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20 de novembro de 2007

GAZETA: Iniciativa privada vai participar de campo de Tupi

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BRASÍLIA, 20 de novembro de 2007 - O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, disse ontem que a exploração dos 41 blocos de petróleo do campo de Tupi, recentemente descobertos na Bacia de Santos, vai contar com a participação do setor privado e que o governo não tem pressa para licitá-los. O Ministério das Minas e Energia excluiu as novas descobertas da 9ª Rodada de Licitação e Petróleo e Gás, cujo leilão está marcado para os dias 27 e 28 e vai licitar outros blocos espalhados pelo País.

Segundo Hubner, o governo não pensa em entregar Tupi para a Petrobras. "A idéia que circula no governo é a de continuar as concessões e a parceria com a iniciativa privada", enfatizou. O governo decidiu retirar os blocos do leilão depois que foi anunciada a descoberta de reservas gigantes de Tupi, calculada entre 5 e 8 bilhões de barris de petróleo pelos técnicos da Petrobras, que é a principal acionista dos blocos, com 65% do total de participação. Hubner disse que os blocos não serão leiloados nem no próximo ano. "Ainda não temos prazo para licitar. Temos que avaliar o real potencial desses blocos e as pesquisas ainda estão incipientes", disse.

Em Tupi foram perfurados oito poços que deram resultados positivos, mas, de acordo com o ministro, ainda é muito cedo para uma avaliação mais criteriosa da real capacidade da reserva que está em águas ultra-profundas, entre seis e sete mil metros, na camada de pré-sal. No entanto, Hubner reconheceu que o tempo e o custo de perfuração dos postos já foi reduzido pela Petrobras. O primeiro poço perfurado levou um ano e custou US$ 240 milhões. Os últimos foram feitos em 60 dias por US$ 60 bilhões. "Pode ser que em pouco tempo seja mais rápido e barato perfurar novos poços em Tupi", especulou. Uma das dificuldades para explorar a reserva é o transporte de gás. O campo está a 300 quilômetros de distância da costa. Segundo Hubner, o transporte via gasoduto seria muito difícil devido à distância e à pressão em águas muito profundas. "A solução poderia ser liquefazer o gás e levar por navio até a costa", opina.

O ministro de Minas e Energia admitiu ontem que está em estudo a mudança na arrecadação do governo com a produção em Tupi, mas que o percentual não foi decidido. Hoje o governo pode ficar com até 50% da receita da exploração de petróleo, incluindo 10% de royalties e até 40% participação especial, percentual que as concessionárias devem pagar ao governo para explorar reservatórios grandes e de alta produtividade. (Rivadavia Severo - Gazeta Mercantil

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http://www.gazeta.com.br/integraNoticia.aspx?Param=29%2C0%2C1100064%2CUIOU

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