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8 de abr. de 2008

Governo brasileiro faz apelo para libertação de Ingrid Betancourt

Da Agência Brasil

O governo brasileiro publicou nesta terça-feira (8) um apelo formal para libertação da ex-candidata presidencial colombiana Ingrid Betancourt, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Em nota à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores também pediu a soltura de outros cidadãos seqüestrados pela guerrilha.
“Ao condenar o seqüestro como prática inaceitável, o Governo brasileiro apela para que Ingrid Betancourt e outros cidadãos que estão em poder das Farc, em especial aqueles cuja saúde inspira mais cuidados, sejam prontamente libertados”, aponta o texto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia se manifestado sobre o caso. Na última terça-feira (1), ele declarou “solidariedade irrestrita” ao pedido de libertação feito pelo chefe de estado francês Nicolas Sarkozy.
Refém há seis anos, Betancourt tem estado de saúde delicado. Semana passada, um médico que prestava serviço às Farc confirmou que a franco-colombiana, além de estar desnutrida, sofre com dois tipos de malária.
http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2737380&sub=Mundo
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7 de abr. de 2008

Sarkozy agradece Cristina Kirchner; Clara Rojas pede que Betancourt resista

da Folha Online

Um dia após a presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, ter participado de uma marcha a favor da libertação de Ingrid Betancourt, seu colega francês, Nicolas Sarkozy, agradeceu por sua mobilização em favor da libertação dos reféns das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Os esforços pela libertação dos reféns da guerrilha colombiana e pelo desenvolvimento das relações entre França e Argentina, principalmente as econômicas, foram as questões que dominaram o almoço de trabalho realizado nesta segunda-feira entre os dois chefes de Estado, informou o Palácio do Eliseu.

Arte Folha Online
mapa colômbia

Em uma breve declaração à imprensa após a "magnífica" reunião, Cristina anunciou o "compromisso" de Sarkozy de visitar "oficialmente" a Argentina no início de 2009.

Será "um orgulho e uma oportunidade de relançar esta magnífica relação" histórica entre os dois países, afirmou Cristina, que destacou o "interesse manifesto" de Sarkozy em "aprofundar" as relações bilaterais.

A presidente argentina, cuja visita-relâmpago a Paris termina hoje, não comentou os assuntos discutidos no almoço de trabalho, que durou mais de uma hora e do qual já tinha sido antecipado que um dos temas dominantes seriam os esforços em favor da libertação dos reféns das Farc.

Sarkozy agradeceu a Cristina por seus esforços nesta questão, assim como sua participação ontem na "marcha" em prol da libertação de Betancourt e de outros reféns da guerrilha, disse o Palácio do Eliseu.

As fontes aproveitaram para reafirmar que "não está na ordem do dia" a retirada da missão humanitária enviada pela França à Colômbia para entrar em contato com as Farc.

Clara Rojas

A ex-candidata à vice-presidência da Colômbia e ex-refém das Farc Clara Rojas pediu nesta segunda-feira que a companheira Ingrid Betancourt não pense na morte como solução para o drama do cativeiro e que renove suas esperanças.

06.abr.08/Jacques Brinon/AP
Ex-marido de Betancourt, Carla Bruni e filho do presidente francês durante protesto
Ex-marido de Betancourt, Carla Bruni e filho do presidente francês durante protesto ontem

Rojas, libertada no dia 10 de janeiro depois de quase seis anos em poder das Farc, se dirigiu a Betancourt em um programa da rádio RCN, que envia mensagens de alento aos reféns. "Não contemple a morte como uma solução", pediu Rojas a Betancourt. Rojas aconselhou que ela se alimente e aceite os remédios que deve tomar para tratar seus problemas de saúde. Além disso, pediu que ela "renove suas esperanças e seus pensamentos".

"Que guarde a esperança de que vai voltar, que com a ajuda de Deus vai estar aqui e que nem sequer contemple a possibilidade de que a morte é uma solução mais doce, como ela disse uma vez poeticamente", disse.

"Deprimir-se traz uma baixa das defesas e a baixa traz enfermidades", disse. Clara Rojas teve um filho, batizado de Emanuel, há mais de três anos como resultado de relações com um rebelde não identificado.

Missão

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores francês, Bernard Kouchner, afirmou que a missão humanitária para ajudar na libertação de Betancourt precisa de mais tempo.

Kouchner também disse que a saúde de Betancourt pode não estar tão ruim quanto se acredita. O filho de Betancourt, Lorenzo Delloye, disse que ela está se aproximando da morte depois de mais de seis anos como refém. As preocupações sobre sua saúde motivaram a França a enviar uma missão humanitária para a Colômbia na semana passada.

A missão parece ter feito pouco progresso, já que os oficiais não conseguiram contato com os rebeldes que mantêm Betancourt refém.

Kouchner disse à LCI Television que a missão está esperando uma resposta dos rebeldes, mas insistiu que a equipe não está parada.

"Não vamos sair após 24 horas", disse. "Então, precisamos de mais tempo. Estamos esperando", afirmou. "A França está pronta para fazer qualquer coisa" para ajudar a libertar Betancourt, completou o ministro.

Questionado sobre a saúde da refém franco-colombiana, ele disse: "Nós temos a impressão que ela não só está viva como está melhor do que se diz".

Com agências internacionais

www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u389732.shtml

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6 de abr. de 2008

Protestos marcam passagem da tocha olímpica por Londres

Agências Internacionais
Protesto contra a passagem da tocha em Londres / Reuters

LONDRES - A passagem da tocha olímpica por Londres está sendo marcada por protestos pró-Tibete sob a neve que cai na cidade no início da primavera européia.

O início da jornada da tocha na capital britânica foi no estádio de Wembley, de onde o remador Steve Redgrave, detentor do maior número de medalhas olímpicas pelo país, saiu correndo empunhando a tocha.

Mesmo antes da saída da tocha de Wembley, houve confusão gerada por manifestantes pró-Tibete e três pessoas foram detidas pela polícia.

Os protestos continuaram e apesar do cerco policial um manifestante conseguiu agarrar a tocha nas mãos da apresentadora do programa infantil Blue Peter, Konnie Huq.

Os manifestantes acenavam bandeiras do Tibete que diziam: "Libertade ao Tibete", "Parem de matar no Tibete", "Não à tocha olímpica do Tibete" e "China, converse com o Dalai Lama"

Até o momento, a polícia britânica diz ter detido pelo menos 15 pessoas durante a passagem da tocha olímpica por Londres.

Milhares de pessoas enfrentaram a neve em Londres para assistir à passagem da tocha pela cidade e grupos pró-China também saíram às ruas para mostrar seu apoio aos jogos olímpicos.

A tocha também deve passar por Downing Street, residência do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que disse neste sábado que não vai boicotar os Jogos Olímpicos de Pequim para forçar um entendimento entre a China e o Tibete, argumentando que o próprio Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos, se opõe a uma ação deste tipo.

Gordon Brown disse que vai participar da cerimônia de passagem da tocha olímpica pela capital britânica, apesar de ter recebido pedidos para se abster do evento.

- O próprio Dalai Lama não quer ver um boicote dos Jogos Olímpicos e é por isso que eu disse que como país-sede dos jogos de 2012 eu vou aos jogos (de Pequim) assim como sei que muitos outros vão - afirmou Brown em uma conferência internacional de líderes de centro-esquerda.

Diálogo

Brown ressaltou que é "importante reconhecer que as tensões entre os tibetanos e as autoridades chinesas só podem ser resolvidas por meio do diálogo".

As declarações de Brown foram feitas após o jornal francês Le Monde publicar uma reportagem citando que a ministra francesa dos Direitos Humanos, Rama Yade, teria imposto condições para que o presidente Nicolas Sarkozy compareça aos jogos.

A ministra, no entanto, negou neste sábado que tenha "imposto condições" e disse ter sido citada "erroneamente" pelo diário francês.

Segundo o Le Monde, a ministra teria dito que Sarkozy só irá aos Jogos se a China puser fim à violência contra a população e libertar prisioneiros, esclarecer os eventos ocorridos no Tibete e abrir negociações com o Dalai Lama.

Ainda assim, analistas acreditam que com a passagem da tocha por Paris na segunda-feira, alguns membros do governo devem deixar claro sua intenção de não comparecer à cerminônia de abertura das Olimpíadas.

A tocha olímpica está sendo repassada entre 80 atletas, artistas e autoridades em Londres, que percorrem ao todo quase 50 quilômetros pelas ruas da cidade.

http://oglobo.globo.com/esportes/olimpiadas2008/mat/

2008/04/06/protestos_marcam_passagem_da_tocha_

olimpica_por_londres-426711684.asp

Nardoni era considerado um 'paizão' pelos amigos

Herculano Barreto Filho, Diário de S.Paulo

SÃO PAULO - Quando entrou no curso noturno de Direito das Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG), em fevereiro de 2002, Alexandre Nardoni era tido como um sujeito reservado. Na época, tinha 23 anos e estava prestes a ser pai pela primeira vez. A então namorada Ana Carolina de Oliveira, com 17 anos, estava grávida de sete meses. No dia 18 de abril, Isabella nasceu. Mas o relacionamento com a mãe da menina já dava sinais de que não teria um futuro promissor. No fim do ano, eles romperam o namoro.

No ano seguinte, Alexandre se encantou por Anna Carolina Peixoto Jatobá, uma colega de sala conhecida na alta sociedade de Guarulhos.

"Nossa, você acabou de sair de uma fria e já vai entrar em outra? Vai com calma, né?", comentou o amigo Pablo Fernando Mariano da Silva. "É mesmo, né? Eu não agüento mais repetir o mesmo nome", brincou Alexandre.

O novo casal não se desgrudava na faculdade. Em 2004, Anna Carolina Jatobá engravidou e pediu transferência para o turno da manhã. Durante a gravidez, voltava de carona com uma colega para o apartamento onde morava com os pais, num bairro de classe média de Guarulhos. Trancou a matrícula no fim de 2005, no 6 semestre, e nunca mais voltou a estudar.

Às vésperas de se tornar pai pela segunda vez, com apenas 25 anos, Alexandre se aproximou dos colegas de faculdade. Assim que caíram as formalidades, passou a ser chamado de Alê.

A imagem de sujeito fechado só persistiu para aqueles com quem não tinha intimidade. Com os amigos, era um tipo brincalhão, que repetia um bordão quando encontrava a turma. "E aí, Joe?", dizia, provavelmente referindo-se à música "Hey, Joe", de Jimmy Hendrix.

De olho no relógio

Logo Alexandre assumiu a imagem de paizão da turma. Pela forma carinhosa como falava da filha Isabella e por estar sempre de olho no relógio quando saía com os colegas à noite. Entre 2005 e 2006, eles iam a uma danceteria às quintas-feiras.

Apaixonado por motos, fazia questão de exibir as cicatrizes nos cotovelos e joelhos. Como marcas de guerra provocadas pelas quedas sofridas enquanto fazia manobras radicais nos domingos pela manhã num ponto de encontro de motoqueiros em São Paulo.

São-paulino, Alexandre adorava jogar bola. Conseguiu reunir os colegas em partidas de futebol soçaite nas sextas-feiras à noite, numa quadra no Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo. Ele costumava levar o pai nas partidas, e brilhava mais com a bola do que com os livros.

Na faculdade, não passava de um aluno esforçado. No futebol, se beneficiava da velocidade e do porte físico avantajado para se destacar nos poucos jogos do time da faculdade. O futebol das sextas-feiras só persistiu pelo período de um mês, porque o horário noturno comprometia a assiduidade da turma nas aulas no dia seguinte.

Nos dias de semana, antes das aulas, o grupo se encontrava no saguão da faculdade para uma roda de bate-papo por 20 minutos. No intervalo, às 21h, Alexandre comia pão de queijo com iogurte na cantina.

Ele só mantinha um certo distanciamento quanto às suas relações profissionais, porque trabalhava como estagiário na consultoria tributária do pai. E nutria um certo receio de que os colegas se aproximassem dele para conseguir uma oportunidade na empresa da família.

Notícia do crime provoca choque

Depois da formatura, no fim de 2006, Alexandre se distanciou do pessoal da faculdade. Mas, recentemente, ele se encontrou por acaso com Ricardo Antônio Lázaro, de 27 anos, próximo à consultoria de seu pai. Lázaro tinha ido ao Fórum Federal quando deu de cara com o ex-colega. Em clima de descontração, papearam por cerca de 15 minutos, sentados em uma mureta da Avenida Paulista.

Pouco tempo depois, Lázaro relatou essa conversa durante encontro com outros ex-colegas num boteco de Guarulhos, na Grande São Paulo. Foi assim que a turma ficou sabendo que Alexandre estava feliz porque tinha recém mobiliado o apartamento onde morava com a mulher, Anna Carolina Jatobá.

Mas as últimas informações a respeito de Alexandre, recebidas pela imprensa, provocaram um choque. O fato de ele estar preso como suspeito de um crime bárbaro causou grande comoção na turma.

Mesmo assim, os amigos ainda guardam a imagem do cara que gostava de freqüentar churrascarias e de jogar truco nos encontros nos finais do semestre, na casa de Fernando Nobrega Pereira, de 25 anos.

Alguns dos colegas iam acompanhados pelas namoradas. Alexandre, não. Fabio de Almeida Roque, de 30 anos, que também era da turma de Alexandre, ainda guarda no computador as fotos do colega nos tempos de faculdade. A cada registro dos churrascos ou do bota-fora da faculdade - como se refere à festa de despedida, no fim de 2006 - Fabio não esconde o sorriso e faz comentários sobre o amigo Alê.

Agora, num canto do seu escritório, que fica numa rua sem saída da área central de Guarulhos, coleciona todas as reportagens sobre o caso da morte de Isabella. Ele resume o sentimento do grupo de velhos amigos:

- Nós não acreditamos que ele tenha cometido esse crime - diz Fabio.

http://oglobo.globo.com/sp/mat/2008/04/06/nardoni_era_considerado

_um_paizao_pelos_amigos-426711696.asp

5 de abr. de 2008

Pai de Yves Ota chama mãe de Isabella para fazer campanha contra violência

Convite foi feito neste sábado (5) durante almoço na casa de Ana Carolina de Oliveira. Mãe de Isabella Nardoni passou aniversário na Zona Norte de SP.
Carolina Iskandarian Do G1, em São Paulo

Massataka Ota, pai de Yves Ota, anunciou neste sábado (5) que vai se juntar a Ana Carolina de Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, para começar uma campanha contra a violência nos estádios de futebol.

Veja a cronologia do caso

Ota e a mulher almoçaram com Ana Carolina, que completou 24 anos neste sábado e perdeu a filha há uma semana, na casa dela, na Vila Gustavo, Zona Norte de São Paulo. Eles chegaram por volta das 14h e levaram flores. “Vamos fazer essa campanha nos estádios pedindo paz. Não queremos mais violência. A gente vai poder trazer paz nos estádios e levar nossa família para assistir aos jogos no Brasil todo”.

A afirmação foi feita por Ota após ele e a mulher deixarem a casa de Ana Carolina, que os acompanhou até a porta. Ota contou ainda que eles pretendem assistir aos jogos com camisas do Yves e da Isabella. Ele disse que já procurou o presidente do time da Portuguesa, e que pretende procurar dirigentes de outros times, como o São Paulo, para realizar a campanha. Pela conversa com os dirigentes da Portuguesa, segundo o comerciante, ficou definido que a campanha já começaria a partir deste mês.

Casal abençoado

Ao deixar os dois na porta, a mãe de Isabella Nardoni afirmou que Ota e a mulher eram um casal abençoado. “Esse casal é da paz. Eles são iluminados”, disse. Ao longo do dia, Ana Carolina recebeu várias mensagens de solidariedade, flores e presentes de amigos.

Moradores da comunidade também deram apoio à família, erguendo cartazes em que pediam justiça e definiam Isabella como “um anjo” e “uma estrelinha”.

Versão do pai

A polícia trabalha sobre a versão contada pelo pai da criança que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30.

Alexandre Nardoni afirma que deixou o imóvel trancado depois de colocar a menina na cama. Quando subiu, viu que ela não estava no cômodo e percebeu que a tela de proteção na janela estava rasgada. Em seguida, relatou ter visto o corpo da criança no jardim.

Em cartas divulgadas à imprensa nesta semana Alexandre e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, dizem não serem culpados pela morte e afirmam que a “verdade prevalecerá”.

Investigações

O promotor Francisco José Taddei Cembranelli disse na sexta-feira (4) que não descarta a possibilidade de ela ter sido colocada na grama do jardim e não ter sido arremessada. “Isso vai se comprovar com a conclusão das investigações policiais”, disse ele, em entrevista coletiva à imprensa. Segundo ele, todas as hipóteses serão averiguadas.

Na opinião do promotor, entre os pontos que devem ser esclarecidos, está o momento em que a família chegou ao prédio e subiu ao apartamento. De acordo com o inquérito, o casal teria chegado ao prédio por volta das 23h30 e o porteiro diz ter ouvido um barulho, que seria da queda de Isabella, entre 23h45 e 23h55.

Segundo a versão dada pelo pai à polícia, não se passaram mais que cinco ou sete minutos o período em que ele leva a criança para o apartamento, retorna ao carro e volta a subir para o apartamento no 6º andar. Ainda segundo Cembranelli, até que os bombeiros e policiais chegassem, o corpo de Isabella não foi tocado. “Não foi mexido. Não houve desespero de ninguém em prestar um socorro imediato”, afirmou.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL389493-5605,00

-PAI+DE+YVES+OTA+CHAMA+MAE+DE+ISABELLA+PARA+

FAZER+CAMPANHA+CONTRA+VIOLENCIA.html

Oposição diz que governo do Zimbábue prepara guerra

Agencia Estado
O líder da oposição no Zimbábue acusou hoje o presidente Robert Mugabe de estar preparando uma "guerra contra a população". Morgan Tsvangirai, líder do Movimento pela Mudança Democrática, disse que o partido está relutante em tomar parte no segundo turno das eleições presidenciais, porque o clima de medo está aumentando. Ele, no entanto, não voltou a falar em ameaças de boicote. "O governo está preparando uma guerra contra a população e a violência será armada. Portanto, não é justo nem razoável para o presidente Mugabe convocar um segundo turno", afirmou Tsvangirai.
De acordo com ele, um segundo turno é desnecessário devido à sua vitória nas eleições presidências já no primeiro turno. Seu partido diz que Tsvangirai teve 50,3% dos votos, mas a Comissão Oficial Eleitoral continua a se negar a divulgar os resultados. As autoridades da oposição disseram que o partido poderá entrar com novo pedido na Corte Suprema amanhã para forçar a comissão a publicar os resultados. Hoje, os advogados da oposição impediram a entrada dos advogados da oposição na Corte Suprema do país.
Tsvangirai disse que a restrição veio depois que Mugabe mobilizou as tropas militares e os veteranos da guerrilha. O medo aumentou depois que os veteranos de guerra foram convocados porque no passado eles eram usados para combater a oposição. Os resultados oficiais para as eleições parlamentares mostraram que o partido do governo perdeu a maioria dos 210 assentos no parlamento pela primeira vez desde a independência em 1980. No resultado final, as 60 cadeiras do senado foram dividas igualmente entre o partido do governo e a oposição, com 30 assentos cada.
Mugabe, de 84 anos, está no poder desde que a guerrilha armada o ajudou na independência do Zimbábue em 1980. Mas a sua popularidade vem caindo constantemente pelo recuo na economia, seguida de medidas violentas contra os agricultores, desde 2002, que transformaram os antigos exportadores de alimentos dependentes de ajuda internacional. Desde então, um terço da população deixou o país e 80% está desempregada.
www.atarde.com.br/mundo/noticia.jsf?id=862819