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7 de jul. de 2012

A visão de um vencedor



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Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém




Imagine que você está diante de um professor, na sala de aula, e este lhe apresente uma grande folha de cartolina branca, pintada na parte inferior com um pontinho preto, e lhe pergunte: “O que você estão vendo?”. A sua resposta pode não lhe deixar reprovado no final do ano, mas serve para indicar se você tem ou não a visão de um vencedor.

O ex-Secretário-Geral da ONU, Koffi Anan, algum tempo atrás se reportou a uma situação semelhante acorrida quando ainda era criança, que mudou seu modo de ver os problemas da vida. Um por um dos alunos respondeu que via apenas um pontinho preto na cartolina branca.

Depois que todos falaram, o professor aplicou-lhes a seguinte lição: “Se vocês forem para a vida com essa atitude, serão todos derrotados. Quem enxerga a vida pelo lado pior das coisas, acaba sempre machucado. Vocês se acostumaram a pensar pequeno, a olhar apenas problemas, porque têm uma visão inferior de si próprios. Vejam bem, de fato, há um pontinho preto; mas o que dizer do resto da folha de cartolina? Não é toda ela branca? O ponto preto representa os problemas da vida. A parte branca representa as possibilidades diante de vocês. Mudem sua visão, mudem o modo como se veem diante dos problemas, vejam antes as possibilidades, e se habilitarão a ser verdadeiros vencedores!”.

Constantemente eu tenho atendido a inúmeras pessoas no gabinete pastoral, a maioria cheia de problemas e alquebradas por diversas tristezas, quer sejam causadas por simples erros cometidos ou pecados repugnantes, ou porque alguém de alguma forma os fez sofrer.

Normalmente quem enfrenta problemas tem dois sentimentos básicos que precisam ser enfrentados: um é a estreiteza de mente que teima em deter a visão demasiadamente no passado; o outro, a obtusidade de sentimentos em valorizar demais as coisas negativas.

Os que detém a sua visão no passado e pensam em demasia no que poderia ter acontecido, correm um risco semelhante ao de alguém que caminha numa calçada olhando para trás, ou ao de um motorista que dirige olhando pelo retrovisor do carro, atentando ao que se passa na retaguarda, mas se descuidando do caminho adiante. Ambos têm uma grande possibilidade de uma desastrosa trombada.

A experiência, ou a estrada já percorrida, é uma grande mestra. Os destroços da retaguarda servem apenas como balizamento das lições que aprendemos, mas não servem para nos sinalizar a caminhada à frente. Sejam quais forem os erros que cometemos, ou quaisquer que sejam os erros cometidos contra nós, nosso único caminho é seguir em frente. O que foi e o que poderia ter sido podem servir como advertência, mas é a estrada adiante e seus alvos propostos que devem motivar a nossa atenção.

Quem só enxerga o lado ruim das coisas, perde a capacidade de celebrar e viver o que a vida oferece de melhor. Prefere antes centrar-se no sofrimento e culpar a Deus pelos males do mundo, em vez de se esforçar para melhorar o mundo ao seu redor. Não consegue ver propósito algum nas coisas corriqueiras. Se faz calor, é um “calor infernal”; se chove, é “chuva maldita”; e toda dor demanda logo uma droga que lhe estanque.

Mas a irritação não solucionará problema algum e as contrariedades não alteram a natureza das coisas. Além do mais, os desapontamentos que temos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar – tanto para sermos curados interiormente, como para nos ajudar a ver melhor as coisas e delas tirar proveitosas lições para a vida.

Qualquer que tenha sido o problema, a dor que sentimos não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus, e a nossa tristeza não iluminará os caminhos. É bom lembrar, também, que o desânimo que sentimos não edificará ninguém e as nossas lágrimas não substituem o suor que devemos verter em benefício da nossa própria felicidade. Ademais, as nossas reclamações jamais acrescentarão nos outros uma só grama de simpatia por nossa vida.

É necessário que aprendamos a ver cada situação difícil da vida como uma oportunidade de operação do milagre de Deus em nosso favor. Deus nos ama e se importa conosco, sabe que sofremos e pode nos ajudar. Mas temos que aprender a manter a fé e uma atitude correta diante dos problemas que enfrentamos.

