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21 de nov. de 2007

Mercosul ajuda democracia venezuelana, diz Amorim

Para chanceler brasileiro, ingresso de Caracas no bloco sul-americano será bom para estabilização institucional do país comandado por Chávez

Denise Madueño e Vannildo Mendes, BRASÍLIA

Uma semana depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que há democracia na Venezuela, a cúpula do Itamaraty defendeu ontem o ingresso do país presidido por Hugo Chávez no Mercosul. Para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a entrada da Venezuela será boa tanto para o Mercosul como para a estabilização democrática da América do Sul. link Opine: A Venezuela deve fazer parte do Mercosul? O ingresso do país precisa ser aprovado pelo Congresso. "Estamos confiantes de que a adesão ao Mercosul será boa econômica e politicamente pela estabilidade que produzirá na região. Será boa para o Mercosul porque teremos uma vértebra maior para a integração de toda América do Sul, que passará da Patagônia ao Caribe. Será boa para a Venezuela porque o convívio com as democracias do Mercosul ajudará a consolidar ainda mais o esforço democrático da Venezuela", afirmou Amorim, que participou no Palácio do Planalto da comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra. DEFESA Em audiência na Câmara, o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, que foi à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), defendeu a entrada do país vizinho no Mercosul com o mesmo discurso de Lula e Amorim. O embaixador foi alvo de perguntas dos deputados majoritariamente contrários ao ingresso da Venezuela no bloco durante audiência pública. O professor Carlos Roberto Pio, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, também convidado, alertou para o risco de a Venezuela não cumprir contratos e prejudicar o Mercosul. Apesar de o embaixador ter ficado quase sozinho na defesa da Venezuela durante audiência pública na CCJ, a tendência é que o projeto de ingresso do país no Mercosul seja aprovado hoje. O governo tem maioria na CCJ, assim como na Comissão de Relações Exteriores onde a proposta já foi aprovada. Além de afirmar que não há rompimento da ordem democrática naquele país, o embaixador resumiu o Mercosul a um acordo de tarifas. "O Mercosul não é uma união econômica. O Mercosul é uma união aduaneira, não um mercado comum", afirmou, ao tentar afastar a possibilidade de influência política de Hugo Chávez nos demais países do bloco. A polêmica ficou mesmo por conta da discussão da democracia na Venezuela. Pinheiro Guimarães disse que há ampla liberdade de imprensa no país e que as eleições foram acompanhadas por observadores internacionais que não acusaram irregularidades. "Não há jornalistas ou políticos presos ou notícia de fechamento do Congresso ou do Judiciário. Isso significaria o rompimento da democracia", afirmou. "As minorias têm se manifestado nas ruas, protestado, sem que estejam presas", continuou o embaixador. "Se a qualquer momento houver ruptura (da ordem democrática), que a juízo do governo não há, haverá a possibilidade de acionar o Protocolo de Ushuaia", afirmou. O Protocolo de Ushuaia estabelece a cláusula da existência de democracia como critério para os países integrarem o Mercosul. O professor da UnB disse aos deputados que há risco para o Mercosul com a entrada da Venezuela no bloco. "No curto prazo, poderá haver ganho para alguns setores empresariais, porém, ao custo de um crescente risco de violação dos contratos", afirmou Pio. Ele disse que a estabilidade das regras, dos contratos e das garantias tem sido abalada no caso venezuelano, cujo sistema político atual se personaliza na figura de Chávez. Por isso, é inevitável, para ele, a análise de questões internas da Venezuela quando se trata de estabelecer uma política comercial comum. Pio contestou os argumentos do embaixador. "A Venezuela está em uma trajetória de violação dos princípios básicos da democracia", acusou. "A disputa pelo poder não estabelece que os governantes podem fazer o que bem entendem depois de eleitos. Eles devem ser fiscalizados por outros poderes independentes", argumentou.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071121/not_imp83188,0.php

Em menos de 12 horas, cinco militares são assassinados no Rio

Entre os mortos, está um integrante do Bope, considerado a tropa de elite da polícia militar fluminense

Solange Spigliatti e Clarissa Thomé, da Agência Estado

RIO - A cidade do Rio de Janeiro foi palco para cinco assassinatos de militares, em menos de 12 horas, entre o início da noite de terça-feira, 20, e o fim da madrugada desta quarta-feira, 21. Um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope), considerado a tropa de elite da polícia fluminense, três homens da Polícia Militar e um capitão do Exército foram vítimas de atiradores em pontos diferentes da cidade. Aparentemente, as ações não são coordenadas.

