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12 de jan. de 2009

Lula promete anunciar novas medidas anticrise este mês

ANNE WARTH - Agencia Estado

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que o governo vai adotar novas medidas para conter os efeitos da crise financeira internacional no País. Sem entrar em detalhes, Lula afirmou que o governo está trabalhando com governadores e prefeitos das capitais brasileiras e que vai anunciar novas ações ainda neste mês de janeiro, principalmente em relação a investimentos.
"Eu disse agora há pouco ali na minha fala que, em economia, muitas vezes a gente não pode ficar anunciando o que vai fazer, porque os efeitos podem ser nefastos na própria economia", disse, durante a abertura da 36ª Couromoda - Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro, realizada no Parque Anhembi, em São Paulo.
"Mas estejam certos de que nós vamos tomar todas as medidas. Este mês de janeiro é um mês em que nós estamos trabalhando para que a gente prepare todas as medidas. Como nós anunciamos o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no dia 22 de janeiro de 2007, nós vamos ter medidas importantes para anunciar neste mês de janeiro, estamos trabalhando, preparando", afirmou.
"Neste mês ou no começo do próximo mês vamos ter uma reunião com alguns governadores de Estados para discutirmos, conjuntamente, o que pode ser feito entre o governo do Estado, o governo federal e as prefeituras, sobretudo das capitais. O momento está exigindo de nós mais competência, mais agilidade, e o que nós queremos, na verdade, é mais investimento", acrescentou.
Lula manteve o discurso otimista e rejeitou as previsões dos analistas econômicos consultados na pesquisa Focus do Banco Central (BC) divulgada hoje, que reduziram suas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 para 2% - na pesquisa divulgada na semana passada, a previsão era de 2,4%. "Vão errar. Podem ficar certos de que vão errar. Eu só estou dizendo que os economistas que estão apostando no crescimento de 2% vão errar. Agora, mesmo com esse pessimismo, veja a diferença do Brasil para os outros países", declarou.
"O problema é que no mundo desenvolvido eles estão discutindo a recessão, e nós estamos discutindo se vamos crescer 4, 3, 2 ou 5%. Nós, governo, vamos trabalhar para crescermos o máximo possível, e o governo continua trabalhando com a possibilidade de fazer com que o crescimento chegue a 4%", continuou.
Em seu discurso, disse que o compromisso com o crescimento econômico é também dos governadores e dos prefeitos. Na abertura do evento, estavam presentes os governadores tucanos José Serra (São Paulo) e Yeda Crucius (Rio Grande do Sul) e o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (DEM).
"E eu tenho certeza de que esse é o compromisso do Serra, do Kassab, da Yeda, de todos os governadores. Porque se nós não tomarmos a iniciativa de fazer as coisas acontecerem nesse primeiro trimestre, aí sim, nós poderemos correr o risco de fazer com que a crise chegue aqui mais forte do que deveria chegar", afirmou. Já ao se referir ao presidente eleito dos EUA, Barack Obama, Lula disse que ele "está com um pepino muito grande".
www.estadao.com.br/noticias/economia,lula-promete-anunciar-novas-medidas-anticrise-este-mes,306128,0.htm

11 de jan. de 2009

Corrida pelo dinheiro do resgate mata seis piratas em naufrágio

Somália. Libertado superpetroleiro saudita
Pirataria de costa mantém 13 navios e 250 tripulantes como reféns
Seis piratas somalis afogaram-se ontem quando tentavam regressar à costa, após recolherem o resgate pela libertação do superpetroleiro saudita Sirius Star. O naufrágio, confirmado pelo líder dos piratas, Mohammed Said, terá sido causado por excesso de velocidade, pois o grupo fugia de navios de guerra ocidentais. Um décimo do resgate afundou com a embarcação.
Pouco antes deste incidente, o pagamento de três milhões de dólares (por um contentor enviado de pára-quedas, o que se pode ver na imagem) assegurara a libertação do superpetroleiro, o maior navio jamais capturado por piratas somalis. Aliás, o Sirius Star foi abordado bastante a sul, ao largo de Nairobi, o que equivale a dizer que as actividades de pirataria se estendem neste momento a um quarto do Oceano Índico, impossibilitando a vigilância da crescente frota internacional.
O navio ontem libertado foi capturado a 15 de Novembro. Tem 330 metros de comprimento e transportava dois milhões de barris de petróleo. Seguiu viagem, em rota não divulgada, com a sua tripulação de 25 homens. O Sirius Star pertence à Vela International, a companhia de transporte marítimo da petrolífera saudita Aramco.
Entretanto, foi igualmente libertado o Delight, um navio iraniano com pavilhão de Hong Kong, capturado a 18 de Novembro e que transportava 36 mil toneladas de trigo. Não se sabe se foi pago resgate.
O drama da libertação do Sirius Star e posterior afundamento da lancha rápida ocorreu em Harardhere, 300 quilómetros a norte de Mogadíscio, um dos principais portos onde operam os piratas. Contactado pela AFP, o líder local, Mohammed Said, explicou que outros oito tripulantes tinham sobrevivido ao naufrágio. A embarcação "tinha peso a mais e navegava a grande velocidade, com receio de estar a ser perseguida", explicou Said. Outra testemunha disse que os piratas "estavam eufóricos com o resgate e tentavam fugir de navios estrangeiros".
Com a libertação destes dois navios, os piratas têm agora 13 embarcações na sua posse, com um total de 250 tripulantes. Só em 2008, houve 111 ataques a navios e 42 capturas. Além do superpetroleiro (valor de 150 milhões de dólares, mais a carga de 100 milhões), os piratas apoderaram-se de um cargueiro ucraniano que transportava armas, incluindo carros de combate.
As autoridades marítimas estão preocupadas com a situação, que tem impacto nos seguros e nos preços dos transportes, sem mencionar os perigos para as tripulações. A marinha americana vai liderar uma nova frota internacional, mais poderosa, à qual se deverão juntar pelo menos 20 países, incluindo europeus.
http://dn.sapo.pt/2009/01/11/internacional/corrida_pelo_dinheiro_resgate_mata_s.html

10 de jan. de 2009

Obama não trará ‘mudança dramática’ ao Oriente Médio, diz embaixador de Israel

Giora Becher diz que relações EUA-Israel são mais fortes que governos. Para ele, quem não respeita civis em Gaza é o Hamas.

Marília Juste Do G1, em São Paulo

O embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

A posse do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no próximo dia 20, não deve trazer nenhuma grande alteração nas negociações de paz no Oriente Médio, de acordo com o embaixador de Israel no Brasil.

“Não acredito que veremos uma mudança dramática nas políticas americanas em relação a isso [às negociações de paz no Oriente Médio]”, afirmou Giora Becher ao G1, em entrevista exclusiva. “Barack Obama foi sempre muito claro a respeito de seu apoio a Israel e à segurança de Israel”, declarou.

O embaixador da Palestina também não acredita que Obama mudará o panorama da região Becher afirma acreditar na possibilidade de um cessar-fogo, mas sob algumas condições. “Precisamos ter certeza de que qualquer cessar-fogo futuro não será, mais uma vez, apenas um tempo para os terroristas do Hamas se rearmarem e conseguirem novos mísseis”, explicou o representante israelense. “Assim que tivermos essas garantias, assim que tivermos certeza de que não seremos novamente atacados pelos terroristas do Hamas, então nós aceitaremos um cessar-fogo.”

O embaixador afirmou que os israelenses não queriam a guerra. “Desde o começo estamos dizendo: vamos à guerra, mas a guerra não é nosso objetivo. O objetivo é ter certeza que o povo de Israel, principalmente as pessoas que vivem no sul, estarão fora do alcance dos ataques terroristas.”

Civis em Gaza

Becher rebateu as críticas de autoridades palestinas e organizações humanitárias que afirmaram que os soldados israelenses não estão respeitando os civis envolvidos no conflito. “Quem não está respeitando os direitos da população civil em Gaza são os terroristas do Hamas. Eles a estão usando como escudo”, acusou o embaixador.

Embaixador palestino acusa Israel de não respeitar civis “Eles foram à guerra sabendo que quem ia sofrer mais seria a população civil. Foram eles que romperam o último cessar-fogo, não o estado de Israel. Eles disseram que era o fim do cessar-fogo, esperando que Israel invadisse a Faixa de Gaza”, afirmou o representante. “Nós deixamos muito claro que está guerra é uma guerra contra o Hamas, contra os terroristas. Não é uma guerra contra a população de Gaza. Nós temos feito três horas de cessar-fogo para ajuda humanitária. Esta não é uma guerra contra a população civil, e o responsável por todo esse sofrimento é a organização do Hamas”, disse Becher.

