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4 de fev. de 2008

Farc anunciam libertação de 3 reféns

Guerrilha quer entregar ex-congressistas colombianos a Hugo Chávez ou a alguém indicado pelo líder venezuelano

Ap, Reuters e Afp

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram que vão libertar três políticos que estão doentes como um gesto unilateral de reconhecimento aos esforços do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e de “outros governos amigos” para buscar uma solução para o conflito no país.

Em um e-mail enviado no sábado à noite à Rádio Caracol e à agência de notícias esquerdista ANNCOL, as Farc prometeram libertar os colombianos Gloria Polanco, Luis Eládio Pérez e Orlando Beltrán, seqüestrados em 2001. O grupo esquerdista não fixou uma data para a libertação, mas disse que quer entregar os reféns no território colombiano a Chávez ou a alguém indicado por ele. No e-mail, o grupo disse que estava libertando os três “por causa de seu estado de saúde”, mas não deu mais detalhes.

O governo da Venezuela já anunciou, no entanto, o início imediato de 'contatos e ações' para recuperar de 'forma segura' os três reféns. 'É uma nova vitória da liberdade e uma esperança de paz', afirmou ontem o porta-voz da presidência venezuelana, Jesse Chacón.

O anúncio de novas libertações ocorre em meio ao aumento de pressão contra o grupo guerrilheiro. Centenas de pessoas manifestaram-se hoje (ontem no Brasil) em Sydney, na Austrália, e dezenas em Tóquio, Japão, como parte de um protesto mundial contra as Farc. EUA, Espanha, França, Equador e Itália e o Vaticano se unirão ao protesto convocado para hoje e organizado através da internet por um grupo de jovens colombianos.

O ministro do Interior e de Justiça da Colômbia, Carlos Holguín, disse que o governo saudou o gesto unilateral das Farc e facilitará as condições para a libertação dos três congressistas. “Estamos dispostos a fazer o que for necessário”, disse Holguín. Com relação à exigência de que os reféns sejam entregues a Chávez, o ministro disse que a operação humanitária “está acima” das relações entre os dois países. Ele disse que o governo colombiano ainda não havia entrado em contato com Caracas para falar sobre as circunstâncias da libertação.

As Farc querem a troca de mais de 40 reféns políticos por centenas de guerrilheiros presos. Mas o presidente colombiano, Álvaro Uribe, rejeita a exigência de que seja criada uma zona desmilitarizada para as conversações sobre os reféns.

Em agosto, o governo colombiano pediu a Chávez que mediasse uma troca humanitária, mas cancelou seu papel em novembro, acusando-o de ingerência em assuntos internos.

Se os ex-congressistas forem soltos, será o segundo gesto unilateral das Farc, que no dia 10 libertaram a ex-candidata à vice-presidência Clara Rojas e a ex-deputada Consuelo González. As ex-reféns disseram que vários dos seqüestrados estão doentes, com malária, diarréia crônica ou diabete.

Jaime Lozada, filho de Gloria Polanco, seqüestrada em agosto de 2001, assegurou que “sempre confiou” nas negociações de Chávez e da deputada colombiana Piedad Córdoba.

“Após seis anos e oito meses sonhando com a liberdade de meu marido, o sonho começa a realizar-se”, disse Angela de Pérez, mulher do ex-senador Luis Eládio Pérez, que tem diabete e hipertensão.

http://txt.estado.com.br/editorias/2008/02/04/int-1.93.9.20080204.6.1.xml

Obama se aproxima de Hillary e aposta em voto jovem na Superterça

Pesquisa antes das prévias de amanhã reflete equilíbrio na disputa democrata; entre os republicanos, McCain é favorito

Patrícia Campos Mello

O candidato democrata Barack Obama alcançou a favorita Hillary Clinton nas pesquisas de intenções de voto para a Superterça. Segundo levantamento Zogby-Reuters divulgado ontem, Obama está tecnicamente empatado com Hillary na Califórnia (ele tem 45% e a senadora,41%), New Jersey (42% a 43%) e Missouri (43% a 44%), três importantes Estados entre os 22 que realizam prévias amanhã. Pesquisa nacional do Washington Post-ABC confirma o equilíbrio (veja quadro ao lado).

Hillary aposta em seus fiéis eleitores - mulheres, idosos, latinos e população de baixa renda - para manter o bom desempenho nas primárias. Obama conta com o entusiasmo dos eleitores negros, jovens e população de renda mais alta. Mas é principalmente o eleitorado jovem que pode dar a Obama uma chance de virada na Superterça.

