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3 de novembro de 2007

Presidente paquistanês declara estado de emergência no país

Por Kamran Haider

ISLAMABAD (Reuters) - O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, decretou estado de emergência neste sábado, mobilizando tropas e afastando um importante juiz, em uma tentativa de reafirmar sua autoridade contra rivais políticos e militantes islâmicos.

A segurança interna do Paquistão, que possui armas nucleares, se deteriorou de forma aguda nos últimos meses, com uma onda de ataques suicidas por militantes influenciados pela Al Qaeda. Um deles matou 139 pessoas.

A TV estatal informou que Musharraf suspendeu a Constituição e declarou estado de emergência. A medida encerrou semanas de especulação sobre a possibilidade do general, que tomou o poder através de um golpe em 1999, decretar estado de emergência ou lei marcial.

Os Estados Unidos, que vêem Musharraf como um aliado crucial contra a Al Qaeda no Paquistão e no vizinho Afeganistão, haviam pedido que ele resistisse a adotar qualquer medida autoritária.

Na Turquia, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, disse que a medida é "muito lamentável" e que espera que a intenção do ato seja garantir eleições livres e justas.

Testemunhas disseram que soldados foram enviados à TV estatal e a estações de rádio, e que a maioria das linhas telefônicas foi cortada. Tropas também foram enviadas à avenida onde estão localizados o edifício presidencial, a Assembléia Nacional e a Suprema Corte.

Canais de televisão informaram que o chefe da Suprema Corte, Iftikhar Chaudhry, ouviu que seus serviços "não são mais requeridos". Sua saída em março havia marcado o início da crise de popularidade de Musharraf.

Chaudhry havia retomado o posto em julho. Ele e outros oito juízes se recusaram a endossar a ordem constitucional provisória instituída pelo presidente.

Do Site:

http://br.reuters.com/article/topNews/idBRN0364338920071103

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