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20 de maio de 2007

Mães de traficantes esperam morte dos filhos

Ernani AlvesDireto do Rio de Janeiro
Assim como os demais moradores do Complexo de Favelas do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, três mães de traficantes dizem que sentem medo e vontade de que os confrontos entre policiais militares e traficantes terminem o mais rápido possível. Elas sabem, porém, que os filhos podem morrer. O conflito entre bandidos e PMs já deixou 16 mortos e pelo menos 46 feridos, em 18 dias.
Uma dessas mães, que se identificou como Maria, afirmou que não vê a hora da comunidade voltar a ter tranqüilidade. A moradora do Complexo do Alemão disse que já pediu várias vezes ao filho para deixar o mundo do crime, mas não foi atendida. "Ele tem 23 anos e entrou nesta vida em 2005. Tenho certeza de que não vai muito longe", disse.
Maria, que é evangélica, afirmou que sempre reza pelo filho e já tentou levá-lo à igreja, mas o rapaz a ignora, apesar de ter um relacionado respeitoso com ela. Outras duas mulheres vivem a mesma situação de Maria, no Complexo do Alemão.
Elas contaram que, de certa forma, já consideram os filhos "mortos", já que os perderam para o tráfico de drogas. "Não vejo mais o meu filho desde que ele virou criminoso, que diferença faz se ele morrer? Seria até bom para todos da comunidade", disse uma delas.
Redação Terra
Costa

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