Resultados de Pesquisa

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22 de ago. de 2007

Laudo da PF derruba argumentos de Renan

POLICIAL - BRASILIA -

(Foto: Moreira Mariz - Ag. Senado)

O laudo da perícia realizada pela Polícia Federal nos documentos do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não conseguiu comprovar os rendimentos do peemedebista com a venda de cabeças de gado em Alagoas entre os anos de 2003 e 2006. Renan alega, em sua defesa, que os rendimentos eram suficientes para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso --com quem tem uma filha fora do casamento.

Segundo o laudo, os documentos apresentados por Renan não foram suficientes para mostrar que ele tinha capacidade econômico-financeira para pagar pensão à jornalista.

'Faltam parâmetros que permitam afirmar se o representado [Renan] possuía ou não saldo para realizar os pagamentos. Ainda que seja especificada a data de pagamento e que sejam verificados recursos suficientes nas contas bancárias para os pagamentos, somente o exame dos documentos de suporte poderá comprovar os pagamentos à senhora Mônica Veloso', diz o laudo.

A PF confirma que o dinheiro arrecadado pelo senador com a suposta venda de gado consta em suas movimentações bancárias --e afirma que os valores apurados nas negociações com o rebanho foram depositados em sua própria conta.

No laudo, a perícia responde aos 30 questionamentos feitos pelo Conselho de Ética sobre movimentações financeiras do senador. A perícia afirma que as notas fiscais apresentadas por Renan para comprovar a venda de gado são legítimas, mas a PF não conseguiu comprovar as operações de venda de gado que o senador alega ter realizado.

No laudo, os peritos do INC (Instituto Nacional de Criminalística) afirmam que 'ideologicamente não se comprovou efetivamente o trânsito de animais'. A PF diz, no laudo, não ser possível afirmar que a quantidade de gado que Renan alega ter vendido era efetivamente de propriedade do senador.

Débito

Os peritos também constataram que, entre os anos de 2002 e 2004, não foram encontradas incompatibilidades entre a evolução patrimonial de Renan e sua renda declarada oficialmente. Em 2005, no entanto, a PF concluiu que o senador deixou de declarar à Receita Federal R$ 24.500.

Os peritos identificaram divergências entre as informações dos documentos fiscais de Renan e os demais documentos apresentados em 2004, 2005 e 2006.

Em relação às GTAs (guias de transporte animal) que Renan alega ter emitido para comprovar a movimentação de seu rebanho, a PF afirma que não é possível confirmar que as guias e as notas fiscais correspondem ao gado bovino do senador.

Cronograma

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), convocou reunião para esta quarta-feira (22) com os relatores do processo contra Renan para discutir um cronograma de trabalhos. Com a chegada da perícia, os relatores esperam colocar em votação na semana que vem o relatório do primeiro processo contra o senador.

Além da denúncia que liga Renan à Mendes Júnior, o senador responde a outros dois processos por quebra de decoro no Conselho de Ética.

21 de ago. de 2007

Game pode ajudar a decifrar epidemia

No "World of Warcraft", doença é contraída de viajantes e animais de estimação. O surto foi resultado de um desafio acrescentado ao game.

Doença do "sangue corrompido" prolifera nas cidades do "World of Warcraft". (Foto: Divulgação)

Uma praga mundial espalhada por viajantes, animais de estimação e adolescentes curiosos pode demonstrar que os especialistas não levaram tudo em conta ao planejarem defesas contra surtos de doenças. Por sorte, o mundo envolvido é um jogo na internet.

O surto virtual da doença, proliferada no "World of Warcraft" e conhecida como "sangue corrompido" indica que os especialistas que tentam prever as características da próxima pandemia poderiam utilizar um laboratório do mundo real: a cultura dos usuários de jogos on-line.

"A situação se assemelhava um pouco à de uma doença real", disse Nina Fefferman, da Princeton University, que trabalhou no estudo com seu então aluno Eric Lofgren.

O surto foi resultado acidental de um desafio acrescentado ao jogo online "World of Warcraft" em 2005, reportam Fefferman e Lofgren em artigo para a revista especializada "Lance Infectious Diseases".

A doença violenta e contagiosa foi introduzida pela Blizzard Entertainment, produtora do jogo, como desafio adicional para os jogadores de alto nível. Mas, da mesma maneira que um vírus real pode se espalhar, ela foi acidentalmente espalhada fora de sua área de isolamento virtual.

"Não demorou para que a doença se difundisse nas capitais densamente povoadas do mundo virtual, causando altos índices de mortalidade e, mais importante, a espécie de caos social que surge com surtos em larga escala de uma doença mortífera", escreveram Fefferman e Lofgren.

"Quando esse surto acidental ocorreu, os jogadores o adotaram como parte do jogo. Alguns consideraram que fosse uma característica excelente", afirmou Fefferman.

