Afeganistão festejou dia da sua independência
Uma cerimónia no estádio de Cabul, que incluiu um desfile militar, assinalou ontem o aniversário da independência do Afeganistão. Mas o dia-a-dia no país continua a ser marcado pela violência.
Só este ano já morrem 3.400 pessoas. O Afeganistão, confrontado com uma espiral de violência que este ano causou pelo menos 3.400 mortos, festejou ontem o dia da sua independência, obtida da Grã-Bretanha em 1919, com uma cerimónia no estádio de Cabul que incluiu um desfile militar.
“A educação é a única via para nos levar ao progresso e ao desenvolvimento”, disse o presidente afegão, Hamid Karzai, num discurso pronunciado durante este acto. Após a sua intervenção, teve lugar um desfile militar e de grupos tribais, que depois deu lugar a um grupo de crianças que exibiu danças tradicionais do país.
“O 88º aniversário da independência do Afeganistão das forças britânicas é celebrado num tempo em que o nosso país está de novo ocupado pelas mesmas forças”, ironizou o mulá Omar, líder dos talibãs, num texto publicado na página Internet dos insurrectos.
O líder dos talibãs apelou a todos os afegãos que apoiam o Governo a unirem-se aos insurrectos na sua “luta pela liberdade do país”. A violência no Afeganistão recrudesceu com a chegada da Primavera ao país, onde são constantes os combates entre as forças internacionais e afegãs com a rebelião talibã.
RaptoÀ margem das cerimónias, decorrem intensas buscas para encontrar uma alemã raptada sábado em Cabul por homens armados, em plena luz do dia, informaram fontes diplomáticas na capital afegã. “Estamos a actuar com vista à libertação” da mulher, de 31 anos e funcionária da organização não governamental Ora Internacional, confidenciaram diplomatas ligados ao processo.
“Contamos encontrar depressa uma solução” para este sequestro, acrescentaram, justificando que na fase actual “não estão autorizados a fornecer mais informações”.
O porta-voz do ministério do Interior afegão, Zamara Bashary, informou que as forças da polícia “isolaram a zona do rapto” e que existe esperança de um bom resultado. “Vamos prender os criminosos e metê-los na prisão”, afirmou, garantindo que as autoridades afegãs não tencionaram negociar com os sequestradores.
Os raptores foram de imediato classificados como “bando de criminosos” por aparentemente não estarem ligados aos talibãs.
Intensas buscas para encontrar uma alemã raptada Desfile militar assinalou o aniversário da independência do AfeganistãoEPA/Lusa
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