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23 de maio de 2007

Turquia identifica autor de atentado terrorista

Guven Akkus, de 28 anos, atacou a movimentada área da capital do país e feriu 91 Com agências internacionais
AP
Na explosão, foram encontrados traços de explosivos usados por curdos ANCARA - A explosão numa movimentada área de compras e turismo de Ancara nesta terça-feira, 22, foi provocada por um homem-bomba. O ataque, que ocorreu no horário de maior movimento, matou ao menos seis pessoas e feriu 91, segundo autoridades.
Os investigadores identificaram o militante suicida como Guven Akkus, de 28 anos, e levantou suspeita de participação de rebeldes curdos no ataque. O suposto homem-bomba passou dois anos na cadeia por pendurar cartazes ilegais e por resistir a voz de prisão durante uma manifestação.
Vitrines de lojas ficaram destruídas, escombros encontravam-se espalhados pela rua e a polícia isolou a área, enquanto equipes de resgate carregavam pessoas feridas, muitas cobertas de sangue, para ambulâncias a fim de serem levadas para hospitais próximos. Um dos mortos e seis feridos são paquistaneses e os demais, turcos.
Segundo Kemal Onal, governador da capital, os supostos explosivos utilizados na explosão de Ancara são similares àqueles usados pelo ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que está travando um luta armada contra o governo turco por maiores direitos para os curdos. “Temos de nos unir contra o terrorismo”, disse o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que também disse que está preocupado que organizações terroristas cometam mais ataques em outras cidades do país.
"Esta é a cena mais horrorosa que eu já vi. Ela me traz grande aflição", disse o prefeito de Ancara, Melih Gokcek.
A explosão ocorreu em um dos mais antigos shoppings center da capital turca, no bairro de If Ulus. Mais cedo, fontes policiais disseram à rede privada NTV que explosivos plásticos foram detonados num ponto de ônibus próximo ao shopping. Vários atentados cometidos por curdos e por militantes islâmicos já mataram dezenas de pessoas nos últimos anos na Turquia, que é um país secular de população predominantemente muçulmana.
O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, não acusou diretamente o PKK pelo ataque, mas comentou que o grupo é suspeito de envolvimento. No início deste ano, militares curdos divulgaram um comunicado alertando que turistas seriam alvo de atentados. Guerrilhas curdas lutam pela autonomia do sudeste do país. Crise política
A Polícia informou que esta pode ser a pior explosão no país nos últimos anos, intensificando ainda mais a polêmica sobre a votação parlamentar que escolherá o próximo presidente. O governo é acusado de tentar abalar o Estado secular na Turquia, onde a maioria da população é muçulmana.
O primeiro-ministro Recep Taiyyp Erdogan, que visitou o local da explosão, pode ser indicado como candidato à presidência, o que a elite secularista e as Forças Armadas rejeitam, sob o perigo de que seja extinta a separação entre religião e Estado.
"Nós vimos um ataque terrorista cruel e implacável na hora mais movimentada de Ancara", disse um visivelmente abalado Erdogan a repórteres. Ele disse que medidas serão tomadas após essa explosão, que acontece antes das eleições parlamentares.
Costa

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