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16 de mai. de 2007

Queda de bimotor mata dois em São Paulo

ACIDENTE
Duas pessoas morreram em um acidente aéreo na manhã de ontem na região de Guaratinguetá, no Interior do Estado de São Paulo. O empresário José Jerônimo Rodrigues, 58, pilotava o bimotor Sêneca III, prefixo PT-VLC, por volta das 8h30, quando perdeu o controle da aeronave. Ele tentou contato com a torre de Guaratinguetá mas se chocou com um bambuzal e, desgovernado, caiu na via Dutra. A queda ocorreu no quilômetro 66 da pista Rio-São Paulo. No impacto com o solo, o empresário e o co-piloto Edson Júlio, de 30 anos, foram lançados cerca de 50 metros adiante e morreram no local.
O avião tinha saído do Campo de Marte, na capital paulista, às 8h05 e seguia para o aeroporto de Guaratinguetá, onde pousaria por volta das 8h50. Segundo informações, eles fariam novos exames de habilitação para pilotar aeronaves em Guaratinguetá.
A queda foi presenciada por motoristas que passavam pela via Dutra. Segundo testemunhas o avião fez uma curva em baixa altitude, bateu no bambuzal no alto de um morro, às margens da rodovia e seguiu desgovernado para a pista. Ao se chocar com o solo o avião se desintegrou e as vítimas foram lançadas para fora. Mesmo sem comando, o bimotor continuou andando em direção aos carros.
Costa

