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8 de maio de 2007

Bradesco tem lucro de R$ 1,7 bilhão puxado pelo crédito

Ganho no primeiro trimestre do ano corresponde a um crescimento de 11,4% em 12 meses. O Bradesco, maior banco privado brasileiro, registrou no primeiro trimestre deste ano lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, o que representa um crescimento de 11,4% em doze meses, e 5,2% sobre o último trimestre de 2006.
Ganho no primeiro trimestre do ano corresponde a um crescimento de 11,4% em 12 meses. O Bradesco, maior banco privado brasileiro, registrou no primeiro trimestre deste ano lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, o que representa um crescimento de 11,4% em doze meses, e 5,2% sobre o último trimestre de 2006. Foi o 13 trimestre consecutivo de aumento do lucro, novamente puxado pelas operações de crédito, que cresceram 20,2% em um ano e 5,5% desde dezembro, para R$ 101,47 bilhões, excluindo avais e fianças. Desta vez, porém, a demanda maior veio de empresas, segmento no qual o banco cresceu 8,2%.
O presidente do banco, Márcio Cypriano, admite que essa alta foi fortemente influenciada pelo empréstimo de R$ 1,1 bilhão para a Usina Vale do Rosário, mas nota que o ambiente econômico está muito favorável, o que deve continuar estimulando a procura de crédito por parte de empresas, principalmente as pequenas e médias.
Cypriano diz estar atento às negociações de venda do holandês ABN Amro, que podem ter reflexos importantes no ranking brasileiro de bancos, uma vez que o ABN é dono do Real, o terceiro maior entre os privados por volume de ativos, com R$ 131,3 bilhões. O Bradesco, com R$ 281,9 bilhões, pode ter sua liderança ameaçada dependendo de quem ficar com o Real. Mas por enquanto o presidente do Bradesco revela apenas planos de crescimento orgânico: a meta do banco para este ano é conquistar 2,5 milhões de clientes e abrir entre 120 e 140 agências, informou.
O presidente do banco disse também que a integração com a plataforma do recém-comprado BMC será concluída nos próximos meses, o que deve ajudar a dar maior fôlego aos empréstimos de crédito consignado. Cypriano acredita que tem muito espaço para crescer nesse segmento, que ainda representa apenas 39% da sua carteira de crédito pessoal, ante 55% da média do mercado.
O executivo também espera uma maior competição no crédito imobiliário, em cartões de crédito e na área de seguros e previdência. No primeiro caso, o banco se diz preparado para emprestar mais de R$ 3 bilhões neste ano, 50% acima do realizado em 2006. Outra frente onde o banco continuará investindo é a das parcerias com o varejo: além das 23 atualmente em vigor, o Bradesco negocia outras seis para breve, a maioria com redes regionais. Intensificação de acordos e fechamento de novos também devem ajudar o banco a crescer a carteira de veículos onde, junto com a sua controlada Finasa, detém 23,5% do mercado, disse
Em relação aos cartões, o Bradesco afirma que tem hoje 18,8% do mercado, com 19,7 milhões de plásticos (dos quais 13,9 milhões com as bandeiras Visa, Mastercard e Amex). Apesar de ter investido mais de R$ 1 bilhão em março do ano passado na compra da American Express, voltada para clientes de alta renda, o banco acredita que a grande oportunidade está nas classes mais baixas, onde pretende crescer este ano mais do que a média de 20% esperada pelo mercado. A carteira total de crédito do banco cresceu R$ 6,1 bilhões nos últimos três meses: R$ 3,2 bilhões em operações com empresas e R$ 5,2 bilhões com pessoas físicas (o resto são avais e fianças.
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 1)(Léa De Luca)
{Costa}

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