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3 de maio de 2007

Mais de 30 toneladas de produtos falsificados são apreendidas

ABN
SÃO PAULO - O Shopping 25, no centro de São Paulo, foi palco, na manhã desta quarta-feira, dia 2, da apreensão de toneladas de materiais falsificados das marcas Nike e CBF. Essa foi a segunda operação da Polícia Militar nesse ano para o combate ao comércio de produtos piratas na região da Rua 25 de Março.
A busca se baseou na ação civil movida pelo escritório representante da Nike no país. O mandado de apreensão visava 158 das 400 lojas do espaço que pertence ao chinês L.C., preso sob a acusação de contrabando.
“O primeiro movimento da PM nesse sentido foi para a apreensão de produtos das marcas Diesel e Pumma. O resultado foi de 20 toneladas. Todo material de apreensão é arrolado no processo da ação civil para o ressarcimento das marcas”, diz o chefe da operação, capitão Benjamin Francisco Neto do 11º Batalhão da PM.
O mandado de busca e apreensão emitido pela juíza Tânia Mara Ahualli, da 41ª Vara Civil, foi organizado para manter a discrição sobre os planos da Polícia. “Tudo foi feito com sigilo enorme. Os profissionais envolvidos foram avisados pouco antes da ação. Não houve vazamento de informações; caso contrário, não haveria material nos depósitos e principalmente nas lojas onde as equipes encontraram os produtos”, diz o oficial de Justiça, Marcos Ramalho.
Foram 90 policiais militares da Força Tática envolvidos na fiscalização, além de seis oficiais de Justiça, três peritos judiciais e três representantes do escritório Persa Oliveira e Rocha, responsável brasileiro da Nike.
Segundo Ramalho, a fila formada em frente ao shopping foi organizada pelos comerciantes que representam cada andar do prédio. Os lojistas acompanharam um oficial de Justiça e um perito na revista a cada ponto de venda, garantindo que os materiais apreendidos eram restritos às duas marcas.
Fábio Siqueira, advogado de 26 comerciantes do Shopping 25, diz que a operação ocorreu de modo tranquilo e os lojistas não ofereceram resistência à Polícia.
Seis caminhões foram enviados pela Nike para recolher os produtos falsificados. Os materiais foram encaminhados para um depósito da empresa que fará a guarda legal da apreensão. Como afirma Oliveira, representante do escritório da marca, a apreensão faz parte do processo que começou com funcionários reservados que efetuaram compras nos locais suspeitos. “Isso é feito para produzirmos provas para a ação, e há ainda outros endereços sendo investigados para fazermos novas operações desse porte”, diz Oliveira.
Segundo o perito judicial, Horácio Tanze Filho, a análise para a apreensão se baseia na qualidade do produto, nas etiquetas, na embalagem e na falta de notas fiscais. “90% são tênis, mas há também relógios, roupas, bonés, camisetas”, diz o perito.
Os policiais encontraram cinco depósitos coletivos no shopping, mas a maior parte das falsificações foram achadas nas lojas. O mandado calcula 158 pontos de venda para fiscalização, e segundo o capitão Benjamin, o número pode chegar a 180 devido às lojas vizinhas que possuem acesso interno. Encerrada às 19h, a operação no Shopping 25 contabilizou 31 toneladas de produtos falsificados apreendidos, segundo o capitão Benjamin.
{Costa}

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