Resultados de Pesquisa

.

1 de jan. de 2008

Presidente luso mostra insatisfação com resultados de 2007

Lisboa, 01 Jan (Lusa) - O presidente português, Aníbal Cavaco Silva, afirmou estar insatisfeito com os resultados obtidos em 2007 na economia, educação e justiça, fazendo um apelo ao diálogo do governo para "reduzir conflitos e tensões" em 2008.

Um ano depois de ter pedido resultados ao governo, Cavaco Silva aproveitou a mensagem de ano novo para concluir que 2007 "não foi fácil para muitos portugueses".

"Todos gostaríamos que a evolução da situação econômica e social do país tivesse sido mais positiva e que os sinais de recuperação fossem agora mais fortes", disse o presidente luso na tradicional mensagem de Ano Novo.

Segundo Cavaco Silva, para vencer problemas e desafios "seria altamente vantajoso o aprofundamento do diálogo" entre os agentes políticos e os "poderes públicos e os grupos e parceiros sociais".

"O aprofundamento do diálogo permitirá, certamente, melhorar a compreensão das políticas, reduzir a conflitualidade e as tensões e criar uma envolvente mais favorável ao desenvolvimento do país", disse.

Economia

Em sua mensagem, o presidente português fez uma análise de 2007 nas áreas da economia, educação e justiça - as mesmas em que pediu resultados no ano anterior.

Para Cavaco Silva, em 2007 "melhorou o crescimento da economia", mas "não são ainda seguros os sinais" de "uma aproximação sustentada ao nível de desenvolvimento médio dos países mais avançados da Europa".

Destacando "progressos" no controle das finanças públicas e de recuperação do investimento, o presidente português disse que o desemprego "atingiu níveis preocupantes", com muitas famílias enfrentando "sérias dificuldades".

Cavaco Silva afirmou que é necessário o Estado atar "com eficiência e rigor" e que os fundos da União Européia sejam "aplicados com verdadeiro sentido estratégico e geridos com eficiência e transparência".

Educação

Na área da educação, o governante citou os sinais positivos apontados há uma semana pelo primeiro-ministro, José Sócrates, em relação ao "aumento do número de alunos no ensino secundário e superior e a redução do insucesso e do abandono escolares".

Apesar disso, Cavaco Silva disse que há "ainda muito por fazer para reduzir o atraso de qualificação" dos jovens portugueses, em comparação com "a maioria dos países da União Européia".

A receita para ultrapassar os problemas passa pelo "empenho e dedicação" dos professores, dos pais, "sem dispensar a exigência para com os alunos".

Questões sociais

Em relação à inclusão social, Cavaco Silva questionou se "os rendimentos auferidos por altos dirigentes de empresas não serão, muitas vezes, injustificados e desproporcionados, face aos salários médios dos seus trabalhadores".

O presidente português lembrou ainda dois "problemas graves": a baixa natalidade, que é preciso responder com "políticas ativas de natalidade", e o número de mortos nas rodovias, defendendo que "não se pode transigir com quem põe em risco a sua vida e a dos outros".

O acesso à saúde é "uma inquietação", merecendo algumas linhas da mensagem de Cavaco Silva. "Seria importante que os portugueses percebessem para onde vai o país em matéria de saúde", disse.

Os elogios presidenciais foram, mais uma vez, para a Presidência semestral portuguesa da União Européia, que terminou em 31 de dezembro, "tarefa exigente e de grande responsabilidade" desempenhada pelo governo e que "prestigiou o país".

do site:

http://www.agencialusa.com.br/index.php?iden=12833

31 de dez. de 2007

Incêndio destrói fábrica da Elma Chips em Curitiba

Agencia Estado
A fábrica de salgados Elma Chips, localizada na área urbana da rodovia BR-116, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), foi parcialmente destruída após um incêndio que teve início hoje de manhã. Não houve vítimas e os prejuízos ainda não foram contabilizados. O incêndio teve início próximo às nove horas e foi controlado ainda no final da manhã. Uma das hipóteses levantadas para a causa do incêndio foi uma explosão em uma das caldeiras da fábrica. No momento da explosão havia seis funcionários que conseguiram deixar o local e pediram ajuda aos bombeiros, que usaram 16 viaturas e 48 homens. Segundo o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Hugolino Trevisan, que sobrevoou a área com uma aeronave da polícia, o maior perigo poderia ser a direção que a fumaça que se formou invadisse a pista e prejudicasse a visão dos motoristas. "Felizmente, além da saída para as cidades do Sul não ter grande movimento, o vento levou a fumaça para o lado oposto", disse. O incêndio teve início próximo às nove horas e foi controlado ainda no final da manhã.

