A viabilidade econômica é o desafio de Kosovo, a região mais desfavorecida dos Bálcãs. Administrado pela ONU desde 1999, Kosovo recebeu de U$ 2 a US$ 3 bilhões até 2004. Mas estima-se que a cifra necessária seria US$ 11 bilhões
Neste momento, um reconhecimento da independência de Kosovo passaria por cima das objeções sérvias e russas, e ocorreria na ausência de um acordo entre os descendentes de albaneses da província da Sérvia e Belgrado, sem modificar a Resolução 1.244 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), de 1999. A resolução reafirma a soberania da Sérvia sobre Kosovo, enquanto garante uma autonomia substancial a essa província.
Apesar disso, grande parte dos especialistas aposta em uma transição em geral pacífica para a independência supervisionada, dentro e fora da província. Ivo Daalder, ex-diretor de 1995 a 1999 para Assuntos Europeus no Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos e analista de segurança internacional do Instituto Brookings, afirma que "a Sérvia vai objetar verbalmente, mas não fará mais nada. E a Rússia não consegue oferecer uma ameaça real, apesar da oratória inflamada".
A viabilidade econômica é o desafio maior de Kosovo, a região mais desfavorecida dos Bálcãs. A União Européia (UE) vai enviar uma missão civil de 2.000 homens para substituir a ONU, que administra Kosovo desde 1999. Mas a comunidade internacional não consegue reaquecer a economia dessa província do Sul da Sérvia depois do conflito de 1998-1999 entre as forças sérvias e os separatistas.
A injeção de dinheiro estrangeiro em Kosovo, em projetos de reconstrução ou doações, foi de US$ 2 a US$ 3 bilhões até 2004. Mas outros cálculos estimam que a cifra necessária seria da ordem dos US$ 11 bilhões.
Brasil avalia
O governo brasileiro ainda está avaliando qual será a sua posição caso Kosovo declare independência unilateralmente. Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores afirmou que "o Brasil acompanha o caso atentamente" e que a diplomacia brasileira favorece uma "solução negociada, que possa ser formalizada em resolução do Conselho de Segurança da ONU". (das agências de notícias)
www.opovo.com.br/opovo/internacional/766280.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário