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5 de novembro de 2007

Alvaro Colom conquista Presidência da Guatemala

GUATEMALA (AFP) — Os guatemaltecos elegeram na eleição presidencial de domingo o social-democrata Alvaro Colom, que terá o desafio de solucionar o problema da insegurança no país, reduzir a pobreza e combater o crime organizado.

"Agora começa um processo de mudança e transformação que não aconteceu em 50 anos. Vai a ser um processo pacífico, de consenso, de muito diálogo", disse o presidente eleito, que espera contar com o apoio dos partidos políticos para garantir a governabilidade nos próximos quatro anos (2008-2012).

O outro candidato no segundo turno, o general da reserva Otto Pérez Molina, admitiu a derrota. Com quase 98% das urnas apuradas, o fundador da Unidade Nacional da Esperança (UNE) tem vantagem de 5,5% dos votos sobre Pérez Molina, quase 150.000 votos, segundo o Supremo Tribunal Eleitoral.

Pérez Molina, que, no entanto, venceu bem no Distrito Central e no Bajo Verapaz (norte), prometeu realizar uma oposição "construtiva" no Parlamento, onde seu bloco será a terceira força com 29 cadeiras, atrás da UNE, com 52 dos 158 representantes, e da Grande Aliança Nacional (GANA), com 37.

Apesar da grande abstenção, superior a 50%, a eleição foi calma, sem incidentes graves, após um processo eleitoral que custou a vida de mais de 50 pessoas.

Os guatemaltecos "viraram a página trágica" do militarismo na Guatemala, afirmou Colom em referência a Molina, um general da reserva que entrou para a política com enorme força.

Colom, um engenheiro industrial de 56 anos, prometeu que em 1º de dezembro divulgará seu gabinete, com a criação de um ministério da Família, e dará ênfase à policial social prometida durante sua campanha.

"O importante é suprimir as causas da violência", afirmou o presidente eleito em suas primeiras declarações.

A insegurança, que provoca uma média de 15 mortos por dia, a pobreza que afeta mais da metade dos 13 milhões de guatemaltecos e o crime organizado que se infiltrou nas estruturas do Estado são os desafios do novo presidente.

Colom afirmou ainda que começará a trabalhar, depois que tomar posse, no dia 14 de janeiro, em um plano de unidade nacional.

Conhecido como "gavião", seu 'yahual' maia, equivalente ao signo do zodíaco ocidental, Colom é criticado por seus detratores pela falta de carisma.

Viúvo e casado pela segunda vez com Sandra Torres, estudou engenharia industrial "porque queria se relacionar com o ser humano, já que tem a ver com a administração humana", segundo explicou.

Seus seguidores vêem em Colom um líder que adquiriu experiências nas duas tentativas anteriores de chegar à presidência.

Sua tendência social-democrata, no entanto, levanta suspeitas na elite conservadora, que impôs um sistema econômico ultraliberal, benéfico apenas para um algumas de famílias, enquanto mais da metade dos 13 milhões de guatemaltecos vivem na pobreza.

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