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3 de jan. de 2009

Milhares de manifestantes na Europa contra ofensiva israelense em Gaza

Manifestantes queimam cartazes durante protesto, em Paris, contra o bombardeio israelense contra a Faixa de Gaza

©2008 Google - Map data ©2008 Tele Atlas - Terms of Use

PARIS (AFP) — Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado nas grandes cidades européias para pedir o fim da ofensiva israelense na Faixa de Gaza, entre elas mais de 20.000 em Paris, onde jovens entraram em confronto com a polícia.

Na capital francesa, entre 21.000 e 25.000 manifestantes se reuniram para expressar apoio à população de Gaza, gritando frases como "somos todos palestinos", "Israel assassino" e "Gaza, estamos todos com você".

"A comunidade internacional é hipócrita. A política de (o presidente francês) Nicolas Sarkozy é totalmente cúmplice", declarou Olivier Besancenot, líder da Liga Comunista Revolucionária (LCR), presente na manifestação junto com a dirigente do Partido Comunista francês, Marie-George Buffet.

Já no fim da manifestação, 200 a 300 pessoas tentaram se dirigir para a embaixada de Israel, mas foram impedidas pela polícia. Vários carros foram incendiados, e a situação continuava tensa no fim da tarde, segundo um correspondente da AFP.

Manifestações foram registradas em várias outras cidades da França. Entre 8.000 e 15.000 pessoas foram às ruas em Lyon (centro-leste) e entre 4.000 e 15.000 protestaram em Marselha (sudeste).

Em Londres, 12.000 pessoas, segundo a polícia, e mais de 60.000, segundo a coalizão pacifista Stop the War, formaram a maior manifestação de rua já vista na capital britânica desde os protestos contra a guerra no Iraque. Várias personalidades, como a cantora Annie Lennox e o ex-prefeito trabalhista de Londres Ken Livingstone, lideraram o cortejo.

Os manifestantes atiraram sapatos velhos contra a grade que impede o acesso a Downing Street, a rua da residência do primeiro-ministro Gordon Brown, em sinal de repúdio à atitude britânica nesta crise.

Eles também quiseram imitar o gesto do jornalista iraquiano que lançou seus sapatos contra o presidente americano, George W. Bush, em dezembro passado, durante uma coletiva em Bagdá.

Manifestações também foram convocadas em Manchester (noroeste da Inglaterra) e Glasgow, na Escócia.

Na Alemanha, cerca de 7.500 se manifestaram em Berlim, e outras 4.000 foram às ruas em Düsseldorf (oeste).

Em Amsterdã, entre 1.500 e 5.000 pessoas foram às ruas para pedir o boicote dos produtos israelenses.

Houve também manifestações em Salzburgo (oeste da Áustria) e Madri.

Na Itália, 2.000 a 3.000 pessoas foram às ruas em Roma, e mais de mil protestaram em Turim e Milão (norte), onde militantes ostentaram bandeiras anti-semitas e queimaram bandeiras de Israel, constatou um fotógrafo da AFP.

Os protestos também chegaram à América do Norte. Neste sábado, milhares de pessoas protestaram nas principais cidades do Canadá contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza e denunciaram a posição de Ottawa a favor das ações de Israel.

Os manifestantes, que enfrentaram temperaturas abaixo de zero em Ottawa, Toronto e Vancouver, pediram o fim das hostilidades.

Pelo menos 452 palestinos, entre elas 75 crianças e 21 mulheres, morreram desde sábado passado na ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que também deixou quase 3.000 feridos.

No mesmo período, cerca de 500 foguetes palestinos disparados desde a Faixa de Gaza deixaram quatro mortos em Israel, entre eles um soldado, e cerca de 15 feridos, segundo o Exército e a Polícia do Estado hebreu.

http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5haaKax1UDt60G3GIkRXPjKPvNnOw

30 de dez. de 2008

Gaza: UE enviará missão ministerial ao Oriente Médio

UE pede "cessar-fogo permanente" em Gaza

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PARIS (AFP) — A União Européia (UE) pediu na noite desta terça-feira em Paris "um cessar-fogo imediato e permanente" entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas em Gaza, anunciando o envio, "muito em breve", de uma delegação ministerial ao Oriente Médio.

Os ministros das Relações Exteriores do bloco europeu fizeram um apelo em sua declaração, emitida ao término de uma reunião de emergência em Paris, por um "cessar-fogo imediato e permanente", que permita uma "ação humanitária imediata" para a população da Faixa de Gaza, onde vivem 1,5 milhão de pessoas.

Neste sentido, a declaração dos chefes da diplomacia dos países da UE também pediu a reabertura dos postos de controle de Gaza nas fronteiras com Israel e com o Egito.

"A União Européia está mais determinada do que nunca a contribuir, junto com os outros membros do Quarteto Internacional para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia e ONU) e com os países da região, para encerrar a violência e retomar o processo de paz", indica o texto.

"A este respeito, ficou estabelecido que uma delegação ministerial européia viajará muito em breve à região", acrescentaram os ministros, sem dar mais detalhes sobre a missão diplomática.

"Queremos um cessar-fogo que seja permanente, que seja acatado, com um acesso humanitário, naturalmente, porque as vítimas são muitas e precisamos garantir a ajuda e também a volta do processo de paz", disse o chanceler francês, Bernard Kouchner.

O chefe da diplomacia francesa afirmou que esta posição foi estabelecida unanimemente entre os 27 países do bloco: "Isso é o que todos nós desejamos, e não há diferenças a este respeito, pelo contrário", destacou Kouchner, cujo país exerce até quarta-feira a presidência semestral da UE.

"Estamos convencidos de que não haverá solução militar, de que haverá, sim, uma solução política, e estamos buscando isso. Seguimos empenhados em alcançar a paz", declarou Kouchner.

A imprensa israelense informou que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, viajará a Israel na próxima semana para fazer pressão pelo cessar-fogo de 48 horas na Faixa de Gaza defendido pela UE.

A mídia israelense diz que Sarkozy deve viajar na segunda-feira, acompanhado por Kouchner.

O Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, declarou, no entanto, que "nada foi decidido", acrescentando que só haverá uma posição após a quinta-feira, quando Sarkozy se encontra em Paris com a chefe da diplomacia israelense, Tzipi Livni.

O Quarteto para o Oriente Médio, por sua vez, pediu um cessar-fogo imediato em Gaza, que seja "plenamente respeitado".

O apelo foi feito durante uma teleconferência sobre "a situação em Gaza e no sul de Israel" e "conclama todas as partes a levar em consideração as necessidades urgentes em matéria humanitária e econômica em Gaza, e a tomarem todas as providências necessárias para garantir o fornecimento constante de assistência humanitária".

www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hDb7ZpJJu0ftEDqn0EY9Fn5OgBPg