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3 de fev. de 2008

Egito fecha a passagem fronteiriça de Rafah

da Efe, no Cairo

As autoridades egípcias fecharam hoje, em coordenação com o grupo islâmico palestino Hamas, a passagem fronteiriça de Rafah que liga o Egito à Faixa de Gaza, informou o diretor do centro de imprensa governamental em Rafah, Musad Badawi.

Ele disse que está proibida a passagem de pessoas pela passagem, com exceção dos palestinos que retornam a Gaza e dos egípcios que voltam ao seu país, 11 dias depois que militantes do Hamas derrubassem cercas fronteiriças permitindo a entrada de milhares de palestinos no Egito.

Ao longo da noite, policiais egípcios se posicionaram perto da fronteira com Gaza em preparação ao fechamento da passagem, explicou Badawi.

Os agentes instalaram cercas metálicas junto à passagem fronteiriça para impedir a entrada de mais cidadãos palestinos em território egípcio.

O diretor do centro de imprensa confirmou que desde primeira hora da manhã de hoje nenhum palestino entrou no Egito.

O fechamento da divisa aconteceu um dia depois que uma delegação do Hamas abandonou o Egito após manter negociações com diferentes dirigentes do país, entre eles o chefe dos serviços secretos, Omar Suleiman, sobre a situação em Gaza.

Até agora, as autoridades egípcias não falaram sobre o resultado das conversas mantidas tanto com dirigentes do Hamas como com responsáveis do movimento Fatah - entre eles o próprio presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas -, com os quais se reuniram separadamente.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u369330.shtml

2 de fev. de 2008

Visando à transparência, Orlando Silva devolve gastos com cartão

Felipe Held, especial para a Gazeta Esportiva.Net
São Paulo (SP) - Após ver Matilde Ribeiro, ministra da Promoção da Igualdade Racial, pedir demissão do cargo após ser flagrada na ‘farra do cartão corporativo’, o ministro dos Esportes, Orlando Silva, tomou uma medida radical. Para mostrar transparência em sua gestão, o político optou por devolver toda a quantia gasta com o benefício desde 2006, quando assumiu o posto deixado por Agnelo Queiroz, para que seja analisada pelos órgãos responsáveis. Mas, certo de que não teve despesas ‘fora da lei’, espera pelo reembolso.

Em entrevista coletiva convocada em cima da hora para este sábado, Orlando Silva anunciou que os boatos da imprensa em torno dos gastos ministeriais haviam ultrapassado os limites. “Indignado” e sem medo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o responsável pela pasta dos esportes no governo federal recolheu aos cofres públicos um total de R$ 30.870,38, por meio de duas Guias de Recolhimento da União (GRU) – uma no valor de R$ 4.276,57 e outra com a quantia de R$ 26.594,21 – ambas retiradas de sua conta de pessoa física.

Os cartões corporativos foram instaurados pelo governo para melhor controlar os gastos públicos, colocando os débitos dos políticos à vista da população no Portal da Transparência da Controladoria Geral da União (CGU). Em janeiro, Matilde Ribeiro aparecia como a campeã de gastos entre donos do cartão, com despesas em torno de R$ 175 mil. Nesta sexta-feira, a ministra anunciou a renúncia ao cargo e garantiu não estar arrependida.

Já Orlando Silva, para escapar de polêmicas envolvendo seu nome e colocando em dúvida sua gestão, tomou medida diferente. “Decidi recolher aos cofres públicos cada centavo utilizado pelo cartão corporativo desde que assumi o ministério, pois percebi que há um debate politizando uma questão administrativa. Temos a convicção de que cada gasto foi feito dentro da absoluta legalidade e quero que os órgãos de controle possam avaliar cada um dos gastos e chegar a uma conclusão, já que há controvérsias do que pode ou não”, pronunciou.

Cabeça tranqüila: O ministro dos Esportes, no entanto, espera ser ressarcido da quantia após avaliação. “Fiz todos meus gastos dentro da absoluta legalidade, dentro daquilo que estava estabelecido para o uso. Como se definiu uma discussão, vou aguardar a decisão sobre o que pode ser feito e a partir daí posso requerer a devolução”, prosseguiu. De acordo com Orlando Silva, grande parte dos gastos foi com hospedagens em cidades brasileiras, exceto Brasília (onde possui residência paga pelo governo federal) e São Paulo (onde moram suas esposa e filha).

Orlando Silva havia passado os últimos dias em Barcelona, na Espanha, como membro da Comissão de Candidatura do Rio de Janeiro como sede aos Jogos Olímpicos de 2016. Ao desembarcar no Brasil, acompanhou os escândalos envolvendo Matilde Ribeiro e optou pela devolução, uma vez que a situação havia chegado a um ponto insustentável.

“Na vida, tudo tem limite. Para vocês (jornalistas) terem uma idéia, chegaram a me perguntar se era razoável que eu permitisse que a minha filha de nove meses ocupasse o mesmo quarto de um apartamento; se isso não seria um gasto questionável do ponto de vista administrativo. Considerando uma agenda que vocês acompanham por vezes de 12, 14 e até 16 horas de trabalho, num período de final de semana, a hipótese de permitir que a minha filha, que ainda é amamentada pela própria mãe, seja questionada como ônus a mais, me pergunto se isso não seria demasiado e entrava na minha intimidade. Quando um repórter me perguntou o nome e a idade da minha filha para publicação, achei que ultrapassamos a barreira do bom senso”, criticou.

“Tenho 36 anos, sendo que 20 deles foram dedicados à militância. Sempre me pautei pelo respeito à conduta, pelo respeito e pela defesa da minha honra. Meus únicos patrimônios são a minha família, a minha honra e a minha integridade. O limite a que o caso chegou é o de atacar a minha família e a minha integridade, então foi preciso agir com sobriedade e colocar o foco nas questões concretas”, emendou.

Apesar da medida tomada, Orlando Silva defendeu o uso do cartão corporativo e apontou que mais políticos deveriam utilizá-lo. Embora tenha devolvido os quase R$ 31 mil gastos nos últimos dois anos, afastou a possibilidade de que outros políticos devam adotar a mesma medida e apontou que continuará utilizando o cartão.

http://www.gazetaesportiva.net/ge_noticias/bin/noticia.php?chid=121&nwid=43083

Presidente francês Sarkozy e Bruni casam-se no Palácio do Eliseu

Por Crispian Balmer e Sudip Kar-Gupta

PARIS (Reuters) - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, casou-se com a modelo e cantora Carla Bruni no Palácio do Eliseu, neste sábado, três meses após o início do namoro entre eles.

"A srta. Carla Bruni Tedeschi e o sr. Nicolas Sarkozy gostariam de anunciar que se casaram esta manhã na presença de suas famílias e na maior privacidade", disse comunicado oficial do gabinete de Sarkozy.

O casal optou por uma cerimônia civil discreta, realizada pelo prefeito do distrito de Paris onde fica a grandiosa residência oficial do presidente.

"Casei duas pessoas que moram na Rue du Faubourg St Honoré, 55", disse o prefeito François Lebel à rádio Europe 1, mencionando o endereço oficial do Palácio do Eliseu.

"A noiva trajava branco e estava belíssima, como sempre", disse ele, acrescentando: "O noivo também não estava nada mal."

Outra autoridade disse à Reuters que o casamento ocorreu às 11h (8h de Brasília) e a agência de notícias italiana Ansa publicou uma confirmação do casamento dada pela mãe de Bruni, Marisa Borini.

Sarkozy e Bruni indicaram no mês passado que planejavam se casar depois de um rápido romance e deixaram claro que seria um evento particular, longe dos olhos da imprensa.

A relação do casal vem atraindo a atenção da mídia e os índices de popularidade de Sarkozy despencaram nas últimas semanas, com os eleitores reclamando que o presidente está se concentrando demais em sua vida privada em vez de se dedicar aos problemas do país, incluindo a alta de preços e a queda da confiança do consumidor. http://br.reuters.com/article/entertainmentNews/idBRB10146020080202

Rebeldes invadem capital do Chade; ONU decide retirar funcionários

da Efe, no Cairo

da Folha Online

Combates entre as forças de segurança e os rebeldes da Frente Popular do Chade (FPCh) chegaram ao palácio presidencial, na capital N'djamena, segundo a rede de TV Al Jazira.

A emissora --um dos poucos veículos com um correspondente no país-- informou que os combates se concentram na sede da Presidência e no quartel-general das Forças Armadas.

Forças rebeldes invadiram a capital com uma coluna de 300 veículos, na maior ofensiva nos últimos 2 anos. Os insurgentes se confrontaram ontem com o Exército no nordeste do país

O governo do Chade diz que os rebeldes --que avançaram rapidamente nessa semana por meio da fronteira leste com a região de Darfur, no Sudão, estão armados e são apoiados pelo governo sudanês. Cartum nega as acusações.

A ONU decidiu retirar seus funcionários de N'Djamena devido aos confrontos entre rebeldes e o governo. "Decidimos retirar temporariamente nossa equipe que ainda está no país", disse William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado de Refugiados da ONU. "Estamos estudando agora como a retirada será feita. Como os confrontos continuam, ela será dificultada".

O órgão já havia retirado 51 funcionários da capital durante a madrugada deste sábado.

Não ficou claro quantos membros da ONU permanecem no país.

As embaixadas da França e dos EUA anunciaram que prepararam a retirada de seus cidadãos do país africano. A França instruiu seus cidadãos a se reunirem em três locais.

Os EUA pediram que seus cidadãos que queiram ser retirados do país vão até a embaixada.

UA

Em Addis Ababa, na Etiópia, onde líderes africanos estão reunidos, a União Africana (UA) expressou sua preocupação com a escalada da violência no Chade.

"Estamos muito preocupados com a situação atual", disse Jean Ping, o novo presidente da comissão da UA, à imprensa durante o evento.

O ministro de Relações Exteriores chadiano, Ahmat Allam-mi, acusou o Sudão de lançar a ofensiva rebelde para bloquear o destacamento de membros das forças de paz da União Européia (UE) -- que possuem mandato para proteger os milhares de refugiados do conflito em Darfur-- no leste do Chade.

"Desde que o destacamento destas forças foi anunciada, o governo sudanês intensificou os ataques", disse em Addis Ababa.

O Chade acusa autoridades sudanesas de terem apoiado anteriormente ações de vários grupos rebeldes, que lutam há anos contra o presidente chadiano, Idriss Deby.

Ele chegou ao poder em 1990, após um golpe de Estado.

Cartum, por sua vez, acusa o Chade de apoiar insurgentes sudaneses em Darfur.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u369178.shtml

1 de fev. de 2008

Matilde pede demissão e diz que funcionários a orientaram sobre cartão

Maria Lima, Ilimar Franco, Cristiane Jungblut e Luiza Damé - O Globo; O Globo Online

Matilde Ribeiro, ao anunciar sua demissão da Secretaria da Igualdade Racial - Agência Brasil

BRASÍLIA - A ministra Matilde Ribeiro , da Secretaria Especial de Promoção de Políticas de Igualdade Racial, pediu demissão do cargo e transferiu para dois funcionários da pasta parte da responsabilidade pelo mau uso do cartão corporativo. Martvs Chagas, secretário-adjunto, deve assumir o cargo.

- Se eu tivesse sido alertado do erro, eu teria corrigido antes, mas só fui alertada no momento atual - afirmou ela, que não respondeu à pergunta sobre se ela não teria discernimento para saber o que é certo ou errado, independentemente do que diziam assessores.

Em 2007, o gasto mensal de Matilde com os cartões foi de R$14,2 mil, 14 vezes mais que a média. Entre as irregularidades apontadas, a principal é a de que ela teria gasto R$ 118 mil na locação de carros em apenas um ano utilizando-se sempre da mesma locadora. Daria para comprar até dois carros executivos, modelo usado pela ministra em viagens.

O caso está sendo analisado pela Controladoria Geral da União (CGU) e pela Comissão de Ética Pública. A orientação da CGU, no entanto, é de que a ministra deveria ter realizado uma licitação para a escolha da locadora, em função da frequência do uso.

Em pronunciamento, a ministra comunica que informou a saída ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aceitou, e que ela tomou a iniciativa de exonerar os dois servidores. Os nomes dos funcionários não foram revelados. A informação deverá ser publicada no Diário Oficial.

" Esse erro não foi cometido exclusivamente por mim, então o tratamento será coletivo. "

- Diante de um erro administrativo, qualquer pessoa que cometa tem que responder a ele e a seqüência disso é uma ação como essa que acabei de ler para vocês. Erro foi erro e aconteceu comigo. Quanto aos assessores, antes de falar com o presidente eu tomei a atitude de exoneração de duas pessoas diretamente implicadas no caso. Esse erro não foi cometido exclusivamente por mim, então o tratamento será coletivo.

Em resposta a perguntas sobre se ela se sente vítima de preconceito racial por ser negra, a ministra demissionária foi evasiva:

- O país ainda é um país que enfrenta o preconceito e o racismo. E isso se denota em atitudes cotidianas. Eu não tenho mais nada a dizer sobre isso.

A ministra recebera nesta quinta-feira um ultimato de emissários do presidente: ou ela se demitira ou seria ou demitida. o Planalto preferiu agir antes da possibilidade de uma nova CPI.

Governo limita saques do cartão corporativo usado por ministros

Os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Jorge Hage (CGU) anunciam as mudanças nas regras do cartão corporativo usado por ministros e assessores - Givaldo Barbosa/O Globo

As suspeitas envolvendo Matilde Ribeiro e o minstro Altemir Gregolin (Pesca) provocaram mudanças nas regras de uso do cartão corporativo por autoridades. As medidas que estarão no decreto que será assinado pelo presidente Lula a foram anunciadas na quinta-feira pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e pelo ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União (CGU).

O cartão não poderá mais ser usado em saques em dinheiro, com exceção dos órgãos da Presidência, da vice-Presidência, da Polícia Federal, e dos ministérios da Saúde, da Fazenda, além de repartições no exterior. Ministros, porém, poderão autorizar saques de até 30% do limite do cartão, em casos excepcionais, e desde que justifiquem as despesas. Também estará vedado o uso do cartão para pagamentos de diárias de servidores em viagens a serviço e para compra de passagens. ( O que você acha das medidas? Opine)

Durante a entrevista, os dois ministros evitaram falar dos gastos de Matilde, mas deixaram claro que ela extrapolou no uso do cartão, ao citar, por exemplo, que 80% dos cartões corporativos têm gasto mensal de mil reais (o da ministra no ano passado teve gasto médio mensal de R$ 17 mil).

Garibaldi é contra CPI sobre uso do cartão

Nesta sexta-feira, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse que continua defendendo a apuração do mau uso de cartões corporativos por ministros, mas que nem sempre uma CPI é a melhor maneira de fazer isso. Segundo o peemedebista, por enquanto não é necessário uma comissão do tipo para analisar o caso, ao contrário do que vem defendendo parlamentares como o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

- As providências estão sendo tomadas. Não está havendo omissão nem leniência. Nem sempre a CPI é o único instrumento de apuração - afirmou.

Na quinta-feira, o ministro Paulo Bernardo ironizara a proposta.

- Você vai perguntar por que um ministro de Estado comprou uma tapioca por R$ 8,30? Vai virar o quê, a CPI da tapioca? - perguntou ele, para em seguida ponderar: - Se tiver necessidade de fazer, certamente que os parlamentares vão decidir fazer, mas eu acho que não é o caso.

http://oglobo.globo.com

Com oferta pelo Yahoo!, Microsoft manda recado para o Google

FELIPE MAIA

da Folha Online

A oferta de US$ 44,6 bilhões da Microsoft pela compra do Yahoo! é a mais clara tentativa da empresa de rivalizar com o Google na internet, seu maior obstáculo nesta seara. Trata-se do ápice de um processo em que a gigante dos softwares procura ganhar espaço no mercado on-line, de olho principalmente nos crescentes ganhos com publicidade.

No comunicado enviado ao Yahoo!, a Microsoft deixa claro que seu objetivo no negócio é ganhar espaço no mercado de publicidade on-line.

Em clara referência ao Google, a empresa afirma: "Hoje o mercado é cada vez mais dominado por um 'player' que está consolidando seu domínio por meio de aquisições. Juntos, Microsoft e Yahoo! podem oferecer uma alternativa confiável para consumidores, anunciantes e editores".

Ng Han Guan/AP
"Nós estamos confiantes de que esse é o caminho certo para a Microsoft e para o Yahoo!", diz Steve Ballmer, da Microsoft
"Nós estamos confiantes de que esse é o caminho certo para a Microsoft e para o Yahoo!", diz Steve Ballmer, da Microsoft

De acordo com a Microsoft, o mercado de publicidade on-line está crescendo rápido --deve passar de US$ 40 bilhões em 2007 para quase US$ 80 bilhões em 2010, nas contas da empresa.

Contra-ataque

"A Microsoft está tentando se adiantar para um embate na área de publicidade on-line. Com o negócio, a Microsoft impede que Google tente comprar o Yahoo! ou fazer uma fusão. Se isso acontecesse, a Microsoft ficaria isolada no mercado de softwares", afirma José Calazans, analista de mídia do Ibope/NetRatings.

Para Calazans, caso o negócio se concretize, o Google vai contra-atacar e também colocar os pés no principal mercado do concorrente. "Provavelmente o Google vai ser levado a apostar em sistemas operacionais e programas on-line. Há um interesse em que isso se desenvolva", afirma o analista.

Diante desse cenário, a Microsoft parece determinada a fechar o negócio. Durante uma entrevista coletiva realizada hoje, o executivo-chefe da empresa, Steve Ballmer, sugeriu que não vai aceitar um "não" do Yahoo!.

"Essa é uma decisão sobre a qual nós [a Microsoft] --e eu-- pensamos muito e durante muito tempo", afirmou Ballmer. "Nós estamos confiantes de que esse é o caminho certo para a Microsoft e para o Yahoo!".

Analistas internacionais consideram que o negócio pode ser positivo para as duas empresas. "Já era hora. Ótimo para a Microsoft. Ótimo para os acionistas do Yahoo!. Esses mercados de internet são segmentos 'um-vencedor-leva-tudo' e não podem ser construídos. O tempo é muito valioso. O Yahoo! tem umas das melhores posições na internet porque integrou propaganda com buscas", afirma Laura Martin, analista da Soleil-Media Metrics, em Nova York.

Processo

Em outubro do ano passado, a empresa fundada por Bill Gates pagou US$ 240 milhões por uma fatia de apenas 1,6% do site de relacionamentos Facebook. Antes, a companhia já havia desembolsado US$ 6 bilhões pela empresa de marketing digital aQuantive.

A compra da Musiwave, que atua no mercado de músicas para celular, e da Multimap, de mapas on-line são outros exemplos desse movimento. A Microsoft já havia inclusive tentado um acordo com o Yahoo! entre o fim de 2006 e o começo de 2007 --de parcerias comerciais a uma fusão. Entretanto, as propostas foram rejeitadas.

A Microsoft vê a compra do Yahoo! como uma chance de fazer frente ao Google no mercado de buscas, que, com o sistema de links patrocinados, fica com grande parte do investimento em publicidade na internet.

Sozinho, o Google tem uma participação no mercado de buscas maior que todos os seus concorrentes juntos. Segundo a consultoria comScore, em dezembro, o Google foi utilizado para 62,4% das buscas, seguido pelo Yahoo!, com 12,8%. Já a Microsoft ficou com apenas 2,9%.

"É um negócio interessante. Separadas, ambas as empresas não conseguem gerar escala [no mercado de buscas]. Juntas, mesmo que somadas ainda sejam menores que o Google, elas passam a ser um 'player' mais relevante", afirma Marcelo Sant'Iago, diretor de novos negócios da MidiaClick e ex-presidente do IAB (Interactive Advertising Bureau) Brasil.

Regulamentação

Entretanto, caso concluído, o negócio ainda terá de ser aprovado por entidades reguladoras de comércio. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos já anunciou que está "interessado" em analisar o impacto do negócio sobre o mercado. A Microsoft disse esperar que o negócio seja fechado e seja aprovado por órgãos reguladores ainda este ano.

Pela proposta da Microsoft, os acionistas do Yahoo! poderão escolher se querem receber sua parte no negócio em dinheiro ou em ações da Microsoft. Caso escolham a última opção, eles se tornariam acionistas da empresa de Bill Gates. No total, a Microsoft se propõe a pagar metade em dinheiro e metade em ações.

De acordo com Microsoft, o acordo pode gerar uma economia de gastos no valor de US$ 1 bilhão --no comunicado, a empresa fala em "eliminar a infra-estrutura redundante e custos operacionais duplicativos".

Crise

A oferta ocorre na mesma semana em que o Yahoo! anunciou que vai demitir mil empregados, o que representa 7% de seu quadro de funcionários. Trata-se da maior eliminação de postos de trabalho que a empresa promove desde a sua fundação. Atualmente, a empresa conta com 14.300 funcionários.

Na terça-feira (29), a empresa divulgou o balanço dos negócios referente ao quarto trimestre de 2007. O Yahoo! registrou um lucro líquido de US$ 206 milhões, 23% a menos do que no mesmo período do ano anterior.

Com informações das agências France Presse, Associated Press, Reuters e France Presse

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u368947.shtml