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7 de setembro de 2018

À luz do candelabro





Passaremos a observar um grande relacionamento entre diversos livros da Bíblia, cruzando o tempo desde o início da história dos hebreus no deserto, até o fim do chamado tempo dos gentios. Tão somente com a finalidade de nos esclarecer sobre o desenrolar dos acontecimentos que já ocorreram e os que ainda não aconteceram neste espaço do tempo.

Certamente através do candelabro passaremos a examinar, verificando a importância dele na relação passado e futuro na história da humanidade sobre o que Deus planejou e executa na terra. Existe no estudo desta parte histórica de Israel, no candelabro, a possibilidade de entendermos que o registro bíblico foi realizado pela vontade e ordem daquele que criou o universo. Ele não só controla todas as coisas, como também manda no tempo e na eternidade. Este sim, pode declarar como será o fim desde o princípio, e como ele é perfeito, não há falha no que diz ou determina (Is 41.22; 46.10). 

Quando o povo hebreu estava ainda iniciando sua caminhada no deserto, rumando do Egito para a terra de Canaã, o Deus de Abraão de Isaque e de Jacó disse a Moisés: ”Também farás um candelabro de ouro puro; de ouro batido se fará o candelabro, tanto o seu pedestal como a sua haste; os seus copos, os seus cálices e as suas corolas formarão com ele uma só peça. E de seus lados sairão seis braços: três de um lado, e três do outro. Em um braço haverá três copos a modo de flores de amêndoa, com cálice e corola; também no outro braço três copos a modo de flores de amêndoa, com cálice e corola; assim se farão os seis braços que saem do candelabro. Mas na haste central haverá quatro copos a modo de flores de amêndoa, com os seus cálices e as suas corolas, e um cálice debaixo de dois braços, formando com a haste uma só peça; outro cálice debaixo de dois outros braços, de uma só peça com a haste; e ainda outro cálice debaixo de dois outros braços, de uma só peça com a haste; assim será para os seis braços que saem do candelabro.  Os seus cálices e os seus braços formarão uma só peça com a haste; o todo será de obra batida de ouro puro. Também lhe farás sete lâmpadas, as quais se acenderão para alumiar defronte dele. Os seus espevitadores e os seus cinzeiros serão de ouro puro. De um talento de ouro puro se fará o candelabro, com todos estes utensílios. Atenta, pois, que os faças conforme o seu modelo, que te foi mostrado no monte”. (Ex 25.32-40)

O candelabro foi fabricado de ouro puro como escrito acima, o metal mais precioso da terra, é também mencionado na Bíblia como existente no céu (Ap 21.18). O candelabro foi um dos instrumentos do Tabernáculo que servia para iluminar a tenda da Congregação (Ex 40,24). Ele foi um símbolo de sete tempos na vida mundo, também das sete igrejas da Ásia. A luz sobre a tenda da Congregação simbolizava à palavra de Deus que ilumina ao mundo, o óleo que alimentava o fogo representava ao Espírito de Deus na vida do povo santo na terra durante os seus sete tempos históricos.

No livro do profeta Zacarias, o candelabro aparece com dois ramos de oliveira um a direita do vaso de azeito e outro à esquerda, representando as duas testemunhas do Apocalipse dizem alguns estudiosos (Zc 4.2,3,11, 14 Ap 11.4-8). E aquele que mostrava a visão foi interrogado pelo profeta sobre o que significaria o vaso de azeite entre os dois ramos de oliveira, o que mostrava a visão disse tu sabes o que é isto?: Respondeu o profeta, não meu Senhor, explicou o anjo: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos exércitos”. Tendo recebido a resposta sobre o óleo, perguntou, que são estas duas oliveiras à direita e à esquerda do castiçal? A resposta foi: Estes são os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra, foi a resposta do anjo. 

Sobre isto há quem diga que as duas testemunhas são Moisés e Elias, considerando os estudiosos que os dois não morreram e terão que morrer então na mão da besta apocalíptica. Outros concordam que não são os dois homens literais, porém, essas testemunhas são os dois Testamentos representados pelo povo judeu e gentios juntos, servindo a Deus em Cristo Jesus, tendo em vista que judeus e gentios haverão de ser proibidos pelo anti-cristo de pregar o Evangelho durante seu governo. 

Precisamos lembrar que os judeus mesmo servindo a Jesus, não negam obediência aos dez mandamentos segundo mandou Moisés, já os gentios também obedecem na forma unificada como Jesus ensinou: Amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmos. Os vencedores, diz a Bíblia: “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos” (Ap 15.3). Isto me diz que os vencedores da besta estavam juntos na mesma tribulação; judeus e gentios, são eles a Igreja de Deus, os santos vitoriosos pelo sangue de Cristo Jesus. 

Nos dias de Moisés e Elias, o Deus Eterno por força de sua palavra na boca destes profetas, fez descer fogo literalmente sobre seus inimigos, e outra vez o fará como diz em Apocalipses onze, por suas duas testemunhas juntas. Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor da terra. Fogo sairá segundo a palavra de Deus e destruirá seus adversários como no passado. A Bíblia diz que judeus e gentios juntos formam a Igreja, e não podemos negar que são dois povos. Me parece isto ser a forma de justificar os dois candelabros em Apocalipses onze, uma vez que o Antigo Testamento fala de apenas um candelabro (Jr 5.14 Hb 12.27-29 Ap 11.3-6).

Concluindo, o Candelabro servia para emitir luz na congregação, e não nos esqueçamos que Jesus diz; vós sois a luz do mundo. O candelabro  representava entre outras coisas, o conhecimento da existência dos sete espíritos que estão diante do trono no céu, as sete igrejas da Ásia, as quais exemplificam o futuro da vida da Igreja nos diferentes períodos do povo de Deus no mundo, dos quais estamos vivendo já os últimos dias da última igreja, a de Laodiceia.

Os sete candeeiros de ouro mencionados no livro de Apocalipse, e as sete estrelas são as sete igrejas e seus ministros no exercício da fé e testemunho perante o mundo e de sua perseverança no Evangelho de Jesus aguardando a sua vinda.

É interessante lembrar que o povo de Deus começa com Israel ainda sem a igreja, tendo em vista que os reis desde a Babilônia até Roma fazem parte da história de Israel e da Igreja, e continua em outro lugar dizendo que o oitavo rei que ainda não aparece  presencialmente na política do mundo, mas parece está muito próximo de entrar em cena.

A história dos sete tempos que ao meu vê principia-se a partir do reino de Babilônia, e mescla-se com a história da Igreja imediatamente após a sua criação, e que ambos são inseparáveis neste particular da história, até a vinda de Jesus, isto é uma prova clara de que estes dois povos estão juntos nesta questão. De maneiras que a Igreja nasce no tempo do sexto rei segundo Apocalipses capítulo dezessete.

Na revelação apocalíptica a João, no fim do primeiro século da era cristã, assim foi dito a João: “são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo. A besta que era e já não é, é também o oitavo rei, e é dos sete, e vai-se para a perdição” (Ap 17.10,11).

Quando João recebeu do céu a visão, estava em evidência no mundo o reinado do império romano, o sexto reino dos sete, conforme diz o livro de Apocalipse. Portanto isto indica que os sete períodos de tribulação do povo santo, começa no reinado babilônico e só terminará com o fim do oitavo reinado, que procede dos sete. A diferença deste dos demais, é que o oitavo rei é uma personificação da ira e poder da operação do Dragão que sempre perseguiu a Israel, e agora também, segundo a eficácia de Satanás persegue à Igreja de Deus. Mesmo sendo contado como o oitavo rei, a besta é procedente do sétimo reinado e será eliminada pela vinda de Jesus que nos tira dessa tribulação “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo”... diz o apóstolo Paulo II Ts 1.7-10; 2.3-8 Ap 19.19,20).
   



Domingos Teixeira Costa