Integrante do Bope, o cabo Adonay Cavalcante Xavier foi morto a tiros quando estacionava seu carro em casa, no bairro da Tijuca, na zona norte Rio de Janeiro. Segundo a assessoria da PM, o policial estava de folga e os criminosos teriam fugido logo após os disparos, sem roubar nada. Xavier chegou a ser socorrido no Hospital Geral da Polícia Militar.

O capitão do Exército Vander Cerqueira de Lima, de 36 anos, foi morto em uma falsa blitz em Deodoro, na zona oeste do Rio. A mulher dele, a psicóloga Cláudia, de 34 anos, que está grávida de sete meses, também foi atingida na perna. O filho do casal Mateus, de 2 anos, não foi atingido. O oficial havia passado próximo ao piscinão de Deodoro quando foi parado na falsa blitz.

Lima desceu do carro e quando percebeu que se tratava de uma falsa blitz teria dito "perdi, perdi" e logo depois teria pedido que sua família não fosse agredida. Foi quando começou o tiroteio. O policial foi atingido por um tiro de fuzil e sua mulher ferida por uma bala de pistola. Ela está internada no Hospital Central do Exército e não corre perigo.

Três policiais militares, lotados no 23º BPM, no Leblon, no Rio de Janeiro, foram mortos a tiros no final da madrugada desta quarta-feira, 21. Os soldados Avelar, Calheiros e Aurélio saíram de casa para trabalhar quando foram rendidos por homens encapuzados e armados que estavam em um Gol.

Segundo informações da PM, provavelmente eles sofreram uma tentativa de assalto e foram reconhecidos pelos bandidos durante a abordagem, na Estrada Carvalho Ramos, em Inhoaíba, zona oeste do Rio, e foram alvejados. O registro será feito na 35ª DP, em Campo Grande. A polícia ainda não tem pistas sobre os criminosos.

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http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid83218,0.htm

20 de nov. de 2007

GAZETA: Iniciativa privada vai participar de campo de Tupi

Integra do texto

BRASÍLIA, 20 de novembro de 2007 - O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, disse ontem que a exploração dos 41 blocos de petróleo do campo de Tupi, recentemente descobertos na Bacia de Santos, vai contar com a participação do setor privado e que o governo não tem pressa para licitá-los. O Ministério das Minas e Energia excluiu as novas descobertas da 9ª Rodada de Licitação e Petróleo e Gás, cujo leilão está marcado para os dias 27 e 28 e vai licitar outros blocos espalhados pelo País.

Segundo Hubner, o governo não pensa em entregar Tupi para a Petrobras. "A idéia que circula no governo é a de continuar as concessões e a parceria com a iniciativa privada", enfatizou. O governo decidiu retirar os blocos do leilão depois que foi anunciada a descoberta de reservas gigantes de Tupi, calculada entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo pelos técnicos da Petrobras, que é a principal acionista dos blocos, com 65% do total de participação. Hubner disse que os blocos não serão leiloados nem no próximo ano. "Ainda não temos prazo para licitar. Temos que avaliar o real potencial desses blocos e as pesquisas ainda estão incipientes", disse.

Em Tupi foram perfurados oito poços que deram resultados positivos, mas, de acordo com o ministro, ainda é muito cedo para uma avaliação mais criteriosa da real capacidade da reserva que está em águas ultra-profundas, entre seis e sete mil metros, na camada de pré-sal. No entanto, Hubner reconheceu que o tempo e o custo de perfuração dos postos já foi reduzido pela Petrobras. O primeiro poço perfurado levou um ano e custou US$ 240 milhões. Os últimos foram feitos em 60 dias por US$ 60 bilhões. "Pode ser que em pouco tempo seja mais rápido e barato perfurar novos poços em Tupi", especulou. Uma das dificuldades para explorar a reserva é o transporte de gás. O campo está a 300 quilômetros de distância da costa. Segundo Hubner, o transporte via gasoduto seria muito difícil devido à distância e à pressão em águas muito profundas. "A solução poderia ser liquefazer o gás e levar por navio até a costa", opina.

