ANNE WARTH - Agencia Estado
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Giora Becher diz que relações EUA-Israel são mais fortes que governos. Para ele, quem não respeita civis em Gaza é o Hamas.
Marília Juste Do G1, em São Paulo
A posse do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no próximo dia 20, não deve trazer nenhuma grande alteração nas negociações de paz no Oriente Médio, de acordo com o embaixador de Israel no Brasil.
“Não acredito que veremos uma mudança dramática nas políticas americanas em relação a isso [às negociações de paz no Oriente Médio]”, afirmou Giora Becher ao G1, em entrevista exclusiva. “Barack Obama foi sempre muito claro a respeito de seu apoio a Israel e à segurança de Israel”, declarou.
O embaixador afirmou que os israelenses não queriam a guerra. “Desde o começo estamos dizendo: vamos à guerra, mas a guerra não é nosso objetivo. O objetivo é ter certeza que o povo de Israel, principalmente as pessoas que vivem no sul, estarão fora do alcance dos ataques terroristas.”
Civis em Gaza
Embaixador palestino acusa Israel de não respeitar civis “Eles foram à guerra sabendo que quem ia sofrer mais seria a população civil. Foram eles que romperam o último cessar-fogo, não o estado de Israel. Eles disseram que era o fim do cessar-fogo, esperando que Israel invadisse a Faixa de Gaza”, afirmou o representante. “Nós deixamos muito claro que está guerra é uma guerra contra o Hamas, contra os terroristas. Não é uma guerra contra a população de Gaza. Nós temos feito três horas de cessar-fogo para ajuda humanitária. Esta não é uma guerra contra a população civil, e o responsável por todo esse sofrimento é a organização do Hamas”, disse Becher.
Imprensa
O embaixador também afirmou que não será possível permitir a entrada da imprensa internacional na Faixa de Gaza em um futuro próximo. “Não acho que no momento atual, com soldados lutando dentro da Faixa de Gaza, seja seguro para a imprensa internacional estar presente”, afirmou. “Existem jornalistas dentro de Gaza. Permitir que outros entrem a partir de Israel vai causar muitos problemas para nossos soldados lutando na área. Não estamos permitindo isso no momento porque não queremos que amanhã jornalistas sejam mortos porque, infelizmente, estavam em um local perigoso”, explicou.
G1 - As organizações humanitárias têm acusado Israel de não respeitar a população civil em Gaza. Como o senhor responde a essa acusação? Becher - Quem não está respeitando os direitos da população civil em Gaza são os terroristas do Hamas. Eles a estão usando como escudo. Eles foram à guerra sabendo que quem ia sofrer mais seria a população civil. Foram eles que romperam o último cessar-fogo, não o estado de Israel. Eles disseram que era o fim do cessar-fogo, esperando que Israel invadisse a Faixa de Gaza. E quando nós fizemos isso, eles reclamam do sofrimento da população civil.
G1 - Existe alguma possibilidade de permitir a entrada da imprensa na Faixa de Gaza em algum momento? Becher - Não acho que no momento atual, com soldados lutando dentro da Faixa de Gaza, é seguro para a imprensa internacional estar presente. Existem jornalistas dentro de Gaza. Permitir que outros entrem a partir de Israel vai causar muitos problemas para nossos soldados lutando na área. Não estamos permitindo isso no momento porque não queremos que amanhã jornalistas sejam mortos porque, infelizmente, estavam em um local perigoso.
Gillani fez estas declarações em um seminário realizado em Islamabad que contou com a presença de uma delegação de parlamentares britânicos, segundo um comunicado divulgado pelo escritório do chefe do Governo.
O primeiro-ministro paquistanês disse que seu Executivo deu muitos passos para "a normalização das relações" com a Índia, com o objetivo de avançar "na paz e no progresso no sul da Ásia".
No entanto, Gillani lamentou que a situação na fronteira entre Índia e Paquistão, "mais uma vez", tenha se tornado "muito frágil".
O chefe do Governo do Paquistão acrescentou que "a decisão da Índia de interromper o diálogo - iniciado pelos dois países em 2004 - é lamentável".
O líder paquistanês também disse que "os esforços realizados" pelo Paquistão dentro do processo de paz "tinham contribuído para uma melhora evidente na atmosfera entre os dois países".
Gillani lembrou que seu país está comprometido na luta contra o terrorismo, que qualificou como uma "guerra própria", e criticou que a Índia entre em um "jogo de acusações contra o Paquistão sem provas concretas".
A Índia acusa o grupo caxemiriano Lashkar-e-Toiba, com base em território paquistanês, pelos atentados no final de novembro em Mumbai, capital financeira da Índia, nos quais 179 pessoas morreram.
Desde então, Índia e Paquistão se envolveram em uma troca de acusações e exigências que se intensificaram esta semana, depois que o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, afirmou que os atentados devem ter contado com a ajuda de alguma agência oficial paquistanesa.
Ainda hoje, Gillani deve se reunir com o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joseph Biden, que se encontra em Islamabad em visita oficial. EFE
JERUSALÉM, 7 Jan 2009 (AFP) - Israel apóia a iniciativa egípcia que visa pôr fim aos combates em Gaza, segundo o porta-voz do governo hebreu, Mark Regev.
"Israel agradece ao presidente egícpio (Hosni Mubarak) e ao presidente francês (Nicolas Sarkozy) por seus esforços para pôr fim às atividades terroristas em Gaza e ao contrabando de armas do Egito para Gaza", afirmou o porta-voz do Conselho, que é o gabinete do primeiro-ministro israelense.
"Israel considera de maneira positiva o diálogo entre egípcios e israelenses para avançar nesse aspecto", acrescentou.
