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21 de out. de 2017

Mártires no império ( III )



Os mártires de Tebas, Tiro e Ponto 

3.2. Os Mártires da Tebaida (Egito) "Não há palavras suficientes para falar das torturas e dores padecidas pelos mártires da Tebaida, dilacerados no corpo todo com cacos de louça até que expirassem. Em lugar dos ganchos de ferro, as mulheres que, amarradas ao alto por um pé e, por meio de roldanas, puxadas pela cabeça para baixo, com o corpo inteiramente nu, oferecendo aos olhares de todos o mais humilhante, cruel, e desumano dos espetáculos.

Outros morriam acorrentados aos troncos de árvores. Através de mecanismos, os carnífices dobravam ramos de árvores puxando, unindo-os, aos ramos mais duros, e amarravam a cada um deles as pernas dos mártires, deixando, depois que os ramos voltassem à sua posição natural, produzindo então um esquartejamento total dos homens contra os quais eram arquitetados tais suplícios.

Todas essas coisas não aconteceram por poucos dias ou por breve tempo, mas duraram por um longo período de anos; todos os dias pessoas eram mortas, algumas vezes, mais de dez, outras, mais de vinte, outras vezes ainda não menos de trinta, ou até mesmo cerca de sessenta pessoas. Num só dia foram dados à morte, acertadamente, cem homens com seus filhinhos e mulheres, justiçados através de um constante seguir-se de refinadas torturas.

Nós mesmos, presentes no lugar da execução, constatamos que num só dia foram mortas em massa fileiras de pessoas, em parte decapitadas, em parte queimadas vivas, tão numerosas eram os mortos, a ponto de fazer com que os carnífices perdessem as forças, e até mesmo quebrar, a lâmina de ferro que matava, enquanto os próprios carnífices, cansados, deviam ser substituídos.

Contemplamos então, o maravilhoso vigor, a força verdadeiramente divina e o zelo dos crentes em Cristo, o Filho de Deus. Tão logo, de fato, era pronunciada a sentença contra os primeiros condenados, outros surgiam de vários lugares diante do tribunal do juiz declarando-se cristãos, prontos a submeterem-se, sem sombra de hesitação, às terríveis penas e aos múltiplos gêneros de tortura que eram preparados contra eles.

Corajosos e intrépidos na defesa da religião do Deus do universo, acolhiam a sentença de morte com gestos de alegria e risos de júbilo, a ponto de entoarem hinos e cânticos e dirigir ações de graças ao Deus do universo, até o momento em que exalavam o último suspiro.

Realmente maravilhosos esses cristãos, mas ainda mais maravilhosos os que, gozando no século de uma brilhante posição devido à riqueza, nobreza, cargos públicos, eloquência, cultura filosófica, puseram tudo isso depois da verdadeira religião e da fé no Salvador e Senhor nosso, Jesus Cristo" (Eusébio, História Eclesiástica, l. VIII, c. 9).

3.3. Os mártires de Tiro da Fenícia. ”Foram também admiráveis, os que testemunharam a sua fé na própria terra, onde homens, mulheres e crianças, aos milhares, enfrentaram vários gêneros de morte pelo ensinamento do nosso Salvador.

Alguns foram queimados vivos, depois de terem sido submetidos a raspagens, ganchos, chicotadas, e outros milhares de refinadas torturas, terríveis só de ouvir. Outros foram lançados ao mar, outros ofereceram corajosamente a cabeça aos carnífices, outros morreram durante as próprias torturas ou esgotados pela fome. Outros ainda foram crucificados, quem da maneira comum aos ladrões, quem de maneira ainda mais cruel, isto é, pregados com a cabeça para baixo e vigiados até à morte, ou seja, até quando morriam de fome nos mesmos patíbulos” (Eusébio, História Eclesiástica, l. VIII, c. 8).

3.4. Os mártires do Ponto (Ásia Menor) "Os mártires das cidades do Ponto padeceram sofrimentos terríveis: alguns tiveram os dedos perfurados com bambus pontiagudos a partir da extremidade das unhas; para outros, fazia-se o derretimento de chumbo e, quando a matéria ardia e fervia, era derramada nas costas da vítima e as partes vitais do corpo eram queimadas.

Outros sofreram, em seus membros mais íntimos e nas vísceras, torturas repugnantes, cruéis, intoleráveis mesmo só de ouvir, que os ilustres juízes, vigilantes da lei, inventavam cheios de zelo, ostentando toda a própria maldade, como se fosse uma sabedoria particular, e concorrendo um com o outro na superação de invenções cruéis, como quem disputa os prêmios de uma competição.

O cúmulo da desventura abateu-se sobre os cristãos quando as autoridades pagãs, cansadas do excesso dos massacres e das mortes, saciadas do sangue derramado, assumiram uma atitude que, segundo eles, era de brandura e benignidade, parecendo que já não seriam capazes de excogitar algum castigo terrível contra nós.

Não seria justo - diziam eles - manchar cidades inteiras com o sangue de cidadãos, nem agir de modo a culpar de crueldade a suprema autoridade dos soberanos, benévola e branda para com todos; era necessário, contudo, estender a todos o benefício do humano poder imperial, não mais condenando ninguém à morte; pela indulgência dos imperadores foi, de fato, abolida esta pena em relação a nós.

Ordenou-se, então, que se arrancassem os olhos aos nossos irmãos e se lhes estropiasse uma perna, porque isso, segundo os pagãos, era um ato de humanidade e a mais leve das penas que se podiam aplicar. Como consequência dessa "generosidade" dos ímpios soberanos, não era possível dizer que se visse uma multidão de pessoas sem que a espada não tivesse arrancado a alguém o olho direito e, em seguida, cauterizado.

A outros, com ferros em brasa, era estropiado o pé esquerdo sob a articulação, depois do que eram destinados às minas de cobre das províncias, não tanto para que pudessem dar algum rendimento mas para aumentar a miséria e a desventura da situação deles.

Além destes, tão martirizados, havia outros submetidos a outras provas que nem sequer é possível nomear, porque as "bravuras" realizadas contra nós superam qualquer descrição. Distinguindo-se nessas provas sobre toda a terra, os nobres mártires de Cristo surpreendiam os que foram testemunhas do seu valor, e através de sua conduta ofereceram provas evidentes da secreta e realmente divina força do nosso Salvador. Seria muito longo, para não dizer impossível recordar o nome de cada um". (Eusébio, História Eclesiástica, l. VIII, c. 12)



Organizado e publicado por
  Domingos Teixeira Costa



20 de out. de 2017

Mártires no império ( II )


Continuação

3.1. Os mártires de Alexandria (Egito) "De uma carta de Filéias aos habitantes de Tmuis" Filéias, bispo da Igreja de Tmuis, cidade a leste de Alexandria, era famoso pelos cargos civis que ocupou em sua pátria, pelos serviços prestados e também pela cultura filosófica. Jovem, nobre, riquíssimo, tinha mulher e filhos, e parece acertado que fossem pagãos. Da prisão, escreveu uma carta em que descreve os massacres de cristãos, que assistiu pessoalmente, e exalta a coragem e a fé dos mártires.

Padeceu o martírio por decapitação em 306. "Fiéis a todos esses exemplos, sentenças e ensinamentos que Deus nos dirige nas divinas e sagradas Escrituras, os bem-aventurados mártires que viveram conosco, sem sombra de incertezas, fixaram o olhar da alma no Deus do universo com pureza de coração; aceitando no espírito a morte pela fé, responderam firmemente ao chamado divino, encontrando o Senhor nosso Jesus Cristo, que se fez homem por amor de nós, para cortar o pecado pela raiz e dar-nos o viático para a viagem à vida eterna.

O Filho de Deus, com efeito, embora sendo de natureza divina, não quis valer-se da sua igualdade com Deus, preferindo aniquilar-se a si mesmo, tomando a natureza de escravo e tornando-se semelhante aos homens, como homem humilhou-se até à morte, à morte de cruz.

Os mártires, portadores de Cristo, aspirando, pois, aos mais elevados carismas, enfrentaram todo sofrimento e todo gênero de torturas imaginados contra eles, e não só uma, mas até mesmo uma segunda vez; diante das ameaças, com que os soldados competiam entre si no lançar-se contra eles com palavras e atitudes, não retrataram a própria convicção, porque "a caridade perfeita afasta o terror" (1Jo 4,18).

Que discurso seria suficiente para narrar suas virtudes e sua coragem diante de cada prova? Entre os pagãos, qualquer um podia insultar os mártires e, por isso, alguns batiam neles com bastões de madeira, outros com vergas, outros com chicotes, outros com cintos de couro, outros ainda com cordas.

O espetáculo dos tormentos era muito variado e extremamente cruel. Alguns, com as mãos amarradas, eram pendurados numa trave, enquanto instrumentos mecânicos puxavam seus membros em todos os sentidos; os carnífices, seguindo a ordem do juiz aplicavam no corpo todo os instrumentos de tortura, não só nas costas, como era costume fazer com os assassinos, mas também no ventre, nas pernas, nas faces.

Outros, pendurados fora do pórtico, por uma só mão, sofriam a mais atroz das dores pela tensão das articulações e dos membros. Outros eram amarrados às colunas, com o rosto voltado um para o outro, sem que os pés tocassem o chão, e pelo peso do corpo as juntas eram necessariamente esticadas pela tração.

Suportavam tudo isso não só enquanto o governador se entretinha a falar com eles no interrogatório, mas por pouco menos de uma jornada. Enquanto o governador passava para examinar os demais, ordenava aos seus dependentes que olhassem atentamente se por acaso, alguém, vencido pelos tormentos, acenasse ao cedimento, e impunha que se lhes estivesse inexoravelmente por perto, também com as correntes e quando, depois disso, tivessem morrido, puxassem-nos para baixo e arrastassem-nos pela terra.

Essa de fato, era a segunda tortura, pensada contra nós pelos adversários: não ter nem sequer uma sombra de consideração por nós, mas pensar e agir como se já não existíssemos. Houve também aqueles que, depois de terem padecido outras violências, foram colocados no cepo com os pés separados até ao quarto furo, de modo que necessariamente ficavam de costas no cepo, pois não podiam ficar em pé por causa das profundas feridas recebidas em todo o corpo durante o espancamento.

Outros, ainda, jogados por terra, jaziam subjugados pelo peso das torturas oferecendo, de modo bem mais cruel aos espectadores, a visão da violência feita contra eles, porque traziam as marcas das torturas no corpo todo.

Alguns, nessa situação, morriam em meio aos tormentos, cobrindo de vergonha o adversário com a própria constância; outros, semi mortos, eram trancados na prisão onde expiravam poucos dias depois, sucumbindo às dores; os que sobravam com a saúde recuperada graças aos cuidados médicos, animavam-se de renovada coragem com o tempo e o contato com os companheiros de prisão.

Dessa forma, então, quando o edito imperial concedeu a faculdade de escolher entre aproximar-se dos sacrifícios ímpios e não serem perturbados, obtendo uma liberdade criminosa das autoridades do mundo, ou não sacrificar, aceitando a condenação capital, os cristãos corriam alegres para a morte, sem nenhuma hesitação.

 Eles conheciam, de fato, o que fora predestinado e anunciado pelas sagradas Escrituras: "Quem sacrificar aos deuses estranhos - diz o Senhor - será exterminado" (Ex 22,20) e "Não terás outro Deus além de mim" (Ex 20,3).


Conclui Eusébio: "São essas as palavras que o mártir, realmente sábio e amigo de Deus, escrevia do cárcere aos fiéis da sua igreja, antes da sentença capital, descrevendo a situação em que se encontrava, e exortando-os a permanecer firmes na fé em Cristo, mesmo depois da sua morte, que estava próxima" (Eusébio, História Eclesiástica, l. VIII, c. X). 


Organizado e publicado por:
Domingos Teixeira Costa





18 de out. de 2017

Mártires no império ( I )



Este texto é uma pesquisa sobre a história da Igreja no império romano nos primeiros séculos do cristianismo, o autor é desconhecido. A história é de um  linda fé dos cristãos no Cristo chamado Jesus, nascido em Belém de Judá, cresceu e viveu na Galileia, foi crucificado em Jerusalém por mãos romanas, pelos pecados do mundo inteiro, para salvação dos que invocam a Deus para a salvação de sua alma.

Por ser um texto longo dividido em 6 itens, o terceiro subdivide-se em 20 partes, será publicado fracionadamente para melhor proveito pelos leitores.

1. Os Mártires, testemunhas e mestres na fé Desde quando Cristo foi colocado numa cruz, teve início a história dos mártires cristãos, Ele disse: "Se perseguiram-me, perseguirão também a vós". É uma nota característica e perene da Igreja de Cristo: ela é Igreja de Mártires. Existem, porém, algumas páginas nessa história que merecem uma grande atenção, e são as que se referem aos mártires dos primeiros séculos da Igreja Cristã, quando o sangue foi derramado em grande abundância.

2. Os Atos dos Mártires são documentos oficiais e os mais antigos sobre as perseguições. São as atas dos processos dos Cristãos, chamados "Atos proconsulares" porque, em geral, o magistrado era um procônsul; são as narrações de testemunhas oculares; são as "paixões epistolares", isto é, cartas circulares sobre os mártires, enviadas por uma Igreja às demais comunidades cristãs; e as "paixões narrativas", ditadas em parte pelos próprios mártires.

Os Atos dos Mártires são reportados, na maior parte, por Eusébio de Cesareia (3º-4º século) em "De mortibus persecutorum"; mas também nas Cartas e no tratado "De Lapsis" de Cipriano (3º século); nas Apologias dos escritores gregos e nos panegíricos pronunciados pelos grandes oradores cristãos do Ocidente, como Ambrósio, Agostinho, Máximo de Turim, Pedro Crisólogo, e do Oriente, como Basílio, Gregório de Nissa e João Crisóstomo.

Os Atos dos Mártires eram lidos no dia de suas festas, durante a celebração eucarística. Com efeito, a memória, a lembrança do mártires, fundamenta-se no memorial de Cristo, porque a paixão do mártir renova a única paixão do Senhor, da sua morte e ressurreição.

3. Eusébio de Cesareia é a principal fonte dos Atos dos Mártires Nascido em Cesareia da Palestina pelo ano 265 e educado na escola do douto Pânfilo, Eusébio recebeu uma sólida formação intelectual, sobretudo histórica. Eleito bispo de sua cidade, foi o homem mais erudito do seu tempo. Escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a "História eclesiástica", em 10 volumes, que são o fruto de 25 anos de pesquisa histórica, contínua e apaixonada. Ele narra, nos 7 primeiros livros, a história da Igreja das origens até 303.

Os livros 8º e 9º referem-se à perseguição iniciada por Diocleciano em 303 e concluída, no ocidente em 308, tendo continuado no oriente com Galério, até o Edito de tolerância de 311 e à morte de Maximino (313).

O livro 10º descreve a retomada da Igreja até à vitória de Constantino sobre Licínio e à unificação do império (323). Antes ainda dessa obra, Eusébio tinha recolhido e transcrito na "Coleção dos antigos Mártires", uma vasta documentação (atos dos processos de mártires, paixões, apologias, testemunhos de indivíduos e comunidades) sobre os mártires anteriores à perseguição de Diocleciano; o livro foi perdido, mas Eusébio tinha retomado o tema em parte na "História Eclesiástica".

Poupado pela perseguição de Diocleciano (303-311), Eusébio foi dela uma testemunha de importância excepcional, porque viu pessoalmente a destruição de igrejas, as fogueiras de livros sagrados e muitas cenas selvagens de martírio na Palestina, na Fenícia e até na distante Tebaida do Egito, deixando-nos de tudo, uma comovente memória de grande valor histórico.

Apesar de suas lacunas , a "História Eclesiástica" continua a obra histórica mais conhecida e digna de fé e, muitas vezes, a única fonte de informação.

Apresentamos, em seguida, uma brevíssima coleção de fatos históricos, uma pequena antologia tirada dos textos originais dos autores indicados, traduzidos com fidelidade. Conheceremos assim como os nossos primeiros irmãos na fé sabiam sofrer e enfrentar por Cristo a tortura e a morte.

O martírio é uma constante de toda a Igreja. Os mártires recordados nesta breve coleção pertencem a séculos diversos, a diferentes categorias de pessoas, extrato social e nacionalidade; representam a Igreja inteira.


São homens e mulheres, ricos e pobres, velhos (Simeão tem 120 anos) e jovens (os 7 "filhos" de Sinforosa); eclesiásticos (os bispos Simeão, Policarpo, Acácio, Ságaris; o sacerdote Piônio; os diáconos Êuplio e Papilo) e leigos (o senador Apolônio, o comerciante Máximo, o jardineiro Conão, os legionários "quarenta mártires de Sebaste, o centurião Marino, as mães de família Sinforosa e Agotonice); nobres, como Apolônio, e gente comum do povo, como Conão; muitas vezes cristãos cujos nomes ficaram desconhecidos. Todos testemunharam a própria fidelidade a Cristo com o sacrifício cruento da própria vida. Os Atos dos mártires contam a história mais verdadeira da Igreja das origens.


Organizado e publicado por:

  Domingos Teixeira Costa 



8 de out. de 2017

A vinda de Jesus é o fim da era cristã



Um ótimo texto da Bíblia para tratar sobre o fim da era cristã, é a parábola do trigo e do joio. Jesus começa dizendo que o Reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente em seu campo, e enquanto os semeadores dormiam veio um inimigo e semeou o joio (Mt 13.24-30).

Jesus falava referente o Reino dos céus neste na terra. O projeto de Deus sendo lançado por Jesus e logo após sua morte, a execução desta obra passaria a sues discípulos, e discípulos que alcançariam até o tempo do fim, como falou o profeto Daniel. O cenário da parábola é o planeta terra, onde os atentos semeadores ao detectarem o joio entremeado ao trigo solicitaram autorização para arrancar o joio, o senhor deles, disse-lhes; deixai crescer juntos, trigo e joio, na ceifa, primeiro atareis o joio em feixes para ser queimado, quanto ao trigo, recolhei-o no meu celeiro (Dn 2.44,45; 12.1-4 Mt 13.27,49,50).

Jesus sendo solicitado pelos discípulos a explicar-lhes a parábola, diz: O campo é o mundo, o que semeou a boa semente é Filho do homem, a boa semente são os filhos do Reino, o joio são os filhos do maligno, o inimigo é o Diabo, os ceifeiros são os anjos, a ceifa é no fim da era; quando o joio será lançado na fornalha ardente, onde há pranto e ranger de dentes e os filhos do Reino resplandecerão no Reino de se Pai (Mt 13.40-43,49,50).

Esta parábola explica a ordem dos fatos na consumação da era Cristã com a vinda de Jesus o Filho do homem. O próprio Jesus disse que o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e retribuirá a cada um segundo as suas obras (Mt 16.27 I Ts 3.13 Ap 1.7; 19.21; 22.12).

Na parábola Jesus diz que ele mandará que os seus anjos primeiro atem em feixes o joio. Quem é o joio? São os filhos do maligno, eles são a semente do inimigo, por isso os ceifeiros (anjos de Deus) atarão em feixes a semente maligna. Ela se auto identificará abrindo guerra contra o Reino dos céus. A guerra do joio contra a semente santa os separa em feixes para a morte, e na manifestação da vinda do Filho do homem, os feixes serão lançados na fornalha ardente (Mt 13.49; 13.50 II Ts 2.8).

