Resultados de Pesquisa

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21 de jan. de 2008

Erupção sob o gelo – há 2.200 anos

Cientistas descobriram o que pode ser a primeira evidência de atividade vulcânica sob o gelo da Antártica, num local conhecido como Montanhas Hudson, na Antártica Ocidental. Apesar de a atividade não ser mais perceptível, a descoberta abre uma nova hipótese: a de que o vulcão estaria colaborando no processo de derretimento de um glacial no local.

Sob enormes camadas frias, suas cinzas gerariam calor, fundindo o gelo nas proximidades de um glacial que enfrenta um rápido processo de derretimento. “A descoberta de uma erupção vulcânica sob a camada de gelo antártica é única”, avaliou artigo dos estudiosos do centro de Pesquisas Britânicas da Antártica, publicado no periódico Nature Geoscience.

A última grande erupção nas Montanhas Hudson teria ocorrido há cerca de 2.200 anos. Ela teria lançado no ar de cinzas e outros ácidos, numa atitude de até 12 km.

Os indícios de atividade vulcânica foram descobertos a partir da análise de dados de radares coletados durante uma pesquisa aérea entre 2004 e 2005. O levantamento mostrou uma camada de cinzas vulcânicas que havia sido depositada sobre a superfície gelada e, mais tarde, soterrada sob sucessivas camadas de neve.

Apesar dos indícios e da nova hipótese, os cientistas britânicos alertam que apenas o calor do vulcão não explicaria a diminuição das geleiras da Antártida Ocidental. Sozinho, esse derretimento é responsável pelo aumento no nível do mar em 0,2 milímetros por ano.

do site: http://vejaonline.abril.com.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet? publicationCode=1&pageCode=1&textCode=136070&date=currentDate

20 de jan. de 2008

Traumatizados, ex-reféns das Farc lutam para retomar a vida

FABIANO MAISONNAVE

da Folha de S.Paulo, em Bogotá

Em novembro de 1998, aos 24 anos, o intendente Jhon Frank Pinchao e outros 60 policiais foram seqüestrados após o violento ataque das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ao quartel de Mitú (sul), perto da fronteira com o Brasil, que deixou 43 mortos. Os oito anos e meio seguintes trariam uma dura rotina, que incluía dormir com correntes no pescoço. Durou até maio passado, quando ele escapou e andou por 17 dias até recobrar a liberdade. Tinha 33 anos. Seu desafio agora é deixar para trás também o trauma do cativeiro.

"Dificilmente se pode superar um seqüestro de quase nove anos, ficam seqüelas inapagáveis", diz Pinchao, em entrevista à Folha, na última quinta (17), nos jardins do Comando Geral da Polícia Nacional. "Achei que seria mais fácil." Hoje, ele se tornou celebridade na Colômbia. Além da fuga espetacular, é o segundo seqüestrado político a eludir a guerrilha --o outro é o atual chanceler, Fernando Araújo. Mas a história bem-sucedida não apaga enormes custos pessoais e profissionais.

Quando Pinchao estava em cativeiro, sua namorada deu à luz um menino que ele só pôde conhecer muito depois. "É complicado. Era um menino já grande, de oito anos. É diferente quando se cria um filho."

A volta ao convívio com a família tampouco tem sido fácil. "O amor que se sente pelos familiares é diferente, entro em conflito com a família por estupidez, produto do estresse acumulado nos últimos anos."

A vida profissional também estancou. "Sinto-me tão deslocado que não sei onde trabalhar. Foi tanto tempo perdido, eu perdi o contato com as atividades policiais, e isso me desatualizou. Perdi o meu ritmo de trabalho, é uma vida praticamente estática, paralisada."

Apesar de elogiar o apoio da polícia, ele diz sentir desconfiança após tanto tempo em poder das Farc. "Isso é natural. Cheguei a pensar, antes de ser seqüestrado, quando havia notícias de uma pessoa levada pela guerrilha, que [as Farc] eram guerrilheiros. Mas uma coisa é julgar as pessoas aqui de fora, e outra é viver o seqüestro. Não é possível ter nenhum encantamento com um grupo que me estava roubando tudo, a vida."

"Ouço com indignação esse tipo de comentário. No caso da [ex-candidata à Presidência] Ingrid Betancourt, diziam que ela era amante do guerrilheiro Cano, quando ela nunca viu esse senhor. Atreveram-se a dizer que ela era ideóloga da guerrilha. O que Ingrid tem feito é uma luta total contra a guerrilha, recebe tratamento inumano, castigos diários, fica acorrentada por 24 horas."

