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26 de fev. de 2007

Potências concordam com nova resolução contra o Irã

AGêNCIA ESTADO Seis grandes potências concordaram hoje em elaborar uma nova resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para pressionar o Irã a paralisar seu programa nuclear, mas fizeram a ressalva de que, paralelamente, continuarão buscando uma solução negociada. Representantes dos EUA, China, Rússia, Grã-Bretanha e França - os cinco membros permanentes do CS - e enviados da Alemanha se reuniram hoje, em Londres, para discutir qual será sua resposta à recusa do Irã em suspender seu programa de enriquecimento nuclear, descumprindo um ultimato da ONU que venceu na semana passada. "Começamos a trabalhar em uma nova resolução", disse o assessor político do Ministério de Relações Exteriores britânico, John Sawers, que representou seu país no encontro. "Também discutimos qual a melhor forma de retomar o contato com o Irã, porque ainda estamos comprometidos com a busca de uma solução negociada", completou. O Departamento de Estado americano confirmou que os seis países concordaram sobre a imposição de mais sanções contra Teerã e que os representantes dos seis países participarão de uma teleconferência na quinta-feira, para chegar a um acordo sobre o conteúdo da nova resolução. "Os EUA continuam a trabalhar com seus aliados para deixar claro que o Irã deverá pagar um preço se seguir nesse caminho", disse o porta-voz da Casa Branca, Tony Snow. O governo iraniano diz que o objetivo de seu programa nuclear é produzir energia elétrica, mas os EUA e parte da comunidade internacional suspeitam que ele esteja interessado em fabricar bombas atômicas. Há cinco dias, após o fim do ultimato da ONU para que Teerã colaborasse, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou um relatório segundo o qual o Irã acelerou seu projeto para produzir urânio enriquecido (um combustível nuclear), em vez de paralisá-lo, como exigia o CS. A afronta abriu espaço para a imposição de sanções mais duras contra o país. Em dezembro, o CS já aprovou sanções limitadas contra o Irã, como a proibição da venda para esse país de materiais e tecnologia que poderiam ser usados na fabricação de mísseis e armas atômicas. Na ocasião, porém, a China e a Rússia, que mantém fortes laços comerciais e têm acordos de cooperação técnica com Teerã, barraram a adoção de medidas mais duras. Dessa vez, uma das possibilidades a ser considerada, de acordo com um diplomata britânico, é o corte de cerca de US$ 20 bilhões em créditos à exportação, disponibilizados hoje por agências européias para financiar o comércio com o Irã. Pouco antes da reunião entre as seis potências, o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, manifestou suas preocupações com a possibilidade dos EUA - que recentemente enviaram um segundo porta-aviões para o Golfo Pérsico - realizarem uma ação militar contra Teerã. "Estamos preocupados porque são cada vez mais freqüentes as especulações em torno de um possível ataque ao Irã", afirmou Lavrov. Ao ser questionado sobre a possibilidade de uma nova ofensiva no Oriente Médio, na sexta-feira, o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, respondeu que "todas as opções serão consideradas". A ameaça não fez as autoridades iranianas abaixarem o tom. Ainda hoje parlamentares do país anunciaram que pretendem destacar US$ 1,4 bilhão do orçamento do ano que vem para a construção de novas usinas nucleares. Humilhação Em um discurso polêmico, o ex-chefe dos inspetores da ONU, Hans Blix, disse hoje que os EUA, a Europa e o CS estão "humilhando" o Irã ao exigir a suspensão de seus programa de enriquecimento de urânio como precondição para as negociações. "O melhor seria sentar-se com os iranianos para dialogar antes de dizer o que eles devem fazer", afirmou Blix, em uma palestra organizada por um instituto de pesquisa em Washington. { Costa ]

Previdência Social tem déficit de R$ 3,7 bilhões em janeiro

Brasília,DF - A Previdência Social registrou em janeiro um déficit de R$ 3,696 bilhões. A arrecadação líquida no primeiro mês do ano foi de R$ 9,477 bilhões, enquanto as despesas com benefícios previdenciários totalizaram R$ 13,173 bilhões. O resultado do mês, no entanto, ficou 25,9% menor que o registrado em janeiro de 2006. A explicação para esse déficit menor, segundo o secretário da Previdência Social, Helmut Schwarzer, está relacionada ao aumento da arrecadação em 12,2% em relação a janeiro do ano passado. Ele também chamou a atenção para a queda de 89,2% nas despesas com sentenças judiciais. Considerando a nova metodologia de cálculo das contas da Previdência em discussão no governo, o déficit seria de R$ 1,875 bilhão em janeiro. Neste caso, as renúncias previdenciárias com o Simples e entidades filantrópicas, por exemplo, seriam contabilizadas como receitas, assim como CPMF (um terço da arrecadação) a que a Previdência Social tem direito. Schwarzer atribuiu a alta na arrecadação principalmente ao aumento da formalização no mercado de trabalho, que registrou cerca de 1,2 milhão de novos empregos em 2006, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho). Fusão A expectativa do secretário é a de que a fusão das Receitas da Fazenda e da Previdência Social, que deverá ser formalizada ao longo deste ano, poderá melhorar o resultado da arrecadação ao longo do ano. A projeção do Ministério da Previdência para o déficit deste ano é de R$ 47,262 bilhões, com arrecadação de R$ 136,831 bilhões e despesas de R$ 184,093 bilhões. "É um bom número para começar o ano", disse o secretário, ao comentar que essa estimativa deverá ser atualizada para baixo ao longo do ano. Além do resultado considerado bom para janeiro, ele destacou que os números preliminares da arrecadação de fevereiro estão melhores que o previsto, ou seja, acima de R$ 10,4 bilhões. { Costa }