Sarkozy assume Presidência da França

O novo presidente da França, Nicolas Sarkozy, tomou posse nesta quarta-feira. A cerimônia teve início às 6h (horário de Brasília) com a sua chegada ao Palácio do Eliseu, onde passou em revista a Guarda Republicana, antes de seu antecessor, Jacques Chirac, dar as boas-vindas na escadaria do Palácio.
A cerimônia foi minuciosamente preparada pelas equipes de Chirac e Sarkozy, segundo o tradicional ritual republicano.Sarkozy entrou no Palácio do Eliseu, pelo pátio de honra, acompanhado do futuro secretário-geral da Presidência, Claude Guéant.
Sua mulher, Cécilia Sarkozy, e o seu filho, Louis, chegaram minutos antes, acompanhados pelos dois filhos do primeiro casamento de Sarkozy e pelas duas enteadas do presidente eleito.Após percorrer o longo tapete vermelho estendido desde a entrada do pátio de honra até a escada principal, Sarkozy foi recebido por Chirac. Eles se deram as mãos e posaram, sorridentes, para os fotógrafos. Em seguida, subiram juntos a escada.
Em uma conversa no escritório presidencial o presidente em fim de mandato entregou ao seu sucessor os códigos secretos de ativação das armas nucleares da França, uma das principais prerrogativas e responsabilidades do chefe de Estado.Sarkozy em seguida acompanhou seu antecessor e ex-mentor até a saída.
Após receber as insígnias da Grande Cruz da Legião de Honra, começou a cerimônia propriamente dita de posse, com a proclamação solene de Sarkozy como presidente da República.
Em seu primeiro discurso como chefe de Estado, destacou a necessidade de unir seus compatriotas."Não tenho direito a decepcionar os franceses", afirmou Sarkozy, que enfatizou a exigência de mudança, de romper com o passado e de obter resultados para seu mandato de cinco anos.
Sarkozy, que quer abrir seu governo ao centro e à esquerda, disse que para servir à França não há campos, mas somente as competências, as idéias e as convicções daqueles que se colocam diante do interesse geral, e acrescentou que está disposto a trabalhar com eles. "Defenderei a independência e a identidade da França. Lutarei por uma Europa que proteja, ela união do Mediterrâneo, pelo desenvolvimento da África, pela paz e pelo desenvolvimento sustentável".
Sarkozy, que viajará hoje mesmo para Berlim onde se reunirá com a chanceler alemã, Angela Merkel, começou seu discurso com um elogio ao cinco presidentes que o antecederam na V República, começando por seu fundador, o general Charles de Gaulle.
Do general destacou que salvou a França, de George Pompidou e de Valery Giscard d’ Estaing deu ênfase ao trabalho de modernizaçção do país e do socialista François Mitterrand falou sobre sua habilidade para realizar a transição e preservar as instituições.
Por último, Sarkozy aplaudiu o trabalho de Jacques Chirac a favor da paz e na defesa dos valores da França no mundo, assim como seu papel de despertar as consciências sobre o desastre ecológico.
Nicolas Sarkozy assume a Presidência da França sob fogo cruzado da oposição de esquerda e das trincheiras da direita. Além de ser alvo de polêmica envolvendo seu casamento e de ameaças de um grupo ligado a rede terrorista Al-Qaeda, sua decisão de convidar personalidades socialistas para integrar o governo gerou protestos dentro de seu próprio campo direitista e irritou a oposição, que viu nisso uma manobra para dividir a esquerda. Na terça-feira, enquanto Chirac se despedia dos franceses na televisão dizendo ter o sentimento de "dever cumprido", Sarkozy se preparava para pôr em prática seus dois grandes lemas de campanha: ruptura e reforma. ( Leia reportagem completa no Globo Digital)
A sua primeira "ruptura" é uma verdadeira revolução na direita: está praticamente certa a nomeação de Bernard Kouchner - um ministro do governo socialista de François Mitterrand e um dos fundadores da organização Médicos sem Fronteiras - para assumir um dos principais ministérios, o das Relações Exteriores. Jean-Pierre Jouyey, que foi diretor-adjunto do Gabinete do premier socialista Lionel Jospin, foi outro sondado para integrar a equipe de Kouchner. O socialista Hubert Védrine, ex-ministro das Relações Exteriores, também foi visto saindo da sala de Sarkozy no dia 11.
Na direita, o flerte do novo presidente com a oposição já fez descontentes. Jacques Myard, deputado da UMP, partido de Sarkozy, disse ter digerido mal a esperada nomeação de Kouchner e avisou não é "nem de longe" o único insatisfeito. No Partido Socialista (PS), os que caem na sedução de Sarkozy são vistos como traidores.
A grande preocupação por trás da revolta - tanto na esquerda quanto na direita - são as eleições legislativas de junho, que vão escolher o novo Parlamento. Muitos deputados de direita passaram anos demonizando a esquerda. E vice-versa. A campanha local fica mais difícil quando se tem que justificar um governo que convida rivais históricos para se sentarem à mesma mesa.
Da Agência EFE
Costa