Filho de Bhutto será seu sucessor no PPP

Bilawal, 19 anos, assumirá, junto com o pai, a liderança do partido de oposição paquistanês

ISLAMABAD - O opositor Partido Popular do Paquistão (PPP), que era liderado por Benazir Bhutto, escolheu ontem seu filho, Bilawal, 19 anos, como seu sucessor à frente da legenda, mas este só assumirá plenamente as funções quando completar seus estudos. O PPP também designou o vice-presidente da legenda, Makhdoom Amin Fahim, candidato a primeiro-ministro se o partido vencer as eleições de 8 de janeiro, das quais decidiu participar, informou o viúvo de Bhutto, Asif Ali Zardari.

Segundo Fahim, Benazir tinha designado seu marido, Zardari, como herdeiro na presidência do PPP, mas este designou o filho dos dois, Bilawal. A decisão final do PPP foi escolher uma espécie de co-presidência temporária na qual Zardari liderará o partido até que seu filho termine os estudos na Universidade de Oxford. Bilawal explicou que, apesar de assumir a presidência do PPP, seguirá com seus estudos e que será seu pai quem se “ocupará do partido” até que ele possa fazê-lo plenamente.

A decisão foi adotada em reunião do comitê central executivo do PPP realizada na casa da família de Bhutto na província de Sindh. O filho de Bhutto, que quase não tomou a palavra durante a entrevista coletiva e foi o único a falar em inglês, agradeceu a confiança depositada nele pela direção do partido. “A longa e histórica luta do partido pela democracia continuará com vigor renovado”, afirmou o jovem presidente. “Minha mãe sempre disse que a democracia é a melhor vingança”.

Benazir foi assassinada em um atentado após um comício eleitoral no dia 27, em Rawalpindi, no nordeste do Paquistão. Segundo seu viúvo, ela tinha deixado por escrito um testamento político. Zardari, que pediu à imprensa que não fizesse perguntas a Bilawal, disse que o testamento não se tornará público. Ele pediu à Liga Muçulmana do Paquistão-N, do opositor Nawaz Sharif, que também participe do pleito, depois que representantes do partido disseram ontem que reconsiderariam sua decisão de boicotar as eleições se o PPP não concorresse.

Zardari afirmou que os filhos de Bhutto decidiram adotar o sobrenome da mãe, por isso de agora em adiante o novo presidente do PPP se chamará Bilawal Bhutto Zardari. Ele disse que pedirá à ONU uma investigação internacional do atentado que matou sua esposa, após acrescentar que desconfia da que está sendo realizada pelo governo paquistanês. O viúvo também se negou a exumar o corpo de Bhutto para fazer uma autópsia. Zardari ainda pediu aos seguidores do PPP que mantenham a calma, após os distúrbios dos últimos dias, nos quais pelo menos 38 pessoas morreram.

Perfis - Bilawal Bhutto Zardari nasceu em 21 de setembro de 1988 e passou a maior parte de sua vida em Dubai, onde estudou num colégio particular de prestígio, e em Londres, onde cursa a Universidade de Oxford. O filho de Benazir revelou inúmeras vezes sua revolta em relação às acusações de corrupção contra sua mãe e seu pai. Numa rara entrevista em 2005, ele afirmou à cooperativa de jornais Press Trust da Índia que seu objetivo era ajudar a população de seu país.