O ministro de Minas e Energia admitiu ontem que está em estudo a mudança na arrecadação do governo com a produção em Tupi, mas que o percentual não foi decidido. Hoje o governo pode ficar com até 50% da receita da exploração de petróleo, incluindo 10% de royalties e até 40% participação especial, percentual que as concessionárias devem pagar ao governo para explorar reservatórios grandes e de alta produtividade. (Rivadavia Severo - Gazeta Mercantil

do Site:

http://www.gazeta.com.br/integraNoticia.aspx?Param=29%2C0%2C1100064%2CUIOU

Brasil e Argentina planejam ''''desdolarização'''' para 2008

Lula e Cristina Kirchner acertaram medida em reunião, segundo assessor Tânia Monteiro e Fábio Graner

A eliminação do dólar como moeda de transação comercial entre Brasil e Argentina pode ocorrer já no início do ano que vem. O acerto foi feito ontem, em reunião de cerca de duas horas entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner, no Planalto, segundo o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Também foi acertado, segundo Cristina, que Brasil e Argentina terão duas reuniões anuais para discutir questões de interesse comum e reforçar suas relações e o Mercosul. A primeira foi marcada para fevereiro em Buenos Aires. "O mais importante é que se tenha a percepção de que o processo de integração avance", disse ela.

Para Garcia, a "desdolarização" entre os dois países "dará nova qualidade à relação comercial", pois a troca direta de moedas permitirá reduzir custos e desburocratizar o comércio. O Brasil exportou US$ 11,7 bilhões para a Argentina em 2006 e importou US$ 8 bilhões."

A desdolarização é importante, mas implica a criação de um sistema de pagamentos entre os dois países que é complexo", contou Garcia. Ele destacou que Lula "tem muito empenho em que o comércio de Brasil e Argentina se equilibre" e o real valorizado tornará mais competitivo o produto argentino em relação aos brasileiros.

Na reunião, Cristina e Lula falaram também da área energética, desde os novos investimentos da Petrobrás na Bolívia e a construção da Hidrelétrica de Garabi, na Argentina até a cooperação na área nuclear. Lula, segundo Garcia, "insistiu muito na necessidade de cooperação entre a Enarsa (petrolífera argentina) e a Petrobrás".

Ele negou a possibilidade de que uma maior integração entre Brasil e Argentina cause ciúmes nos demais países do Mercosul. "De maneira nenhuma, Isso é uma visão tacanha e mesquinha da política sul-americana. A política sul-americana só se beneficiará de uma boa relação de Argentina e Brasil."

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http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071120/not_imp82727,0.php

Crimes motivados pelo ódio sobem nos EUA

Os crimes motivados por discriminação e incitação ao ódio aumentaram 7,8%, em 2006, nos Estados Unidos, segundo um relatório da Polícia federal americana (FBI).

O relatório abordou crimes motivados por discriminação contra raça, religião, orientação sexual, etnia, nacionalidade, incapacidade mental ou física.

As estatísticas do último relatório do FBI sobre crimes motivados pelo ódio revelam que em 2006 foram registrados 7.722 incidentes deste tipo nos EUA, contra 7.163 de um ano antes.

Além disso, foram registrados 9.080 ataques motivados pelo ódio, o que representa uma alta de 8,4% em relação a 2005.

O FBI diferencia em seu relatório os incidentes que foram registrados com um ou mais delitos cometidos pelo mesmo motivo, e os incidentes nos quais ocorreram mais de um tipo de crime e pelo menos dois motivos diferentes.

Segundo o relatório, houve 4.737 crimes motivados pelo ódio racial, dos quais 66,2% foram direcionados contra afro-americanos, e 21,3% contra caucasianos. Deste total, 6,1% foram perpetrados contra grupos formados por mais de uma raça.

