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26 de fevereiro de 2008

Bolívia pede ao Brasil que invista na produção de gás

LA PAZ - O governo da Bolívia pediu ontem ao Brasil que assegure o investimento prometido pela Petrobras para aumentar a produção de gás natural e garantir a entrega do combustível tanto ao Brasil quanto à Argentina. O “Brasil tem que garantir esse investimento”, disse em entrevista coletiva o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, em referência ao compromisso anunciado pela Petrobras em dezembro passado em La Paz. A intenção seria aplicar entre US$750 milhões e US$1 bilhão na Bolívia nos próximos anos. Segundo Villegas, a companhia petrolífera brasileira apresentará seu plano de investimento em meados deste ano. “Temos que produzir mais gás”, acrescentou o ministro ao destacar que o tema energético será, daqui pra frente, um “eixo de preocupação e de definições políticas” na região.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu no sábado passado, em Buenos Aires, com a presidente da Argentina, Cristina Kirchner e da Bolívia, Evo Morales, mas o encontro não gerou nenhum acordo para solucionar os problemas na repartição de gás. A atual produção boliviana de gás ronda os 40 milhões de metros cúbicos diários, que subirão este ano para 42 milhões, enquanto a demanda do mercado externo e interno está por volta dos 46 milhões de metros cúbicos por dia.

A Bolívia envia entre 27 e 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil e tem vigente um acordo para exportar 7,7 milhões de metros cúbicos para a Argentina, embora atualmente o fluxo se limite a cerca de três milhões de metros cúbicos. Morales comentou anteontem que os três países concordaram em trabalhar “de maneira solidária” para encontrar uma solução ao tema e fazer propostas para caso se inicie “um problema muito sério na Argentina” assim que o inverno começar, quando há forte aumento na demanda.

No entanto, o Brasil mantém que não pode ceder à Argentina parte do gás boliviano que recebe, mas não nega que possa enviar eletricidade a seu vizinho para ajudar a atender a demanda durante o inverno. (EFE)

www.correiodabahia.com.br/exterior/noticia.asp?codigo=148352

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