Asif Ali Zardari e Benazir Bhutto casaram-se em 1987, numa união arranjada pelas famílias. Apesar de vir de uma família tradicional no meio político, Zardari é visto por muitos como um homem seduzido pelo poder e pelo luxo. Ele foi parlamentar e ministro de Meio Ambiente durante o segundo mandato de Benazir (1993-1996). Zardari foi preso duas vezes: em 1990, por chantagem contra um empresário, e em 1997, por corrupção. Pela segunda sentença, passou oito anos na prisão. (EFE e AE) do site: http://www.correiodabahia.com.br/exterior/noticia.asp?codigo=144625

Número de mortos em protestos no Quênia já chega a 125

da Folha Online

O número de mortos durante os protestos pós-eleitorais no Quênia já chega a 125, informaram nesta segunda-feira autoridades locais. Os distúrbios ganharam força no país especialmente após o anúncio da vitória do presidente, Mwai Kibaki, nas eleições da última quinta-feira (27).

As forças de segurança do Quênia afirmaram ter recebido ordens de atirar para matar, caso necessário, para conter os milhares de manifestantes pró-oposição. Eles afirmam que o processo eleitoral --que levou Kibaki a seu segundo mandato-- foi fraudado.

A reação contra o resultado eleitoral desencadeou também uma batalha entre as tribos rivais Luo e Kikuyu. Segundo o chefe da Cruz Vermelha para o Quênia, a violência étnica provocou uma boa parte das mortes.

Nos bairros mais pobres da capital Nairóbi, os policiais usavam bombas de gás lacrimogêneo, jatos de água, e atiravam para o ar para reprimir os manifestantes.

Alex Busisa, 22, disse que a polícia atirou quando ele saía de sua casa, próxima ao local de uma manifestação. Ele falou do hospital, depois de uma operação para tratar um ferimento a bala.

"Enquanto os políticos se dão ao luxo de pegar um avião, homens como eu sofrem aqui", afirmou Busisa.

Mwai Kibaki derrotou o líder da oposição Raila Odinga, do Movimento Democrático Laranja (ODM, na sigla em inglês), em um resultado questionado e cujo anúncio provocou muitos distúrbios em Nairóbi.

Kibaki recebeu 4.584.721 votos contra 4.352.993 de Odinga, anunciou ao vivo na televisão pública o presidente da comissão eleitoral queniana (ECK), Samuel Kivuitu, neste domingo. O presidente prometeu reforçar a segurança para "lidar com aqueles que querem acabar com a paz".

Os Estados Unidos manifestaram nesta segunda-feira preocupação em relação à contagem dos votos. Nos primeiros resultados, Odinga aparecia com uma ligeira vantagem sobre o adversário. Ele comparou Kibaki a um ditador militar, que "toma o poder nas armas".

O Quênia é um dos países africanos mais desenvolvidos, com uma das maiores taxas de crescimento do continente. Analistas mantinham a esperança de que as eleições desta quinta poderiam consolidar a democracia no país.

28 de dez. de 2007

Dívida do governo cai para 42,6% do PIB, menor desde 1998

Queda no indicador reflete revisão do PIB feita pelo IBGE, segundo chefe do Depec do Banco Central

Fernando Nakagawa e Fabio Graner, da Agência Estado

BRASÍLIA - A dívida líquida do setor público consolidado fechou novembro em 42,6% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 1,127 trilhão, segundo informou nesta sexta-feira, 28, o departamento econômico do Banco Central. O resultado é o menor desde dezembro de 1998, quando o indicador ficou em 38,9%.

Veja também:

Economia do governo para pagar juros supera meta para 2007

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, explicou que a queda desse indicador na comparação com outubro reflete a revisão do cálculo do PIB feita após a divulgação dos dados do terceiro trimestre e já inclui a projeção de crescimento da economia de 5,2% para 2007, como anunciado na quinta-feira no Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central.

Segundo o relatório divulgado pelo BC nesta sexta, "o efeito da desvalorização cambial sobre os ativos indexados ao dólar" também ajudou na redução da relação.