A Igreja é o Reino dos céus na terra, ela é também o trigo que vai para o celeiro do Filho do homem. Segundo esta parábola, o joio  é enfeixado e aguardará o devido momento da ressurreição dos mortos em Cristo, a transformação dos que estiverem vivos para a vindo do Senhor como disse o apóstolo Paulo, o arrebatamento dos ressuscitados e transformados juntos, e o encontro deles com o Senhor nas nuvens, onde Jesus será visto imediatamente ao receber a Igreja das mãos dos anjos. Isto é a entrega do trigo no celeiro, e de imediato será estabelecido o juízo; a ira do Senhor sobre os ímpios, e o joio será lançado na fornalha ardente como disse Jesus (Mt 13.30; 24.31 Mc 13.27; 14.62 Rm 2.5-10; 5.9  I Co 1.7,8  I Ts 4.14-17; II Ts 2.3,8 Ap 19.11-22.12).

Observemos o que disse Jesus: “Eu vos asseguro: Ele vos fará sua justiça, e depressa. Quando o Filho do homem vier, encontrará fé em alguma parte da terra?” (Lc 18.8). Podemos responder que não. Por que, a vinda de Jesus será depois da ressurreição dos mortos e da transformação dos vivos no dia da sua vinda, (I Ts 4.17) e de tê-los recebido nas nuvens. Assim sendo quando Jesus vier, não haverá mais fé na terra, o Senhor virá a segunda a vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação (Hb 9.28). Devemo-nos lembrar que os anjos entregarão a Igreja à Jesus nas nuvens, e por isso não existe mais fé na terra, é chegada a hora da ira de Deus e não mais haverá lugar para a fé naquele momento de guerra, os ímpios serão destruídos pelo Senhor (II Ts 2.8 Ap 11.18; 19.11,13-21).

Falando a respeito do sofrimento do Reino dos céus na terra, a Bíblia registra que tudo começou com o castigo de Jesus pelos nossos pecados, daí passou por Estevam, Tiago, a prisão de Pedro, e estabeleceu-se perseguição à Igreja em Jerusalém, primeiro os crentes foram espalhados, e depois os apóstolos também, foram perseguidos e mortos brutalmente, só João o evangelista depois de passar pelo tacho de óleo quente, foi preso e lançado na Ilha de Pátmos onde teve a visão do Apocalipse, tudo por causa da Palavra de Deus e do testemunho que deram de Jesus.

A Igreja nunca deixou de ser perseguida no mundo, em Roma os crentes serviram para iluminar os jardins de Nero. A Igreja de Deus nunca concordou com a religiosidade do grande império romano, nem mesmo quando o imperador se declarou convertido ao cristianismo. O papado por todo tempo sempre a perseguiu até que veio a Reforma Protestante, mesmo em meio à santa inquisição.

Até no século XX os crentes foram perseguidos pelos católicos por ocasião da fundação da Igreja Assembleia de Deus em Belém do Pará, hoje o mundo odeia o povo de Deus. A perseguição se apresenta acirradamente no campo espiritual através do engano das riquezas e de incontáveis formas com a finalidade de destruir o Reino de Deus, o joio querendo sobrepor-se ao trigo, o como relata a parábola trigo e o joio, apenas foi permitido que ficassem juntos no campo até a colheita. Mas Deus é poderoso para proteger e cuidar do seu Reino na terra.

A tribulação é crescente e desfaçada a ponto de quase não ser notada pelos fiéis, Jesus disse; assim como foi nos dias do diluvio, Sodoma e Gomorra, quando tudo parecia normal, até que Noé entrou na arca, Ló saiu de Sodoma e tudo foi destruído. Assim será no dia do Filho do homem (Lc 17.26-30,37; 21.27)


O Senhor não virá como ladrão para seus fiéis, por que eles estarão preparados e o esperando, por isso não serão surpreendidos. No dia que Elias seria arrebatado o Senhor o avisou, Eliseu que não seria trasladado, foi avisado que naquele dia Elias seria tomado por Deus sobre a sua cabeça. Os servos dos profetas também foram informados por Deus. Diz o profeta Amós o Senhor não fará nada sem avisar aos seus servos os profetas, e assim está escrito: “Portanto, lembra-te daquilo que tens recebido e ouvido; obedece e arrepende-te. Porquanto se não estiveres vigilante, virei como um ladrão, e tu não saberás em que hora virei contra ti.” (II Rs 2.1-12 Am 3.7  Ap 3.3).



Domingos Teixeira Costa



26 de ago. de 2017

O SONHADOR



Os sonhos de José ainda em Canaã, foram revelações de Deus para a descendência de Abraão em meio as nações da época, de imediato, foram utilizados por seus irmãos como instrumentos de ciúmes e perseguições ao sonhador, mas também foi sombra para futuras revelações de Deus a todos os povos da terra. Tendo em vista que o segundo sonho tem uma semelhança com o capítulo 12 do Livro de Apocalipse (Gn 37.5-10 Ap 12.1-18), que trás detalhes para os nossos dias, no mundo inteiro, assim como foi para Canaã e África naquela época.

O primeiro sonho apontava para uma situação futura que se abateria sobre José e sua família, onde ele seria mais importante que seus irmãos, diante do qual todos eles se curvariam em um futuro muito próximo. O fato cumpriu-se no Egito, diante da fome que atingiu a África e Oriente Médio.

No segundo sonho, José via que o sol, a lua e as estrelas, se curvavam a ele. Seus irmãos desde o sonho anterior já ficaram enciumados, e logo entenderam que seu pai era representado pelo sol, sua mãe pela lua, e eles pelas estrelas. Como se fosse possível evitar o futuro, imaginaram tirar a vida do sonhador, como se isso fosse a solução que evitaria o cumprimento do que já estava determinado por Deus, porém, o sonho não foi uma criação de José, veio de Deus, como aviso, e querendo o Senhor, quem poderá impedi-lo? Ninguém o poderá.

Certo dia Seu irmãos decidiram matar a José, mas a ideia não era igual em todos, porém, precisavam livrar-se do rapaz que já era de dezessete anos de idade (Gn 37.2). Então resolveram vede-lo. O jovem foi parar em uma prisão no Egito, os sonhos se cumpriram e José salvou a eles e seu pai, da fome que veio sobre os povos da época, e a descendência de Abraão prosperou e habitou no Egito durante quatrocentos e trinta anos (Ex 12.40,41), e tornou-se uma grande nação sobre a terra, como projeto de Deus para o mundo, de geração em geração, até ao fim da humanidade.

Em Apocalipse capítulo doze estar escrito: “E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estando grávida, gritava com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz.” Quanto a este texto, entendo que a mulher durante certo tempo represente a nação de Israel, e depois o simbolismo seja duplo: O povo hebreu e a Igreja do Deus Eterno.

Se tratando de Israel como nação; vai desde a saída do Egito até o triunfar de Jesus sobre a morte. Daí até a volta de Jesus, se trata da Igreja.

A mulher vestida do sol, em Apocalipse doze, não se pode negar que não seja a nação de Israel. Criada por Deus para trazer luz ao mundo, para revelar as grandezas de Deus a todas as nações da terra, a fim de que os povos conhecessem através deles a vontade do Deus eterno para com a  humanidade.

Seu posicionamento tendo a Lua debaixo dos pés, isto indica o propósito de Deus de formar a nação, firmada na lei e no conhecimento dos mandamentos e promessas de Deus. Tendo-se em mente que a Lua não tem luz própria e apenas reflete a luz que recebe do Sol, assim era a lei de Moisés, considerando-se o que escreve o autor da carta aos hebreus: "PORQUE tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam." (He 10.1). As doze estrelas sobre a cabeça da mulher; simbolizam a nação, que é formada por doze tribos geradas dos doze filhos de Jacó, são eles as estrelas da nação descendente de Abraão como promessa de Deus em Canaã. A nação foi estabelecida e protegida por Deus, em especial, entre as demais da terra, para que por ela a luz de Deus brilhasse, e o mundo conhecesse seu Criador.

O texto diz que a mulher estava grávida, e gritava com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz Ap 12.2. No verso 5 a mulher dar a luz conforme está escrito: “E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.”

Quando contextuamos o tema, não encontramos dificuldade alguma diante do que estar escrito no salmo 2.6-9 “Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte de Sião. Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei os gentios por herança, e os fins da terra por tua possessão. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro.”

Em Oséias 5.2-4 o profeta diz: ”Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto os entregará até o tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então o resto de seus irmãos voltará aos filhos de Israel. E ele permanecerá, e apascentará o povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor seu Deus; e eles permanecerão, porque agora ele será grande até os fins da terra.”

Estar registrado em Ap 2. 25-27 “mas o que tendes, retende-o até que eu venha.  Ao que vencer, e ao que guardar as minhas obras até o fim, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com vara de ferro as regerá, quebrando-as do modo como são quebrados os vasos do oleiro, assim como eu recebi autoridade de meu Pai;” o nosso Senhor dar direito aos santos de juntamente com ele também regerem as nações com vara de ferro (I Co 6.2 Ap 3.21). "E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso." (Ap 19. 15).

O verso 5 diz que a mulher deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. Isto é certo, o filho da mulher é Jesus, ele após a ressurreição realmente voltou para seu trono e de lá voltará para arrebatar sua Igreja e imediatamente com ela ao seu lado julgará as nações pelas impiedades que cometeram, rejeitando o Evangelho da salvação.

A mulher permaneceu grávida até o nascimento de Jesus, o Messias de Deus. Quando o filho da mulher retorna para seu trono, finda a primeira parte da história da nação de Israel. A ida da mulher para o deserto depois que o filho dela volta para Deus, é o começo da segunda parte da história do povo de Israel, por que a salvação vem dos judeus (Jo 4.22). Ela vai para o deserto cumprindo parte do processo determinado por Deus a respeito dela.

A segunda parte desta história consta também de outro sinal que surge no céu. Era um grande dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres e sete diademas. A calda dele lançou por terra um terço das estrelas do céu, e parou diante da mulher, para devorar seu filho ao nascer. O diabo enganou-se, Jesus nasceu e não foi devorado polo dragão, fez a obra recomendada por seu Pai, indo ao Calvário, ofereceu-se por mim, e por ti também. Esta perseguição aconteceu do início da nação hebráica e foi até a ascensão de Jesus para seu trono celestial.

Deste ponto em diante, diz o versículo seis que a mulher fugiu para o deserto, onde já havia lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias. Depois da ascensão do Senhor Jesus para o Pai o povo do príncipe que há de vir (da besta) Dn 9.26, veio e destruiu o templo e Jerusalém e a Diáspora expulsou Israel de sua terra até o ano de 1948. Esta foi a fuga da mulher para o deserto, e que deserto! De repente, ficar sem pátria sendo expulso para o meio de todas as nações da terra. Acabou-se a perseguição à nação, o povo hebreu estava agora sem pátria, guardado conforme os versículos 6 e 14, fora da vista da serpente sustentada e guardada por Deus. No verso 15 diz que a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para fazer que ela fosse arrebatada pela corrente. Entendo que isto significa; que a serpente incitou as nações a destruir o povo hebreu, como entre outros casos, sito o mais próximo; a segunda guerra mundial que eliminou da terra a vida de milhões de hebreus e cristãos. O domínio dessa situação, veio pela mão das nações vencedoras da segunda guerra mundial, em 1945, e quase três anos mais tarde, em maio de 1948, o povo hebreu tem o seu território de volta. O versículo 16; diz que a terra abriu sua boca e tragou o rio que a serpente lançara atrás da mulher; a perseguição a um povo sem pátria. Terminada esta fase, e vem a terceira parte da história de Israel.

A terceira e ultima parte da história de Israel, é também a última desta dispensação do mundo. Começa com Israel possuindo e administrado novamente sua Pátria. Como o dragão sempre imprimiu ataques e carnificina a Israel, agora inclui também à Igreja de Deus, o corpo de Cristo na terra.

Cristo nunca deixou de ser perseguido aqui na terra (At 9.4,5). Enquanto durar esta dispensação, sempre haverá perseguição, guerras, e opressão aos mais fracos, e aos pobres, por isso o profeta diz: “E este será a nossa paz. Quando a Assíria entrar em nossa terra, e quando pisar em nossos palácios, então suscitaremos contra ela sete pastores e oito príncipes dentre os homens. Esses consumirão a terra da Assíria à espada, e a terra de Ninrode nas suas entradas. Assim ele nos livrará da Assíria, quando entrar em nossa terra, e quando calcar os nossos termos. E o resto de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho da parte do Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda a filhos de homens. Também o resto de Jacó estará entre as nações, no meio de muitos povos, como um leão entre os animais do bosque, como um leão novo entre os rebanhos de ovelhas, o qual, quando passar, as pisará e despedaçará, sem que haja quem as livre. A tua mão será exaltada sobre os teus adversários e serão exterminados todos os seus inimigos”. (Mq 5.5-9).

O verso 17 diz que o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela. Desta vez, a guerra não é só contra o povo hebreu, mas alcança também a Igreja de Deus, por professar o nome de Jesus o nazareno, e guardar os mandamentos de Deus, e manterem o testemunho de Jesus. Ele mesmo disse: “Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos judeus.” Adoramos a Jesus e resistimos o reinado do anti-cristo, o príncipe que virá segundo a eficácia de satanás, esse é oitavo rei Ap 17.11), ele tem apoio no mundo inteiro, mas não alcançará a todos, em todas as nações, porque quando Jesus chegar à terra matará todos os ímpios, e os que receberam a marca da besta, e de todas as nações da terra muitas pessoas serão galardoadas com o direito de continuar com vida, para ingressar no Milênio, e só os que não receberam algum sinal ou marca da besta, serão agraciados com o direito de continuarem com a vida sobre a terra e ingressarão na nova dispensação. Ao contrário, todos os que receberem a marca, nome ou sinal da besta serão mortos pela espada que sai da boca do Cordeiro que foi morto, mas, está vivo. Ele, no fim da grande tribulação arrebatará sua Igreja e ao seu lado governar as nações com vara de fero verso 5, porém, antes limpará da terra a maldade de todos os tempos.
     
Este é um simples relato histórico, para a humanidade tomar conhecimento de uma realidade que nunca quis saber, onde tudo é decidido pela justiça divina, o juízo será praticado pelo homem Jesus, o qual foi o mais injustiçado nesta terra.

