Paris, 3 mai (EFE) - A candidata do Partido Socialista (PS) ao Palácio do Eliseu, Ségolène Royal, comemorou hoje a decisão do ex-candidato de centro François Bayrou de não votar no conservador Nicolas Sarkozy, o que interpretou como um voto ao seu favor, e prometeu "trabalhar" com ele caso seja eleita no domingo. "Cada um entendeu o que (Bayrou) queria dizer", afirmou Royal, acrescentando que não acredita que o líder centrista vá optar pela abstenção. "As coisas foram ditas de forma sutil", acrescentou.
Ao jornal "Le Monde", Bayrou declarou que não votará em Sarkozy no segundo turno das eleições presidenciais, mas não revelou em quem votaria ou se preferiria se abster.
Enquanto isso, Sarkozy continua sendo o favorito nas urnas de acordo com as pesquisas, após o tenso debate transmitido pela TV entre os dois candidatos na noite de quarta-feira.
A primeira pesquisa feita após o debate, pelo OpinionWay, mostra que 53% dos entrevistados acharam Sarkozy mais convincente que a socialista, contra a 31% que preferiram a candidata socialista.
Royal, que hoje visitou uma fábrica do norte da França antes de participar de um comício, intensificou esforços em busca do apoio dos indecisos, entre os quase 7 milhões de eleitores que apoiaram o centrista Bayrou no primeiro turno, dia 22, e serão decisivos para o desfecho.
"Se eu for escolhida, trabalharei com o centro em geral e com François Bayrou em particular", afirmou Royal, que elogiou a "coerência" e "o valor" do candidato derrotado.
Membros da equipe de Sarkozy disseram que Bayrou é "livre para tomar sua decisão", que "já a havia insinuado" e que ele é contrário à escolha feita por "quase" todos os parlamentares de seu partido, a União pela Democracia Francesa (UDF).
Além disso, afirmaram que Sarkozy representa os "valores" que Bayrou defendeu na campanha do primeiro turno "melhor" do que Royal.
EFE al db/pa
{Costa}
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