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15 de maio de 2007

Lula diz a FHC que ex-presidente deve ser discreto

Agencia Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez várias críticas ao comportamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso hoje, durante a entrevista coletiva que concedeu a jornalistas no Palácio do Planalto. Para Lula, um ex-presidente da República deve ser discreto. "Você se recolhe, vai cuidar da família, vai cuidar dos netos, vai fazer conferência, vai fazer alguma coisa", disse Lula. Para Lula, um ex-presidente da República não pode ficar dando palpites.
"Se for chamado para alguma coisa, diga o que pensa, mas ele precisa parar. Depois que você chegou aqui, você não tem nada mais alto do que isso, é o máximo. Eu penso assim." Lula comentou as queixas de Fernando Henrique, segundo as quais não é chamado para conversar. "De vez em quando, eu vejo o presidente Fernando Henrique Cardoso dizer que eu não o convidei. É importante lembrar que ele também só me convidou depois que eu fui derrotado em 1998, e eu sempre tive relação de amizade com o Fernando Henrique."
Lula disse que não tem motivos para não conversar com ele. E deixou no ar a possibilidade de chamá-lo para o diálogo. "Se ele acha que eu errei em não convidá-lo, não será por falta de convite que a gente não vai conversar." Depois, Lula lembrou que a eleição presidencial ocorreu recentemente e que conversas agora podem ser mal interpretadas.
Migalha
Mesmo dizendo-se candidato ao diálogo com seus adversários, Lula deu pequenas estocadas em Fernando Henrique. Ele disse que hoje o País está muito bem na economia, que tem reserva de U$ 125 bilhões e que, no governo passado, não era assim. "Veja que interessante, acabou o tempo em que os homens da economia deste País precisavam correr todo final de ano para Washington para conseguir uma migalhazinha do FMI para fechar a nossa conta."
Lula disse ainda que em 2010 quer subir no palanque para fazer campanha para um candidato da coalizão de governo. Isso, disse, é diferente do governo anterior, já que o ex-presidente não foi para o palanque defender seus candidatos. "Eu posso garantir que a base do governo terá candidato e eu espero estar com saúde plena e com credibilidade na sociedade para fazer campanha em palanques espalhados por este País afora."
Costa

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