15 de mai. de 2007

Fidel usa filme brasileiro para lançar novo ataque a etanol

Documentário sobre realidade nos canaviais serviu como base para artigo de Fidel
LONDRES - A realidade mostrada num documentário brasileiro sobre as condições de trabalho nos canaviais é o mais novo argumento do presidente cubano, Fidel Castro, na sua ofensiva contra a indústria do etanol.
Fidel dedica três quartos de um artigo que escreveu no jornal oficial cubano Gramma, publicado nesta terça-feira, a uma síntese que faz do que acredita ser a "essência" da mensagem que a diretora Maria Luisa Mendonça quis passar no documentário Bagaço (2006).
A produção foi exibida em Cuba durante o 6º Encontro Hemisférico de Luta contra os Tratados de Livre Comércio e pela Integração dos Povos, no início de maio, em Havana.
"É preciso desmistificar a propaganda sobre os supostos benefícios dos agrocombustíveis. No caso do etanol, a cultura e processamento da cana-de-açúcar contaminam os solos e as fontes de água potável, porque utilizam uma grande quantidade de produtos químicos", afirmou Fidel, que já criticou o biocombustível brasileiro em outros editoriais do Gramma.
O presidente, afastado do cargo desde julho do ano passado por motivos de saúde, diz que o processo de destilação do etanol produz um resíduo denominado vinhoto que "contamina rios e fontes de águas subterrâneas". Segundo ele, apenas "uma parte" pode ser aproveitada como fertilizante.
Mas o aspecto social é mais ressaltado por Fidel, que descreve as condições supostamente precárias e insalubres às quais os cortadores de cana são submetidos.
"Trabalham sem um registro formal, sem equipamentos de proteção, sem água ou alimentação adequada, sem acesso aos banheiros e com habitações muito precárias; além disso, eles têm que pagar pela habitação, pela comida, que é muito cara, e precisam pagar por equipamentos como botas e facões e, claro, no caso de acidentes de trabalho, que são muitíssimos, não recebem o tratamento adequado", escreve Fidel, que também reproduz relatos de vários canavieiros entrevistados no documentário.
História pessoal
No final do artigo, o presidente cubano relata que ele mesmo nasceu num "latifúndio canavieiro, de propriedade privada, cercado ao norte, leste e oeste por grandes extensões de terra" de multinacionais dos Estados Unidos.
"O corte era manual, em cana verde, nessa altura não se usavam herbicidas, nem sequer fertilizantes. Uma plantação podia durar mais de 15 anos. A mão-de-obra era tão barata que as multinacionais ganhavam muito dinheiro."
O presidente cubano termina o artigo elogiando a decisão do governo brasileiro de quebrar a patente do medicamento Efavirenz e da solução "mutuamente satisfatória" da disputa com a Bolívia em torno das duas refinarias de petróleo que a Petrobras mantém no país. "Reitero que sentimos profundo respeito pelo irmão povo do Brasil", disse Fidel.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, que fornece petróleo para Cuba, também já fez críticas públicas ao etanol.
Com roteiro de Marluce Melo, Maria Luisa Mendonça, Plácido Júnior e Tiago Thorlby, o documentário Bagaço traz depoimentos de cortadores de cana que ainda estão na ativa. A direção é de Maria Luisa Mendonça e Tiago Thorlby e a edição, de Hiran Cordeiro.
Costa

Dieta mediterrânica reduz risco de doenças pulmonares

A dieta mediterrânica reduz para metade o risco de contrair alguns tipos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), como o enfisema pulmonar ou a bronquite, segundo um estudo hoje publicado por investigadores norte-americanos.
A investigação, da responsabilidade da Escola de Saúde Pública de Harvard, em Boston (Massachusetts), recomenda o consumo de frutas, verduras, alimentos integrais e peixe para prevenir esta patologia, que afecta 5,3% da população portuguesa e, segundo os peritos, poderá converter-se na terceira causa de morte no mundo em 2020.
Nesse sentido, e para evitar o desenvolvimento deste tipo de doença, caracterizada por uma limitação do débito aéreo (ventilação), geralmente progressiva e com reduzida reversibilidade, os autores do estudo desaconselham a chamada dieta ocidental, baseada em alimentos refinados, carnes vermelhas e curadas, doces e batatas fritas.
Para chegarem a esta conclusão, os investigadores analisaram os casos de 42.917 homens que participaram num estudo de seguimento dos profissionais de saúde da Escola de Saúde Pública de Harvard, desenvolvido entre 1986 e 1998.
Desses onze anos de observação os cientistas concluíram que quanto mais a alimentação diária se ajustar aos padrões da dieta mediterrânica, mais diminui o risco de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica.
Esta patologia está intimamente ligada ao tabagismo, um hábito responsável por 95% das mortes causadas por DPOC.
O estudo, de que dá conta a revista médica britânica Thorax, junta-se a muitos outros que destacam os benefícios da dieta mediterrânica, entre os quais a prevenção do aparecimento de asma e das alergias infantis, e a redução do risco de contrair Alzheimer.
Diário Digital / Lusa
Costa