Desde 1972, quando americanos a partir de 18 anos ganharam direito a voto, o interesse dos jovens pelas eleições não é tão grande. Segundo pesquisa da revista Time, 74% dos jovens estão seguindo o processo eleitoral de perto, diante de 40% na eleição de 2004 e 13% em 2000.

Como os jovens favorecem Obama (em Iowa ele ganhou mais de 50% do voto jovem e na Carolina do Sul, 67%), o xis da questão será traduzir o entusiasmo dos eleitores abaixo de 30 anos em comparecimento às urnas na maioria dos Estados.

“Os jovens apóiam Obama, mas os eleitores mais velhos têm uma probabilidade bem maior de votar”, disse ao Estado John Pitney, ex-vice-diretor de pesquisas do Comitê Nacional Republicano.

Entre os republicanos, o senador John McCain consolidou sua liderança e, na opinião de especialistas, deve sair como virtual candidato do partido após a Superterça, onde é favorito na maioria dos Estados.

Segundo pesquisa da agência Reuters, McCain tem vantagem de dois dígitos sobre o ex-governador do Arkansas Mitt Romney em Nova York (49% a 23% ) e New Jersey (54% a 23%). Já na Califórnia, o Estado com maior número de delegados, Romney tem 37% dos votos e McCain, 34%.

No campo democrata, espera-se que a disputa vá se prolongar pelo menos até março, com uma briga emocionante, delegado a delegado. Por isso é essencial para Obama ter um bom desempenho em vários Estados da Superterça. Mesmo que ele não ganhe, pode garantir um número razoável de delegados.

Aumentar a participação dos jovens é uma das táticas da campanha de Obama, que investiu pesadamente em sites de relacionamento como o Facebook, MySpace e até comunidades Obama dentro do site do candidato.

A mensagem de mudança e rompimento com os vícios de Washington vem ecoando muito entre os jovens. “As pessoas jovens vão votar em Obama porque ele representa mudança de verdade, não faz parte das mesmas duas famílias que estão no poder há 20 anos”, diz Sarah Curtis, uma professora primária de 24 anos que ontem exibia um cartaz “Obama” numa manifestação no Central Park, em Nova York.

No Missouri, por exemplo, Obama ganhou o apoio da popular senadora Claire McCaskill. Ela estava indecisa entre Obama e Hillary, mas foi “convencida” por sua filha de 18 anos. “Você sabe que acredita nele, então está na hora de tomar uma decisão. Se não apoiá-lo, não falo mais com você”, teria dito a estudante Maddie.

Peter Levine, diretor do Center for Information & Research on Civic Learning & Engagement, centro de estudos da Universidade de Maryland, espera um comparecimento recorde de jovens, pois a campanha está disputada e muitos querem manifestar sua oposição à guerra no Iraque. Mas, apesar de a maioria apoiar Obama, ainda há espaço para mudanças. “Os eleitores jovens sempre decidem em cima da hora e acredito que a maioria ainda não escolheu em quem vai votar na Superterça”, diz Levine.

Outro obstáculo para Obama será o número de jovens registrados para votar. Em Iowa e New Hampshire, as regras eleitorais eram menos rígidas e os jovens podiam registrar-se na hora. Outros Estados são mais rigorosos e os jovens não poderão votar por impulso - o que pode beneficiar Hillary.

http://txt.estado.com.br/editorias/2008/02/04/int-1.93.9.20080204.1.1.xml

3 de fev. de 2008

Declarar pais de Madeleine suspeitos foi precipitado, diz polícia

da Efe, em Lisboa

da Ansa, em Londres

O diretor da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal, Alipio Ribeiro, admitiu neste domingo que as autoridades podem ter se precipitado ao declarar como suspeitos os pais de Madeleine McCann, 4, a menina inglesa que desapareceu no sul do país em maio do ano passado.

"Neste momento, a esta distância, com a experiência que tenho como magistrado do Ministério Público, acho que talvez deveria ter havido outra avaliação. Sobre isso não tenho dúvidas", disse Ribeiro em declarações publicadas hoje pela imprensa portuguesa.

Além de ter reconhecido que houve "uma certa precipitação" no apontamento de Kate e Gerry McCann como suspeitos do sumiço de Madeleine, o diretor da PJ admitiu que, legalmente, não podia acusá-los do desaparecimento.

Ribeiro também esclareceu que a Promotoria portuguesa nunca lhe deu instruções sobre a forma como deveria conduzir as investigações do caso Madeleine ou de qualquer outro, negando as acusações de que a PJ sofreria pressões políticas.

Nesta semana, a polícia britânica e os oficiais de proteção de crianças e adolescentes disseramm que não consideram que os médicos ingleses sejam suspeitos no caso.