Conselho discute maioridade penal

O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) discute hoje (26) a redução da maioridade penal. Além dos conselheiros, a reunião contará com a participação de especialistas na área da criança e do adolescente. A assembléia será realizada no Ministério das Comunicações, das 10 às 14 horas. Após o debate, o conselho vai se reunir com a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, às 17 horas, na Câmara dos Deputados. Da Agência Brasil { Costa }

Em protesto, médicos do HCP cruzam os braços por 48h

Do JC OnLine Com informações da Rádio Jornal/Cidades JC Apenas os serviços de emergência e rádio e quimioterapia serão mantidos nesta segunda (26) e terça-feira (27) no Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP), em Santo Amaro, no Recife. Os médicos da unidade cruzam os braços para protestar contra a crise financeira que o hospital vem passando. A paralisação foi definida antes do Carnaval e tem a intenção de chamar a atenção dos governantes e da sociedade para os problemas do hospital, responsável pelo atendimento de mais de 50% dos pacientes com câncer do Estado. Os profissionais cobram apoio técnico que a Secretaria Estadual de Saúde prometeu no início do mês, além de ajuda financeira do SUS, já que o serviço filantrópico é credenciado ao sistema. Desde janeiro quimioterapias foram suspensas. Salários de dezembro e janeiro ainda não foram pagos. Até quinta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde havia transferido 204 pacientes do HCP para outros serviços. AUDIÊNCIA – A Promotoria da Saúde convocou o secretário estadual de Saúde, Jorge Gomes, para prestar esclarecimentos, segunda-feira (26), sobre a política para terapia intensiva e tratamento do câncer. { Costa }

Monomotor com cinco pessoas cai em São José dos Pinhais

Avião decolou do aeroclube da cidade e perdeu controle, caindo no próprio local Solange Spigliatti SÃO PAULO - Um avião monomotor Sertaneja, matrícula PT-ERV, com cinco pessoas caiu no fim da tarde de domingo, 25, no município de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Dos cinco passageiros, três passageiros tiveram ferimentos leves e outras dois sofreram ferimentos mais graves, mas não correm risco de morte. O acidente aconteceu por volta das 17h10, após a aeronave decolar do Aeroclube 40, que fica dentro do Jardim Ipê, no Bairro Guatupê. O avião perdeu altitude e caiu ainda dentro do terreno do aeroclube. Quatro feridos foram encaminhados para o Hospital Cajuru, em Curitiba. Sidnei Batista Boneto, Sidnei Alves Boneto, Helena Begois e Samuel Xavier, de 15 anos, foram atendidos e passavam bem. A documentação, tanto do piloto como da aeronave, estava em dia. As investigações serão feitas pelo Centro de Investigação e Prevenção da Aeronáutica, CENIPA. Taubaté Também no domingo, um ultraleve caiu na zona rural de Taubaté, no interior de São Paulo. O piloto, Hélio Augusto Lino, perdeu o controle na hora do pouso e bateu com força em telhas que estavam empilhadas, segundo informações do jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo. Segundo as primeiras informações, teria ocorrido uma pane no motor do ultraleve na hora do pouso. Como ele já estava muito próximo do solo, não teve tempo de verificar onde fazer a aterrissagem de emergência. O amigo, que estava junto, teve ferimentos leves. Lino permanecia internado, em coma induzido e estado estável. { Costa }

Lula vai ao Uruguai discutir futuro do país no Mercosul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega nesta segunda-feira a Anchorena, no Uruguai, para discutir com seu colega uruguaio, Tabaré Vázquez, o futuro do país no Mercosul. O Uruguai tem sido um dos países mais críticos dentro do Mercosul. Em janeiro, durante a Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro, Vázquez reclamou um "tratamento justo" dentro do Mercosul e lembrou que o país tem um déficit de US$ 1 bilhão com os países do bloco. Para combater as assimetrias entre as economias, os países do Mercosul aprovaram na reunião do Rio os primeiros projetos do Fundo de Convergência Estrutural (Focem), que destinará mais de US$ 100 milhões para projetos nos países menores do bloco. "O Brasil reconhece as dificuldades das economias menores no âmbito do Mercosul e está empenhado na implementação de mecanismos que atendam as assimetrias existentes", afirma o Itamaraty em nota sobre a visita de Lula ao Uruguai. Em entrevista ao jornal britânico publicada na quinta-feira Financial Times, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, também reconheceu que o Mercosul "não cumpriu algumas suas promessas com os países menores", mas também criticou o Uruguai por firmar um tratado comercial com o México que vai de encontro ao Mercosul. "Se um Estado membro faz um Tratado de Livre Comércio com um grande parceiro comercial que fica fora da TEC (Tarifa Externa Comum), então, é claro, temos um problema. O Uruguai fez isso com o México e isso foi um problema." Amorim defendeu o Focem e lembrou que o Mercosul está investindo US$ 70 milhões em projetos no Uruguai e no Paraguai. "Não estou dizendo que isso resolve todos os problemas, mas nos coloca na direção certa." Segundo a imprensa uruguaia, as declarações de Amorim na véspera da visita de Lula ao país geraram desconforto no governo de Montevidéu. Fonte: estadao { Costa }