Globo aumenta proposta financeira para manter Brasileiro

Esporte
Agencia Estado
A cúpula do esporte da TV Record e representantes do Clube dos 13 se reuniram hoje para analisar se é possível a emissora assumir a transmissão do Campeonato Brasileiro de 2009 - para o ano que vem, a Globo já tem contrato assinado.
A proposta da Record chegaria a R$ 600 milhões por temporada. E isso já obrigou a Globo, que estava disposta a pagar R$ 300 milhões, a subir sua oferta para R$ 380 milhões.
A Record esteve a ponto de tomar a transmissão do Campeonato Paulista da Globo. Representantes da Record garantem que a proposta foi bem maior que a da rival, mas "inexplicavelmente", a Federação Paulista de Futebol decidiu renovar com a Globo.
A Record já conseguiu garantir a transmissão da Olimpíada de 2012, em Londres - nos Jogos de Pequim, em 2008, a Globo tem os direitos. A emissora também garantiu a Eurocopa de 2008, na Áustria e Suíça.
Agora, o grande desejo esportivo da Record é a transmissão da Fórmula 1. As negociações começaram. E nessa briga vale tudo. A Fórmula One Management, que negocia os direitos de transmissão da categoria, não teria gostado de saber que a Globo interrompeu a transmissão do GP da Espanha, domingo passado, para mostrar a missa celebrada pelo Papa Bento XVI em Aparecida (SP).
Costa

Acumulação de reservas não tem limites, diz Meirelles

O presidente do BC disse ainda que nível das reservas tem sido observado pelas agências de classificação de risco como fator positivo para a economia do País
Adriana Chiarini
RIO - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira, 15, que "a política de acumulação de reservas não tem os limites que muitos querem lhe atribuir". De acordo com ele, a volatilidade do câmbio está caindo.
Meirelles ressaltou que o atual nível de reservas está sendo observado pelas agências de rating como um fator que dá solidez à economia brasileira. "Estamos com esse nível de reservas que acho que é algo que tem que ser levado em conta e as agências de ratings estão levando", afirmou.
As declarações foram feitas em palestra na posse do novo presidente da Associação e Sindicato dos Bancos do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Murray. Meirelles lembrou, além disso, que o saldo comercial "constantemente surpreende" os analistas e está acumulado em US$ 47 bilhões nos 12 meses até abril.
Ele afirmou em sua apresentação que, "no passado recente, a economia brasileira já sofreu surpresas negativas e este é um dos motivos pelos quais as taxas de juros são tão altas". No momento, ele mostrava um gráfico com a inflação nos anos anteriores. Segundo Meirelles, o que é necessário para os juros continuarem caindo é, basicamente, manter a inflação na meta.
Meirelles lembrou também das trajetórias favoráveis de alguns outros indicadores, como a queda da relação Dívida/Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com ele, "em três ou quatro anos, vamos ter déficit nominal zero (do setor público)".
O déficit nominal representa a diferença entre as receitas e as despesas do governo, após os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.
O presidente do BC afirmou também que o déficit público atual de 2,46% do PIB é confortável e estaria dentro dos parâmetros da União Européia. Meirelles louvou a estabilidade como condição para o crescimento econômico, para a expansão do crédito e o aumento do investimento.
Segundo ele, indicadores externos como a dívida externa líquida e a dívida externa em relação às exportações já mostraram grande queda e são favoráveis.
Meirelles afirmou ainda que o crédito em relação ao PIB no Brasil cresceu muito, mas ainda é pequeno em relação a outras economias. "Isso mostra que temos muito espaço para crescer. Vejo como uma notícia positiva", disse. Ele destacou "o grande espaço de crescimento do crédito habitacional". O presidente do BC destacou ainda a demanda doméstica como a maior responsável pelo crescimento do PIB, embora tenha citado também o grande papel das exportações.
O presidente do Banco Central afirmou ainda que a economia está em trajetória sólida, crescendo com base em uma pauta de exportações diversificada e com destinos variados e também com base no mercado interno. Ele concluiu sua apresentação declarando: "não estamos vendo desorganizações ou desequilíbrios na economia que possam vir a comprometer estes resultados".
Costa