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29 de jun. de 2007

AGU pede reintegração do canteiro

Índios da tribo Truká se juntaram aos manifestantes que ocuparam o canteiro de obras de transposição do Rio São Francisco (Foto: João Zinclar/AE)
Para o ministro Geddel Vieira Lima, dialogar com os manifestantes não significa renunciar ao projeto de transposição
O advogado da União Jones Oliveira da Cruz, da Procuradoria Seccional de Petrolina (PE), ingressou ontem na 20ª Vara Federal de Salgueiro com ação de reintegração de posse do canteiro das obras do Projeto de Transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó, no sertão pernambucano, ocupado por manifestantes contrários ao projeto. A informação é da Assessoria de Imprensa da Advocacia-Geral da União (AGU). O coordenador do Projeto de Integração do Rio São Francisco, Rômulo de Macedo Vieira, que foi a Cabrobó conversar com os representantes dos movimentos sociais, acompanhou o advogado.
Na última terça-feira, mais de mil manifestantes de movimentos sociais chegaram a Cabrobó para tentar impedir a continuidade das obras de integração do Rio São Francisco. O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, em declaração à Agência Brasil lembrou que a área ocupada já foi desapropriada para a execução das obras e que, “portanto, é de propriedade da União”.
Sem entendimento
Segundo Geddel, a intenção do governo federal é de dialogar com manifestantes contrários às obras de transposição no Rio São Francisco. Mas ele deixou claro que dialogar não significa renunciar ao projeto. Questionado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) sobre a suposta falta de interlocução do governo com os manifestantes que estão acampados em Cabrobó (PE) para tentar impedir a realização das obras na região, Geddel disse que esse processo tem sido ideologizado e politizado e que o debate não tem sido feito da maneira como deveria.
"Se o diálogo significa ouvi-los, para das suas experiências aprimorar o projeto, eu estou permanentemente aberto a todos aqueles que queiram contribuir. Mas, se o diálogo significa renunciar legitimidade obtida nas urnas, para governar, que o presidente Lula me subdelegou, evidentemente que tenho a convicção que já fiz minha parte”, afirmou o ministro durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado.
O interlocutor enviado pelo Ministério da Integração Nacional para dialogar com os manifestantes, Rômulo de Macedo Vieira, disse ontem que não foi possível chegar a um acordo em relação à retirada dos acampados da área e que o governo vai buscar agora uma solução judicial.
"Eles simplesmente nos disseram que não há o menor interesse de estabelecer um entendimento com o ministério. Agora, estamos tomando providências, pedindo a reintegração de posse. Tem que ir pela via judicial, já que não há nenhuma perspectiva de entendimento com os movimentos sociais”, afirmou Vieira. “O pessoal me recebeu com muita educação, fomos bem tratados, não há nenhum sinal de violência ou de intenção de praticar violência. Eles estão conscientes do que estão fazendo”.
A coordenadora regional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Bahia, Marina da Rocha Braga, disse que os líderes do acampamento questionaram o tipo de diálogo proposto pelo Ministério da Integração Nacional, já que, ao mesmo tempo em que foi enviado um interlocutor, o governo prepara uma ação na Justiça.
Em relação à reivindicação da tribo Truká, que considera a área como terra indígena, Vieira disse que existe apenas uma pequena parte da tribo solidária à manifestação dos assentados. “A grande maioria do povo Truká não participa do movimento e não fala em reivindicação das terras”.

