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21 de jan. de 2008

Lula garante fornecimento de energia no país

Em discurso, presidente assegura que não haverá novo apagão. Segundo ele, são ‘pessimistas’ os que prevêem falta de energia.
SANDRO LIMA Do G1, em Brasília

Ao discursar nesta segunda-feira (21) na posse do senador Edison Lobão como novo ministro de Minas e Energia, o presidente Lula tratou da possibilidade de crise no fornecimento de energia no país.

“O ministro Lobão toma posse no momento em que são publicadas notícias que corremos um risco de apagão. E muitas vezes as perguntas são feitas e as respostas levam a qualquer cidadão a entender que vai ter apagão. Se o mundo acabar, vai ter apagão. Se não chover nunca mais, vai ter apagão”, afirmou o presidente.

Lula reclamou dos “pessimistas” que vendem a idéia de vai faltar energia e repeliu a repetição de um novo apagão, tal qual ocorreu em 2001. “Ou não querem que as coisas aconteçam nesse país ou parece que querem contribuir com o aumento do preço da energia”, reclamou. “O trabalho do governo não é ficar brigando com as especulações, é fazer obras”.

Indicação

O senador foi indicado para o cargo pelo PMDB e, apesar de ter gerado visível desconforto a Lula, foi aceito por ele para comandar a pasta. Lobão vai substituir Nelson Hubner, que exercia interinamente a função desde junho de 2007, após a saída de Silas Rondeau por suposto envolvimento em um esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal durante a Operação Navalha.

O presidente Lula aproveitou o discurso de posse para incentivar o novo ministro. “Com sua experiência política, você terá uma surpresa extra na hora que tiver acesso a todas as obras de energia que estão acontecendo nesse país. As novas formas de produzir energia, como a biomassa, eólica, e que já tiveram experiências bem sucedidas”, disse.

“Você exercerá a sua pasta com a grandeza da sua carreira política e vai desmontar uma série de preconceitos que se cria neste país. Eu não poderia ser presidente porque sou metalúrgico, você não poderia ser ministro porque não é técnico, como se qualquer técnico de futebol fosse o melhor jogador do país”, comparou.

Fornecimento de gás

Lula garantiu, no discurso, o fornecimento de energia. "Temos uma decisão do governo, uma decisão da Petrobras, de todo o setor. Queremos fornecer gás para carro, ônibus, para para a indústria, mas todo mundo tem que ter claro que a prioridade número 1 é garantir energia para esse país", garantiu.

"Queremos é que esse país tenha energia de sobra, de preferência farta e de preferência por um preço extraordinário."

Suplente

A vaga de Lobão no Senado será ocupada pelo seu suplente e filho, Edison Lobão Filho (DEM-MA), que é alvo de denúncias sobre o uso de "laranjas" para ocultar a participação numa distribuidora de bebidas.

Ele é suspeito de ser sócio oculto de uma distribuidora de bebidas no Maranhão que teria sonegado R$ 42 milhões nos últimos oito anos. Segundo o novo ministro, o filho deve assumir a cadeira no Senado e se licenciar, em seguida, para se defender.

Currículo

Advogado e jornalista, Edison Lobão nasceu em 1936 em Mirador, Maranhão, estado que governou de 1991 a 1994. Está no terceiro mandato como senador, tendo sido 1º vice-presidente do Senado em 2001 e presidente interino de julho a setembro do mesmo ano.

Também presidiu as Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania, de Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária, e de Fiscalização e Controle e participou das Comissões de Assuntos Sociais, de Legislação Participativa, de Assuntos Econômicos e da Subcomissão do Poder Judiciário e do Ministério Público.

Lobão também foi deputado federal, de 1979 a 1987. Antes disso, foi membro do Conselho de Administração da Companhia Telefônica de Brasília e assessor no Ministério do Interior, na Prefeitura do Distrito Federal e no Ministério de Viação e Obras Públicas, em Brasília.

do site: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL268382-9356,00-LULA+GARANTE+ FORNECIMENTO+DE+ENERGIA+NO+PAIS.html

Lula: governo não vai aumentar impostos

Por Milton F. da Rocha Filho

Agência Estado O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente", que o Governo não vai aumentar imposto, mas vai aumentar a eficiência da arrecadação, e que a política industrial a ser adotada, "possivelmente tenha um processo de desoneração".

Lula salientou: "Nós não vamos aumentar imposto... Nós não queremos aumentar imposto, mas vamos aumentar a eficiência da arrecadação. Tem muita gente que não paga imposto e ainda se queixa que o imposto é alto. Então o que nós queremos é que todos paguem, porque, quando todos pagarem, aí todos podem pagar menos", disse Lula.