A nota observa ainda que a dívida caiu 2,1 pontos porcentuais no acumulado do ano. "Contribuíram favoravelmente para essa redução o superávit primário, com 4,3 pontos porcentuais do PIB, e o efeito do crescimento do PIB valorizado, com 4,4pp. Em sentido contrário, contribuíram a apropriação de juros nominais, com 5,6pp, e o ajuste decorrente da valorização cambial, de 16,6% acumulada no ano, com 1pp."

do site:

Angola:Sociedade civil diz «sim» à data, coloca um «mas»

«Sim, mas...» é a melhor expressão para traduzir a forma como a sociedade civil angolana recebeu o anúncio feito na quinta-feira pelo Presidente da República quanto à data das eleições legislativas, a 05 e 06 de Setembro de 2008.

«Sim», é o comentário da generalidade dos representantes da sociedade civil ao anúncio de José Eduardo dos Santos, porque é uma oportunidade há muito esperada para normalizar a vida democrática no país.

«Mas», diz o analista e jornalista Ismael Mateus, com base na lei eleitoral angolana quanto aos dois dias escolhidos para a votação em vez de um só.

Em declarações à Agência Lusa, Ismael Mateus sublinha a «boa decisão» do presidente José Eduardo dos Santos, «porque permite retirar toda a pressão que havia sobre o processo eleitoral» com o constante protelamento da sua realização.

«Os partidos políticos reclamavam a marcação da data das eleições para possibilitar a programação das tarefas eleitorais», aponta Mateus, adiantando que esse problema está agora ultrapassado.

No entanto, o analista aponta um «novo problema» relativamente aos dois dias de votação, uma vez que «a lei eleitoral aponta apenas um dia para o pleito» e que já mereceu a recusa da UNITA, o maior partido da oposição angolana, que pediu ao chefe de Estado para rever a sua posição, no sentido de conferir maior transparência ao acto eleitoral.

A plataforma de organizações da sociedade civil para as eleições, que aglutina diversas associações, defende que «o ideal» era a realização das eleições legislativas em apenas um dia, como acontece em vários países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). Segundo Onésimo Setukula, dirigente desta plataforma, é preciso agora discutir e concluir se as eleições devem ser feitas em dois dias ou apenas num único dia.

«Se recorrermos à experiência de alguns países da SADC, como a República Democrática do Congo, que possui mais eleitores e tem mais dificuldades do que Angola, este país conseguiu realizar as eleições em apenas um dia», lembrou Setukula.

Já o Centro Nacional de Aconselhamento (CNA), considera o anúncio das legislativas «um passo» para levar a credibilidade a todo o processo eleitoral.

De acordo com Reis Luís presidente do CNA, «a data indicativa é bem-vinda, mas o facto de ser em dois dias é algo questionável».

«O anúncio em si é bastante importante para a credibilidade do próprio processo eleitoral, mas o Presidente da República deve honrar a sua palavra em nome da nação que espera pela realização das eleições legislativas», frisou.

«Manifestamos a nossa preocupação face à opção pelos dois dias, uma sexta-feira e um Sábado, porque a lei eleitoral não prevê isso», aponta Reis Luís.

E diz que podem enfrentar-se consequências bastante negativas porque, no sábado, todos os que integram a igreja do Sétimo Dia apenas se dedicam à actividade religiosa e não irão votar. Contrariamente às primeiras eleições realizadas em Angola, em 1992, as legislativas realizam-se agora separadamente das presidenciais, previstas para 2009.

Nas eleições gerais de 1992, o MPLA venceu as legislativas, mas as presidenciais não passaram da primeira volta, tendo, entretanto recomeçado a guerra civil no país, que só terminou em 2002, depois da morte em combate de Jonas Savimbi, líder da UNITA.

As eleições de 1992 foram convocadas no âmbito do Acordo de Bicesse, assinado entre o MPLA e a UNITA, em Lisboa, a 31 de Maio de 1991.

Na primeira e única volta das presidenciais, José Eduardo dos Santos conseguiu cerca de 49% dos votos enquanto Savimbi obteve perto de 41%. Para vencer à primeira volta um dios concorrente teria de arrecadar mais de metade dos votos (50% mais um).

Diário Digital / Lusa