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8 de agosto de 2007

Mudança total na Infraero, avisa Gaudenzi

por Redação

Novo presidente da Infraero pede cargos de atuais diretores e diz que pode trazer políticos competentes

Vida Nova: da esq. para a dir., o ex-presidente, José Carlos Pereira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a deputada federal Janete Pietá, o prefeito Elói Pietá e o novo presidente Sérgio Gaudenzi

O novo presidente da Infraero, engenheiro Sergio Gaudenzi, anunciou em entrevista na tarde desta terça-feira (7) que vai pedir a todos os cinco diretores da estatal e superintendentes ligados à presidência que coloquem seus cargos à disposição. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, deu carta branca à Gaudenzi para implementar mudanças na estatal.

O baiano Gaudenzi prometeu gestão técnica na Infraero, mas disse que não vai excluir os políticos, desde que sejam competentes. “Se não fosse assim, eu mesmo teria de ser excluído.” Ele próprio foi deputado estadual e federal e é dirigente nacional do PSB Na berlinda: Brandão Jr., superintendente regional da Infraero em Guarulhos

Ele já tem nomes para os substitutos e, segundo afirmou, com perfil técnico, conforme discutido antes com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. “Não sei se todos serão substituídos, mas o que eu vou pedir aos diretores é que todos ponham os cargos à disposição, coletivamente”, disse, incluindo em seguida os superintendentes e gerentes regionais – o que inclui o superintendente regional de Guarulhos, Edgar Brandão Jr.

O ex-superintendente da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), brigadeiro José Carlos Pereira, entregou o cargo dizendo que “falhas éticas e morais” levaram o país à atual crise no setor aéreo. Ele disse que esqueceu o discurso escrito, dispensou agradecimentos de praxe e balanços de gestão, e disparou suas críticas. “Não falhas dolosas, não falhas éticas, mas de cultura ética do nosso povo – de obediência às leis, de rigidamente obedecer às leis, e de forma muito expontânea”, enfatizou, na cerimônia de transferência do cargo para Gaudenzi.

Jobim não respondeu diretamente à Pereira, mas disse em seu discurso logo a seguir que a crise era um problema de falta de planejamento. E, também, que “precisamos não de pessoas que prometam competência, mas que demonstrem competência”. E disse que são necessárias medidas urgentes para recolocar o sistema aéreo em condições de contar com a confiança dos usuários.

Plano para ontemSegundo Gaudenzi, em no máximo um mês ele apresenta, a pedido de Jobim, um primeiro plano sobre segurança nas pistas dos aeroportos brasileiros, analisando itens como áreas de escape – cuja inexistência ajudou a causar a tragédia com o Airbus da TAM em Congonhas –, pavimentação, balizamento e presença de interferências.

Gaudenzi disse também que pretende trabalhar de modo integrado com a Anac (Agência Nacional de Aviação), mas evitou discutir sobre a atuação do órgão na crise do setor aéreo.

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