Resultados de Pesquisa

.

22 de fevereiro de 2008

PPP estuda coalizão com governo paquistanês

EFE

ISLAMABAD - Um dia após acertar uma coalizão de Governo com a Liga Muçulmana do Paquistão-N (PML-N), de Nawaz Sharif, o Partido Popular do Paquistão (PPP) se reuniu nesta sexta-feira para estudar o pacto e analisar nomes de candidatos a primeiro-ministro.

O mais cotado para o posto é o vice-presidente da legenda, Amin Fahim. Segundo uma fonte do PPP citada pelo canal privado Dawn, foram mencionados na reunião outros nomes, como o do líder do partido na região leste do Punjab, Mahmood Qureshi, e Yousuf Reza Gillani, outro dirigente da legenda. No entanto, a fonte afirmou que, após o encontro, não se chegou "a nenhuma decisão" e acrescentou que a reunião teve caráter "introdutório", mas serviu para sondar nomeações de pastas ministeriais.

O PPP, liderado por Asif Ali Zardari após o assassinato de sua esposa, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, convocou a Islamabad todos os membros eleitos do partido para a Assembléia Nacional, um total de 88, à espera de saber que cadeiras serão atribuídas a eles devido às cotas para mulheres e não-muçulmanos.

Após o acordo de quinta-feira com seu partido, Sharif, que lidera a segunda legenda mais votada, confirmou nesta sexta-feira que o próximo primeiro-ministro será um membro do PPP, apesar de Zardari já ter anunciado que não concorrerá.

O PPP e a PML-N ainda têm que traçar os detalhes de seu acordo, aberto a todos os partidos do Parlamento paquistanês, exceto à legenda do presidente Pervez Musharraf. No entanto, uma fonte da PML-N afirmou hoje que Zardari e Sharif "não voltarão a se encontrar nos próximos dias".

O assessor de imprensa do partido, P. Rashid, disse que Sharif viajará no sábado à cidade de Lahore, enquanto Zardari ficará em Islamabad este fim de semana para participar de dois encontros com os membros eleitos de sua legenda nas câmaras regionais.

O ex-primeiro-ministro voltou a atacar Musharraf em entrevista coletiva e pediu ao presidente que "respeite o desejo da nação e deixe o poder".

- Estamos preparados para afastar Musharraf - disse Sharif, deposto em 1999 pelo atual presidente paquistanês em um golpe de Estado.

Sharif também se reuniu com representantes das delegações diplomáticas francesa e britânica em Islamabad para analisar o cenário pós-eleitoral e a luta contra o terrorismo no Paquistão.

O pacto pós-eleitoral entre os partidos opositores deixaria fora do Governo a legenda que apóia Musharraf e levaria a uma imprevisível "coabitação" entre o presidente e um primeiro-ministro do PPP.

Depois de se reunir com um senador e um congressista americano, Musharraf defendeu hoje a "estabilidade" política, elogiou mais uma vez a luta contra o terrorismo e agradeceu aos Estados Unidos por sua colaboração neste trabalho, segundo a agência estatal "APP".

No entanto, a violência voltou hoje a castigar o conflituoso noroeste do país, com o primeiro grande atentado após a realização das eleições de segunda-feira, ocorrido no Vale de Swat, no norte.

Pelo menos 13 pessoas morreram e 14 ficaram feridas na explosão de uma bomba durante a passagem da comitiva de um casamento no distrito de Matta Tehsil, situado na Província da Fronteira do Noroeste.

Durante a campanha, uma onda de atentados contra alvos eleitorais castigou a província, em cujo cinturão tribal - na fronteira com o Afeganistão - o Exército lançou uma operação contra milhares de fundamentalistas armados que se rebelaram contra o regime de Musharraf.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/02/22/ppp_estuda

_coalizao_com_governo_paquistanes-425780799.a

Nenhum comentário: