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3 de mai. de 2007

Funcionários do BC não negociam e voltam à greve

Diante de um novo impasse nas negociações com o governo, funcionários do Banco Central (BC) voltaram à greve, hoje, desta vez por tempo indeterminado. A última proposta do Ministério do Planejamento foi de reajuste salarial de 30%, em média, dividido em três parcelas em 2008 e a última, em janeiro de 2009. As assembléias julgaram insuficiente, porque o governo tem uma dívida conosco retroativa a 2006 , explicou David Falcão, presidente nacional do Sinal, um dos sindicatos da categoria.
Segundo Falcão, a proposta do governo foi feita semana passada, depois de uma paralisação de 72 horas realizada pelos servidores do BC. Os sindicalistas voltaram à mesa de negociação, ontem à noite, com a contraproposta retirada em assembléias representativas dos 4,8 mil técnicos e analistas.
O índice de reajuste e o parcelamento foram aceitos pelos funcionários do BC. Mas eles querem que a primeira parcela seja retroativa a junho de 2006 e que as duas restantes sejam aplicadas em janeiro e abril de 2007. Há um custo acumulado desde o ano passado , reitera Falcão. Ele insiste que a equiparação deve ser com os auditores da Receita Federal, que no ano passado receberam 30% de reajuste, enquanto o índice para o pessoal do BC ficou em 10%.Pela proposta atual, o nivelamento será com os servidores da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a quem o governo fez a mesma proposta.
Ainda é um patamar abaixo do que foi dado aos funcionários da Receita, que receberam 30% integrais, de uma vez só, no ano passado. Por isso nós insistimos , disse Falcão.Já do lado do governo, segundo o sindicalista, não houve disposição para avanços. O governo reconheceu que existe a diferença, mas não arredou um milímetro na reunião de ontem.
Ele disse que o entendimento, até agora, é de prosseguir a paralisação por tempo indeterminado, com uma sinalização de tentar voltar à mesa de negociação na próxima semana.Falcão esclareceu que, de início, não há problemas para a população , mas que a greve poderá gerar transtornos, se for demorada, para algumas operações de mercado como, por exemplo o fechamento de contratos de câmbio em operações vultosas de comércio exterior, cujo sistema (Siscomex) trava à espera de autorização da autoridade monetária.
As mesas do BC de operações com o mercado não são atingidas pelo movimento de greve, segundo Falcão, porque continuam a operar com um número mínimo de funcionários.Somente no final do dia, o sindicato e a direção do BC terão números sobre a paralisação
Da Agência O Globo
{Costa}

Parlamento aprova realização de eleições em 22 de julho

Agencia Estado
O Parlamento da Turquia aprovou hoje a data de 22 de julho para a realização de novas eleições gerais, que foram convocadas numa tentativa de desarmar uma crise governamental precipitada por uma disputa política sobre o Islã. O Parlamento aprovou a data por unanimidade - com todos os 458 votos a favor - apesar de objeções da oposição secular, que argumentava que as eleições seriam realizadas quando muitos turcos saem em férias e não conseguiriam votar.
O principal partido de oposição, que há muito pedia eleições antecipadas, votou no fim a favor da data. O bloco governista tem uma maioria no Parlamento e a oposição não conseguiria reverter a data. A comissão eleitoral da Turquia, que fiscaliza as eleições, tinha recomendado a data de 22 de julho, e teve o respaldo de um comitê parlamentar ontem à noite.
{Costa}

O vilão é o Brasil, seja qual for o crime

Antes, os ambientalistas acusavam o país de produzir alimentos de mais, devastando a Amazônia. Agora, dizem que a febre do etanol fará com que produza alimentos de menos. Assim fica difícil
Lalo de Almeida / The NewYork Times
Colheita de soja em Mato Grosso: reduzir a produção não vai resolver o problema ambiental
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Por J. R. Guzzo
EXAME Até muito pouco tempo atrás, a maioria das grandes forças da frente ecológica mundial insistia que o Brasil estava produzindo alimentos de mais. Por essa visão das coisas, havia muita soja, muito milho, muita carne, muito frango, e isso comprometia o delicado equilíbrio dos ecossistemas do cerrado, da Amazônia e, no fundo, de qualquer área utilizada para a agricultura ou a pecuária. Ultimamente os mesmos críticos, agora reforçados por Fidel Castro e Hugo Chávez, passaram a condenar o Brasil pelo motivo exatamente oposto. Com a rápida ascensão da cultura da cana, para atender à produção das usinas de etanol, o país estaria se tornando uma perigosa ameaça ao cultivo de alimentos -- para si próprio e para o resto do mundo. Antes, produzia comida em excesso. Agora, vai produzir comida de menos. Ontem desperdiçava, para a mera produção de alimentos, valiosas áreas de preservação ambiental. Hoje desperdiça, para a mera produção de combustíveis, valiosas áreas de cultivo alimentar -- e pode tornar-se um dos grandes responsáveis pela fome mundial. Assim fica difícil.
Na verdade o Brasil não fazia a primeira coisa e não está fazendo a segunda. Curiosamente, porém, o país parece aceitar mais uma vez a cadeira de réu que lhe mandam ocupar -- e, em vez de responder às críticas com fatos, assume passivamente o papel de penitente ecológico ao qual se acostumou nos últimos anos. Marco Aurélio Garcia, assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, tem procurado defender o Brasil e trazer o assunto para o terreno da racionalidade. Não lhe faltam bons argumentos -- a começar pelo fato central, sublinhado com clareza por ele, de que as pessoas não passam fome pela escassez de alimentos, mas porque não têm dinheiro para comprá-los. Ou, então, pela evidência de que não há nenhuma contradição, nas condições físicas do Brasil, entre produzir ao mesmo tempo comida e etanol. Mas sua voz permanece perdida no ar -- parece não representar nem mesmo uma posição comum e fechada no governo do qual faz parte. Os palpites de qualquer ONG de país rico, ou de comentaristas que têm mais opiniões que conhecimentos, é que dão o tom -- com o reforço de estudos duvidosos do ponto de vista científico e suspeitos do ponto de vista das intenções.
O Brasil tem muito mais a dizer em seu favor no terreno da ecologia do que em geral se imagina. Para ficar num exemplo só, nenhum outro país do mundo preservou uma área tão extensa de florestas -- dos 7 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia, dos quais mais de 60% estão no Brasil, cerca de 5,5 milhões continuam cobertos de mata. Só o Estado do Amazonas, o maior da região, conserva mais de 95% de sua cobertura florestal. Talvez isso se deva mais a uma longa história de subdesenvolvimento e de falta de capital do que a méritos próprios, mas o fato é que as árvores estão lá -- e não nos países ricos que, depois de terem destruído todas as suas florestas, acusam o Brasil, hoje, de delinqüência ecológica de primeiro grau e querem transformar a Amazônia num jardim botânico.
O verdadeiro problema ambiental do Brasil chama-se pobreza -- e sua principal manifestação chama-se falta de saneamento básico. Não é reduzindo a produção de soja, etanol ou seja lá o que for que se vai avançar um milímetro na solução disso.
França, ato I
Foi a campanha eleitoral mais demorada, mais nervosa e mais aguerrida que a França conheceu nas últimas décadas, algo raro em países europeus desenvolvidos onde em geral há poucas propostas realmente diferentes entre os candidatos, pois há pou ca coisa a mudar. Não desta vez. No recém-realizado primeiro turno da eleição presidencial francesa, a idéia mais vendida pelos candidatos foi a da "ruptura" -- uma disputa enfurecida para ver quem era mais a favor das mudanças, quem era mais contra "isso tudo que está aí" ou, até, quem era mais capaz de "reinventar" a França. Todos pareciam convencidos, subitamente, de que o eleitorado francês, após longos anos de relativa indiferença com a política, tinha enfim se exasperado com a situação do país. Em conseqüência, todos se comportaram como se houvesse apenas candidatos de oposição. Na verdade, os nomes ligados ao já cansado governo do presidente Jacques Chirac, há 12 anos no poder, foram os primeiros a reivindicar para si o papel de campeões da "transformação" -- palavra mágica utilizada para resolver tudo o que possivelmente tenha a ver com o descontentamento do eleitorado.
Ao fim, abertas as urnas depois de um recorde histórico no comparecimento de eleitores -- 85%, um número extraordinário para um país em que não existe a aberração do voto obrigatório --, ficou a impressão que os franceses têm uma maneira peculiar de expressar seu descontentamento: os dois candidatos que se classificaram para o segundo turno e vão decidir a disputa pela Presidência no próximo dia 6 de maio nasceram, cresceram e subiram na vida política dentro do mesmo sistema de forças que tem governado a França há 50 anos. De um lado, o primeiro colocado, Nicolas Sarkozy, de 52 anos, gerado no governo Chirac, e de outro a candidata do Partido Socialista, Ségolène Royal, de 53 anos, representantes dos dois pólos, de direita e esquerda, que vêm se alternando no poder desde 1958. Ambos são responsáveis conjuntos exatamente por "isso tudo que está aí" -- já que a cada sucessão entre eles nenhum dos lados se interessou realmente em mudar o que encontrou ao receber o governo do outro. Desta vez, pelo tom extremado da campanha, há expectativas de uma França diferente conforme ganhe um ou outro candidato. O eleitor, sem dúvida, dividiu-se entre as mesmas forças, mesmo porque não dispunha, na prática, de outra opção real. Mas, aparentemente, espera que elas não sejam mais as mesmas, nem que governem do mesmo jeito que têm governado. Nicolas Sarkozy é quem parece mais capaz de fazer as mudanças, ou alguma mudança -- na verdade, a campanha eleitoral teve um candidato, Sarkozy, e depois todos os outros, pois foi ele quem ficou com o discurso mais apaixonado, às vezes mais agressivo e sempre mais claro em favor da "ruptura". Ségolène Royal, é verdade, apresentou novidades para uma candidata socialista. Falou muito na necessidade de justiça "com ordem", manifestou simpatias pela política do primeiro-ministro britânico Tony Blair, o que é uma heresia para a esquerda francesa, e fez reparos à semana de 35 horas de trabalho, criação inédita de seu partido quando estava no governo e que se revelou um fiasco lamentável na vida prática. Mas madame Royal sempre se mostrou pouco à vontade em seu papel de socialista moderna, e no terreno das propostas concretas para mudar a economia nunca foi, na melhor das hipóteses, além da expressão de desejos imprecisos. Já monsieur Sarkozy foi ao prato com uma fome de obeso que decide atacar a geladeira à noite.
Sarkozy, desde o início da campanha, e mesmo antes de ela começar, insistiu que não estava numa disputa eleitoral com a esquerda, e sim numa aberta luta ideológica -- contra suas idéias, valores, métodos, conduta, opções econômicas, gestão do serviço público, posições em relação aos problemas sociais, visão da França, do mundo e da vida. Sua missão, diz ele, é livrar o país das marcas deixadas pela esquerda em suas passagens pelo governo ao longo do últimos 25 anos. É um admirador entusiasmado e público do capitalismo anglo-saxão. Fala que seu país tem de redescobrir o sucesso individual, a ascensão pelo mérito e a capacidade de empreender. É contra a maioria das práticas atuais da França em matéria de imigração, combate ao crime, benefícios trabalhistas, aposentadorias públicas, impostos e por aí afora. Trata-se, como se vê, de uma agenda e tanto -- e uma das dificuldades a esse respeito é o fato de que até outro dia o próprio Sarkozy fazia parte, como um de seus ministros mais importantes, de um governo comprometido até o talo com quase tudo o que ele promete mudar. Também não o ajudam, quando fala em combater o crime, algumas observações esquisitas sobre "determinismo genético" e outras questões sobre as quais não tem capacitação científica para opinar. O liberalismo capitalista de Sarkozy, enfim, não combina com alguns de seus repentes de populismo econômico explícito, que vão do protecionismo agrícola ao controle de preços nos supermercados.
As realidades do governo dirão, no tempo certo, o que há de substância nisso tudo. Até lá, ele e sua adversária têm uma eleição a ganhar.
{Costa}

