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6 de novembro de 2007

CPMF: PMDB diz que governo não precisa negociar ‘favores’

Segundo Valdir Raupp, partido já está sendo contemplado por obras do PAC.Planalto estaria negociando nos bastidores apoio a governadores tucanos.

Roberto Maltchik

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), disse nesta terça-feira (6) que o governo não precisa discutir o atendimento de pleitos regionais, como investimentos nos estados dos parlamentares do partido, para aprovar a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. “Independente da CPMF, [o atendimento das reivindicações] já está acontecendo. Uma coisa não está atrelada à outra”, garantiu.

No entanto, de acordo com governistas, o Planalto trabalha nos bastidores para conquistar votos da oposição com a promessa de facilitar o trabalho de governadores tucanos, como Yeda Cruisus (RS) e Teotônio Vilela Filho (AL), que sofrem com a crise financeira dos estados.

Outra carta na manga, e que beneficiaria diretamente os governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG), é a ampliação dos recursos destinados aos estados por conta do chamado “imposto da gasolina” (CIDE). A contribuição é paga sobre o valor do combustível e a arrecadação deve ser utilizada em investimentos rodoviários.

A mesma negociação vem sendo travada nos bastidores com alguns governadores da base aliada, de acordo com um líder governista.

Descontentamento

A negociação entre governo e PSDB, no entanto, provoca ciúmes em parte da base aliada. Nesta terça-feira, por exemplo, o senador Osmar Dias (PDT-PR) reclamava que o Planalto dá muita atenção aos tucanos e se esquece da base aliada. “Eles só falam com o PSDB. E o PDT? Nós temos quatro votos”, contabiliza.

O líder do PMDB disse que os aliados já estão sendo contemplados pelos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele contabiliza a aprovação da CPMF independente da posição que será adotada pelo PSDB. O PMDB é o maior partido no Senado, com 20 parlamentares.

O PSDB, que tem 13 senadores, adiou para a semana que vem a decisão sobre o apoio ou não à proposta do Palácio do Planalto, que inclui desonerações tributárias em outros setores da economia e o abatimento de CPMF para uma faixa de contribuintes. O abatimento estudado pela equipe econômica poderá ser feito tanto pelo Imposto de Renda quando pela contribuição para o INSS.

O Ministério da Fazenda já bateu o martelo sobre a isenção de CPMF para quem tem renda de até R$1.642 por mês. A base aliada do governo é composta, na teoria, por 53 parlamentares.

Para aprovar a emenda constitucional da CPMF são necessários os votos favoráveis de 49 dos 81 senadores. A votação acontece em dois turnos. Do Site:

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