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24 de mai. de 2008

Por ser de bem público, venda de Nossa Caixa requer leilão, dizem juristas

DENYSE GODOY da Folha de S.Paulo

Na opinião de especialistas ouvidos pela Folha, a venda da Nossa Caixa precisa, sim, ser feita por meio de leilão, porque envolve patrimônio público.

"De acordo com o princípio da eficiência, cabe ao governo obter o melhor preço possível na venda dos seus bens, o que seria conseguido, nesse caso, por meio de leilão", destaca o jurista Ives Gandra Martins. "Assim se deu na venda do Banespa. O Santander ofereceu R$ 7,050 bilhões, quando o preço mínimo era de R$ 1,85 bilhão."

Além disso, o Banco do Brasil não é poder público para ser dispensado de concorrer com outras instituições na hora de fazer uma oferta por uma empresa. "O BB é uma sociedade mista [de capital público e privado]", diz Gandra.

Fábio Medina, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e presidente do Iiede (Instituto Internacional dos Estudos de Direito do Estado), afirma também que, embora seja controlado pelo governo federal e tenha algumas funções de fomento, o BB atua no mercado financeiro nacional da mesma maneira que as demais instituições e está submetido às regras do direito privado.

"Por isso, os outros reclamarão condições isonômicas na competição com ele por fatias do mercado", afirma.

O economista Armando Castelar Pinheiro lembra, ainda, que a realização de leilão foi a opção preferida pelos governos que venderam bancos de sua propriedade na década de 90.

"Quando a instituição estava quebrada financeiramente, bancos públicos os adquiriam, assumindo os prejuízo. No entanto, quando estavam saneados e eram revendidos, o tipo de processo escolhido era o leilão, a fim de que fosse conseguido o máximo ganho para o acionista. Portanto seria natural que esse fosse o jeito escolhido agora", diz.

A discussão sobre o preço a ser pago pelo comprador pode ser infrutífera caso se decida que bancos privados não podem ficar com os depósitos judiciais feitos na Nossa Caixa, os quais atualmente somam R$ 16 bilhões e são um dos maiores atrativos da instituição. Nessa hipótese, os bancos privados ofereceriam um valor bem menor pelo banco e o BB seria o vencedor.

Para Paulo da Silva Novaes, sócio do escritório Tostes e Associados Advogados, é preciso discutir, ainda, como ficam os direitos do consumidor se o BB efetivamente levar a Nossa Caixa. "A questão da concorrência entre instituições financeiras preocupa todos os que utilizam esse tipo de serviço. A aquisição, por quem quer que seja, deve ser examinada pelo sistema brasileiro de defesa da concorrência."

Gandra acredita que, se alguma instituição que se julgar prejudicada for à Justiça, "dificilmente" perderá. "Pode-se até impedir a venda. A jurisprudência que trata de bens públicos é pacífica [quanto à necessidade de fazer leilão]", afirma.

www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u404932.shtml

23 de mai. de 2008

WSJ: Brasil pode se transformar em potência do petróleo

Agencia Estado
Reportagem publicada na edição desta sexta-feira do The Wall Street Journal (WSJ) diz que "uma agitação da atividade da Petrobras" está aquecendo a especulação de que o Brasil pode ter petróleo suficiente para participar das "grandes alianças de exportadores mundiais" do produto e "aliviar a pressão sobre os preços em alta".
O jornal menciona o anúncio feito na última quarta-feira pela estatal, de ter encontrado indícios de petróleo na área do pré-sal no bloco BM-S-8. A área está localizado a cerca de 250 quilômetros da costa do Estado de São Paulo, próximo ao campo Tupi, "a maior descoberta mundial desde 2000 e a maior do Ocidente desde 1976", lembra o jornal.
"Com os preços do petróleo atingindo novas máximas, grandes descobertas no Brasil podem aumentar o otimismo do setor de energia de que pode entregar petróleo suficiente para acompanhar a aceleração da demanda", diz o The Wall Street Journal. Segundo a publicação, a queda de 1,8% registrada ontem na cotação do petróleo na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), para US$ 130,81 o barril, pode ser atribuída "parcialmente à perspectiva de mais oferta por parte do Brasil".
As grandes descobertas no Brasil seriam especialmente bem recebidas nos EUA, ao propiciar uma nova fonte de petróleo em seu próprio hemisfério, diz o jornal. A reportagem lembra que perfurações exploratórias em campos diferentes produziram um petróleo muito semelhante ao da descoberta anunciada na quarta-feira, alimentando uma nova teoria "perturbadora": a de que a Bacia de Santos seria um "megadepósito contíguo de petróleo".
Riscos Observadores do setor disseram ao jornal que, apesar da excitação, há boas razões para ceticismo. Eles apontaram os riscos e os custos de extrair petróleo de águas ultraprofundas. "O sal que encobre os campos potenciais acrescenta desafios técnicos, porque se desloca e é propenso a súbitas mudanças de pressão", diz a reportagem. "E a despeito dos avanços na tecnologia de imagem, é impossível saber a quantidade e a qualidade do petróleo contido numa reserva até que ele comece a jorrar - um processo que pode levar anos", afirma o The Wall Street Journal.
"Isso ainda está num estágio muito preliminar", disse ao jornal Peter Jackson, diretor sênior da consultoria especializada Cambridge Energy Research Associates. "Num jogo deste tamanho e escala, ainda há muito de avaliação e dever de casa a fazer para estabelecer as reservas prováveis, e depois eles terão muito trabalho para distribuir isso", afirmou. O jornal cita a forte valorização das ações da Petrobras, que fez a empresa superar nomes como Microsoft em capitalização de mercado. A reportagem aponta ainda a suspensão dos leilões programados para novas concessões de exploração na Bacia de Santos após a descoberta do campo Tupi. "Alguns observadores leram isso como um sinal de que os brasileiros acreditam que a Bacia está inchando de petróleo e querem melhorar os termos nos novos leilões."
O The Wall Street Journal enumerou recentes investimentos feitos pela Petrobras e lembrou a especulação gerada por declarações dadas no mês passado pelo diretor da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima, segundo as quais a Bacia de Santos poderia conter 33 bilhões de barris.
"Mesmo com o petróleo já descoberto, parece quase certo que o Brasil, que era importador líquido de petróleo até há poucos anos, vai se juntar à Venezuela e ao México no grupo dos principais produtores de petróleo da América Latina", diz a reportagem. "Para um país que começa a abandonar seu passado como país de desenvolvimento volátil, essa fonte de riqueza pode ser uma bênção confusa", afirma o The Wall Street Journal. "O dinheiro do petróleo encherá os cofres do governo mas também pode tentar o Brasil a seguir os hábitos esbanjadores de outros grandes exportadores de petróleo", alfineta. As informações são da Dow Jones.
www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=888029