Premier libanês diz que ´Israel deve aprender a lição´

Para Siniora, o país deve reconhecer erros apontados pela Comissão Winograd
Efe
BEITUTE - O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmou nesta quinta-feira que "Israel deve aprender a lição de que as guerras e os conflitos armados não garantem a segurança de um país".
Em entrevista coletiva, Siniora analisou as conclusões do relatório apresentado na última segunda-feira pela Comissão Winograd, instituída pelo governo israelense para investigar os erros cometidos durante a guerra com o Líbano.
"A paz na região estará garantida quando Israel aceitar a iniciativa árabe de pacificação, que oferece a normalização das relações diplomáticas em troca da total retirada dos territórios árabes ocupados desde 1967", disse o primeiro-ministro.
Siniora acrescentou que as ofensivas militares nem sempre trazem segurança a um Estado, como demonstram os sucessivos conflitos entre o Líbano e Israel ao longo da história. Para o governante libanês, não se pode afirmar que as guerras entre os dois países tenham proporcionado maior estabilidade e segurança a Israel.
Protestos
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, enfrenta nesta quinta-feira uma manifestação em que os organizadores esperam reunir 100 mil pessoas para exigir a sua renúncia pelos erros cometidos na guerra do Líbano.
Apesar das várias fissuras desde a divulgação do relatório preliminar da chamada Comissão Winograd, na última segunda-feira, a coalizão governista se mantém inteira, pois seus membros têm pouco interesse em uma eleição que poderia abrir caminho para o líder oposicionista Benjamin Netanyahu.
"Nossa mensagem será de que os líderes que cometem erros que custam vidas deveriam pôr as chaves sobre a mesa e ir embora", disse Mickey Leibovitch, organizador da manifestação, que espera a presença de 100 mil a 150 mil pessoas, inclusive veteranos do conflito e parentes de mortos.
Cerca de 1.200 pessoas foram mortas no Líbano, incluindo cerca de 900 civis, enquanto 117 soldados perderam a vida, junto com 41 civis atingidos por foguetes no norte de Israel. Comissão Winograd
O Relatório Winograd conclui que a decisão de Israel de atacar o Líbano após a captura de dois soldados israelenses pela milícia xiita Hezbollah foi tomada de forma "precipitada", "desorganizada" e sem "estudar alternativas nem possíveis conseqüências".
O documento aponta que Olmert, o ministro da Defesa, Amir Peretz, e o ex-comandante do Exército, Dan Halutz, são os principais responsáveis pelo fracasso da operação.
Já o secretário-geral do movimento xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou na quarta-feira, em discurso elogioso, que Israel merece "respeito" pela investigação que está realizando.
"Não estou aqui para me regozijar do azar de Olmert, Peretz e Halutz" afirmou o líder xiita. "Eu respeito meus inimigos, quando sei que eles trabalham dia e noite pelo bem-estar de seus prisioneiros", acrescentou.
{Costa}

Ségolène Royal acredita que Bayrou votará nela

Paris, 3 mai (EFE) - A candidata do Partido Socialista (PS) ao Palácio do Eliseu, Ségolène Royal, comemorou hoje a decisão do ex-candidato de centro François Bayrou de não votar no conservador Nicolas Sarkozy, o que interpretou como um voto ao seu favor, e prometeu "trabalhar" com ele caso seja eleita no domingo. "Cada um entendeu o que (Bayrou) queria dizer", afirmou Royal, acrescentando que não acredita que o líder centrista vá optar pela abstenção. "As coisas foram ditas de forma sutil", acrescentou.
Ao jornal "Le Monde", Bayrou declarou que não votará em Sarkozy no segundo turno das eleições presidenciais, mas não revelou em quem votaria ou se preferiria se abster.
Enquanto isso, Sarkozy continua sendo o favorito nas urnas de acordo com as pesquisas, após o tenso debate transmitido pela TV entre os dois candidatos na noite de quarta-feira.
A primeira pesquisa feita após o debate, pelo OpinionWay, mostra que 53% dos entrevistados acharam Sarkozy mais convincente que a socialista, contra a 31% que preferiram a candidata socialista.
Royal, que hoje visitou uma fábrica do norte da França antes de participar de um comício, intensificou esforços em busca do apoio dos indecisos, entre os quase 7 milhões de eleitores que apoiaram o centrista Bayrou no primeiro turno, dia 22, e serão decisivos para o desfecho.
"Se eu for escolhida, trabalharei com o centro em geral e com François Bayrou em particular", afirmou Royal, que elogiou a "coerência" e "o valor" do candidato derrotado.
Membros da equipe de Sarkozy disseram que Bayrou é "livre para tomar sua decisão", que "já a havia insinuado" e que ele é contrário à escolha feita por "quase" todos os parlamentares de seu partido, a União pela Democracia Francesa (UDF).
Além disso, afirmaram que Sarkozy representa os "valores" que Bayrou defendeu na campanha do primeiro turno "melhor" do que Royal.
EFE al db/pa
{Costa}