Segundo declarou o porta-voz oficial dos McCann, Clarence Mitchell, os efetivos policiais e de prevenção de crimes contra crianças afirmaram, em reuniões particulares, que tratam o caso como "um raro ou estranho desaparecimento".

Inocentes

O porta-voz dos McCann disse que está "completamente convencido" da inocência dos pais da garota. "Nunca escutei ou vi nada que de algum modo me fizesse suspeitar", disse Mitchell em uma apresentação no London School of Economics (LSE) da capital britânica.

Segundo o porta-voz dos McCann, o desaparecimento de Madeleine foi uma história "mal representada e distorcida".

Mitchell disse ainda que uma notícia do caso estampada na capa de um jornal pode aumentar as vendas em 70 mil exemplares, e que, por isso, "há uma motivação comercial" na hora de informar sobre o caso.

Mitchell disse ainda à platéia que cada uma das histórias ou informações negativas que foram publicadas sobre os McCann "são falsas".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u369368.shtml

Sarkozy e Bruni comemoraram casamento com jantar íntimo

Da EFE

Paris, 3 fev (EFE).- O presidente da França, Nicolas Sarkozy, e seu nova esposa, a cantora italiana Carla Bruni, celebraram seu casamento com um jantar em Versalhes, informa a imprensa francesa neste domingo.

Sarkozy e Bruni, que não viajarão em lua-de-mel, se casaram ontem, antes do meio-dia, numa cerimônia no Palácio do Eliseu acompanhada por parentes e amigos próximos.

Para testemunhar o casamento, celebrado pelo administrador regional do 8º distrito de Paris, François Lebel, Sarkozy convidou Nicolas Bazire, um colaborador de longa data, e Mathilde Agostinelli, responsável pelo setor de comunicação da Prada na França.

Já Bruni teve como testemunhas as atrizes Marine Delterme e Farida Khelfa, esta última também ex-modelo.

À noite, cerca de 30 pessoas participaram de um jantar comemorativo na La Lanterne, um pavilhão do fim do século XVIII colado ao Palácio de Versalhes.

Em sua edição de hoje, o periódico "Le Journal du Dimanche" diz que o casal fez um requerimento especial às autoridades para que a cerimônia não fosse divulgada, já que o procedimento normal é o anúncio público dos casamentos para que pessoas que tenham objeções possam manifestá-las.

Por sua vez, o "Le Parisien" trouxe neste domingo declarações de Marisa Borini, mãe da nova "primeira-dama" da França.

Ao jornal, a sogra de Sarkozy declarou estar "muito feliz" com casamento e que sua filha merece ter seu próprio espaço no Palácio, além de um tempo à parte para poder dar continuidade à sua carreira musical.

Por causa da atribulada agenda oficial do presidente, que inclui amanhã uma viagem de algumas horas à Romênia, a inauguração de um trem de alta velocidade na terça-feira e diversos atos públicos em Paris entre quarta e sexta, Bruni e o marido não viajarão em lua-de-mel. EFE

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/

Egito fecha a passagem fronteiriça de Rafah

da Efe, no Cairo

As autoridades egípcias fecharam hoje, em coordenação com o grupo islâmico palestino Hamas, a passagem fronteiriça de Rafah que liga o Egito à Faixa de Gaza, informou o diretor do centro de imprensa governamental em Rafah, Musad Badawi.

Ele disse que está proibida a passagem de pessoas pela passagem, com exceção dos palestinos que retornam a Gaza e dos egípcios que voltam ao seu país, 11 dias depois que militantes do Hamas derrubassem cercas fronteiriças permitindo a entrada de milhares de palestinos no Egito.

Ao longo da noite, policiais egípcios se posicionaram perto da fronteira com Gaza em preparação ao fechamento da passagem, explicou Badawi.

Os agentes instalaram cercas metálicas junto à passagem fronteiriça para impedir a entrada de mais cidadãos palestinos em território egípcio.

O diretor do centro de imprensa confirmou que desde primeira hora da manhã de hoje nenhum palestino entrou no Egito.

O fechamento da divisa aconteceu um dia depois que uma delegação do Hamas abandonou o Egito após manter negociações com diferentes dirigentes do país, entre eles o chefe dos serviços secretos, Omar Suleiman, sobre a situação em Gaza.

