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22 de jun. de 2007

Israel treina para missões em espaço aéreo iraniano

Jornal israelense afirma que vôos acontecem com a parceira do governo americano
Efe
JERUSALÉM - Segundo informações publicadas na edição desta sexta-feira, 22, do jornal israelense i>Yedioth Ahronoth, pilotos israelenses estão treinando há algum tempo para missões sobre o Irã, caso fosse necessária uma intervenção militar para frear o programa nuclear desse país.
Após conseguir que a censura militar suspendesse o sigilo sobre os vôos, o jornal afirmou que os pilotos israelenses treinam "em vôos de longo alcance sobre como reabastecer no ar e sobre ataques à terra". No entanto, o veículo de comunicação não dá mais detalhes sobre as manobras.
Estes vôos acontecem em coordenação com os Estados Unidos, já que os dois países farão no final do ano uma avaliação sobre o programa nuclear iraniano e o efeito sobre ele das sanções econômicas e diplomáticas.
Governantes israelenses já expressaram antes que preferem que a comunidade internacional lide com o programa nuclear iraniano, mas disseram que suas forças armadas se prepararão para qualquer possibilidade.
Em 1981, Israel destruiu em um ataque aéreo o reator atômico Osirak, nos arredores de Bagdá, mas os analistas afirmam que repetir esta operação no Irã seria muito mais difícil.
Teerã tem instalações distribuídas em mais de vinte lugares e seu Exército já está em alerta diante de um possível ataque dos Estados Unidos ou de Israel.

20 de jun. de 2007

Abbas chama Hamas de "traidor" e conversa com Israel

Por Mohammed Assadi
RAMALLAH, Cisjordânia (Reuters) - Em seu primeiro discurso desde a vitória militar do Hamas na Faixa de Gaza, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, da facção Fatah, disse na quarta-feira que não poderá haver reconciliação com um grupo que ele chamou de "traidor".
Suspendendo o embargo diplomático que vigorava desde a vitória eleitoral do Hamas no ano passado, a chanceler de Israel, Tzipi Livni, conversou com o novo primeiro-ministro indicado por Abbas no gabinete que substitui o governo que era liderado pelo grupo islâmico.
Cada vez mais isolado na Faixa de Gaza, o Hamas busca uma aproximação com Abbas. Mas o presidente, elogiado no exterior por romper com o Hamas, fez uma rara demonstração pública de recriminação, rejeitando os contatos.
"Nada de diálogo com esses assassinos", disse Abbas em discurso à direção da Organização para a Libertação da Palestina, da qual a Fatah é parte.
"Dirijo-me ao povo em Gaza. Digo a ele que os planos desses assassinos golpistas não têm futuro", disse ele em pronunciamento pela TV, temperado por citações do Corão e pela acusação --rejeitada pelo Hamas-- de que os "traidores" de Gaza teriam tentado matá-lo.
O Hamas rejeita o novo gabinete de Abbas e se considera ainda à frente da coalizão formada em março. Milhares de palestinos saíram às ruas de Gaza após o discurso de Abbas, queimando fotos dele e chamando-o de "fantoche dos EUA".
Sami Abu Zuhri, do Hamas, acusou Abbas de ser parte de "um complô israelense, norte-americano e regional para separar a Faixa de Gaza da Cisjordânia".
Recebendo na terça-feira o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, o presidente dos EUA, George W. Bush, manifestou apoio a Abbas, por ser "o presidente de todos os palestinos".
Os EUA e a União Européia prometem suspender o embargo econômico e diplomático que vigorava desde março de 2006, quando o Hamas assumiu o controle do governo. Israel busca garantias de que a ajuda não chegará à administração do Hamas em Gaza.
Como gesto inicial, Olmert prometeu liberar os impostos arrecadados por Israel em nome dos palestinos, mas retidos há mais de um ano. Ao deixar a Casa Branca, ele afirmou que pedirá no domingo a seu gabinete que aprove a liberação das verbas.
Mas líderes da Fatah duvidam da disposição de Olmert em negociar. "Israel está liberando dinheiro não porque seja honrado, eles querem apenas reforçar a divisão entre Cisjordânia e Gaza", afirmou Mohammad Dahlan, chefe de segurança nacional de Abbas, na terça-feira à Reuters.
Em seu discurso, Abbas disse que não aceitará "nenhuma tentativa israelense de tirar vantagem deste ato perpetrado pelas milícias do golpe para abrirem caminho para a separação de Gaza e da Cisjordânia".
Os palestinos, afirmou, vão "restaurar a unidade e a pátria" num "Estado baseado nos pilares da democracia". Ele também sugeriu mudanças na lei eleitoral.
Depois de assistir à distância aos combates da semana passada entre Hamas e Fatah, Israel atacou na quarta-feira na Faixa de Gaza, matando quatro militantes palestinos. Um soldado israelense ficou ferido. Houve bombardeios também contra locais usados para o lançamento de foguetes contra o Estado judeu.
Também na quarta-feira, tropas israelenses mataram dois palestinos, nenhum deles do Hamas, na Cisjordânia, onde Israel mantém uma força de ocupação.
(Reportagem adicional de Wafa Amr e Ali Sawafta em Ramallah e Nidal al-Mughrabi em Gaza)