Soldados libaneses matam 3 manifestantes palestinos

Por Nazih Siddiq
BEDDAWI (Reuters) - Soldados libaneses atiraram contra civis palestinos que exigiam na sexta-feira regressar para suas casas, localizadas em um campo de refugiados atualmente cercado pelas Forças Armadas, e acabaram matando três deles e ferindo outros 50, contaram testemunhas e funcionários de um hospital.
Segundo os relatos, os soldados dispararam primeiro para o alto enquanto centenas de refugiados, entre os quais mulheres e crianças, tentavam passar por um posto de controle das Forças Armadas e caminhar até o campo de Nahr al-Bared, palco de quase seis semanas de conflito entre os militares e o grupo Fatah al-Islam.
Quando a multidão não se dispersou e, ao contrário, atacou os soldados com pedras e pedaços de pau, os soldados atiraram com seus fuzis automáticos contra os manifestantes, deixando um grande número de vítimas.
Testemunhas contaram que os refugiados de Nahr al-Bared haviam dado início à passeata no campo próximo de Beddawi, onde procuraram abrigo após o início dos conflitos, no dia 20 de maio.
Os refugiados expulsos de Nahr al-Bared mostram-se impacientes devido ao longo período de afastamento de suas casas e devido às condições de vida precárias que enfrentam em Beddawi, um campo superpovoado. Eles dizem estar determinados a voltar para suas casas, apesar dos conflitos ali.
O ministro libanês de Defesa, Elias al-Murr, declarou vitória e o final dos combates contra o Fatah al-Islam, um grupo inspirado na Al Qaeda.
Mas o Exército diz que Nahr al-Bared continuará a ser uma zona militar fechada, enquanto não conseguir convencer os militantes abrigados ali a se renderem.
Devido a um acordo firmado em 1969, as forças de segurança libanesas não podem ingressar em nenhum dos 12 campos de refugiados palestinos existentes no país.
Grande parte de Nahr al-Bared, que abrigava 40 mil refugiados antes da explosão da violência, viu-se destruída. Além disso, minas e bombas ainda continuam escondidas nos prédios e vielas do local.
Um membro das Forças Armadas disse que franco-atiradores do Fatah al-Islam mataram dois soldados em um choque ocorrido na sexta-feira, elevando para 203 o número total de mortos na batalha, o pior conflito interno surgido no Líbano desde a guerra civil (1975-1990).

No PR, falso agente de saúde dopa idosos para roubar

BRASIL
Agencia Estado
A morte do agricultor aposentado Humberto Emilio Vecchi, de 89 anos, na quarta-feira, em Cambé, a 400 quilômetros de Curitiba, no norte do Paraná, levou a polícia a alertar a população sobre um golpe que já foi aplicado pelo menos três vezes nas últimas semanas. Idosos têm sido procurados por supostos agentes de saúde, que lhes oferecem vacina contra gripe. Na verdade, a pessoa é dopada com medicamentos e a casa fica à disposição do bandido para roubar. "Recomendamos que essas pessoas mais idosas não recebam nada de estranhos", disse o delegado-chefe da 10ª. Subdivisão de Londrina, Sérgio Barroso.
No caso do idoso de Cambé, a vacina oferecida pelo estranho foi recusada, pois um vizinho avisou que no posto de saúde tinha o medicamento. Mas o suspeito insistiu dizendo que daria um chá. Ele saiu e voltou mais tarde, quando conseguiu que o idoso e uma filha, que sofre problemas mentais, tomassem o chá. A dose do tranqüilizante consumida por Vecchi foi excessiva. Sua filha salvou-se por ter tomado pouco. Ele foi encontrado caído na casa por uma vizinha, que acionou o socorro. O idoso morreu no hospital. O homem que ofereceu o chá, que tem entre 30 e 40 anos, teria furtado um aparelho de som e a carteira de dinheiro que estava no bolso de Vecchi.
Além do caso do aposentado que morreu em Cambé, que é apurado pela delegacia da cidade, a polícia do município vizinho de Londrina investiga outras duas ocorrências, em que não houve morte, mas as pessoas acabaram assaltadas. "Eles se aproveitam da boa-fé das pessoas, normalmente doentes e que precisam de ajuda", salientou Barroso. Ele pediu que, ao serem abordadas por pretensos agentes de saúde, as pessoas peçam identificação. Se houver dúvidas, que entrem em contato com o posto de saúde mais próximo.

