Resultados de Pesquisa

.

4 de jun. de 2007

Inflação em SP sobe 0,36% no IPC-S de até 31 de maio

De sete capitais pesquisadas, cinco têm desaceleração de preços na semana
Alessandra Saraiva
RIO - A inflação na cidade de São Paulo acelerou, no âmbito do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S). Segundo divulgado nesta segunda-feira, 4, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços na cidade subiram 0,36% no indicador de até 31 de maio, ante aumento de 0,29% apurado no IPC-S anterior, de até 22 de maio.
Das sete cidades pesquisadas pelo indicador, apenas a capital paulista registrou aceleração de preços. Entre as restantes, cinco cidades tiveram desaceleração no período.
É o caso de Belo Horizonte (de 0,54% para 0,43%); Brasília (de 0,69% para 0,59%); Porto Alegre (de 0,25% para variação zero); Recife (de 0,25% para 0,10%); e Salvador (de 0,11% para variação zero).
Já a cidade do Rio de Janeiro manteve o mesmo patamar de elevação no período (0,19%).
A taxa completa do IPC-S de até 31 de maio (0,25%), calculada com base nos indicadores destas sete capitais, havia sido na sexta-feira. A cidade de São Paulo é a de maior peso na formação do indicador.

Subserviências ao serviço dos interesses dominantes

Algum jornalismo apresenta informação manipulada para beneficiar directa ou indirectamente a hegemonia de alguns
António Gramsci, da escola marxista, defendia a teoria de que a sociedade estava sujeita “a ideologias dominantes, veiculadas por intermédio dos mass media”. Do meu ponto de vista, a comunicação social (ou os que a controlam) procura, muitas vezes, modelar a consciência das diversas classes, sendo que os iletrados acabam por estar mais vulneráveis. Na Alemanha, sob o regime Nazi, Hitler utilizava os Media para deturpar os acontecimentos. Ele chegou ao cúmulo de encomendar o filme O Homem da Máquina de Filmar que, supostamente, deveria reproduzir um dia na Alemanha de então. Resultado: quem viu o filme ficou com a ideia de que aquilo era uma maravilha e que lá por terem punido um judeu ou outro, não vinha daí o mal ao Mundo.
Arménio Carvalho dos Santos
Provavelmente o leitor estará a perguntar-se: “Então queres trabalhar numa actividade dos Media e só apontas o que está mal”. Não há qualquer incongruência nisso. Pontos positivos nos media há muitos, do qual se destaca o seu carácter pedagógico e de construção intelectual. Mas as correntes de opinião sobre a matéria são suficientes. O que há pouco é quem vocifere contra os feudos que se criaram.
Suponho que o Jornalismo, tal como as outras actividades englobadas nos mass media veicula, muitas vezes, informação manipulada para beneficiar directa ou indirectamente a hegemonia de alguns.
As subserviências acabam por ser os fios condutores das tais “ideologias dominantes” de que Gramsci falava.
Contudo, ainda há, amiúde entre muita manipulação e quiçá censura, o tal “sentimento de denunciação” de que fala Pierre Bourdieu. Falo da função dos media que contempla a pureza de “apontar o dedo”, imparcialmente, ao político que não cumpre as promessas ou ao jurista que usou de tráfico de influências.
Esse é o tipo de ideologias que não deve ser manipulada, mas que também não atinge a catarse pública das perspectivas dos superiores. Não sou um fatalista, no que concerne à comunicação social! Não sou, até porque se o fosse não me adiantaria tecer críticas ou, sequer, debruçar-me sobre os temas aqui tratados.
O que eu defendo é que, apesar da conjuntura do universo dos Media não ser a melhor, o primeiro passo a dar é termos a capacidade de identificar os problemas e os erros. Para além disso, sou demasiado apaixonado pela matéria para me deixar imbuir nos seus “tendões de Aquiles”.
Não digo que no Futuro serei exemplar. Procurarei, isso sim, ser o mais correcto, comigo e com os outros, nas atitudes que tomar.
Há um provérbio que diz “Quem aos vinte não é de esquerda não tem coração; Quem aos quarenta não é de direita não tem cabeça”. Isto significa, sobretudo a nossa necessidade de pertencer a algo, de entrar no campo do normal, do estereótipo.
Assim, espero que daqui a uns vinte anos, quando eu me deixar levar pela censura económica, haja um jovem aspirante a jornalista que me lembre o que escrevi em linhas anteriores.

Álcool: Alencar cobra fim das barreiras nos países ricos

São Paulo, 4 - O presidente em exercício José Alencar ressaltou, durante a abertura da conferência Ethanol Submit - Os desafios da Energia no Século 21, o apoio que o governo brasileiro está dando à produção de biocombustível. Segundo ele, a transformação do etanol em uma commodity global vai impulsionar a criação de emprego e aumento de renda não só no Brasil como no mundo.
Alencar disse também que os biocombustíveis são valiosos para reduzir a instabilidade econômica e política no mundo, mas que para que isso ocorra é necessário que os países mais ricos abram seus mercados para os países em desenvolvimento, tirando barreiras protecionistas.
O presidente em exercício ressaltou a importância da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e de outros institutos de pesquisa brasileiros no desenvolvimento do etanol. Ele também destacou a importância da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) como uma nova fonte de financiamento para o setor.
Novos rumos
O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Carvalho, disse que este fórum tem como principal objetivo discutir os novos rumos da energia e o papel do produtor de etanol neste contexto. "Queremos discutir aqui o contraditório. Este não é um fórum em que contratamos palestrantes para dizer o que queremos ouvir e para aplaudir a nós mesmos", disse ele.
O vice-presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), João Guilherme Sabino Ometto, salientou a importância do Estado de São Paulo e de sua indústria no desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de etanol e para o setor automotivo. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, destacou a importância do etanol no combate à poluição nas grandes cidades.
Abastecimento interno
O presidente de Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, disse que a principal dificuldade enfrentada pelo setor hoje está na execução de políticas públicas que assegurem a normalidade do abastecimento interno. "Apesar de não ser uma idéia nova, o setor precisa de estoques de segurança, o que tem sido objetivo de vários governos mas que até agora não teve êxito por falta de verba no orçamento." Chinaglia também destacou a importância do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no desenvolvimento da indústria de etanol.

EUA: Pré-candidatos democratas discordam sobre Iraque

Os candidatos democratas à nomeação para a eleição presidencial dos Estados Unidos em 2008, mostraram no domingo divergências quanto a soluções para o problema do Iraque, no segundo debate televisivo nacionalmente difundido.
O debate realizou-se no Saint Anselm College, em Manchester, no estado de New Hamshire (Costa Leste) e teve a presença da senadora por Nova Iorque, Hillary Clinton, do senador pelo Illinois, Barack Obama e do antigo senador pela Carolina do Norte, Jack Edwards.
Todos eles criticaram a política do actual Presidente, George W. Bush, mas não manifestaram opiniões coincidentes quanto à solução para a crise iraquiana.
John Edwards criticou mesmo a recente decisão do Congresso, já vetada por Bush, por estabelecer uma data para o início da retirada norte-americana do Iraque. «É a diferença entre a liderar e legislar», disse.
Edwards foi imediatamente visado por Obama, que lembrou ter-se oposto à guerra desde o início e que o seu interlocutor tinha «quatro anos e meio de atraso no que respeita a autoridade para se pronunciar sobre a matéria». Edwards votou a favor da invasão do Iraque em 2002.
Hillary Clinton, favorita nas sondagens entre os democratas, disse ser «importante sublinhar que se trata de uma guerra de George W. Bush. Ele é responsável pela guerra, ele começou a guerra, ele geriu mal a guerra e recusa-se a pôr fim à guerra.»
Hillary Clinton e Barack Obama votaram favoravelmente a decisão do Congresso vetada por Bush e criticada por Edwards.
No que respeita à luta contra o terrorismo, voltaram a emergir diferenças. Edwards disse que a guerra global contra o terrorismo é um «slogan político, um autocolante, e é tudo».
Hillary Clinton não concordou. Disse que, como senadora por Nova Iorque, viu «em primeira-mão o terrível dano que pode ser infligido ao país por um pequeno bando de terroristas». No entanto, disse, «vivemos num mundo mais seguro do que antes.»
Obama discordou de Hillary Clinton: «Vivemos num mundo mais perigoso, em parte em consequência das acções deste Presidente.»
Hillary Clinton lembrou que os três candidatos têm «perspectivas diferentes», mas que as suas diferenças «são menores, enquanto as divergências com os republicanos são maiores».
Diário Digital / Lusa

