Resultados de Pesquisa

.

3 de fevereiro de 2008

Declarar pais de Madeleine suspeitos foi precipitado, diz polícia

da Efe, em Lisboa

da Ansa, em Londres

O diretor da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal, Alipio Ribeiro, admitiu neste domingo que as autoridades podem ter se precipitado ao declarar como suspeitos os pais de Madeleine McCann, 4, a menina inglesa que desapareceu no sul do país em maio do ano passado.

"Neste momento, a esta distância, com a experiência que tenho como magistrado do Ministério Público, acho que talvez deveria ter havido outra avaliação. Sobre isso não tenho dúvidas", disse Ribeiro em declarações publicadas hoje pela imprensa portuguesa.

Além de ter reconhecido que houve "uma certa precipitação" no apontamento de Kate e Gerry McCann como suspeitos do sumiço de Madeleine, o diretor da PJ admitiu que, legalmente, não podia acusá-los do desaparecimento.

Ribeiro também esclareceu que a Promotoria portuguesa nunca lhe deu instruções sobre a forma como deveria conduzir as investigações do caso Madeleine ou de qualquer outro, negando as acusações de que a PJ sofreria pressões políticas.

Nesta semana, a polícia britânica e os oficiais de proteção de crianças e adolescentes disseramm que não consideram que os médicos ingleses sejam suspeitos no caso.

Segundo declarou o porta-voz oficial dos McCann, Clarence Mitchell, os efetivos policiais e de prevenção de crimes contra crianças afirmaram, em reuniões particulares, que tratam o caso como "um raro ou estranho desaparecimento".

Inocentes

O porta-voz dos McCann disse que está "completamente convencido" da inocência dos pais da garota. "Nunca escutei ou vi nada que de algum modo me fizesse suspeitar", disse Mitchell em uma apresentação no London School of Economics (LSE) da capital britânica.

Segundo o porta-voz dos McCann, o desaparecimento de Madeleine foi uma história "mal representada e distorcida".

Mitchell disse ainda que uma notícia do caso estampada na capa de um jornal pode aumentar as vendas em 70 mil exemplares, e que, por isso, "há uma motivação comercial" na hora de informar sobre o caso.

Mitchell disse ainda à platéia que cada uma das histórias ou informações negativas que foram publicadas sobre os McCann "são falsas".

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u369368.shtml

Nenhum comentário: