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23 de maio de 2007

Empresas inovam o crédito imobiliário

Maior demanda por emissões de crédito imobiliário faz empresas inovarem seu portfólio e voltarem-se para as classes C e D, como é o caso do Brazilian Mortgages , do Banco PanAmericano e do Banco Máxima . Já a Equifax , empresa de contenção de riscos, anuncia também novos produtos ao mercado e projeta aumento de parcerias com várias imobiliárias em 2007.
A Brazilian Mortgages (BM), por exemplo, que é uma companhia hipotecária e uma das líderes na estruturação de fundos imobiliários, projeta um volume de R$ 1 bilhão relativo à expansão do crédito imobiliário em 2007, incluindo a criação de cinco lojas especializadas e o oferecimento de uma van para atender clientes em casa.
O volume na carteira de crédito imobiliário deverá chegar a R$ 500 milhões em concessões no ano e já está em R$ 200 milhões. “Para se ter uma idéia da evolução, há um ano e meio esse valor era de R$ 30 milhões”, conta o diretor da BM, Fábio Nogueira .
A BM já fechou parcerias com bancos e empresas do setor imobiliário e planeja fechar outros acordos em 2007. “Temos parceria com o Banco Interamericano e temos recebido procura de empresas estrangeiras, que estão visando as inovações do mercado nacional”, diz Nogueira.
A empresa lança também o produto BM Super Prazo, com prazo de 30 anos para financiamento de imóveis que estejam no valor entre R$ 30 mil e R$ 300 mil. A taxa de financiamento é de 0,9% ao mês mais correção monetária. “Aconselhamos que o valor não ultrapasse 25% da renda familiar bruta”, diz Nogueira.
A BM inaugurará cinco lojas ainda nesse semestre, sendo a primeira delas no bairro de Santana, em São Paulo . As demais serão abertas na Avenida Paulista, na zona oeste, no centro e na zona leste. Ao todo serão dez lojas em 2007.
“Há um déficit habitacional no país que, somado ao maior poder de compra das classes média e média baixa, irá alavancar enormemente o setor imobiliário nos próximos anos”, afirma o também diretor da BM, Vitor Bidetti .“Queremos levar informações sobre crédito juntamente com novidades de financiamento”, conta Elyseu Mardegan Júnior , diretor da BM Sua Casa, que é um modelo de financiamento com foco na pessoa física, como crédito para a compra de imóveis usados, reformas, e construção de casas e escritórios. Bancos têm parcelas fixas
O responsável por operações imobiliárias do Banco Máxima, Eduardo Villela , diz que o banco está iniciando o processo de implantação de crédito imobiliário e projeta um volume de concessões da ordem de R$ 50 milhões para os próximos 12 meses. “Esse valor poderá crescer, pois projetamos abrir novas frentes”, diz. “Já possuímos parceria com uma imobiliária em Salvador [BA] e iniciaremos o programa de crédito imobiliário no Rio de Janeiro ainda este mês”, completa.
Os próximos mercados visados pelo banco são Minas Gerais e Centro-Oeste, onde a empresa acredita haver uma maior carência no setor. Segundo Villela, o foco do banco está no prazo longo e em parcelas pré-fixadas para o comprador. “Dessa forma, exclui-se o risco de eventual repique de inflação. Uma vertente interessante é a linha de imóveis usados [que não são lançamento]. Acreditamos que será bom segmento, pois está mal atendido”.
O Banco PanAmericano lançou recentemente um consórcio habitacional, o Adeus Aluguel, no qual os clientes pagarão apenas metade do valor das parcelas até serem contemplados e sem a obrigação de apresentar avalista. De acordo com informações da empresa, o plano conta com um seguro de crédito da seguradora Mapfre que aceita outras formas de comprovação de renda como extratos bancários de conta corrente, poupança e também cartões de crédito. O plano é de 144 meses e oferece cartas de crédito entre os valores de R$ 25 mil e R$ 80 mil. A taxa de administração é de 20% e o custo do seguro de crédito é de 0,1% ao mês.
Segundo especialistas, há um déficit imobiliário no País que deverá ser preenchido com o avanço da economia. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a projeção para 2007 é de que o volume de crédito imobiliário seja recorde, e supere os R$ 11 bilhões.
Costa

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