Bomba atómica: Nagasaki junta 1.139 à lista de vítimas

A cidade japonesa de Nagasaki vai juntar 1.139 nomes à lista das vítimas mortais provocadas pela bomba atómica lançada pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, anunciou hoje a agência noticiosa Kyodo.
As mais de mil novas vítimas foram reconhecidas nos últimos dez meses como tendo falecido na sequência da explosão da bomba atómica, a 09 de Agosto de 1945, elevando para 140.144 o número de mortes.
No próximo dia 09 de Agosto os novos livros com os nomes escritos à mão, com a caligrafia tradicional japonesa, vão ser entregues no Centro Nacional da Paz de Nagasaki, uma instituição que recorda as vítimas da bomba atómica.
Diário Digital / Lusa

3 de jun. de 2007

Tuma pode virar relator do processo contra Renan

Agencia Estado
O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Sibá Machado (PT-AC), deve convidar o corregedor da Casa, Romeu Tuma (DEM-SP), para relatar o processo disciplinar que será aberto contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Transformar o corregedor em relator é o caminho mais curto para encerrar a polêmica aberta pela representação do PSOL contra Renan, tirando o senador peemedebista da pauta negativa do Congresso.
Amigos de Renan apostam em Tuma na relatoria do Conselho, convencidos de que a solução tem serventia dupla. Além de apressar o desfecho do caso, a escolha de Tuma pode conter as críticas do PSOL e de parte da oposição que, desde a semana passada, protestam contra o "arquivamento sumário" da representação, a partir da investigação preliminar do corregedor.
Os correligionários do presidente do Congresso avaliam que só Tuma pode produzir um relatório nos próximos dias e levá-lo à votação no colegiado, para que Renan se livre da acusação de ter despesas pessoais pagas pelo lobista de uma empreiteira. O corregedor é o único conselheiro que teve acesso à documentação bancária e fiscal do presidente do Senado e já está fazendo uma "investigação preliminar" do caso.
O problema é que desde que recebeu os extratos bancários, certidões e declarações de renda de Renan na quarta-feira, das mãos do advogado Eduardo Ferrão, Tuma virou alvo da oposição. "Isto é uma usurpação de função", protesta o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). "Os documentos deveriam estar nas mãos dos conselheiros, e não do corregedor", insiste o deputado do Democratas, ao lembrar que, pelas normas regimentais e constitucionais, cabe ao corregedor investigar apenas os atos praticados pelos senadores nas dependências do Congresso.
Depois do noticiário do fim de semana, quando a revista IstoÉ divulgou a transcrição de gravações de diálogos entre Renan e a jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos, o senador Demóstenes considera que houve um "enfraquecimento do mérito" das denúncias feitas inicialmente pela revista Veja. Ele destaca que, embora não seja crime gravar conversa própria, "para terceiros isto dá a impressão de que ela se preparou para fazer chantagem e achou agora o momento oportuno". Além disso, lembra que, se não há provas cabais da origem dos recursos pagos por Renan à Mônica, para bancar a pensão alimentícia da filha de ambos, também não apareceu nenhum documento provando que o dinheiro poderia vir do lobista ou da empreiteira Mendes Júnior.
O advogado da jornalista, Pedro Calmon Filho, nega a chantagem e afirma que a jornalista não gravou suas conversas íntimas com o senador. Ele promete interpelar Renan ainda nesta segunda-feira junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele esclareça se houve ou não chantagem, já que não negou o fato à revista.
Seja qual for o desfecho de mais este embate, o processo disciplinar terá de ser aberto e o deputado Sibá Machado pretende fazê-lo na reunião do conselho já convocada para quarta-feira. Ele afirma que o relator ainda não está escolhido e deixa claro que terá a cautela de fazer as sondagens necessárias para não se surpreender com recusas. Ele antecipa apenas que deve se encontrar amanhã com Tuma para saber como poderá ter acesso aos documentos que estão sob segredo de Justiça. "Mesmo que não tenha valor regimental, o relatório do corregedor é um começo", diz Sibá. "Temos que abrir um processo no Conselho, é claro, mas quero apensar à representação do PSOL alguns documentos que podem ajudar os conselheiros a compreender melhor os fatos", argumenta o presidente do colegiado.