Na última sexta (16), milhares de afro-americanos se concentrassem em frente ao Departamento de Justiça dos EUA para exigir uma punição mais severa a crimes relacionados ao ódio racial.

O mal-estar dos manifestantes tem sua origem nos muitos incidentes que ocorreram no último ano e meio nos Estados Unidos contra os negros.

O relatório do FBI indica ainda que dos 9.080 ataques registrados em 2006, 60% foram dirigidos contra pessoas e 39,6% contra propriedades.

Dos 5.449 ataques cometidos contra pessoas, 46% foram intimidações, 31,9% agressões e 21,9% agressões com lesões. Além disso, foram cometidos três homicídios nesse período. Fonte: EFE

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19 de nov. de 2007

Reino Unido: Rainha Isabel II celebra 60 anos de casamento

A Rainha Isabel II e o marido, o príncipe Filipe, entram hoje de novo pelas portas da Abadia de Westminster, em Londres, para celebrar o 60º aniversário de casamento no mesmo local em que decorreu a cerimónia.

A celebração ocorre na véspera da data em que se completam os 60 anos, pois o casamento foi celebrado a 20 de Novembro de 1947, o que faz de Isabel II, de 81 anos, a primeira monarca britânica a comemorar as bodas de diamante.

Cerca de dois mil convidados, entre os quais vários membros da família real, personalidades britânicas e empregados da monarca, são esperados no serviço religioso desta manhã, que será transmitido em directo pela BBC.

Para a ocasião foram igualmente reunidos alguns súbditos que contribuíram para que aquele dia em 1947 fosse especial, como uma das costureiras do vestido e alguns dos elementos que faziam parte do coro.

O neto e segundo na linha de sucessão, príncipe Guilherme, vai ler uma passagem religiosa, enquanto a actriz Judi Dench recitará um poema escrito propositadamente por Andrew Motion, o poeta oficial da família real.

Está também anunciada a presença de alguns familiares alemães do príncipe Filipe, o que não foi permitido em 1947, quando o clima ainda vivo de hostilidade contra os inimigos da II Guerra Mundial determinou que não fossem convidados.

Realizado apenas dois anos após o fim do conflito militar, o casamento real foi uma das primeiras ocasiões que interrompeu a época de escassez de bens e austeridade no país.

De acordo com as regras da altura, a então princesa teve de poupar e usar os seus cupões de racionamento para comprar o material e tecidos para o vestido, encomendado ao estilista Normal Hartnell.

Segundo alguns relatos, muitas mulheres enviaram os seus próprios cupões para ajudar Isabel, mas a transmissão de cupões era proibida por lei e foram devolvidos, o que não impediu que o vestido fosse feito de cetim e debruado de pérolas.

O bolo de casamento recebeu a contribuição exterior, e a maioria dos ingredientes foi enviada da Austrália, ajudando a ultrapassar as dificuldades do racionamento pós-guerra.

Milhares de pessoas festejaram então o casamento nas ruas de Londres e os noivos receberam mais de 2.500 presentes de casamento de todo o mundo.

Hoje, após o final da missa, a rainha Isabel II e o príncipe Filipe inauguram um novo painel panorâmico na praça do Parlamento, em Westminster, que faz parte do percurso criado em 1977 para marcar o jubileu de prata da coroação da rainha, em 1952.

Uma exposição com fotografias e objectos relacionados com os casamentos de cinco soberanos entre 1840 e 1947 está aberta ao público no palácio de Windsor até 11 de Março de 2008 para comemorar a efeméride.

Na terça-feira, o dia do aniversário, o casal parte para a ilha de Malta, onde irá passar alguns dias, revivendo o tempo que ali passaram durante a comissão de serviço do príncipe Filipe enquanto oficial da Marinha.

De seguida, deverão viajar para o Uganda, onde se realizará entre 23 e 25 de Novembro uma reunião de chefes de governo da Commonwealth, a aliança composta por 53 Estados, incluindo o Reino Unido, e que é liderada por Isabel II. Diário Digital / Lusa

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http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=305212