Imprensa

O embaixador também afirmou que não será possível permitir a entrada da imprensa internacional na Faixa de Gaza em um futuro próximo. “Não acho que no momento atual, com soldados lutando dentro da Faixa de Gaza, seja seguro para a imprensa internacional estar presente”, afirmou. “Existem jornalistas dentro de Gaza. Permitir que outros entrem a partir de Israel vai causar muitos problemas para nossos soldados lutando na área. Não estamos permitindo isso no momento porque não queremos que amanhã jornalistas sejam mortos porque, infelizmente, estavam em um local perigoso”, explicou.

Confira abaixo a íntegra da entrevista.

G1 - O senhor acredita que um cessar-fogo é possível? Giora Becher - Sim, é possível, mas precisamos ter certeza de que qualquer cessar-fogo futuro não será, mais uma vez, apenas um tempo para os terroristas do Hamas se rearmarem e conseguirem novos mísseis.

Assim que tivermos essas garantias, assim que tivermos certeza de que não seremos novamente atacados pelos terroristas do Hamas, então nós aceitaremos um cessar-fogo. Esse é nosso objetivo. Desde o começo estamos dizendo: vamos à guerra, mas a guerra não é nosso objetivo. O objetivo é ter certeza que o povo de Israel, principalmente as pessoas que vivem no sul, estarão fora do alcance dos ataques terroristas.

G1 - O senhor acredita que as negociações de paz podem mudar com a posse de Barack Obama nos Estados Unidos? Becher - Não acredito que veremos uma mudança dramática nas políticas americanas em relação a isso. Principalmente em relação a Israel. Barack Obama foi sempre muito claro a respeito de seu apoio a Israel e à segurança de Israel. Acredito que não seja uma questão de mudança de governo nos Estados Unidos. Esta é uma política dos dois partidos americanos. Tanto democratas quanto republicanos sempre manifestaram um forte apoio ao estado do Israel como algo necessário para a segurança e a paz em nossa região.

G1 - O Brasil pode ter um papel nas negociações de paz? Becher - O Brasil tem um papel importante no apoio do processo de paz e no apoio aos moderados no mundo árabe e a todos que estão a favor da paz em nossa região, da coexistência entre israelenses e palestinos e países árabes. Porque infelizmente, neste momento, estamos lidando com o Hamas, que é uma organização que não quer a paz em nossa região. Para eles, Israel não tem direito de existir no Oriente Médio.

G1 - As organizações humanitárias têm acusado Israel de não respeitar a população civil em Gaza. Como o senhor responde a essa acusação? Becher - Quem não está respeitando os direitos da população civil em Gaza são os terroristas do Hamas. Eles a estão usando como escudo. Eles foram à guerra sabendo que quem ia sofrer mais seria a população civil. Foram eles que romperam o último cessar-fogo, não o estado de Israel. Eles disseram que era o fim do cessar-fogo, esperando que Israel invadisse a Faixa de Gaza. E quando nós fizemos isso, eles reclamam do sofrimento da população civil.

Nós deixamos muito claro que está guerra é uma guerra contra o Hamas, contra os terroristas. Não é uma guerra contra a população de Gaza. Nós temos feito três horas de cessar-fogo para ajuda humanitária. Esta não é uma guerra contra a população civil e o responsável por todo esse sofrimento é a organização do Hamas.

G1 - Existe alguma possibilidade de permitir a entrada da imprensa na Faixa de Gaza em algum momento? Becher - Não acho que no momento atual, com soldados lutando dentro da Faixa de Gaza, é seguro para a imprensa internacional estar presente. Existem jornalistas dentro de Gaza. Permitir que outros entrem a partir de Israel vai causar muitos problemas para nossos soldados lutando na área. Não estamos permitindo isso no momento porque não queremos que amanhã jornalistas sejam mortos porque, infelizmente, estavam em um local perigoso.

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL950225-5602,00-OBAMA+NAO+TRARA+MUDANCA+DRAMATICA+AO+ORIENTE +MEDIO+DIZ+EMBAIXADOR+DE+ISRAEL.html

9 de jan. de 2009

Premiê paquistanês diz que situação na fronteira com Índia se tornou "frágil"

Da EFE
slamabad, 9 jan (EFE).- O primeiro-ministro paquistanês, Yousaf Raza Gillani, disse hoje que a situação na fronteira com a Índia se tornou "muito frágil" e qualificou de "lamentável" que o país vizinho tenha decidido suspender o processo de diálogo com o Paquistão por causa dos recentes ataques em Mumbai.

