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2 de maio de 2007

Bush veta plano de retirada do Iraque

O presidente norte-americano, George W. Bush, vetou nessa terça-feira (1º) uma lei que fixa um calendário para a retirada das tropas do Iraque, exatamente quatro anos depois de declarar a "vitória" sob um enorme cartaz com as palavras "missão cumprida". "Membros da Câmara de Representantes e do Senado aprovaram uma lei que substitui a opinião de nossos comandantes militares pela de políticos, e por isso há poucos minutos vetei a lei", disse Bush. "Fixar uma data limite para a retirada é fixar uma data para o fracasso, e isso seria irresponsável", acrescentou o presidente, ao mesmo tempo que um grupo de manifestantes que protestava fora da Casa Branca cantava "parem a guerra agora" e "quantos têm que morrer?". A presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, havia assinado a lei algumas horas antes, no último procedimento parlamentar antes de entregar o texto à Casa Branca. "Peço ao presidente que promulgue" a lei, disse Pelosi. Mas Bush ignorou o apelo e rejeitou um projeto de lei que atrela fundos de emergência para a guerra a um cronograma de retirada que deveria começar em outubro. Os líderes democratas fizeram com que a apresentação da lei coincidisse com o aniversário do discurso triunfal de Bush, realizado no dia 1o de maio de 2003. Naquela oportunidade o presidente aproveitou uma cerimônia a bordo do porta-aviões USS Abraham Lincoln, onde declarou que as principais operações de combate no Iraque haviam terminado. "A batalha do Iraque é uma vitória na guerra contra o terrorismo que começou no dia 11 de setembro de 2001", com os ataques contra Nova York e Washington, disse Bush, sob um enorme cartaz com a frase "missão cumprida". Mais cedo, o presidente percorreu a base militar no estado da Flórida, onde são conduzidas as guerras no Afeganistão e no Iraque, e se empenhou em defender sua estratégia. "Aos nossos inimigos, os inimigos da liberdade, interessa o caos. O caos servirá a eles de santuário. Uma retirada animará estes radicais e estes extremistas. Mostrará a eles que nossas nações são fracas. Ajudara-los a encontrar novos recrutas, novos recursos, os fará crer que podem atingir os países livres", afirmou. Fonte: Diário do Grande ABC {Costa}

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