O apóstolo Paulo, a despeito dos embates da vida e de suas limitações pessoais, tinha a visão de um vencedor. Ele dizia: “Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que adiante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13,14).

A visão de um vencedor não se detém nas experiências trágicas do passado nem nas dificuldades do presente, mas serve-se delas como coadjuvantes de sua caminhada de fé vitoriosa na construção da obra prima de sua própria vida.


 


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2 de jun. de 2012

O que pode engrandecer uma pessoa



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Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

Davi, rei de Israel, era soberano, líder máximo. Tinha um exército fabuloso e bem treinado, e ganhou todas as guerras de que participou. Era temido pelos inimigos e amado pelo seu povo. Foi compositor, poeta, cantor e profeta. Seus Salmos, ainda hoje, tocam profundamente o coração das pessoas. Se tivéssemos que escolher um epitáfio para adornar seu túmulo, alguns certamente usariam frases com rasgados elogios. A opinião do próprio Deus a seu respeito era: “Achei Davi, filho de Jessé, homem segundo o meu coração”.

Davi, porém, tinha uma ideia do seu próprio tamanho, expressa corretamente neste Salmo: “Senhor, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar; não ando à procura de grandes coisas, nem de coisas maravilhosas demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma; como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe, como essa criança é a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre” (Sl 131).

Temos aqui três visões em perspectiva. A visão das pessoas e a visão de Deus a respeito de Davi, assim como a visão de Davi sobre si mesmo. Assim acontece também conosco. As decisões que tomamos na vida partem sempre de uma dessas visões, ou mesmo de todas juntas. A ordem em que priorizamos cada visão, porém, é que determina o sucesso ou o fracasso que teremos na vida.

O exemplo de Davi, embora distante na história, é singular e profundamente expressivo, pois serve de modelo, ainda hoje, para nos ajudar a ver corretamente a vida e vivê-la de modo intenso e produtivo.

Para Davi, Deus era único e tudo na sua vida, o ponto de partida e de chegada, não aquilo que pensava sobre si mesmo, ou o que os outros achavam dele. Seus Salmos falam insistentemente na grandeza de Deus como Criador, apregoam a Sua sabedoria, testemunham o cuidado amoroso com os que sofrem, afirma a fortaleza que Deus representa para os abatidos, entre outras coisas. Mas o que seus Salmos demonstram de um modo espetacular é a intimidade de Davi com o Senhor. Ele dizia: “A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança” (Sl 25.14).

Davi entendia que fora criado com um propósito divino, não era um mero fruto do acaso (Sl 139). O propósito maior era amar a Deus sobre todas as coisas e ser um instrumento para o Seu louvor. Seus Salmos, em vista disso, eram verdadeiros poemas de amor a Deus.

A palavra poema vem da mesma palavra grega traduzida para criação e manufatura. Indica que somos uma “obra de arte” feita por Deus, não objetos de uma linha de montagem de produção em massa. Fomos objetos de reflexão, o que de certa forma tomou, por assim dizer, o tempo de Deus. O resultado é uma obra-prima, exclusiva e feita sob medida, o que torna cada ser humano único e especial. Davi celebrava isso também em seus Salmos.

Nem sempre é possível evitar que as opiniões alheias nos influenciem, nem mesmo que nos causem algum dano, principalmente quando são injustas e infundadas. Davi, como qualquer um de nós, também era vítima dessas coisas. Mas em vários Salmos vemos o rei de Israel de joelhos diante do Senhor, pedindo que Deus o proteja, que lhe faça justiça contra os seus inimigos. Não o vemos exercendo justiça com as próprias mãos, embora o pudesse fazer, pois era o rei mais poderoso de sua época.

A maioria de nós anda em busca de grandes coisas, ou luta por reconhecimento. Muitos querem mais poder, mais dinheiro, mais disso, mais daquilo. Enfim, são testemunhas vivas de que a medida do ter jamais se enche. Mas quem faz calar e sossegar a própria alma, só o faz porque sabe o caráter que tem e se vê na perspectiva correta diante da vida. Em outras palavras, não tem o coração soberbo, nem olha a vida de um modo altivo; antes, importa-se com o que Deus pensa a seu respeito. Como uma criança desmamada nos braços da mãe, confia em Deus e somente Nele coloca a sua esperança.

A razão pela qual tomei Davi como exemplo, é porque ele era um grande homem, em todos os sentidos. Era rei, rico, bonito, sábio, poderoso, famoso, enfim, tudo o que a maioria das pessoas de algum modo desejaria ser.

Infelizmente, não são poucos os que pensam que servir a Deus é só para os pobres e desvalidos. Mas Davi, com sua história, contradisse tal falácia, assim como o fizeram também muitos servos de Deus.
Servir a Deus não é somente o maior tesouro que se pode ter na vida, disponível a todos, é também o que nos torna verdadeiramente grandes.




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29 de mai. de 2012

Cyber-arma Flame é descoberta no Irã


Virus 
Especialistas em segurança descobriram um vírus de computador de alto nível de sofisticação no Irã e no Oriente Médio que acreditam ter sido implantado há pelo menos cinco anos com o objetivo de realizar espionagem patrocinada pelo Estado.



Por Redação, com Reuters – de Boston

Evidências sugerem que o vírus, que foi nomeado “Flame“, pode ter sido construído em nome da mesma nação ou nações que encomendaram o vírus Stuxnet, que atacou o programa nuclear iraniano em 2010, segundo o laboratório Kaspersky, que assumiu a responsabilidade pela descoberta do vírus.
Os pesquisadores do Kaspersky disseram na segunda-feira que ainda não determinaram se o Flame tinha uma missão, como o Stuxnet, e se negaram a revelar quem eles acreditam ter desenvolvido o vírus.
O Irã acusou os Estados Unidos e Israel de terem implantado o Stuxnet.

Especialistas em cyber-segurança afirmaram que as descobertas fornecem novas evidências ao público que demonstram o que autoridades a par de informações confidenciais há muito sabem: nações têm usado trechos de programação como armas para promover seus interesses relacionados a segurança há muitos anos.
- Essa é uma de muitas, muitas campanhas que acontecem o tempo todo e nunca chegam ao conhecimento do público – disse o especialista em cyber-segurança do Austrian Institute for International Affairs, Alexander Klimburg.

Uma agência de cyber-segurança iraniana disse em seu site na segunda-feira que o Flame é “intimamente relacionado” ao Stuxnet, o primeiro exemplo publicamente conhecido de uma cyber-arma.


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15 de mai. de 2012

Operações da PF têm 416 conversas entre senador e bicheiro

 Luciana Cobucci
As operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, têm, ao total, 416 ligações entre Demóstenes Torres (sem partido-GO) e o bicheiro Carlinhos Cachoeira. As informações foram dadas nesta terça-feira pelos delegados Matheus Mella e Raul Alexandre Marques, da Polícia Federal, responsáveis pelas duas operações.

O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP), que acompanha a sessão secreta de oitiva dos delegados no Conselho de Ética do Senado, disse que eles aprofundaram informações já prestadas em depoimento na semana passada à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a rede de influências de Cachoeira.

De acordo com o senador, a primeira operação reuniu 63 diálogos entre os dois, num período de 45 dias. A segunda, Monte Carlo, contabilizou 353 telefonemas entre Demóstenes e Cachoeira em quase um ano de investigações. Além disso, há conversas de Demóstenes com outros 25 investigados. Outros 293 diálogos citam o nome do senador.

"Numa das conversas, o tesoureiro Gleyb (Ferreira) liga para Cachoeira e diz que está na porta da casa de Demóstenes com os R$ 20 mil dele, ao que Cachoeira responde: "entrega para ele (Demóstenes)", informou o senador Randolfe, que saiu da sessão secreta para falar com jornalistas.

De acordo com senador, o Conselho de Ética pretende investigar se Demóstenes fez lobby a favor da legalização de jogos e máquinas de caça-níqueis, favorecendo os negócios do bicheiro. "Num dos diálogos entre Demóstenes e Cachoeira sobre um projeto de lei que trata da legalização do jogo, Demóstenes termina a ligação dizendo: eu sou contra, mas se você quer, eu vou fazer, dando a entender que trabalharia para que o projeto fosse aprovado", contou Randolfe.

O advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que acompanha a sessão secreta, fez perguntas e aos delegados. Segundo Randolfe, a linha seguida pelo advogado é mostrar que a investigação foi ilegal, já que foi feita sobre alguém com foro privilegiado - o senador Demóstenes Torres. "A tentativa dele é anular a investigação e, depois, anular uma possível cassação no Conselho de Ética", disse.

Kakay disse que não vai se pronunciar sobre o mérito da questão - o nível de envolvimento de Demóstenes com o bicheiro - por considerar que isso afeta sua estratégia de defesa. "Se eu falo sobre ela, estou validando essa prova. Claramente um senador da República foi investigado pela polícia, o que é claramente inconstitucional, ilegal. Se eu comentar, estarei partindo de um processo que é todo nulo. A defesa do mérito será feita pelo Demóstenes, quando vier", afirmou o advogado. Seu argumento é que como um senador tem foro privilegiado, somente o Supremo Tribunal Federal (STF) tem autonomia para investigar Demóstenes.

Sobre a ida de Cachoeira para prestar depoimento na CPI e no Conselho de Ética, Kakay, que arrolou o bicheiro como testemunha de defesa do senador, disse que o que o contraventor tem a dizer é importante para seu caso. "A expectativa é que ele venha, mas é uma decisão do advogado dele", afirmou.

www.jb.com.br



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12 de mai. de 2012

Medida Provisória da poupança já tem 24 emendas



Agência Estado


A Medida Provisória que muda o rendimento da poupança recebeu 24 emendas parlamentares, a maior parte delas tentando excluir depósitos de baixo valor do novo formato de remuneração proposto pelo governo. Ao mesmo tempo, deputados e senadores aproveitaram para propor mudanças tão amplas quanto a extinção da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas renegociações de dívida e até uma auditoria da dívida pública.

O Congresso instalou na quarta-feira passada uma comissão mista para analisar a MP. Antes da medida, a caderneta remunerava o poupador em 0,5% ao mês, mais TR, a taxa referencial calculada diariamente pelo Banco Central no mercado bancário. Com a MP, a presidente Dilma Rousseff determinou que novos depósitos na poupança renderão o equivalente a 70% da taxa básica de juros, mais a TR, toda vez que a Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano. Hoje, a Selic está em 9% ao ano.

A fórmula encontrada pelo governo, no entanto, não protege os pequenos poupadores que sempre apostaram na caderneta, segundo as emendas feitas na MP. O deputado Ricardo Ferraço (PMDB-ES) sugere, por exemplo, que o novo cálculo valha para qualquer nível de Selic. Outras emendas pedem que a mudança não afete contas de “baixos valores”. Pelas contas dos parlamentares, pequenos poupadores têm entre R$ 15 mil e R$ 50 mil na poupança. Na realidade, o saldo médio das cadernetas no País é de R$ 4 mil.

Bom pagador. Uma das emendas mais inusitadas foi apresentada pelo deputado Antonio Bulhões (PRB-SP) e propõe manter a remuneração atual para quem recebe até dez salários mínimos e tenha contraído financiamento imobiliário antes da edição da MP. O rendimento continuaria em 0,5% ao mês até a quitação do financiamento, mas desde que as parcelas sejam pagas em dia.

Quem não honrar os compromissos também merece um refresco, segundo o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Ele pede a seus colegas parlamentares a inclusão “onde couber”, de um artigo eliminando a cobrança de IOF na renegociação de dívidas.
Créditos: Divulgação
novos depósitos na poupança renderão o equivalente a 70% da taxa básica de juros, mais a TR, toda vez que a Selic for igual ou inferior a 8,5% ao ano.



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10 de mai. de 2012

Lei Geral da Copa é aprovada, mas liberação de bebidas divide senadores

Durante a votação em que o Senado aprovou o projeto da Lei Geral da Copa (PLC 10/2012), o assunto que provocou mais polêmica foi a liberação da venda de bebidas alcoólicas durante os jogos. Os líderes dos partidos da base do governo defenderam a aprovação da matéria, mas vários senadores – incluindo alguns aliados – foram contra a liberação.