Mudança de regras na Bolívia fez Petrobras devolver campo

Governo de Evo tentou esconder decisão que pode ser encarada como fracasso
Ruth Costas
LA PAZ - O governo boliviano bem que tentou esconder o que pode ser encarado como o primeiro fracasso do decreto de nacionalizações, mas o contrato relativo à concessão da Petrobras para explorar petróleo e gás no campo de Irenda, no sul da Bolívia, não estava entre os documentos firmados na quarta-feira, 2, pela YPFB com as empresas estrangeiras.
A assinatura dos novos documentos marcou a entrada em vigor dos novos contratos com multinacionais petrolíferas que consolidam a nacionalização do setor decretada há um ano pelo presidente Evo Morales.
A estatal brasileira devolveu em janeiro ao governo boliviano a concessão para exploração de petróleo e gás neste campo porque com as regras estabelecidas pelos novos contratos ele deixou de ser atrativo, de acordo com Fernando Borges, gerente de Exploração e Produção da Petrobras na Bolívia.
A decisão foi comunicada ao governo na época, mas não foi divulgada porque poderia ser tomada como a primeira prova de que os encargos criados pelos novos contratos podem inviabilizar os investimentos em alguns blocos exploratórios. Na quarta, no final da tarde, o Ministério de Hidrocarbonetos da Bolívia admitiu a devolução.
Aposta arriscada
A aposta em campos novos, como o de Irenda, é arriscada porque nem sempre os investimentos em prospecção são compensados. Após muito tempo de busca na região, a Petrobras não encontrou sinais de reservas significativas de gás natural neste bloco e, como nos novos contratos as garantias de lucro são limitadas, preferiu abandoná-lo para investir nos campos antigos, onde as reservas de gás e petróleo são seguras.
"Quando adquirimos a concessão, os royalties eram de 18%", disse Borges. "Os novos contratos subiram essa taxa para 50%, o que fez com que ele perdesse a atratividade." Com isso, o número de contratos firmados na quarta seria de 43 - e não 44 como foi divulgado, embora assessores do presidente da YPFB dissessem desconhecer a mudança até quarta à noite.
Borges, que pela manhã representou a Petrobras na cerimônia na qual foram protocolados os novos contratos em La Paz, disse que a estatal manterá os trabalhos em outros poços e ainda pretende aumentar seus investimentos no país.
Negociações
A negociação sobre as outras refinarias da Petrobras na Bolívia parece ter avançado pouco. Logo após a cerimônia, o presidente da YPFB, Guillermo Aruquipa, disse que a Bolívia poderia estar interessada numa sociedade na gestão das instalações (a YPFB ficaria com 50% mais 1 das ações). "É o que está previsto no decreto de nacionalizações", disse ele.
Segundo o gerente da Petrobras, porém, a YPFB estaria pressionando pelo controle total. "Parece que a YPFB está interessada em um pacote maior (do que os 50% mais 1) e nossa condição é um preço justo por todo o trabalho feito e todos os investimentos realizados", disse Borges, acrescentando que a estatal brasileira "não descarta" recorrer à arbitragem internacional para resolver a questão. A Petrobras tem 90 dias para apresentar à YPFB seus planos de desenvolvimento e investimento na Bolívia.
{Costa}