O presidente confirmou que o Governo arrecadou no ano passado, sem aumentar impostos, mais de R$ 600 bilhões. Ele considerou o fato como muito importante: "Você aumentar a arrecadação sem aumentar os impostos. E por que isso aconteceu? Pelo crescimento econômico. É só você pegar o balanço das 100 maiores empresas brasileiras e você irá perceber que elas lucraram como jamais lucraram na história desse País. Ora, se nós estamos com crescimento econômico no País, se as empresas tiveram mais lucros, se houve aumento salarial, houve combate à sonegação, a abertura de capitais de empresas no mercado de ações, intensificação do controle sobre declarações e, mais importante, nós criamos a Super Receita, que é a unificação da Receita Federal e da Receita da Previdência, em 2007. Tudo isso contribui para a gente aperfeiçoar o sistema da arrecadação", disse o presidente.

Empregos

Lula lembrou que com o crescimento das empresas, cresce também a receita das companhias e, conseqüentemente, o número de empregos no País. "É por isso que a gente está percebendo que o Brasil caminha mais rapidamente porque nós estamos com a combinação perfeita: a economia cresce, o governo arrecada mais, o governo investe mais. É por isso que nós podemos falar que a economia brasileira vai continuar crescendo em 2008", explicou.

O presidente Lula também analisou a geração de empregos no País, salientando que o que o Brasil precisa nesses próximos anos é que a economia continue crescendo para que se possa gerar a quantidade de empregos que o País precisa. "Em 2007, foram gerados com carteira assinada 1,617 milhão de novos empregos, um crescimento de 31,6% em relação a 2006. Na verdade, nós tivemos uma média de criação de 134 mil empregos por mês. O número foi recorde desde a criação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)".

E concluiu: "É importante lembrar que a expansão do emprego ocorreu em todo o território nacional. Tendo um pequeno destaque para as regiões Sudeste e Nordeste brasileiro. E é isso que eu quero que continue acontecendo no Brasil: crescimento econômico, aumento de geração de empregos, aumento da massa salarial, aumento do poder de compra do povo, porque é isso que o povo brasileiro precisa para ser feliz".

do site:

http://portalexame.abril.com.br/ae/economia/m0149579.html

Manifestações de apoio confortam pais de Mari Luz

IVAN QUINTERO/epa
Pais de Mari Luz pediram à filha, ontem, que fosse forte e não tivesse medo em momento algum
Cerca de duas mil pessoas concentraram-se, ao fim da tarde de ontem, em mais uma manifestação de apoio aos pais de Mari Luz, a menina de 5 anos que há uma semana desapareceu misteriosamente da casa onde vivia, em Huelva, Espanha. Uma concentração que teve, essencialmente, o valor simbólico da solidariedade que os cidadãos entenderam expressar aos pais da menina, no final de um dia em que, uma vez mais, se concretizaram diversas buscas populares pelas imediações de Marismas del Tinto e de Odiel.
A investigação policial pouco ou nada avançou, ontem, mantendo-se válidas todas as hipóteses que possam explicar o mistério. A menina desapareceu na rua Margarita, onde uma vizinha garante ter visto Mari Luz com alguém que não reconheceu e onde os cães pisteiros perdem o rasto à criança. A partir daí há uma imensidão de perguntas sem resposta, pelo que, ontem, a Polícia voltou a efectuar o trajecto atribuído à criança à procura de novas pistas.
Casa "contaminada"
Uma das pistas da investigação policial que, aparentemente, está a perder força aponta para um vizinho cuja habitação foi já objecto de inspecção detalhada e que não terá proporcionado resultados de maior. O problema é que a casa desta pessoa, que tem antecedentes criminais por abusos sexuais, foi "contaminada" durante uma investigação paralela a cargo da família de Mari Luz e, portanto, eventuais provas terão desaparecido. O indivíduo em causa abandonou a zona na segunda-feira da semana passada, um dia depois do desaparecimento da pequena, mas foi localizado na Andaluzia e prestou declarações à Polícia. Continua a ser suspeito, mas de momento não há qualquer acusação.
Outra possível pista sustenta-se no testemunho de uma vizinha relativamente à matrícula de uma carrinha suspeita e no de outras pessoas que falam de uma carrinha branca em que, supostamente, a menina terá sido transportada. De referir que algumas informações referem a existência de uma vizinha que terá declarado à Polícia que viu três pessoas a meter Mari Luz num veículo.
O Governo pediu já alguma contenção na forma como as informações estão a chegar às autoridades, por forma a não ser dado qualquer falso alarme que, inclusive, atrapalhe ou confunda a investigação em curso.
Pai mais animado
Logo pela manhã, a população montou um verdadeiro dispositivo de busca, a partir da residência de Mari Luz, em várias frentes. Onze grupos constituídos cada um por cerca de 15 voluntários varreram praticamente toda a zona, sem resultados.
O rastreio ficou completo com outras acções a cargo da Protecção Civil, Polícia Municipal, bombeiros, associações e organizações não-governamentais, que pesquisaram áreas com cerca de dez quilómetros quadrados.
Ao fim da tarde, numa concentração que reuniu em Huelva cerca de duas mil pessoas, incluindo autoridades e políticos locais, Juan José Cortés, pai de Mari Luz, manifestou-se mais animado e convencido de que a sua família está mais perto de encontrar a criança, apesar das infrutíferas buscas realizadas até ao momento. Daí que, num palco que encabeçava a manifestação, Juan José Cortés tenha enviado à filha uma mensagem para que fosse forte, que não tivesse medo nem nenhum momento de fraqueza, porque o regresso ao seio da família estaria para breve.
do site: http://jn.sapo.pt/2008/01/21/primeiro_plano/manifestacoes_apoio_confortam_pais_m.html