Mas os produtores do jogo discordaram. Muitos deles reiniciaram o jogo para eliminar a doença, o que resultou na remoção de quaisquer dados que pudessem ser úteis. Lofgren, que jogava World of Warcraft, avisou Fefferman, e eles estudaram ao máximo os traços ainda discerníveis.

Fefferman percebeu de imediato fatores humanos que não havia incluído em seus modelos de computador para surtos de doenças reais, entre os quais o "fator estupidez". "Trata-se, por exemplo, de alguém que acha que só dar uma olhadinha rápida no doente não será contaminado", disse ela.

Brasil vence e garante vaga nas oitavas

Seleção goleia a Coréia do Norte e se classifica para a próxima fase do Mundial sub-17

GLOBOESPORTE.COM Jeju, na Coréia do Sul

A seleção não teve trabalho para vencer a segunda partida no Mundial sub-17, nesta terça-feira, e se classificar antecipadamente para as oitavas-de-final da competição. Com um futebol rápido e ofensivo, o Brasil ganhou com facilidade da Coréia do Norte por 6 a 1, em Jeju, na Coréia do Sul, e é o líder do Grupo B com seis pontos. Na primeira partida, a seleção havia goleado a Nova Zelândia por 7 a 0.

No outro jogo do Grupo B, a Inglaterra bateu pela Nova Zelândia por 5 a 0. Com os resultados, o Brasil está em primeiro lugar com seis pontos. A Inglaterra aparece em segundo com quatro pontos. Em terceiro ficou a Coréia do Norte com um e a Nova Zelândia é a lanterna, sem nenhum ponto. Os dois primeiros se classificam automaticamente para a próxima fase. Os quatro melhores terceiros colocados entre os seis grupos também garantem vaga. O próximo desafio do Brasil é contra a Inglaterra nesta sexta-feira, às 5h (horário de Brasília).

Gols nos primeiros minutos

O Brasil construiu a vitória logo nos primeiros minutos. Primeiro com um gol de ombro do lateral-esquerdo Fábio logo aos quatro minutos após o cruzamento para a área. No ataque seguinte, Alex Teixeira entrou livre na área e chutou cruzado para fazer o segundo gol. Aos oito minutos, saiu o terceiro gol brasileiro novamente com Fábio. Parecia um replay. Bola parada, cruzamento para a área e o lateral apareceu livre para completar de cabeça.

O Brasil parecia jogar em ritmo de treino. O quarto saiu com facilidade. Lulinha fez boa jogada pela direita, entrou na área e mandou a bomba. A bola explodiu no travessão e na sobra Maicon completou para o gol.

A vantagem fez a seleção relaxar um pouco. E a Coréia do Norte diminuiu com Il Bom. O meia recebeu na entrada da área e chutou cruzado, rasteiro, sem chance para o goleiro Marcelo.

No segundo tempo, o Brasil voltou novamente em ritmo frenético. Aos três minutos saiu o quinto gol com Giuliano, de cabeça, após boa jogada de Alex Teixeira. Os meninos brasileiros passaram, então, a administrar a partida e tocar mais a bola. Mas a seleção ainda fez mais um gol no final da partida com o atacante Choco, que havia entrado no lugar de Lulinha. Ele fez boa jogada individual e chutou forte da entrada da área.

Mais uma vitória tranqüila para uma seleção que parece ter recuperado a confiança após o fracasso nos Jogos Pan-Americanos, em que foi eliminada na primeira fase ao perder para o Equador em um Maracanã lotado. O Brasil, já classificado para as oitavas-de-final, parte para mais um título. O país é o maior vencedor do Mundial sub-17, com três títulos. Nas últimas seis finais, esteve presente em cinco.

Dunga diz que 'treinar imprensa' é seu martírio na seleção

Bruno Freitas

Enviado especial do UOL Em Montpellier (França)

Durante a Copa América, na sinuosa trajetória da seleção brasileira até o título da competição, o técnico Dunga teve um relacionamento conturbado com a imprensa do país, construído por críticas ao time que atuou na Venezuela, precisas ou não, e através de algumas tensas entrevistas coletivas, no contato direto entre as duas partes.

Particularidades desse relacionamento acabaram sendo muito bem exploradas pela comissão técnica antes da decisão contra a Argentina. A descrição da equipe pelo olhar da imprensa foi usada para motivar os jogadores diante do clima de favoritismo exacerbado dos rivais argentinos na véspera da final.

Não foram poucos os jogadores campeões da Copa América que, instantes após a conquista, foram aos microfones desabafar contra o 'descrédito' dos meios de comunicação do país. À época, se falou que reportagens brasileiras que apontavam um prognóstico favorável aos argentinos foram usadas para construir a preleção de Dunga antes da final.

Em Montpellier, na França, para o primeiro compromisso da equipe após o título da Copa América, diante da Argélia, o técnico da seleção deu mostras de resquícios de mágoa das ríspidas interações com a imprensa em solo venezuelano.

"Quando estreei contra a Noruega, todo mundo queria ver. Quando estreamos na Copa América, todo mundo queria ver. Agora vamos estrear nas eliminatórias. Já sabem o que esperar. Mas aqui na seleção temos que provar a cada dia", declarou.