28 de jun. de 2007

Sharapova vence outra em Wimbledon

Campeã em Wimbledon em 2004, Maria Sharapova segue tentando o bi no Grand Slam britânico
Musa russa aplica pneu em francesa e chega à terceira rodada do Grand Slam britânico
GLOBOESPORTE.COM
Londres
Maria Sharapova segue firme rumo ao bicampeonato em Wimbledon, onde foi campeã em 2004. Ela superou a francesa Severine Bremond, 37ª do mundo, nesta quinta-feira, por 6/0 e 6/3 e avançou à terceira rodada do torneio britânico, o terceiro Grand Slam da temporada.
Na próxima rodada, a musa do tênis terá pela frente a japonesa Ai Sugiyama, 237ª do mundo. Seu primeiro grande desafio, porém, deve vir nas oitavas-de-final, provavelmente contra a americana Venus Williams (31ª), tricampeã em Wimbledon.
Williams, porém, terá de passar antes pela japonesa Akiko Morigami (71ª), sua adversária na terceira rodada.
O SporTV transmite o Torneio de Wimbledon ao vivo.

IGP-M acelera por reajustes na construção e alimentos

Por Vanessa Stelzer e Renato Andrade
SÃO PAULO (Reuters) - A inflação pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) acelerou fortemente em junho, pressionada por reajustes salariais sazonais na construção civil e por alimentos agrícolas em fim de safra, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.
Os salários devem ter um impacto apenas residual em julho, enquanto o efeito do setor agrícola provavelmente se estenderá e se intensificará nos próximos meses, segundo Salomão Quadros, responsável pelo índice. Por outro lado, o dólar baixo continuará ajudando a manter a inflação sob controle.
O IGP-M subiu 0,26 por cento, depois da variação de 0,04 por cento em maio. No primeiro semestre, o índice acumula alta de 1,46 por cento.
"Este é o mês do INCC e, com movimentos menores, da alta dos preços agrícolas porque várias colheitas já terminaram e há também alguns problemas internacionais", disse Quadros.
O Índice Nacional de Custo da Construção avançou 1,67 por cento, ante alta de 0,55 por cento em maio, sendo responsável por dois terços do IGP-M deste mês. Quadros prevê para julho alta de 0,35 por cento do INCC.
A alta dos alimentos agrícolas foi sentida tanto no varejo quanto no atacado.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 0,01 por cento, depois de ter recuado 0,09 por cento no mês anterior. O IPA agrícola avançou 0,11 por cento no mês, frente à queda de 2,67 por cento em maio.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,35 por cento, ante 0,20 por cento em maio. Os preços de alimentação subiram 0,73 por cento em junho, depois de caírem 0,48 por cento em maio.
"A soja está subindo porque já terminou a colheita; os bovinos estão subindo porque estão perto da entressafra; e o leite está subindo porque, além de estar perto da entressafra, há uma conjuntura internacional de maior demanda e de problemas de safra (de bovinos) em alguns países", afirmou Quadros.
Ele acrescentou que, apesar da aceleração do IGP-M em junho, o índice está voltando para o patamar da média mensal dos últimos anos, em torno de 0,30 por cento. Esse nível é condizente com uma inflação anual em torno de 3,7 por cento.
"O cenário internacional está um pouco mais adverso, com a alta das commodities principalmente, então se você não tivesse o dólar baixo, o IGP-M estaria maior."

Afeganistão: 15 talibãs mortos em ofensivas da NATO e exército

Pelo menos 15 talibãs morreram e três ficaram feridos em duas ofensivas conjuntas do exército afegão e das forças da NATO em diferentes pontos do Afeganistão, indicou hoje o Ministério da Defesa afegão em comunicado.
As forças afegãs e da Aliança Atlântica atacaram quarta-feira esconderijos dos insurrectos na província de Helmand, no sul do país, matando oito talibãs e destruindo o respectivo arsenal. No centro do país, a NATO e o exército afegão lançaram uma ofensiva contra posições talibãs no distrito de Trin Kot, na província de Uruzgan, causando a morte de sete insurrectos, e três feridos.
No próprio distrito de Trin Kot, um comandante talibã morreu quarta-feira nos combates das últimas 48 horas entre duas facções de insurrectos, acrescentou o comunicado.