Erupção sob o gelo – há 2.200 anos

Cientistas descobriram o que pode ser a primeira evidência de atividade vulcânica sob o gelo da Antártica, num local conhecido como Montanhas Hudson, na Antártica Ocidental. Apesar de a atividade não ser mais perceptível, a descoberta abre uma nova hipótese: a de que o vulcão estaria colaborando no processo de derretimento de um glacial no local.

Sob enormes camadas frias, suas cinzas gerariam calor, fundindo o gelo nas proximidades de um glacial que enfrenta um rápido processo de derretimento. “A descoberta de uma erupção vulcânica sob a camada de gelo antártica é única”, avaliou artigo dos estudiosos do centro de Pesquisas Britânicas da Antártica, publicado no periódico Nature Geoscience.

A última grande erupção nas Montanhas Hudson teria ocorrido há cerca de 2.200 anos. Ela teria lançado no ar de cinzas e outros ácidos, numa atitude de até 12 km.

Os indícios de atividade vulcânica foram descobertos a partir da análise de dados de radares coletados durante uma pesquisa aérea entre 2004 e 2005. O levantamento mostrou uma camada de cinzas vulcânicas que havia sido depositada sobre a superfície gelada e, mais tarde, soterrada sob sucessivas camadas de neve.

Apesar dos indícios e da nova hipótese, os cientistas britânicos alertam que apenas o calor do vulcão não explicaria a diminuição das geleiras da Antártida Ocidental. Sozinho, esse derretimento é responsável pelo aumento no nível do mar em 0,2 milímetros por ano.

do site: http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet? publicationCode=1&pageCode=1&textCode=136070&date=currentDate

20 de jan. de 2008

Traumatizados, ex-reféns das Farc lutam para retomar a vida

FABIANO MAISONNAVE

da Folha de S.Paulo, em Bogotá

Em novembro de 1998, aos 24 anos, o intendente Jhon Frank Pinchao e outros 60 policiais foram seqüestrados após o violento ataque das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ao quartel de Mitú (sul), perto da fronteira com o Brasil, que deixou 43 mortos. Os oito anos e meio seguintes trariam uma dura rotina, que incluía dormir com correntes no pescoço. Durou até maio passado, quando ele escapou e andou por 17 dias até recobrar a liberdade. Tinha 33 anos. Seu desafio agora é deixar para trás também o trauma do cativeiro.

"Dificilmente se pode superar um seqüestro de quase nove anos, ficam seqüelas inapagáveis", diz Pinchao, em entrevista à Folha, na última quinta (17), nos jardins do Comando Geral da Polícia Nacional. "Achei que seria mais fácil." Hoje, ele se tornou celebridade na Colômbia. Além da fuga espetacular, é o segundo seqüestrado político a eludir a guerrilha --o outro é o atual chanceler, Fernando Araújo. Mas a história bem-sucedida não apaga enormes custos pessoais e profissionais.

Quando Pinchao estava em cativeiro, sua namorada deu à luz um menino que ele só pôde conhecer muito depois. "É complicado. Era um menino já grande, de oito anos. É diferente quando se cria um filho."

A volta ao convívio com a família tampouco tem sido fácil. "O amor que se sente pelos familiares é diferente, entro em conflito com a família por estupidez, produto do estresse acumulado nos últimos anos."

A vida profissional também estancou. "Sinto-me tão deslocado que não sei onde trabalhar. Foi tanto tempo perdido, eu perdi o contato com as atividades policiais, e isso me desatualizou. Perdi o meu ritmo de trabalho, é uma vida praticamente estática, paralisada."