22 de mai. de 2008

Chapéu brasileiro faz a cabeça de Indiana Jones

Chapéu brasileiro faz a cabeça de Indiana Jones

Cury, de Campinas, fabrica os chapéus usados pelo herói desde o primeiro filme

Tatiana Fávaro, CAMPINAS

Com o lançamento do filme Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, a fábrica brasileira Chapéus Cury, de Campinas (SP), espera faturar entre maio e outubro R$ 1 milhão a mais do que ganharia num ano comum. Isso porque a empresa é a responsável pelo desenvolvimento do modelo do chapéu usado pelo herói desde o primeiro filme, Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida, de 1981.
Veja especial Indiana Jones especial
Com um "garoto-propaganda" como Harrison Ford, a Cury pretende vender só nesse período entre 80 mil e 100 mil chapéus do modelo que aparece no filme. É mais do que a média de um mês normal, cujas vendas são de 60 mil. "Exporto para o mercado americano há pelo menos 40 anos. Um dos meus clientes nos EUA patrocinou o filme e me pediu que preparássemos a carapuça, isto é, o chapéu semi-acalinkbado para um personagem de aventura", diz Paulo Cury, um dos sócios da fábrica.
Indiana Jones foi descrito em detalhes para os Cury, mas ninguém na fábrica sabia que ele seria interpretado por Harrison Ford. Nem que o filme seria aquele. "Só descobri quando fui ao cinema e vi meu chapéu na tela. Não é que não dei importância. Fiquei feliz, claro, mas não imaginava a repercussão", conta o empresário. A Cury fez oito chapéus para serem usados no figurino, do primeiro ao mais recente filme. "Quando os diretores pegaram a encomenda, já pediram mais 40 mil a 50 mil carapuças, para mandarmos os chapéus semi-acabados. Eles previam que ia ter alguma repercussão."
De 1981 para cá, a fábrica produziu aproximadamente 500 mil unidades do modelo Indiana Jones, entre os pelo menos 16 milhões de chapéus confeccionados pela fábrica. De acordo com Zakia, há 70 modelos em produção, mas esse número pode subir para 300 se forem contados aqueles feitos para os chamados clientes especiais.
O "chapéu do Indiana Jones" é feito em duas versões: com lã ou com pêlo de coelho. A primeira custa, na loja, R$ 85. A versão mais elaborada, a mesma usada por Harrison Ford, chega a R$ 170. "Na verdade, existem materiais coadjuvantes, mas o pêlo e a lã são os principais."
www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080522/not_imp176440,0.php#comentar

21 de mai. de 2008

Após cancelamento, parlamentares falam em fim da CPI mista

Envie um e-mail para mim! Após cancelamento, parlamentares falam em fim da CPI mista
Deputado Luiz Sérgio reafirmou que pretende apresentar relatório final na próxima quinta. O sub-relator Índio da Costa, no entanto, diz ainda há muito a ser feito.
Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília

epois do cancelamento da segunda fase do depoimento do ex-secretário de controle interno da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires nesta quarta-feira (21), parlamentares da base aliada e da oposição defenderam o fim da CPI mista dos Cartões. Para eles, a comissão não tem mais para onde avançar.

O relator, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), reafirmou que pretende apresentar seu relatório final na próxima quinta-feira (29). “Defendo a tese de que se possa marcar a leitura dos sub-relatórios e do relatório final. Temos que votá-los e encerrar a CPI”.

Para o petista, a audiência desta manhã foi cancelada porque o assunto foi esgotado nos depoimentos dessa terça-feira (20) de José Aparecido e de André Eduardo da Silva Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que recebeu o dossiê com gastos do governo Fernando Henrique Cardoso. Na visão dele, cabe agora à Polícia Federal esclarecer o caso. “Não acredito que a CPI seja mais eficaz que a PF”.

A presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), jogou a toalha. Ela afirmou que pretende colocar em votação na próxima terça-feira (27) o requerimento de acareação entre José Aparecido e Fernandes e o pedido de convocação de Norberto Temóteo, secretário de administração da Casa Civil, acusado de ter coordenado a elaboração do dossiê. Prevendo a derrota, ela também defende o fim da CPI.

“Na terça-feira, se não votarem favoravelmente o que vou colocar em votação, parto para a leitura dos relatórios”, afirmou Marisa.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) definiu o fim próximo da CPI como “melancólico”. “É um fim melancólico e previsível. Era um fracasso anunciado. Fui crítico da CPI desde o começo porque ela já começou com um acordo”, afirmou o tucano.

Voz dissonante, o deputado Índio da Costa (DEM-RJ) acredita que ainda há muito trabalho a ser feito. “Não acho possível acabar com a CPI na semana que vem. Sou sub-relator e tenho muito trabalho”.