"Treinar jogadores é fácil. Mais difícil é treinar a imprensa. Trabalhar com um grupo de jogadores motivados é tranqüilo. Lidar com vocês, que pensam que dois ou três jogadores são mais importantes, é mais difícil", afirmou Dunga, após ser questionado sobre as principais dificuldades de seu primeiro ano na seleção.

Após um ano no comando da seleção, completado no último dia 16 de agosto, data do empate com a Noruega em 2006, Dunga minimiza a expectativa geral sobre seu trabalho nas eliminatórias para o Mundial de 2010, o principal objetivo de sua gestão no cargo.

América Latina tem o melhor ambiente econômico desde 2000, diz FGV

Brasília, Da FolhaNews

O ambiente econômico permanece favorável aos negócios na América Latina, segundo a pesquisa "Sondagem Econômica da América Latina", realizada em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas) e o instituto de pesquisa alemão Ifo, divulgada nesta terça-feira. O ICE (Índice de Clima Econômico) atingiu 5,9 pontos, em julho de 2007, superando em 0,1 ponto o resultado de abril e atingindo o maior nível desde abril de 2000 (6 pontos).

O ISA (Índice da Situação Atual) avançou de 6,1 para 6,4 pontos, o maior nível da série histórica iniciada em 1990. O IE (Índice de Expectativas) sofreu uma leve queda de 5,5 para 5,4 pontos. Entre julho de 2005 e julho de 2006, o IE esteve em fase ascendente mas, a partir de outubro do ano passado, a tendência declinante passou a sugerir expectativa de piora do desempenho futuro da região.

De acordo com a pesquisa, o primeiro grupo composto por regiões com um ambiente econômico muito favorável (ICE acima de 7,0), em julho de 2007 foi formado por Peru (7,6); Brasil (7,2); Chile (7,2); e Costa Rica (7,1). O ICE do Brasil aumentou em 1,1 ponto na comparação com julho de 2006 e 0,8 ponto em relação a abril de 2007, com um melhora acentuada da situação presente e estabilidade das expectativas.

O Peru foi o único destes países que registrou piora no indicador da situação atual, mas deu sinais de melhora das expectativas. Chile e Costa Rica registraram melhora na situação atual e deterioração das expectativas.

O levantamento também aponta o segundo grupo, composto por países com ICE abaixo de 5,0, com cenários desfavoráveis: Argentina (4,4); e Equador (3,3). A Argentina havia registrado índice de 7,0 pontos tanto em janeiro quanto em abril de 2007. A piora do ICE no país se deveu à queda expressiva do Índice de Expectativas --que recuou de 6,3 para 2,2 pontos entre abril e julho. Racionamento de energia e indefinições políticas, em um ano de eleições, pesaram na reversão das expectativas.

Na região, apenas México e Peru sinalizaram melhora das expectativas em julho. No Brasil, os especialistas mantiveram o grau de otimismo manifestado na pesquisa anterior. Eles afirmam que o peso das economias mexicana e brasileira na composição do índice para a América Latina explica a pequena queda observada no IE da região. O Brasil estava com 6,1 pontos de IE, em janeiro deste ano, depois passou para 6,3, em abril, e se estagnou na mesma pontuação em julho.

20 de ago. de 2007

Lula: o Brasil não está com medo dessa crise

Agencia Estado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "o Brasil não está com medo dessa crise. Nós temos a preocupação natural de um país emergente, como qualquer país emergente desse mundo. Agora, é importante saber o seguinte: nós temos US$ 160 bilhões de reservas". A afirmação foi feita hoje durante o programa semanal de Rádio, Café com o Presidente, e se refere à turbulência verificada nos mercados recentemente por conta da crise no setor de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos.

Ele disse que é importante que "nós consigamos dizer para a sociedade brasileira que essa é uma crise eminentemente americana. É uma crise do setor imobiliário americano, ou seja, e de alguns fundos que compraram títulos pensando em ganhar muito dinheiro, sabe, de terceira categoria nos Estados Unidos. Então, na hora que os EUA resolverem o seu problema não terá problema no mundo".

Para Lula, o Brasil está tranqüilo em relação à turbulência do mercado financeiro e que "nós temos segurança pra eventual especulação financeira". Ele disse que se deseja é que "as pessoas continuem acreditando que o País atingiu "um índice de maturidade tão grande que a seriedade não é mais uma coisa eventual, um comportamento eventual, é uma coisa definitiva. O Brasil não vai retroceder. Este país é um país sério, é um país governado com seriedade, nós aprendemos a fazer a lição de casa".

O recado final de Lula no seu programa de rádio foi o seguinte: "quando muitos ficavam gritando pela imprensa que nós deveríamos gastar, nós preferimos economizar e hoje nós temos a estabilidade macroeconômica necessária, as reservas necessárias pra gente dizer: a crise que está acontecendo não vai afetar o Brasil".