Jucá: Renan quer depor ao Conselho de Ética

Líder do governo disse que senador quer falar pessoalmente ao conselho.Presidente do Senado é acusado de receber ajuda financeira de lobista.
LEANDRO COLON E ALEXANDRO MARTELLO
Do G1, em Brasília
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), avisou durante sessão do Conselho de Ética que o presidente do Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), quer falar pessoalmente ao órgão nesta quinta-feira (21) sobre as acusações de receber ajuda de um lobista para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de 3 anos.
O conselho deve adiar a votação que pede o arquivamento do processo. A proposta foi feita pelo próprio presidente do conselho, Sibá Machado (PT-AC), após apelo dos colegas e depois que o relator substituto Wellington Salgado (PMDB-MG) apresentou um aditivo ao relatório de Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que pediu licença por motivos de saúde. Salgado não concordou e os senadores agora discutem esse adiamento.
Processo aberto Na sessão, Sibá confirmou que o processo contra Renan já está aberto. Com isso, ele não pode mais renunciar e impedir o risco de ficar inelegível por 8 anos em caso de cassação de mandato.
A dúvida foi levantada pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O senador quis saber que tipo de relatório o Conselho de Ética votará: a abertura de investigação ou a conclusão de uma apuração iniciada. Sibá avisou que, como o processo está aberto, a votação é sobre uma investigação que já começou.
Com isso, se o relatório que pede o arquivamento do processo for derrubado, Renan estaria teoricamente condenado pelo conselho, e o caso já seguiria para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). E, depois, com destino ao próprio plenário.
Adiamento Logo no início da sessão, os líderes dos partidos de oposição, Democratas e PSDB, e aliados de Renan pediram o adiamento da votação. Pela oposição, falaram José Agripino (DEM-RN) e Arthur Virgilio (PSDB-AM), que defenderam mais tempo nas investigações.
"Não temos avaliação concreta, profunda. Não tenho como aprovar relatório (de arquivamento) se PSDB não tiver tempo necessário. Para que possamos ter algo muito simples: a verdade para dar um voto consciente", afirmou Virgilio.
"É uma crise que saiu dos limites físicos do Congresso. Para dar voto justos, preciso de argumentos, que virão com o tempo", disse Agripino.
Logo em seguida, manifestaram-se dois aliados de Renan: Eduardo Suplicy e Valter Pereira (PMDB-MS). Ambos também pediram o adiamento, o que diminuiU a chance de Renan conseguir aprovar nesta quarta o relatório de Cafeteira.
"É salutar para a Casa que se tenha comedimento no momento da decisão", disse Pereira. O senador Renato Casagrande seguiu na mesma linha.
Questionamento Na sessão, o PSOL questionou a indicação de Wellington Salgado na relatoria. O PSOL questionou Salgado por meio do senador José Nery (PSOL-PA).
Segundo ele, Salgado não poderia ocupar a função porque atuou em parceria com Renan num contrato de comodato em 1996 para ocupar imóvel em Goiás destinado a uma universidade do senador mineiro. Na época, Renan era presidente da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (Cnec), que teria atuado em parceria com Salgado.
O presidente do Conselho de Ética recusou o questionamento. Alegou que Nery não faz parte do conselho. Logo no começo da sessão, Sibá retificou informação dada por ele nos últimos dias de que o processo de votação do relatório que pede o arquivamento do processo já teria começado na sessão da última sexta. Segundo Sibá, o processo está ainda em fase de discussão.

» Internado em SP, estado de saúde de ACM piora

Geral - São Paulo
Na noite de ontem, o estado de saúde do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), 79 anos, piorou. Internado no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, desde quinta-feira, o quadro de insuficiência renal e cardíaca se agravou.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o médico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Kalil, foi chamado às pressas por volta das 22h30. Segundo o Incor, o estado do senador foi estabilizado.
À tarde, a família do político baiano decidiu suspender os boletins do hospital sobre o estado de saúde do senador. A internação seria apenas para a realização de novos exames. A previsão inicial da família era que ele tivesse alta até ontem. Seu quadro, segundo familiares, amigos e médicos, inspira cuidados.
Desde março, é a quarta vez que o senador se interna para exames. Naquele mês, o parlamentar foi internado no Incor para se curar de uma pneumonia e de uma disfunção renal. ACM teve alta depois de passar oito dias no hospital.
Em abril, ele voltou para realizar exames como eletrocardiograma e ultra-som, devido a problemas no coração. No final de maio, ele desmaiou ao sair do plenário do Senado rumo ao gabinete. Fonte : Redação Terra

