Resultados de Pesquisa

.

21 de agosto de 2007

América Latina tem o melhor ambiente econômico desde 2000, diz FGV

Brasília, Da FolhaNews

O ambiente econômico permanece favorável aos negócios na América Latina, segundo a pesquisa "Sondagem Econômica da América Latina", realizada em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas) e o instituto de pesquisa alemão Ifo, divulgada nesta terça-feira. O ICE (Índice de Clima Econômico) atingiu 5,9 pontos, em julho de 2007, superando em 0,1 ponto o resultado de abril e atingindo o maior nível desde abril de 2000 (6 pontos).

O ISA (Índice da Situação Atual) avançou de 6,1 para 6,4 pontos, o maior nível da série histórica iniciada em 1990. O IE (Índice de Expectativas) sofreu uma leve queda de 5,5 para 5,4 pontos. Entre julho de 2005 e julho de 2006, o IE esteve em fase ascendente mas, a partir de outubro do ano passado, a tendência declinante passou a sugerir expectativa de piora do desempenho futuro da região.

De acordo com a pesquisa, o primeiro grupo composto por regiões com um ambiente econômico muito favorável (ICE acima de 7,0), em julho de 2007 foi formado por Peru (7,6); Brasil (7,2); Chile (7,2); e Costa Rica (7,1). O ICE do Brasil aumentou em 1,1 ponto na comparação com julho de 2006 e 0,8 ponto em relação a abril de 2007, com um melhora acentuada da situação presente e estabilidade das expectativas.

O Peru foi o único destes países que registrou piora no indicador da situação atual, mas deu sinais de melhora das expectativas. Chile e Costa Rica registraram melhora na situação atual e deterioração das expectativas.

O levantamento também aponta o segundo grupo, composto por países com ICE abaixo de 5,0, com cenários desfavoráveis: Argentina (4,4); e Equador (3,3). A Argentina havia registrado índice de 7,0 pontos tanto em janeiro quanto em abril de 2007. A piora do ICE no país se deveu à queda expressiva do Índice de Expectativas --que recuou de 6,3 para 2,2 pontos entre abril e julho. Racionamento de energia e indefinições políticas, em um ano de eleições, pesaram na reversão das expectativas.

Na região, apenas México e Peru sinalizaram melhora das expectativas em julho. No Brasil, os especialistas mantiveram o grau de otimismo manifestado na pesquisa anterior. Eles afirmam que o peso das economias mexicana e brasileira na composição do índice para a América Latina explica a pequena queda observada no IE da região. O Brasil estava com 6,1 pontos de IE, em janeiro deste ano, depois passou para 6,3, em abril, e se estagnou na mesma pontuação em julho.

Nenhum comentário: