Por Adam Entous
WASHINGTON (Reuters) - Um general dos fuzileiros navais norte-americanos, com histórico na diplomacia, será nomeado na quarta-feira para analisar questões de segurança no Oriente Médio, em especial forças palestinas, um dia após israelenses e palestinos concordarem em retomar as negociações formais de paz, depois de sete anos.
Segundo fontes norte-americanas, israelenses e ocidentais, o general James Jones, que foi comandante supremo da Otan na Europa até 2006, deve assumir o posto, que ficou definido na conferência de paz que aconteceu na terça-feira em Annapolis.
Na conferência, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente palestino, Mahmoud Abbas, concordaram em retomar as negociações com o objetivo de chegar a um acordo definitivo até o fim de 2008.
Mas Olmert já tinha afirmado antes que Israel não fechará nenhum acordo de paz enquanto os palestinos não cumprirem suas obrigações no que diz respeito à segurança, como determinava o "mapa do caminho," de 2003.
Abbas também pressiona os israelenses a cumprir suas obrigações, como suspender o crescimento dos assentamentos judaicos.
A expectativa é que Jones faça uma análise mais ampla das questões de segurança entre Israel e os Palestinos, assim como de outros vizinhos, como Jordânia e Egito, em vez de fazer declarações sobre se um ou outro lado cumpriram suas promessas.
O Departamento de Estado dos EUA não quis confirmar a nomeação, mas a secretária de Estado, Condoleezza Rice, faria um anúncio na própria quarta-feira. Segundo o departamento, o titular do posto deve trabalhar ao lado do general Keith Dayton, o atual coordenador de segurança entre israelenses e palestinos, no planejamento da estrutura de segurança palestina.
Os EUA querem reforçar as forças palestinas ligadas a Abbas para contrabalançar o Hamas, grupo radical que detém o controle da Faixa de Gaza --as forças de Abbas dominam a Cisjordânia.
do Site:
http://br.reuters.com/article/topNews/idBRB8971120071128
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