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, apresentou um plano de fim da crise em três pontos na noite de terça-feira, após uma reunião com o colega francês, Nicolas Sarkozy, em Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho.
A declaração do porta-voz do governo israelense contradiz a posição do presidente israelense, Shimon Peres, que, em uma primeira reação, disse que as propostas não são suficientes para chegar a um cessar-fogo imediato.
O plano egípcio prevê "um cessar-fogo imediato por um período limitado", que permita o estabelecimento de corredores humanitários e dêem tempo ao Egito de trabalhar para um cessar-fogo global e definitivo.
Tanque do exército de Israel dispara na direção da Faixa de Gaza desde a fronteira israelense | ||
GAZA (AFP) — A Faixa de Gaza era cenário nesta terça-feira de confrontos intensos entre soldados israelenses e combatentes palestinos, além de ser alvo de violentos bombardeios por parte de Israel, que rejeitou os pedidos de cessar-fogo em uma ofensiva que até agora já matou mais de 560 palestinos.
"Nossos soldados atuam perfeitamente, progridem segundo os planos", declarou o general Gaby Ashkenazi, chefe do Estado-Maior israelense, ao anunciar a evolução da ofensiva iniciada em 27 de dezembro pelp Estado hebreu contra o movimento radical islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
A manhã desta terça-feira registrou combates e bombardeios em várias áreas da Faixa, depois dos primeiros combates urbanos na cidade de Gaza, na noite de segunda-feira.
Pelo menos 20 pessoas que tinham se refugiado numa escola administrada pela ONMU no norte da Faixa de Gaza foram mortas nesta terça-feira em um bombardeio israelense, anunciou uma fonte médica.
Segundo a fonte, o ataque aconteceu em Jabaliya. Os 20 mortos se encontravam dentro e junto a uma escola da UNRWA, a Agência da ONU para os refugiados palestinos.
As vítimas tinham se refugiado na escola por causa dos combates.
Ele declarou ainda que 450 pessoas estavam refugiadas na escola para escapar dos bombardeios em outros bairros da cidade.
Em Khan Yunes, maior cidade do sul da Faixa de Gaza, um obus de artilharia atingiu a entrada de uma escola e matou duas pessoas, segundo uma fonte médica.
Pouco antes do amanhecer, tanques israelenses, apoiados por helicópteros de combate, entraram em Khan Yunes pela primeira vez desde o início da ofensiva terrestre, afirmaram testemunhas à AFP.
Os avanço dos blindados neste reduto do Hamas foi alvo dos tiros de combatentes palestinos.
O Exército de Israel informou que matou 130 combatentes do Hamas desde o início da ofensiva terrestre, sábado à noite.
No mesmo período, cinco militares israelenses faleceram e 79 ficaram feridos, segundo o balanço oficial de Israel. O último deles, um oficial para-quedista, morreu na noite de segunda-feira em circustâncias ainda não determinadas. O oficial pode ter sido, inclusive, atingido por fogo amigo.
O braço armado do Hamas, as brigadas Ezedin al-Qassam, anunciou na segunda-feira que matou 10 soldados israelenses e feriu outros 30, informação que Israel se negou a comentar.
Apesar da ofensiva, quatro foguetes palestinos foram disparados na manhã desta terça-feira contra o sul de Israel, segundo o Exército. Quatro civis israelenses morreram em consequências destes disparos desde 27 de dezembro.
Segundo um relatório da inteligência militar israelense, "o Hamas tem foguetes suficientes e obuses de morteiro para continuar disparando durante semanas contra o território de Israel".
Um foguete palestino caiu nesta terça-feira pela primeira vez a mais de 45 km da Faixa de Gaza, na cidade de Gedera, onde deixou um bebê levemente ferido.
Mais de 560 palestinos morreram na Faixa de Gaza, segundo os serviços de emergência palestinos, desde o início da ofensiva, iniciada oficialmente para acabar com os disparos de foguetes contra o território israelense. Mais de 2.700 ficaram feridos.
Testemunhas informaram durante a noite que aconteceram combates e intensos bombardeios em Shuyaiya e em Zeitun, dois bairros do leste da cidade de Gaza, cercada pelos tanques. A aviação israelense também bombardeou o centro da cidade.
O Exército, que afirmou ter capturado dezenas de membros de Hamas, anunciou ainda ter bombardeado o campo de refugiados de Bureij e a cidade de Deir al-Balah, no centro do território, dividida em duas pelas tropas israelenses.
A situação humanitária é cada vez pior para os 1,5 milhão de habitantes da Faixa, onde muitas áreas estão sem energia elétrica e sofrem com a falta de água corrente, alimentos e combustível.
Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os feridos morrem à espera das ambulâncias que não podem se aproximar por causa dos combates. O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) pediu a abertura das fronteiras para permitir a fuga dos palestinos que desejarem.
Apesar das pressões internacionais, o primeiro-ministro israelense Ehud Olmert rejeitou um cessar-fogo sem a garantia do fim dos disparos de foguetes do Hamas, durante um encontro na segunda-feira com o presidente francês Nicolas Sarkozy.
O representente do Quarteto para o Oriente Médio, o ex-premier britânico Tony Blair, insistiu nesta terça-feira que cortar os túneis clandestinos que levam armas e dinheiro do Egito para Gaza pode permitir "um cessar-fogo imediato".
A chefe da diplomacia israelense, Tzipi Livni, afirmou que o país não assinaria um acordo com os terroristas, em uma referência ao Hamas.
O presidente palestino Mahmud Abbas pediu o "fim imediato e sem condições" da ofensiva, antes de viajar a Nova York, onde o Conselho de Segurança da ONU se reunirá na presença de vários ministros das Relações Exteriores árabes.
Em Washington, o presidente George W. Bush manteve seu apoio a Israel.