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6 de janeiro de 2009

Combates em Gaza ganham força e Israel se nega a interromper ofensiva

Tanque do exército de Israel dispara na direção da Faixa de Gaza desde a fronteira israelense

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GAZA (AFP) — A Faixa de Gaza era cenário nesta terça-feira de confrontos intensos entre soldados israelenses e combatentes palestinos, além de ser alvo de violentos bombardeios por parte de Israel, que rejeitou os pedidos de cessar-fogo em uma ofensiva que até agora já matou mais de 560 palestinos.

"Nossos soldados atuam perfeitamente, progridem segundo os planos", declarou o general Gaby Ashkenazi, chefe do Estado-Maior israelense, ao anunciar a evolução da ofensiva iniciada em 27 de dezembro pelp Estado hebreu contra o movimento radical islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

A manhã desta terça-feira registrou combates e bombardeios em várias áreas da Faixa, depois dos primeiros combates urbanos na cidade de Gaza, na noite de segunda-feira.

Pelo menos 20 pessoas que tinham se refugiado numa escola administrada pela ONMU no norte da Faixa de Gaza foram mortas nesta terça-feira em um bombardeio israelense, anunciou uma fonte médica.

Segundo a fonte, o ataque aconteceu em Jabaliya. Os 20 mortos se encontravam dentro e junto a uma escola da UNRWA, a Agência da ONU para os refugiados palestinos.

As vítimas tinham se refugiado na escola por causa dos combates.

Ele declarou ainda que 450 pessoas estavam refugiadas na escola para escapar dos bombardeios em outros bairros da cidade.

Em Khan Yunes, maior cidade do sul da Faixa de Gaza, um obus de artilharia atingiu a entrada de uma escola e matou duas pessoas, segundo uma fonte médica.

Pouco antes do amanhecer, tanques israelenses, apoiados por helicópteros de combate, entraram em Khan Yunes pela primeira vez desde o início da ofensiva terrestre, afirmaram testemunhas à AFP.

Os avanço dos blindados neste reduto do Hamas foi alvo dos tiros de combatentes palestinos.

O Exército de Israel informou que matou 130 combatentes do Hamas desde o início da ofensiva terrestre, sábado à noite.

No mesmo período, cinco militares israelenses faleceram e 79 ficaram feridos, segundo o balanço oficial de Israel. O último deles, um oficial para-quedista, morreu na noite de segunda-feira em circustâncias ainda não determinadas. O oficial pode ter sido, inclusive, atingido por fogo amigo.

O braço armado do Hamas, as brigadas Ezedin al-Qassam, anunciou na segunda-feira que matou 10 soldados israelenses e feriu outros 30, informação que Israel se negou a comentar.

Apesar da ofensiva, quatro foguetes palestinos foram disparados na manhã desta terça-feira contra o sul de Israel, segundo o Exército. Quatro civis israelenses morreram em consequências destes disparos desde 27 de dezembro.

Segundo um relatório da inteligência militar israelense, "o Hamas tem foguetes suficientes e obuses de morteiro para continuar disparando durante semanas contra o território de Israel".

Um foguete palestino caiu nesta terça-feira pela primeira vez a mais de 45 km da Faixa de Gaza, na cidade de Gedera, onde deixou um bebê levemente ferido.

Mais de 560 palestinos morreram na Faixa de Gaza, segundo os serviços de emergência palestinos, desde o início da ofensiva, iniciada oficialmente para acabar com os disparos de foguetes contra o território israelense. Mais de 2.700 ficaram feridos.

Testemunhas informaram durante a noite que aconteceram combates e intensos bombardeios em Shuyaiya e em Zeitun, dois bairros do leste da cidade de Gaza, cercada pelos tanques. A aviação israelense também bombardeou o centro da cidade.

O Exército, que afirmou ter capturado dezenas de membros de Hamas, anunciou ainda ter bombardeado o campo de refugiados de Bureij e a cidade de Deir al-Balah, no centro do território, dividida em duas pelas tropas israelenses.

A situação humanitária é cada vez pior para os 1,5 milhão de habitantes da Faixa, onde muitas áreas estão sem energia elétrica e sofrem com a falta de água corrente, alimentos e combustível.

Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os feridos morrem à espera das ambulâncias que não podem se aproximar por causa dos combates. O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) pediu a abertura das fronteiras para permitir a fuga dos palestinos que desejarem.

Apesar das pressões internacionais, o primeiro-ministro israelense Ehud Olmert rejeitou um cessar-fogo sem a garantia do fim dos disparos de foguetes do Hamas, durante um encontro na segunda-feira com o presidente francês Nicolas Sarkozy.

O representente do Quarteto para o Oriente Médio, o ex-premier britânico Tony Blair, insistiu nesta terça-feira que cortar os túneis clandestinos que levam armas e dinheiro do Egito para Gaza pode permitir "um cessar-fogo imediato".

A chefe da diplomacia israelense, Tzipi Livni, afirmou que o país não assinaria um acordo com os terroristas, em uma referência ao Hamas.

O presidente palestino Mahmud Abbas pediu o "fim imediato e sem condições" da ofensiva, antes de viajar a Nova York, onde o Conselho de Segurança da ONU se reunirá na presença de vários ministros das Relações Exteriores árabes.

Em Washington, o presidente George W. Bush manteve seu apoio a Israel.

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