Gillani fez estas declarações em um seminário realizado em Islamabad que contou com a presença de uma delegação de parlamentares britânicos, segundo um comunicado divulgado pelo escritório do chefe do Governo.

O primeiro-ministro paquistanês disse que seu Executivo deu muitos passos para "a normalização das relações" com a Índia, com o objetivo de avançar "na paz e no progresso no sul da Ásia".

No entanto, Gillani lamentou que a situação na fronteira entre Índia e Paquistão, "mais uma vez", tenha se tornado "muito frágil".

O chefe do Governo do Paquistão acrescentou que "a decisão da Índia de interromper o diálogo - iniciado pelos dois países em 2004 - é lamentável".

O líder paquistanês também disse que "os esforços realizados" pelo Paquistão dentro do processo de paz "tinham contribuído para uma melhora evidente na atmosfera entre os dois países".

Gillani lembrou que seu país está comprometido na luta contra o terrorismo, que qualificou como uma "guerra própria", e criticou que a Índia entre em um "jogo de acusações contra o Paquistão sem provas concretas".

A Índia acusa o grupo caxemiriano Lashkar-e-Toiba, com base em território paquistanês, pelos atentados no final de novembro em Mumbai, capital financeira da Índia, nos quais 179 pessoas morreram.

Desde então, Índia e Paquistão se envolveram em uma troca de acusações e exigências que se intensificaram esta semana, depois que o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, afirmou que os atentados devem ter contado com a ajuda de alguma agência oficial paquistanesa.

Ainda hoje, Gillani deve se reunir com o vice-presidente eleito dos Estados Unidos, Joseph Biden, que se encontra em Islamabad em visita oficial. EFE

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL949156-5602,00-PREMIE+PAQUISTANES+DIZ+QUE+SITUACAO+NA+FRONTEIRA+COM+INDIA+SE+TORNOU+FRAGIL.html

7 de jan. de 2009

Israel apóia a iniciativa egípcia para um cessar-fogo em Gaza

Da France Presse

JERUSALÉM, 7 Jan 2009 (AFP) - Israel apóia a iniciativa egípcia que visa pôr fim aos combates em Gaza, segundo o porta-voz do governo hebreu, Mark Regev.

"Israel agradece ao presidente egícpio (Hosni Mubarak) e ao presidente francês (Nicolas Sarkozy) por seus esforços para pôr fim às atividades terroristas em Gaza e ao contrabando de armas do Egito para Gaza", afirmou o porta-voz do Conselho, que é o gabinete do primeiro-ministro israelense.

"Israel considera de maneira positiva o diálogo entre egípcios e israelenses para avançar nesse aspecto", acrescentou.

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, apresentou um plano de fim da crise em três pontos na noite de terça-feira, após uma reunião com o colega francês, Nicolas Sarkozy, em Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho.

A declaração do porta-voz do governo israelense contradiz a posição do presidente israelense, Shimon Peres, que, em uma primeira reação, disse que as propostas não são suficientes para chegar a um cessar-fogo imediato.

O plano egípcio prevê "um cessar-fogo imediato por um período limitado", que permita o estabelecimento de corredores humanitários e dêem tempo ao Egito de trabalhar para um cessar-fogo global e definitivo.

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL946208-5602,00-ISRAEL+APOIA+A+INICIATIVA+EGIPCIA+PARA+UM+CESSARFOGO+EM+GAZA.html

6 de jan. de 2009

Combates em Gaza ganham força e Israel se nega a interromper ofensiva

Tanque do exército de Israel dispara na direção da Faixa de Gaza desde a fronteira israelense

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GAZA (AFP) — A Faixa de Gaza era cenário nesta terça-feira de confrontos intensos entre soldados israelenses e combatentes palestinos, além de ser alvo de violentos bombardeios por parte de Israel, que rejeitou os pedidos de cessar-fogo em uma ofensiva que até agora já matou mais de 560 palestinos.

"Nossos soldados atuam perfeitamente, progridem segundo os planos", declarou o general Gaby Ashkenazi, chefe do Estado-Maior israelense, ao anunciar a evolução da ofensiva iniciada em 27 de dezembro pelp Estado hebreu contra o movimento radical islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

A manhã desta terça-feira registrou combates e bombardeios em várias áreas da Faixa, depois dos primeiros combates urbanos na cidade de Gaza, na noite de segunda-feira.