O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) esteve entre os que apoiaram o projeto. Para ele, caso o Senado alterasse a redação do projeto, o texto teria de retornar à Câmara, “o que prejudicaria o país”. O senador ressaltou que haverá benefícios à população na área social, com obras visando à melhoria do transporte urbano.


O senador Humberto Costa (PT-PE) admitiu que algumas das exigências impostas ao Brasil para a realização da Copa “têm pouca racionalidade e há coisas absolutamente absurdas”, mas disse que é necessário aprová-las por serem compromissos assumidos pelo governo brasileiro, argumento que também foi apresentado por Anibal Diniz (PT-AC).


Já Pedro Taques (PDT-MT) e Paulo Bauer (PSDB-SC) estiveram entre os que criticaram a liberação da venda de bebidas alcoólicas. Pedro Taques e Alvaro Dias (PSDB-PR) disseram que isso prejudica a soberania nacional por interferir em leis como o Estatuto do Torcedor.


Segundo Aloysio Nunes (PSDB-SP), a liberação é um retrocesso em relação a esse estatuto e foi “motivada por uma necessidade comercial da Fifa [Federação Internacional de Futebol]”. Nessa mesma linha de raciocínio, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que o projeto aprovado revela o excesso de subserviência à Fifa e a ausência de transparência do Estado brasileiro em relação aos compromissos assumidos com essa entidade.


Apesar de ser favorável à Lei Geral da Copa, o líder do DEM no Senado, José Agripino (DEM-RN), também demonstrou preocupação com a venda de bebidas alcoólicas. Ele argumentou que isso abre uma brecha para incidentes graves entre torcidas – e citou como exemplo uma possível final entre Brasil e Argentina. Assim como Aloysio Nunes, Jayme Campos (DEM-MT) assinalou que as ocorrências policiais e médicas relacionadas a jogos de futebol têm queda considerável quando há proibição de bebidas alcoólicas nos estádios.


Já Magno Malta (PR-ES) disse que, caso haja mortes provocados por torcedores bêbados, os senadores poderão ser considerados culpados por não se oporem à liberação. Magno Malta também afirmou que, nos países onde a Fifa realiza seus eventos, o Judiciário local acaba despendendo muito tempo tratando das “maracutaias” envolvendo a entidade.


Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), por sua vez, declarou que as concessões feitas pelo Brasil não são diferentes daquelas feitas por outros países que já sediaram uma Copa do Mundo. Ela lembrou que várias medidas – como a liberação de bebidas – são temporárias, vigorando apenas durante o período do evento. Lídice da Mata (PSB-BA) reconheceu que a Lei Geral da Copa não é perfeita, mas que sua aprovação representa uma oportunidade para o Brasil. Ela defendeu a flexibilização, por parte do governo, das regras para a emissão de visto para turistas.


Também favorável ao projeto, Eduardo Lopes (PRB-RJ) citou a previsão de que, durante a Copa do Mundo, o Brasil receba o equivalente a 10% do total de turistas que visitam o país em um ano inteiro.

– Serão cerca de 800 mil pessoas a mais que virão às cidades onde houver jogos – estimou.


Para Sergio Souza, não deverá haver problemas com a violência, já que não haverá a rivalidade entre as torcidas de times brasileiros, que será substituída pela união na torcida pelo Brasil. Mas ele considerou problemático o fato de a Lei Geral da Copa interferir em questões que já são tratadas por legislações anteriores – como é o caso do Estatuto do Torcedor.


Escolas

Ao manifestar seu voto contrário ao projeto, Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que, com os recursos públicos a serem gastos com a Copa do Mundo – segundo ele, cerca de R$ 50 bilhões –, poderiam ser construídas de 10 a 15 mil escolas “bem equipadas”. Esse evento, opinou ele, não deveria ser prioridade para o governo federal.


Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR) acusou o governo federal de se utilizar de “falácias” ao tratar dos preparativos para a copa, já que, em vez de ser patrocinado majoritariamente pela iniciativa privada, o evento deverá ser viabilizado principalmente com recursos públicos, por meio de instituições como Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


JB Online


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