19 de jun. de 2007

Xeque-Mate: MP denuncia 39 e exclui Vavá

Do G1, em São Paulo
Dario Morelli, pai de um afilhado do presidente Lula, está entre os denunciados. Para MP, não há prova de ligação do irmão do presidente na máfia dos caças-níqueis.
O Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso do Sul apresentou nesta terça-feira (19) à Justiça Federal, em Campo Grande (MS), denúncia contra 39 dos 58 indiciados em inquérito pela Polícia Federal, acusados de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis, desmontada pela Operação Xeque-Mate, da PF.
O irmão mais velho do presidente Lula, Genival Ignácio da Silva, o Vavá, não aparece na lista. Segundo o Ministério Público Federal, não há na investigação "elementos que indiquem a sua participação em qualquer uma das quadrilhas denunciadas".
De acordo com as investigações da PF, Vavá era acusado por tráfico de influência e exploração de prestígio, mas o MPF entendeu que não "há informações suficientes nos autos sobre quem seriam os possíveis beneficiários do 'lobby' que teria sido feito por Genival Ignácio da Silva".
Na lista divulgada pelo MPF de Mato Grosso do Sul, aparece o compadre do presidente Lula, Dario Morelli Filho, que foi denunciado à Justica por três crimes: contrabando, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Antes de ser preso, Morelli Filho era funcionário da prefeitura de Diadema, na região do Grande ABC. Ele era assessor técnico de diretoria da Companhia de Saneamento de Diadema (Saned), autarquia da prefeitura, desde outubro de 2002.
Apontado pela operação da Polícia Federal como suposto chefe da máfia dos caça-níqueis, o ex-deputado estadual do Paraná Nilton César Servo foi denunciado pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha, corrupção ativa e falsidade ideológica.
Investigação
Nas investigações da PF, os policiais usaram informações de dois inquéritos para chegar aos nomes dos suspeitos. O primeiro apurava o contrabando de componentes eletrônicos para uso em máquinas caça-níqueis. O outro inquérito investigava o envolvimento de policiais em tráfico de drogas.
A polícia afirma que identificou cinco grupos criminosos que atuavam no jogo de azar. Apesar de concorrentes, em alguns momentos os grupos se articulavam para fazer acertos com policiais. Na Operação Xeque-Mate, deflagrada em 4 de junho, a Polícia Federal chegou a prender 80 pessoas.

18 de jun. de 2007

Gontijo confirma que repassou dinheiro em espécie

Da FolhaNews
Negando favorecimento à Mendes Júnior em decorrência de sua aproximação com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o lobista Cláudio Gontijo afirmou nesta segunda-feira que fez depósitos em dinheiro na conta da jornalista Mônica Veloso. Também contou que trocava os cheques que recebia do peemedebista por dinheiro para entregar à jornalista. Acusado de repassar recursos da empresa onde trabalhava para o peemedebista para pagar despesas pessoais, Gontijo negou as denúncias e criticou o tom "pejorativo" dado à profissão de lobista.
Funcionário há 15 anos da Mendes Júnior, Gontijo reclamou que o trabalho de lobista se tornou "pejorativo". Segundo ele, a função deve ser regulamentada, como propõe um projeto em tramitação no Senado. "É muito pejorativo [o termo lobista]. Não sei se daqui para frente alguém vai querer sustentar esse título", disse Gontijo.
Por sugestão do senador Marco Maciel (DEM-PE) há uma proposta tramitando no Congresso, legalizando o lobby. Segundo a proposta, a função de lobista deve ser exposta de forma transparente como ocorre nos Estados Unidos, em que a profissão é regulamentada.
Tensão
Nervoso, Gontijo gagueja e troca as palavras. Ao falar dos depósitos, ele trocou as palavras – cheque por em dinheiro. "Foi em dinheiro ou cheque?", reagiu o corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), bastante irritado. Em seguida, o lobista respondeu devagar e de forma explicada: "Em dinheiro, sempre em dinheiro". Em quase todas as respostas, o lobista destacou sua amizade com Renan. Contou que, depois de sua separação, sempre tomava café da manhã na casa do senador. "Eu adorava o ovo frito da casa dele", disse.
O primeiro a perguntar a Gontijo foi o presidente do conselho que também acumula a função de relator, Sibá Machado (PT-AC). Também fizeram perguntas os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Leomar Quintanilha (PMDB-TO). A estratégia dos governistas é fazer perguntas simples e de respostas conhecidas. Já o senador Demóstenes Torres tentou tirar detalhes da relação de Gontijo com Renan e seus supostos efeitos -como a possibilidade de beneficiar a empresa Mendes Júnior.