Pelo menos 20 pessoas que tinham se refugiado numa escola administrada pela ONMU no norte da Faixa de Gaza foram mortas nesta terça-feira em um bombardeio israelense, anunciou uma fonte médica.

Segundo a fonte, o ataque aconteceu em Jabaliya. Os 20 mortos se encontravam dentro e junto a uma escola da UNRWA, a Agência da ONU para os refugiados palestinos.

As vítimas tinham se refugiado na escola por causa dos combates.

Ele declarou ainda que 450 pessoas estavam refugiadas na escola para escapar dos bombardeios em outros bairros da cidade.

Em Khan Yunes, maior cidade do sul da Faixa de Gaza, um obus de artilharia atingiu a entrada de uma escola e matou duas pessoas, segundo uma fonte médica.

Pouco antes do amanhecer, tanques israelenses, apoiados por helicópteros de combate, entraram em Khan Yunes pela primeira vez desde o início da ofensiva terrestre, afirmaram testemunhas à AFP.

Os avanço dos blindados neste reduto do Hamas foi alvo dos tiros de combatentes palestinos.

O Exército de Israel informou que matou 130 combatentes do Hamas desde o início da ofensiva terrestre, sábado à noite.

No mesmo período, cinco militares israelenses faleceram e 79 ficaram feridos, segundo o balanço oficial de Israel. O último deles, um oficial para-quedista, morreu na noite de segunda-feira em circustâncias ainda não determinadas. O oficial pode ter sido, inclusive, atingido por fogo amigo.

O braço armado do Hamas, as brigadas Ezedin al-Qassam, anunciou na segunda-feira que matou 10 soldados israelenses e feriu outros 30, informação que Israel se negou a comentar.

Apesar da ofensiva, quatro foguetes palestinos foram disparados na manhã desta terça-feira contra o sul de Israel, segundo o Exército. Quatro civis israelenses morreram em consequências destes disparos desde 27 de dezembro.

Segundo um relatório da inteligência militar israelense, "o Hamas tem foguetes suficientes e obuses de morteiro para continuar disparando durante semanas contra o território de Israel".

Um foguete palestino caiu nesta terça-feira pela primeira vez a mais de 45 km da Faixa de Gaza, na cidade de Gedera, onde deixou um bebê levemente ferido.

Mais de 560 palestinos morreram na Faixa de Gaza, segundo os serviços de emergência palestinos, desde o início da ofensiva, iniciada oficialmente para acabar com os disparos de foguetes contra o território israelense. Mais de 2.700 ficaram feridos.

Testemunhas informaram durante a noite que aconteceram combates e intensos bombardeios em Shuyaiya e em Zeitun, dois bairros do leste da cidade de Gaza, cercada pelos tanques. A aviação israelense também bombardeou o centro da cidade.

O Exército, que afirmou ter capturado dezenas de membros de Hamas, anunciou ainda ter bombardeado o campo de refugiados de Bureij e a cidade de Deir al-Balah, no centro do território, dividida em duas pelas tropas israelenses.

A situação humanitária é cada vez pior para os 1,5 milhão de habitantes da Faixa, onde muitas áreas estão sem energia elétrica e sofrem com a falta de água corrente, alimentos e combustível.

Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os feridos morrem à espera das ambulâncias que não podem se aproximar por causa dos combates. O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) pediu a abertura das fronteiras para permitir a fuga dos palestinos que desejarem.

Apesar das pressões internacionais, o primeiro-ministro israelense Ehud Olmert rejeitou um cessar-fogo sem a garantia do fim dos disparos de foguetes do Hamas, durante um encontro na segunda-feira com o presidente francês Nicolas Sarkozy.

O representente do Quarteto para o Oriente Médio, o ex-premier britânico Tony Blair, insistiu nesta terça-feira que cortar os túneis clandestinos que levam armas e dinheiro do Egito para Gaza pode permitir "um cessar-fogo imediato".

A chefe da diplomacia israelense, Tzipi Livni, afirmou que o país não assinaria um acordo com os terroristas, em uma referência ao Hamas.

O presidente palestino Mahmud Abbas pediu o "fim imediato e sem condições" da ofensiva, antes de viajar a Nova York, onde o Conselho de Segurança da ONU se reunirá na presença de vários ministros das Relações Exteriores árabes.

Em Washington, o presidente George W. Bush manteve seu apoio a Israel.

www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5gtFzt89VIPJwhOYTAznkL3xuAjMQ