Ele afirmou que, no seu sub-relatório, pedirá o indiciamento de diversos servidores que usaram de forma irregular o cartão corporativo. Índio apresentará ainda a sugestão de que o ressarcimento de gastos irregulares seja feito com valor dobrado do que foi pago de maneira incorreta.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL489011-5601,00-APOS+CANCELAMENTO+PARLAMENTARES+FALAM+EM+FIM+DA+CPI+MISTA.html

20 de mai. de 2008

Agripino diz que CPI viveu 'um festival de mentiras' nesta terça

Envie um e-mail para mim! CPI viveu 'um festival de mentiras' nesta terça
Líder do DEM no Senado, José Agripino (RN) disse não acreditar nos dois depoimentos. Assessor de senador e ex-servidor da Casa Civil prestam depoimento à CPI dos Cartões.
JEFERSON RIBEIRO EDUARDO BRESCIANI Do G1, em Brasília

O líder do Democratas no Senado, senador José Agripino (RN), disse nesta terça-feira (20) que não acredita nos depoimentos do assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-AM), André Fernandes, e do ex-secretário de controle interno da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires. Segundo ele, a CPI dos Cartões Corporativos viveu hoje "um festival de mentiras".

"Estamos vivendo um festival de mentiras aqui. E, sinceramente, não sinto firmeza em nenhuma das partes [nos dois depoentes] e prefiro reservar minha expectativa ao laudo da Polícia Federal", comentou.

Um pouco mais cedo, o deputado Carlos Willian (PTC-MG) pediu que a Polícia Federal indiciasse o assessor André Eduardo da Silva Fernandes, que trabalha para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Para o deputado, o assessor mentiu em depoimento na CPI nesta terça-feira (20). Willian apresentou um requerimento, assinado por parlamentares da base aliada, solicitando que seja enviada à PF a íntegra do depoimento do assessor na comissão.

Para o deputado do PTC, o assessor mentiu ao negar ter pedido emprego no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Ele se baseia na informação dada no depoimento do ex-funcionário da Casa Civil José Aparecido Nunes Pires de que teria recebido um currículo de Fernandes em 2003 quando este almejava um posto no Ministério do Planejamento.

Na visão de Willian, o dossiê não passa de um “factóide” criado por Fernandes a partir do e-mail enviado “por engano” por José Aparecido. “Não existe dossiê, isso está comprovado. O que existe é um factóide criado por seu André Fernandes.”

Não foi ela

O ex-secretário da Casa Civil, José Aparecido Nunes Pires, negou que tenha dito para o assessor do senador Álvaro Dias (André Fernandes), em almoço no Clube Naval, em Brasília, que Erenice Guerra, braço-direito de Dilma Rousseff, tenha dado ordens para fazer o suposto dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Essa conversa não houve, eu não falei isso a ele", desmentiu.

Pires desmentiu outra parte do depoimento de Fernandes. O assessor parlamentar negou que tivesse pedido emprego ao ex-secretário para ingressar no governo. "Ele cogitou a possibilidade de ser secretário-executivo adjunto do Ministério do Planejamento e enviou o currículo para mim", revelou o ex-funcionário da Casa Civil.

Por causa dos desmentidos, o deputado Maurício Quintela Lessa (PR-AL), chegou a pedir a prisão de Fernandes.

O deputado Índio da Costa (DEM-RJ) afirmou que, pelas divergências dos depoimentos de José Aparecido e Fernandes, há a necessidade de acareação. Para ele, somente com os dois frente a frente seria possível esclarecer a história do vazamento do dossiê.

Em mais contradições entre os dois depoentes, José Aparecido afirmou que quem estava nervoso no almoço entre eles no clube Naval era André Fernandes. "Nesse almoço, quem estava apavorado era o André. Ele queria que eu falasse com a revista 'Veja'", afirmou Aparecido.

O assessor de Álvaro Dias havia afirmado que o funcionário da Casa Civil estava irritado com a divulgação do dossiê e negou ter pedido que José Aparecido falasse com a revista, que publicou a matéria contendo o dossiê no dia 20 de março.