Enquanto não volta ao trabalho, contar a fuga ocupa praticamente todo o seu tempo. Nos últimos oito meses, deu várias entrevistas, viajou aos EUA e à Europa e começou a escrever um livro. O ex-refém também passou por uma cirurgia e estuda relações internacionais.

Mas Pinchao diz que não sabe se deixará a farda: "Aprendi em cativeiro que não se pode planejar as coisas. A gente sempre planejava: "Na semana que vem, começo a aprender inglês, começo a fazer exercícios". E antes de chegar a próxima semana diziam: "Arrumem a mochila, vamos embora"."

Quanto às seqüelas, ele enumera: "Quando escuto aviões de combate, sinto um temor da época do seqüestro. Ou quando ouço uma porta que fecha bruscamente. No Natal, quando escutava fogos, me causava temor. Não posso dormir em colchão mole, tem de ser duro, porque dormia sobre tábuas".

Seqüestros longos

O caso de Pinchao é praticamente único entre os mais de 23 mil seqüestros registrados nos últimos dez anos na Colômbia, mas o país tem a triste tradição de cativeiros longos.

Segundo a Fundação País Livre (FPL), especializada no tema, atualmente os seqüestrados ficam em média seis meses em cativeiro --nos anos 90, eram 18 meses. O tempo dilatado se deve ao grande número de seqüestros feitos por grupos armados ilegais, como as Farc e os paramilitares, que têm uma capacidade logística maior do que a delinqüência comum.

Especializada em atender vítimas de seqüestro, a psicóloga da FPL, Dary Lucía Nieto, diz que a readaptação não depende apenas do tempo mas também de fatores como a personalidade e as condições do cativeiro --ela lembra que recebeu um paciente com apenas 21 dias de cativeiro em pior situação do que ex-reféns que ficaram nove meses privados da liberdade.

do site:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u365262.shtml

Três morrem em conflito no Quênia, oposição se mantém firme

Por Tim Cocks e Nick Tattersall

NAIRÓBI (Reuters) - Manifestantes esfaquearam três pessoas até a morte numa favela na capital do Quênia neste domingo durante i conflito étnico iniciado depois que o presidente Mwai Kibaki conseguiu se reeleger no mês passado, afirmaram testemunhas.

Policiais armados perseguiram jovens no bairro de Haruma, em Nairóbi, e alguns residentes começaram a deixar o local com seus pertences nas mãos.

"Vi três pessoas mortas, assassinadas por pangas (facões), com a cabeça cortada e arrancada", afirmou Samuel Oduor, 22, cameraman freelance.

Outras testemunhas confirmaram as mortes decorrentes do combate entre jovens do grupo étnico Kikuyu, de Kibaki, e a tribo Luo do oposicionista Raila Odinga.

Eles apontam o número de pelo menos 34 mortos desde que a oposição lançou três dias de protestos contra o governo na quarta-feira. Muitos foram mortos por policiais que atiravam contra manifestantes e outros, por gangues étnicas.

"Não é preciso matar alguém por causa de sua tribo, mesmo que ele não tenha votado em mim", disse Odinga a várias centenas de simpatizantes enquanto saía de uma igreja na favela de Kibera, Nairóbi.

Odinga afirmou que haveria uma cerimônia em homenagem aos mortos no ginásio esportivo central de Nairóbi na quarta-feira e pediu mais protestos, apesar da ordem da polícia de evitar manifestações públicas.

Mais de 650 pessoas morreram desde que Kibaki conseguiu se manter no poder depois da eleição de 27 de dezembro que foi fraudada, segundo a oposição e observadores.

do site:

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRN2049583020080120

Sérvios vão às urnas para eleição presidencial histórica

Reuters

BELGRADO - Os sérvios votaram neste domingo numa disputada eleição presidencial que pode decidir os futuros laços do país com o Ocidente em uma eventual separação da província de Kosovo. As pesquisas de opinião antes da votação davam ao oposicionista linha dura Tomislac Nikolic, do Partido Radical, uma ligeira vantagem em relação ao presidente Boris Tadic, pró-Ocidente. A dianteira, no entanto, não seria suficiente para uma vitória em primeiro turno.

- Votei por um futuro melhor, em Nikolic - disse Nada Bilandzic, de 47 anos, que foi votar logo cedo num subúrbio de Belgrado. - Estou convencida de que o partido dele é o único que pode abrir fábricas e melhorar a economia.

