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3 de maio de 2007

Premier libanês diz que ´Israel deve aprender a lição´

Para Siniora, o país deve reconhecer erros apontados pela Comissão Winograd
Efe
BEITUTE - O primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, afirmou nesta quinta-feira que "Israel deve aprender a lição de que as guerras e os conflitos armados não garantem a segurança de um país".
Em entrevista coletiva, Siniora analisou as conclusões do relatório apresentado na última segunda-feira pela Comissão Winograd, instituída pelo governo israelense para investigar os erros cometidos durante a guerra com o Líbano.
"A paz na região estará garantida quando Israel aceitar a iniciativa árabe de pacificação, que oferece a normalização das relações diplomáticas em troca da total retirada dos territórios árabes ocupados desde 1967", disse o primeiro-ministro.
Siniora acrescentou que as ofensivas militares nem sempre trazem segurança a um Estado, como demonstram os sucessivos conflitos entre o Líbano e Israel ao longo da história. Para o governante libanês, não se pode afirmar que as guerras entre os dois países tenham proporcionado maior estabilidade e segurança a Israel.
Protestos
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, enfrenta nesta quinta-feira uma manifestação em que os organizadores esperam reunir 100 mil pessoas para exigir a sua renúncia pelos erros cometidos na guerra do Líbano.
Apesar das várias fissuras desde a divulgação do relatório preliminar da chamada Comissão Winograd, na última segunda-feira, a coalizão governista se mantém inteira, pois seus membros têm pouco interesse em uma eleição que poderia abrir caminho para o líder oposicionista Benjamin Netanyahu.
"Nossa mensagem será de que os líderes que cometem erros que custam vidas deveriam pôr as chaves sobre a mesa e ir embora", disse Mickey Leibovitch, organizador da manifestação, que espera a presença de 100 mil a 150 mil pessoas, inclusive veteranos do conflito e parentes de mortos.
Cerca de 1.200 pessoas foram mortas no Líbano, incluindo cerca de 900 civis, enquanto 117 soldados perderam a vida, junto com 41 civis atingidos por foguetes no norte de Israel. Comissão Winograd
O Relatório Winograd conclui que a decisão de Israel de atacar o Líbano após a captura de dois soldados israelenses pela milícia xiita Hezbollah foi tomada de forma "precipitada", "desorganizada" e sem "estudar alternativas nem possíveis conseqüências".
O documento aponta que Olmert, o ministro da Defesa, Amir Peretz, e o ex-comandante do Exército, Dan Halutz, são os principais responsáveis pelo fracasso da operação.
Já o secretário-geral do movimento xiita Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou na quarta-feira, em discurso elogioso, que Israel merece "respeito" pela investigação que está realizando.
"Não estou aqui para me regozijar do azar de Olmert, Peretz e Halutz" afirmou o líder xiita. "Eu respeito meus inimigos, quando sei que eles trabalham dia e noite pelo bem-estar de seus prisioneiros", acrescentou.
{Costa}

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