Boyle

PARIS (Reuters) - A situação do casamento do presidente francês, Nicolas Sarkozy, voltou a ocupar as manchetes na sexta-feira depois de um porta-voz ter se recusado a responder uma pergunta sobre os boatos de que o "primeiro casal" da França estaria prestes a anunciar sua separação.

A fábrica de especulações ganhou reforço nesta semana depois de Cecilia Sarkozy ter abandonado uma viagem oficial a Sófia ao lado do marido, que recebeu a maior condecoração da Bulgária devido a seus esforços para garantir a libertação, em julho, de seis enfermeiras presas na Líbia.

"Para onde foi Cecilia?", perguntou o jornal Le Parisian nesta semana a respeito da ex-modelo, que apareceu ao lado do marido apenas pontualmente desde a vitória dele nas urnas, em maio.

Questionado sobre se Cecilia Sarkozy anunciaria neste final de semana sua separação, o porta-voz do presidente, David Martinon, disse, em uma entrevista coletiva: "Não comento boatos de redações, e certamente não comentarei esse."

Em regra, os meios de comunicação franceses mostram-se reticentes a respeito da vida particular de figuras públicas. Mas a possibilidade de um divorciado liderar o país pela primeira vez na era moderna alimentou o interesse pelo casamento dos Sarkozy.

Os dois desempenharam o papel do "casal perfeito" até Cecilia abandonar Sarkozy em 2005, trocando-o por um executivo do ramo da publicidade.

O presidente surpreendeu ao reconhecer, em cadeia nacional de TV, que seu casamento enfrentava problemas. Ele chegou a sair com uma jornalista. Mas quando o casal voltou a ficar junto seis meses mais tarde, Sarkozy disse que dessa vez "seria certamente para sempre".

Os boatos mais recentes foram alimentados pela notícia de que Cecilia havia abandonado um programa de TV sobre sua amiga Rachida Dati, ministra de Justiça da França. Sarkozy também apareceria no programa.

As novas especulações sobre o divórcio surgem apenas cinco meses depois do dia da posse do presidente, quando o casal apareceu beijando-se em público.

Xuxa diz que está só, pois homens resistem à camisinha

Apresentadora de TV fala da vida pessoal e diz que está mais só do que nunca

Efe Nils Andreas/AE

XuxaRIO - A apresentadora de televisão Maria das Graças Meneghel "Xuxa", confessou que está cada vez mais só, porque os homens brasileiros "se negam a usar preservativos".

Aos 44 anos, a "rainha dos baixinhos" falou em entrevista publicada neste domingo, 7, no jornal Extra, que vive concentrada no trabalho e em sua filha Sasha, que nasceu em 1998, após uma breve relação com o ator Luciano Szafir.

Desde então, Xuxa não teve uma relação estável e agora diz que está "cada vez mais só", porque os homens querem um encontro, mas não querem usar camisinha". Disse que eles "prometem que sim, que vão usar, mas depois se negam" e se queixou, dizendo que ela não pode ficar sempre perguntando se "vão usar ou não preservativos".

Segundo Xuxa, "uma das coisas mais difíceis hoje em dia é encontrar um homem que use preservativos", apesar de também ter admitido que para ela seria muito difícil encarar uma nova relação.

"Meu trabalho é tudo o que eu quero fazer e minha filha é o melhor da minha vida, por isso, se aparecesse uma pessoa, teria que ser para somar e aceitar estar sempre em segundo plano", acrescentou a apresentadora.

Mundo paga por ajuste do déficit dos EUA

CLÁUDIA TREVISANda Folha de S.Paulo

O mundo está pagando o custo do ajuste da economia dos Estados Unidos por meio da queda do dólar, que dificulta as exportações industriais dos demais países e corrói o valor de seus ativos denominados na moeda norte-americana, como as reservas internacionais.

No caso do Brasil, o recuo do dólar é acentuado pela enxurrada de capital externo que entra no país na forma de superávit comercial, investimento estrangeiro direto e recursos financeiros em busca da polpuda remuneração proporcionada pela taxa de juros interna.

Natan Blanche, da consultoria Tendências, calcula que 2007 fechará com um fluxo de US$ 84,6 bilhões, quase três vezes acima dos US$ 30,6 bilhões registrados no ano passado.

Nos últimos seis meses, o dólar perdeu 10,85% de seu valor em relação ao real. Se forem considerados os últimos dois anos, o percentual é de 23,1%. Em três anos, sobe para 53,7%.

O efeito mais nocivo desse movimento é o encarecimento dos produtos brasileiros quando convertidos em dólar, o que dificulta as exportações. Um carro de R$ 30 mil que seria exportado a US$ 15 mil com um dólar a R$ 2 sai por US$ 16,66 mil se a cotação cai a R$ 1,80.

Não por acaso, o percentual das vendas aos EUA no total das exportações brasileiras ficou em 15,8% nos primeiros oito meses do ano, comparado a 18% em igual período de 2006.

"Eu não me lembro de ter visto um percentual tão baixo. Historicamente, as exportações do Brasil para os Estados Unidos representavam entre 19% e 24% do total", observa o embaixador Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e ex-secretário-geral da Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento). Os EUA são o principal e o mais "nobre" mercado para as exportações brasileiras, com alta participação de produtos manufaturados, como aviões, autopeças e aço.

A aceleração da queda do dólar nas últimas semanas também passou a preocupar os europeus, que temem o efeito do movimento sobre suas exportações e, em conseqüência, seu ritmo de crescimento. No dia 20 de setembro, o euro superou a cotação de US$ 1,40 pela primeira vez desde seu lançamento, em 1999. Na sexta-feira, a moeda fechou em US$ 1,414.

O assunto estará no centro da reunião que ministros europeus realizam amanhã em preparação ao encontro das sete nações mais industrializadas do mundo, o G7, na próxima semana, em Washington.

A perda de valor do dólar é o reflexo dos desequilíbrios da economia dos Estados Unidos, que registra um déficit recorde de 8% do PIB em suas transações com o restante do mundo. Isso significa que os norte-americanos precisam emprestar ou atrair quase US$ 1 trilhão dos demais países para fechar suas contas ao fim de um ano.

O caminho mais óbvio para corrigir o desequilíbrio é a desvalorização da moeda, que torna os produtos de exportação americanos mais baratos, e as importações, mais caras. A lógica é que o movimento leve à redução do déficit comercial e ajude a equilibrar as contas com o restante do mundo.

A desvalorização do dólar foi acentuada em setembro pela decisão do Federal Reserve, o Banco Central americano, de cortar a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, para 4,75%. "Um dos atrativos para os investidores aplicarem em uma moeda é a taxa de juros", ressaltou Paulo Gala, professor de macroeconomia da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Com o corte de setembro, a taxa de juros nos Estados Unidos ficou apenas 0,75 ponto percentual acima dos 4% da zona do euro. Em artigo publicado no "Financial Times" de quinta-feira, David Woo, do Barclays Capital, afirmou que as transações dos últimos anos indicam que os juros norte-americanos têm de estar no mínimo entre 1 e 1,5 ponto percentual acima da taxa européia para que os investidores mantenham posições em dólares.Diante das perspectivas negativas para a economia americana, Gala avalia que os juros não subirão ou poderão até cair mais, o que sustentaria a tendência de baixa do dólar.

Ricupero acredita que os EUA manterão os juros baixos para evitar uma recessão, o que trará conseqüências negativas aos demais países, com a queda do dólar e a ameaça de inflação. "Os americanos têm uma capacidade extraordinária de saírem de crises e fazer com que os outros paguem por elas."