Os pontos de votação fecham às 17 horas (horário de Brasília) e espera-se que a divulgação de resultados preliminares aconteça quatro horas depois. As pesquisas sugerem que Nikolic terá 33% dos votos do primeiro turno, e Tadic, cerca de 30 por cento.

Para vencer o segundo turno, em 3 de fevereiro, os dois candidatos tentarão atrair os eleitores de outros partidos, com promessas de melhor padrão de vida, empregos e a defesa de Kosovo, que ruma para a independência com o apoio do Ocidente.

do site:

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2008/01/20/servios_vao_as_urnas_para_eleicao_presidencial_historica-328111308.asp

19 de jan. de 2008

A Dengue no Pará

Estamos no inverno no norte do Brasil. Nesta época do ano, surgem alguns problemas de saúde na população como se sabe, o país inteiro sofre com a presença do mosquito da Dengue, um pouco aqui, ali e além da amazônia.
Em 2006, foram registrado mais 9.300 casos.
Houve um levantamento sobre o ano de 2007 e verificou-se presença de 16.876 ocorrências da doença no Estado, sendo 75 de Dengue hemorrágica com 15 mortes entre todos os casos.
2008
A partir de 11 de Janeiro, as Autoridades tomaram atitude de combate ao mosquito transmissor da dengue em Belém.
Estamos passando por um período muito chuvoso e muitos focos do mosquito da dengue tem sido encontrados informou a Técnica em Endemias da Secretaria de Saúde do Estado do Pará, Isa Cláudia Cruz. Das 75 mortes ocorridas em 2007, 08 foi durante os meses de Novembro e Dezembro, depois de infectados por dengue hemorrágica, o que obrigou ao Estado a combater fortemente no município de Redenção, localizado no sul do Estado, em favor da população, ao mosquito transmissor da doença.
Dentro da área urbana da grande Belém, se localiza a cidade de Ananindêua, onde também se tornou uma região de prioridade de combate ao mosquito transmissor da doença na Capital do Estado, local onde morreu uma criança já neste mês com dengue hemorrágica.
Existe hoje, 55 casos suspeitos de dengue e entre esses alguns de hemorrágica sem mortes. Segundo a Secretaria de Saúde, existe 432 casos confirmados de dengue e três mortes só em Janeiro de 2008.
Fonte:O Jornal "Diário do Pará" de hoje.
Costa

Israel destrói prédio do Hamas

Ministério do Interior estava vazio, mas bombardeio matou 1 e feriu 46 moradores da área

Reuters e Ap

Israel bombardeou ontem o prédio do Ministério do Interior - controlado pelo Hamas - na Cidade de Gaza e fechou as passagens de Erez e Kerem Shalom, na fronteira com o território palestino, ampliando o que qualificou de uma campanha para conter os disparos de foguetes de militantes.

O prédio de quatro andares estava vazio na hora do ataque, mas uma mulher morreu e pelo menos 46 outros moradores da área ficaram feridos.

“Foi como um terremoto”, disse Umm Fhami, uma mulher que vive em frente do local da explosão. “Minha casa não tremeu apenas, mas saltou das fundações e voltou ao lugar. Como eles podem lançar um míssil como esse numa área residencial?”, disse Umm. Apesar de o complexo estar fechado desde julho de 2006, quando foi alvo de outro ataque aéreo, ele fica bem no centro de um bairro residencial.

Esse foi o primeiro bombardeio israelense contra um prédio do governo palestino desde que o Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza, em junho, depois de derrotar e expulsar as forças leais ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. Um segundo ataque aéreo, lançado minutos depois, danificou o prédio do chamado QG naval do Hamas, no centro de Gaza.

Uma porta-voz do Exército de Israel confirmou os ataques aéreos, qualificando os alvos de “posições terroristas do Hamas”. “Essa foi parte de nossa resposta aos Qassam (foguetes) disparados contra Israel”, disse a porta-voz.

O Exército de Israel matou pelo menos 33 palestinos em Gaza esta semana, em meio a sua campanha para pressionar o Hamas a conter seus militantes, que dispararam mais de 110 foguetes contra o território israelense nos últimos três dias, mas sem causar vítimas.

Além da mulher morta no ataque ao Ministério do Interior, dois militantes morreram ontem num bombardeio contra o campo de refugiados de Jabalya, norte de Gaza.

Na Cisjordânia, uma unidade do Exército de Israel matou um líder local das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, grupo ligado ao Fatah ( de Abbas ), num campo de refugiados em Nablus.

do site:

http://txt.estado.com.br/editorias/2008/01/19/int-1.93.9.20080119.11.1.xml