Por engano

O ex-secretário de controle interno da Casa Civil reafirmou que enviou por engano uma planilha com dados do Sistema de Suprimento de Fundos (Suprim) para o assessor do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) André Fernandes. A oposição e Fernandes alegam que esses dados eram um dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Pires disse ainda que não sabia que Fernandes estava trabalhando no gabinete de Dias. "Ele era consultor legislativo do Senado. Não me constava inclusive que ele trabalhasse com o senador Álvaro Dias", afirmou.

O ex-secretário disse ainda que, se tivesse intenção de vazar as informações, usaria outra forma, e não o e-mail. "Se eu tivesse intenção de fazer essa divulgação eu faria por CD, cópia impressa ou pen-drive", salientou.

Ele disse que pediu a planilha do Suprim para saber o andamento do trabalho. "Eu queria saber como estava o trabalho, mas não tinha curiosidade sobre os dados, porque eu os conhecia desde 2005, quando começamos a trabalhar com o Suprim", disse. Pires disse que só teve ciência do envio do e-mail para Fernandes no dia 5 de maio, quando a reportagem da TV Globo entrou em contato com ele pedindo informações sobre o vazamento do Suprim.

Nega participação

Pires negou com veemência que tenha participado da elaboração das planilhas que chegaram ao computador de Fernandes e que tenha debatido o tema com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ou a secretária–executiva da pasta, Erenice Guerra. "Não digitei sequer um dado para as planilhas" afirmou.

"Nesse período todo, enquanto estive na Casa Civil, conversei com ela [Dilma Rousseff] três vezes. Com a Erenice falei mais vezes. Mas nunca tratei sobre o banco de dados", comentou.

http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL488216-5601,00-AGRIPINO+DIZ+QUE+CPI+VIVEU+UM+FESTIVAL+DE+MENTIRAS+NESTA+TERCA.html

19 de mai. de 2008

Pesquisa aponta que Kentucky favorece Hillary e Obama ganha em Oregon

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da Folha Online

Esta terça-feira, mais dois Estados realizam suas primárias democratas. Em Kentucky, a pré-candidata à Casa Branca Hillary Clinton lidera com 51% das intenções de voto contra apenas 25% do seu rival, Barack Obama. Já em Oregon, o cenário se inverte e Obama lidera com 45% das intenções de voto contra 41% de Hillary.

"Com a disputa democrata chegando ao fim, é incomum, para dizer o mínimo, ter as pesquisas dos dois Estados mostrando cenários tão diferentes", disse David Paleologos, diretor do centro de pesquisa da Universidade de Suffolk, que realizou a sondagem.

O instituto sondou também a popularidade dos candidatos. Em Kentucky, 43% dos eleitores indicaram uma visão favorável a Obama. A mesma porcentagem apontada pelo instituto na Virgínia Ocidental que realizou recentemente suas primárias nas quais Obama perdeu por 41 pontos percentuais para Hillary.

Já em Oregon, o cenário é extremamente promissor para Obama já que 73% dos eleitores indicam uma visão positiva do candidato.

"Normalmente quando um candidato tem uma grande popularidade, ela se mantém alta também no cenário nacional, com poucas variações", avalia Paleologos.

Lealdade

Questionados sobre quem está mais preparado para enfrentar o provável candidato republicano John McCain nas eleições gerais, os eleitores de Kentucky escolheram Hillary, com uma margem de 7 pontos percentuais. Em Oregon, Obama teve uma grande margem, com 52% dos eleitores apontando que ele é mais elegível contra apenas 28% da ex-primeira-dama.

A Universidade perguntou também aos eleitores em quem votariam caso o nomeado democrata não fosse a sua escolha nestas primárias. Em Oregon, a lealdade dos eleitores ao Partido Democrata foi grande, com 59% apontando que votariam no candidato democrata, não importando quem fosse e 19% votariam no republicano McCain.

Em Kentucky, apenas 41% dos eleitores indicaram que manteriam sua escolha de partido acima do nomeado e 28% afirmaram votar em McCain.

A Universidade de Suffolk ouviu 600 eleitores democratas entre 17 e 18 de maio. A margem de erro é de mais ou menos 4 pontos percentuais.

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u403269.shtml