Até agora, as autoridades egípcias não falaram sobre o resultado das conversas mantidas tanto com dirigentes do Hamas como com responsáveis do movimento Fatah - entre eles o próprio presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas -, com os quais se reuniram separadamente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u369330.shtml

2 de fev. de 2008

Visando à transparência, Orlando Silva devolve gastos com cartão

Felipe Held, especial para a Gazeta Esportiva.Net
São Paulo (SP) - Após ver Matilde Ribeiro, ministra da Promoção da Igualdade Racial, pedir demissão do cargo após ser flagrada na ‘farra do cartão corporativo’, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, tomou uma medida radical. Para mostrar transparência em sua gestão, o político optou por devolver toda a quantia gasta com o benefício desde 2006, quando assumiu o posto deixado por Agnelo Queiroz, para que seja analisada pelos órgãos responsáveis. Mas, certo de que não teve despesas ‘fora da lei’, espera pelo reembolso.

Em entrevista coletiva convocada em cima da hora para este sábado, Orlando Silva anunciou que os boatos da imprensa em torno dos gastos ministeriais haviam ultrapassado os limites. “Indignado” e sem medo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o responsável pela pasta dos esportes no governo federal recolheu aos cofres públicos um total de R$ 30.870,38, por meio de duas Guias de Recolhimento da União (GRU) – uma no valor de R$ 4.276,57 e outra com a quantia de R$ 26.594,21 – ambas retiradas de sua conta de pessoa física.

Os cartões corporativos foram instaurados pelo governo para melhor controlar os gastos públicos, colocando os débitos dos políticos à vista da população no Portal da Transparência da Controladoria Geral da União (CGU). Em janeiro, Matilde Ribeiro aparecia como a campeã de gastos entre donos do cartão, com despesas em torno de R$ 175 mil. Nesta sexta-feira, a ministra anunciou a renúncia ao cargo e garantiu não estar arrependida.

Já Orlando Silva, para escapar de polêmicas envolvendo seu nome e colocando em dúvida sua gestão, tomou medida diferente. “Decidi recolher aos cofres públicos cada centavo utilizado pelo cartão corporativo desde que assumi o ministério, pois percebi que há um debate politizando uma questão administrativa. Temos a convicção de que cada gasto foi feito dentro da absoluta legalidade e quero que os órgãos de controle possam avaliar cada um dos gastos e chegar a uma conclusão, já que há controvérsias do que pode ou não”, pronunciou.

Cabeça tranqüila: O ministro dos Esportes, no entanto, espera ser ressarcido da quantia após avaliação. “Fiz todos meus gastos dentro da absoluta legalidade, dentro daquilo que estava estabelecido para o uso. Como se definiu uma discussão, vou aguardar a decisão sobre o que pode ser feito e a partir daí posso requerer a devolução”, prosseguiu. De acordo com Orlando Silva, grande parte dos gastos foi com hospedagens em cidades brasileiras, exceto Brasília (onde possui residência paga pelo governo federal) e São Paulo (onde moram suas esposa e filha).

Orlando Silva havia passado os últimos dias em Barcelona, na Espanha, como membro da Comissão de Candidatura do Rio de Janeiro como sede aos Jogos Olímpicos de 2016. Ao desembarcar no Brasil, acompanhou os escândalos envolvendo Matilde Ribeiro e optou pela devolução, uma vez que a situação havia chegado a um ponto insustentável.

“Na vida, tudo tem limite. Para vocês (jornalistas) terem uma idéia, chegaram a me perguntar se era razoável que eu permitisse que a minha filha de nove meses ocupasse o mesmo quarto de um apartamento; se isso não seria um gasto questionável do ponto de vista administrativo. Considerando uma agenda que vocês acompanham por vezes de 12, 14 e até 16 horas de trabalho, num período de final de semana, a hipótese de permitir que a minha filha, que ainda é amamentada pela própria mãe, seja questionada como ônus a mais, me pergunto se isso não seria demasiado e entrava na minha intimidade. Quando um repórter me perguntou o nome e a idade da minha filha para publicação, achei que ultrapassamos a barreira do bom senso”, criticou.

“Tenho 36 anos, sendo que 20 deles foram dedicados à militância. Sempre me pautei pelo respeito à conduta, pelo respeito e pela defesa da minha honra. Meus únicos patrimônios são a minha família, a minha honra e a minha integridade. O limite a que o caso chegou é o de atacar a minha família e a minha integridade, então foi preciso agir com sobriedade e colocar o foco nas questões concretas”, emendou.

Apesar da medida tomada, Orlando Silva defendeu o uso do cartão corporativo e apontou que mais políticos deveriam utilizá-lo. Embora tenha devolvido os quase R$ 31 mil gastos nos últimos dois anos, afastou a possibilidade de que outros políticos devam adotar a mesma medida e apontou que continuará utilizando o cartão.

http://www.gazetaesportiva.net/ge_noticias/bin/noticia.php?chid=121&nwid=43083