A nova dispensação começa no fim desta, com as pessoas que passaram no crivo da justiça para entrarem e viverem na nova dispensação, com o dever se cultivar a terra e servir a Deus, bem distante das maldades que existiram nas dispensações anteriores, qualquer coisa parecida com elas, é morte certa, as pessoas nesse tempo viverão coma as arvores.

Não haverá mais guerra entre as nações, satanás estará preso, e não poderá afetar os homens com seu mau. O desejo da humanidade será servir àquele que os preservou com vida para ele mesmo.

Quanto ao Milênio, é a última dispensação da humanidade na terra. Quando chegar o tempo do fim, satanás será solto e tentará novamente a humanidade e enganará a muitos dos habitantes da terra, e pelo fogo que desce de Deus o Eterno, eliminará os que cederem ao engano de satanás. E Deus fará novo céu e nova terra, onde habita a justiça para sempre, eternamente.



Domingos Teixeira Costa




5 de ago. de 2017

Os necessitados


Neste mundo não há quem não tenha cem por cento de necessidade. A necessidade é como uma casa que possui muitas portas, e quando uma é fechada outra se abre automaticamente.

O funcionamento de cada necessidade é perfeitamente gerador de outras necessidades, quando um necessitado é abastecido, sua necessidade desaparece, porém, outras virão ao mesmo que já não tem mais aquela, outra virá e lhe exigirá algo.

Vamos conduzir o tema no campo espiritual, e veremos isto se é assim mesmo, se for realmente, de fato somos muito necessitados, precisamos fazer algo para solucionar o problema que verificamos possuir.

Comumente as pessoas têm dificuldade de assumir suas culpas, sempre procuram alguém por perto para tentar desculpar-se, transferindo a responsabilidade para aquele, transformando-o em um bode expiatório. As pessoas nem sempre pesam suas palavras e chegam a penetrar tão profundo a ponto de até se atrever a culpar o próprio Deus. Tanto é que podemos comprovar isto na pessoa de Adão e Eva no Jardim do Éden (Gn 3.12-19). Mas o Senhor Deus, conhece cada detalhe da vida dos seres viventes e humanos. A queda de Adão foi o maior problema do universo, quando confrontados por Deus,  Adão culpou Eva por haver lhe trazido o fruto, a Deus por lhe ter dado Eva, e esta, por sua vez, culpa a serpente por lhe enganar. Eva não assumiu que mentiu para a serpente (Gn 2.17; 3.1-3), Adão não assumiu que foi negligente ao comer o fruto, nessas alturas, a serpente possivelmente estivesse soltando fumaças pelas narinas, só de ira, porque nada podia dizer ou fazer pois estava diante de Deus, todos ali mesmo foram sentenciados imediatamente. Se você ainda não conhece este fato, faça a leitura das referências a cima e comprove.

Há uma coisa muito importante em tudo isso, Deus imediatamente anuncia aos três, o plano de restauração para o casal e sua descendência que haviam caído e agora o casal estava sobrecarregado pelo pecado e sujeito à morte. O seu pecado os obrigava a serem expulsos do Jardim do Éden para que também não comessem da árvore da vida e vivessem eternamente em pecado. A expulsão lhes garantiu a isenção de cometerem outro erro, pois se agora comessem do fruto que não lhes era antes proibido, seriam pecadores sem esperança de salvação. A árvore da vida agora também estava proibida para eles, por isso foram expulsos.

A expulsão deles, confirma  que uma necessidade gera outra, o lugar que Deus deu para Adão morar e trabalhar fechou-se e outra habitação por certo, apareceu para eles fora do Jardim.

No tempo determinado Deus manifestou seu Filho ao mundo, aquele que foi revelado em promessa a Adão, o Filho de Deus manifestou-se ao mundo quatro mil anos depois, para tirar os nossos pecados originados na humanidade a partir de Adão.

Cristo veio dizendo, arrependei-vos, por que o reino de Deus é chegado. Cada indivíduo necessita arrepender-se, o perdão de Deus só existe se houver arrependimento por parte do pecador, do seu pecado, não faça como Adão, se você assumir que é pecador e crer em Jesus e tomar sobre si a sua cruz em cada dia, Ele é fiel e justo para perdoar os teus pecados, como Senhor e Salvador de todo o que Nele crer, e te dá o direito de comer da árvore da vida a qual já não lhe é mais proibida, a vida eterna em Cristo que é a nossa vida. Conheça-o, e assim você  herdará a vida eterna, e será livre de toda condenação e não entrará em juízo, mas passará da morte para a vida, por que Jesus Cristo foi condenado e morto em teu lugar, e ressurgiu de entre os mortos ao terceiro dia, como havia dito. Creia somente e será salvo tu e tua casa.

Como consequência de solução da primeira necessidade, vem a outra, agora você creu em Cristo como Senhor e Salvador de sua alma, então empregará forças para ser fiel à Palavra de Deus até a morte e ninguém tomará a tua salvação. Amém.



Domingos Teixeira Costa