Apesar de elogiar o apoio da polícia, ele diz sentir desconfiança após tanto tempo em poder das Farc. "Isso é natural. Cheguei a pensar, antes de ser seqüestrado, quando havia notícias de uma pessoa levada pela guerrilha, que [as Farc] eram guerrilheiros. Mas uma coisa é julgar as pessoas aqui de fora, e outra é viver o seqüestro. Não é possível ter nenhum encantamento com um grupo que me estava roubando tudo, a vida."

"Ouço com indignação esse tipo de comentário. No caso da [ex-candidata à Presidência] Ingrid Betancourt, diziam que ela era amante do guerrilheiro Cano, quando ela nunca viu esse senhor. Atreveram-se a dizer que ela era ideóloga da guerrilha. O que Ingrid tem feito é uma luta total contra a guerrilha, recebe tratamento inumano, castigos diários, fica acorrentada por 24 horas."

Enquanto não volta ao trabalho, contar a fuga ocupa praticamente todo o seu tempo. Nos últimos oito meses, deu várias entrevistas, viajou aos EUA e à Europa e começou a escrever um livro. O ex-refém também passou por uma cirurgia e estuda relações internacionais.

Mas Pinchao diz que não sabe se deixará a farda: "Aprendi em cativeiro que não se pode planejar as coisas. A gente sempre planejava: "Na semana que vem, começo a aprender inglês, começo a fazer exercícios". E antes de chegar a próxima semana diziam: "Arrumem a mochila, vamos embora"."

Quanto às seqüelas, ele enumera: "Quando escuto aviões de combate, sinto um temor da época do seqüestro. Ou quando ouço uma porta que fecha bruscamente. No Natal, quando escutava fogos, me causava temor. Não posso dormir em colchão mole, tem de ser duro, porque dormia sobre tábuas".

Seqüestros longos

O caso de Pinchao é praticamente único entre os mais de 23 mil seqüestros registrados nos últimos dez anos na Colômbia, mas o país tem a triste tradição de cativeiros longos.

Segundo a Fundação País Livre (FPL), especializada no tema, atualmente os seqüestrados ficam em média seis meses em cativeiro --nos anos 90, eram 18 meses. O tempo dilatado se deve ao grande número de seqüestros feitos por grupos armados ilegais, como as Farc e os paramilitares, que têm uma capacidade logística maior do que a delinqüência comum.

Especializada em atender vítimas de seqüestro, a psicóloga da FPL, Dary Lucía Nieto, diz que a readaptação não depende apenas do tempo mas também de fatores como a personalidade e as condições do cativeiro --ela lembra que recebeu um paciente com apenas 21 dias de cativeiro em pior situação do que ex-reféns que ficaram nove meses privados da liberdade.

do site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u365262.shtml

Três morrem em conflito no Quênia, oposição se mantém firme

Por Tim Cocks e Nick Tattersall

NAIRÓBI (Reuters) - Manifestantes esfaquearam três pessoas até a morte numa favela na capital do Quênia neste domingo durante i conflito étnico iniciado depois que o presidente Mwai Kibaki conseguiu se reeleger no mês passado, afirmaram testemunhas.

Policiais armados perseguiram jovens no bairro de Haruma, em Nairóbi, e alguns residentes começaram a deixar o local com seus pertences nas mãos.

"Vi três pessoas mortas, assassinadas por pangas (facões), com a cabeça cortada e arrancada", afirmou Samuel Oduor, 22, cameraman freelance.

Outras testemunhas confirmaram as mortes decorrentes do combate entre jovens do grupo étnico Kikuyu, de Kibaki, e a tribo Luo do oposicionista Raila Odinga.

Eles apontam o número de pelo menos 34 mortos desde que a oposição lançou três dias de protestos contra o governo na quarta-feira. Muitos foram mortos por policiais que atiravam contra manifestantes e outros, por gangues étnicas.

"Não é preciso matar alguém por causa de sua tribo, mesmo que ele não tenha votado em mim", disse Odinga a várias centenas de simpatizantes enquanto saía de uma igreja na favela de Kibera, Nairóbi.

Odinga afirmou que haveria uma cerimônia em homenagem aos mortos no ginásio esportivo central de Nairóbi na quarta-feira e pediu mais protestos, apesar da ordem da polícia de evitar manifestações públicas.

Mais de 650 pessoas morreram desde que Kibaki conseguiu se manter no poder depois da eleição de 27 de dezembro que foi fraudada, segundo a oposição e observadores.

do site:

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRN2049583020080120